Receitas turísticas disparam 9% face ao verão do ano passado
Crescimento dos proveitos totais da atividade turística no terceiro trimestre deste ano foi impulsionada pelo aumento de 3,9% nas dormidas de não residentes, de acordo com dados do INE.
No período entre julho e setembro, Portugal registou um aumento homólogo de 3% nas dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico em Portugal, o que contribuiu para a subida de 9% dos proveitos totais da atividade turística e de 9,3% nos relativos ao aposento durante os três meses fortes do verão. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), este crescimento foi impulsionado sobretudo pelo acréscimo de 3,9% das dormidas de não residentes, enquanto as de residentes evoluíram “apenas” 1,1%.
No entanto, no que toca à variação em cadeia, os dados da atividade turística, publicados esta quinta-feira pelo gabinete estatístico, mostram para este período uma desaceleração face ao segundo trimestre deste ano, quando os proveitos totais e os de aposento registaram subidas de 10,9% e 10,7%, respetivamente.
O INE ressalva, porém, que as estatísticas relativas ao segundo trimestre foram influenciadas “pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa”, que este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre), enquanto em 2023 a Páscoa se concentrou apenas no segundo trimestre.
Evolução da taxa de variação homóloga dos proveitos totais e de aposento no turismo
Avaliando os dados desde o início do ano, tanto os proveitos totais como os de aposento cresceram 10,7% face aos primeiros nove meses do ano passado — o que, em termos acumulados, se traduz, na mesma ordem, em 5,3 mil milhões de euros e 4,1 mil milhões de euros. Trata-se de um crescimento mais acelerado do que o verificado nas dormidas (+3,9%) entre janeiro e setembro.
Só no mês de setembro, os proveitos totais totalizaram 796 milhões de euros, 12% acima do mesmo mês do ano passado, o que equivaleu a uma aceleração de 4,8 pontos percentuais em relação a agosto. Já os proveitos com alojamento, que ascenderam a 623,8 milhões de euros, registaram um aumento homólogo de 12,7%, acelerando 5,1 pontos percentuais comparativamente ao mês anterior.
Ainda segundo o INE, a região da Grande Lisboa foi a que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos no nono mês do ano (29,4% dos proveitos totais e 30,8% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (28,1% e 27,2%, respetivamente) e do Norte (16,2% e 16,7%, pela mesma ordem).
Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 96,5 euros (+9,6%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 138,4 euros (+9,1%) em setembro. “O crescimento destes indicadores voltou a acelerar, depois de três meses consecutivos de abrandamento”, aponta o gabinete estatístico, destacando a Grande Lisboa (182,3 euros) e o Algarve (144,2 euros) como as regiões do país onde o ADR atingiu os valores mais elevados.
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