Portugal é um dos três campeões do euro na redução da dívida pública

Previsões da Comissão Europeia colocam Portugal entre os três países que mais reduzem o rácio da dívida pública entre 2024 e 2026. É também um dos poucos com melhor saldo do que em 2019.

O rácio da dívida pública portuguesa deverá reduzir-se de 95,7% este ano para 90,5% em 2026, de acordo com as previsões da Comissão Europeia, divulgadas esta sexta-feira. A concretizar-se será uma redução de 5,2 pontos percentuais (pp.), colocando o país como um dos três campeões da Zona Euro na diminuição do rácio em dois anos.

As previsões de outono da Comissão Europeia apontam para que a média da dívida do euro se situe em 89,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e aumente ligeiramente para 90% em 2026, enquanto a da União Europeia suba de 82,4% este ano para 83,4% em 2026. Portugal não é, contudo, um dos países que contribuem para os aumentos de 0,9 pontos e de um ponto, respetivamente.

A liderar o ranking dos países com a maior redução em dois anos prevista para o rácio está a Grécia (-10,4 pontos), seguida pelo Chipre (-9,7 pontos) e por Portugal (-5,2 pontos). Em sentido contrário, a Lituânia deverá registar a maior subida (+6,3 pontos), seguida pela Irlanda (+4,8 pontos) e França (+4,4 pontos).

Ainda assim, Bruxelas destaca que até o final de 2026, a maioria dos países da União Europeia deverá ter rácios abaixo dos registados em 2020. Como exemplo, aponta o caso da Grécia, Chipre e Portugal com reduções de 67 pontos, 57 pontos e 44 pontos, respetivamente. Por outro lado, Bélgica, Grécia, Espanha, França e Itália deverão ter uma dívida acima de 100% do PIB em 2026.

Crescimento das receitas ajuda a reduzir défices

A Comissão Europeia destaca ainda que o crescimento das receitas em percentagem do PIB (0,5 pontos) deverá superar o da despesa (0,2 pontos), impulsionando a redução do défice da União Europeia em 2024. Em 2025, o rácio receitas/PIB deverá continuar a crescer, também devido a transferências mais elevadas do orçamento da UE e a medidas discricionárias.

Bruxelas estima que dez Estados-Membros da UE tenham um défice superior a 3% do PIB em 2024, um número que deverá permanecer estável em 2025, com alguma variação na composição dos países.

Em 2026, a maioria dos Estados-Membros, com exceção de Chipre, Irlanda, Portugal e Espanha, deverão registar situações orçamentais ainda inferiores às de 2019, pouco antes da pandemia, com nove ainda apresentando um défice superior a 3%, com base num cenário de políticas inalteradas“, sublinha.

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