Despedimentos na Bosch em Portugal? É “muito cedo” para dizer
Com mais de 7.000 colaboradores em Braga, Aveiro e Aveiro e Ovar, e um "hub" em Lisboa, a Bosch diz que as "negociações estão a começar", não descartando que o país possa integrar os despedimentos.
A multinacional alemã Bosch, que registou vendas acima de 2.000 milhões de euros em Portugal no ano passado e emprega mais de 7.000 no país, não descarta que Portugal possa integrar o plano de despedimentos anunciado pela companhia, que prevê eliminar 5.500 postos de trabalho, a maioria na Alemanha. Fonte oficial da empresa em Portugal diz que “é muito cedo” para dar mais informações.
“Neste momento, o que podemos dizer é que ainda é muito cedo para adiantar mais informações, uma vez que as negociações estão apenas a começar“, adiantou ao ECO fonte oficial da Bosch em Portugal. A mesma fonte referiu que “outros detalhes fazem parte das discussões com os representantes dos colaboradores e, por conseguinte, não podemos fazer quaisquer declarações concretas nesta fase”.
Com mais de 7.000 funcionários na fábrica de Braga, Aveiro, Ovar e no hub de serviços de Lisboa, a Bosch é um dos maiores empregadores e exportadores do país. A Bosch adiantou esta sexta-feira em comunicado que prevê suprimir 5.550 postos de trabalho a nível mundial, principalmente na Alemanha, devido a dificuldades no mercado de veículos novos, uma que decorrerá essencialmente até 2030.
“A produção mundial de veículos vai estagnar este ano em cerca de 93 milhões de unidades, pode mesmo diminuir em relação ao ano anterior”, explicou o grupo alemão.
Até agora, a unidade em Portugal afastava a possibilidade de despedimentos no país. “Portugal não será afetado pelos despedimentos e mantém-se o que dissemos no dia da apresentação dos resultados relativamente ao crescimento previsto, ou seja, a estratégia mantém-se”, garantia fonte oficial da empresa em respostas escritas enviadas ao ECO no passado dia 15 de novembro.
Mais adiantava que, “apesar de um ambiente económico e social a nível global que se mantém exigente, as expectativas para 2024 são de um ligeiro crescimento em todas as localizações em Portugal.”
Na apresentação de resultados de 2023, Carlos Ribas, o então responsável da empresa em Portugal, que foi entretanto afastado compulsivamente do cargo, estimava que a empresa continuasse a crescer em volume de negócios e em número de colaboradores, este ano. Ao contrário das respostas dadas na semana passada, esta sexta-feira não são deixadas garantias em relação à manutenção dos postos de trabalho.
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