OE2025. Montenegro saúda “sentido de responsabilidade” do PS

  • ECO
  • 20:44

"Não me passa pela cabeça que o sentido de responsabilidade" mostrado pelo PS na viabilização da proposta do OE "possa ser agora estragado" na discussão na especialidade, disse o primeiro-ministro.

Luís Montenegro saudou esta quinta-feira, no final da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, “o sentido de responsabilidade e prevalência” do interesse nacional do PS na viabilização da proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). E não antevê “problemas de maior” na discussão da especialidade do documento apresentado pelo Governo na semana passada.

O primeiro-ministro assegura que o Governo está empenhado e focado “em levar este processo orçamental a bom porto, fazer a discussão na generalidade no final deste mês”.

“Não me passa pela cabeça que o sentido de responsabilidade, que acabou por ser enunciado, possa ser agora estragado no âmbito de uma discussão na especialidade”, disse o primeiro-ministro português, referindo-se ao anúncio do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de que vai propor à comissão política nacional a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) pela abstenção, em nome da estabilidade política.

O chefe do Governo saudou, por isso, a posição de Pedro Nuno Santos: “Saúdo, do ponto de vista democrático, o sentido de responsabilidade de prevalência do interesse nacional que o PS expressa ao viabilizar este importante instrumento que pode contribuir para a execução do programa do Governo”. E deste modo não atirar lenha para uma crise política no país.

“Vejo com esperança aquilo que é a decisão do PS de respeitar por um lado, a vontade do povo português e por outro, de não contribuir para acrescentar em cima das várias incertezas que temos hoje no plano internacional – do ponto de vista das guerras que temos às portas da Europa, de estagnação económica que atinge muitos do nossos parceiros comerciais – uma crise e instabilidade política“.

Ainda assim, Montenegro admitiu que “o Governo está aberto, nalguns casos pontuais, a fazer algumas aproximações ou discussões com os partidos da oposição, em particular com o PS”. Deixou, contudo, bem claro: “Mas naquilo que depender do Governo, a nossa proposta é esta“. Até porque, sabendo de antemão que não tem maioria absoluta, já foi feito “um esforço muito significativo de aproximação às preocupações essenciais do PS ” no decurso dos trabalhos que conduziram à proposta do orçamento.

Referindo que ainda só passou meio ano desde que assumiu as rédeas do país, Montenegro afirmou que o Governo se vai “concentrar nos problemas das pessoas, numa economia mais forte que crie mais riqueza e gere mais recursos para que as empresas e o próprio Estado possam pagar melhor aos trabalhadores”.

O primeiro-ministro iniciou as declarações à imprensa com um resumo das principais conclusões da reunião dos 27 chefes de Estado e Governo da União Europeia (UE). Entre os pontos destacados esteve o “ataque” de Israel a António Guterres, que o considerou persona non grata na semana passada. Este ataque, que mais que ao Secretário-geral da ONU é, segundo Montenegro, um “ataque aos princípios do direito internacional”, é “inadequado e deve ser removido”.

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