Galp tem “shortlist” de parceiros para a Namíbia, mas deve manter fatia de 80% até ao final de 2025

De acordo com Filipe Silva, existe já uma "shortlist" de parceiros que estão interessados na Namíbia apesar de, para já, pretender manter a participação de 80%.

A Galp pretende manter a fatia de 80% que detém no projeto de exploração na Namíbia, uma descoberta que fez disparar o valor da petrolífera em abril passado, apesar de já ter do seu lado uma “lista restrita” [shortlist] de possíveis parceiros. A aliança, contudo, não deverá ser fechada antes do final de 2025.

Continuamos muito interessados em manter a nossa fatia de 80% na Namíbia, pelo menos até termos os resultados das próximas duas perfurações“, indicou o líder da petrolífera, numa chamada com analistas, no rescaldo da apresentação de resultados do terceiro trimestre da cotada.

A Galp tem planeadas quatro perfurações, uma das quais já está em execução. A seguinte deverá avançar apenas no próximo verão e as últimas duas ainda não têm a localização definida, estão a ser estudadas. Na sequência destes trabalhos, a Galp espera obter “muitas informações preciosas” nos próximos meses. Em relação à perfuração que está em curso, as novidades devem chegar ainda este ano.

De acordo com Filipe Silva, existe já uma “shortlist” de parceiros que estão interessados na Namíbia apesar de, para já, pretender manter a participação de 80%, e conta fechar uma parceria a tempo da fase de desenvolvimento do projeto. Provavelmente, a Galp não irá aliar-se a outras empresas para este projeto até ao final de 2025, indicou.

Também a atividade exploratória que está a ser levada a cabo por empresas concorrentes na mesma zona deverá dar indicações sobre o potencial da área. No entanto, o líder da Galp afirma não existir qualquer indicação de que devam ser alteradas as expectativas quanto ao volume de petróleo a extrair do complexo de Mopane, o nome da exploração na Namíbia, e conta que as próximas perfurações entreguem novos dados que permitam confirmar o já estimado — a extração de dez mil milhões de barris.

Os analistas repetiram várias questões no sentido de apurar os volumes de investimento que a Galp planeia avançar até ao final da década, mas ficaram sem resposta. A diretora financeira, Maria João Carioca, afirmou que vai existir uma atualização, mas não avançou qualquer data para a mesma, afirmando que ainda não está definido esse calendário. O desinvestimento recente em Moçambique deverá ter um impacto relevante nas perspetivas, que será contabilizado.

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