Savannah discute novas refinarias de lítio na Península Ibérica após desistência da Galp
A empresa destaca a "necessidade" de um apoio mais amplo a projetos na cadeia de valor do lítio a nível europeu.
A Savannah Resources, empresa que tem a concessão da exploração do lítio no Barroso, em Portugal, afirma que o seu caminho é “independente” do da Galp e diz estar a discutir a possibilidade, com o parceiro AMG e outros, de se construírem mais refinarias na Península Ibérica.
“A Savannah está empenhada em desenvolver e operar o projeto lítio do Barroso, planeando iniciar a produção no ano de 2027. O nosso caminho já era e continua a ser independente do da Aurora”, afirma fonte oficial da Savannah, em resposta ao ECO/Capital Verde, confrontada com a decisão da Galp de cancelar um projeto de refinação de lítio em Setúbal.
A empresa, que detém a concessão da exploração do lítio no Barroso, relembra que assinou este verão um acordo de parceria com a alemã AMG Lithium, dona da primeira refinaria de lítio ativa na Europa. “Temos discutido com eles e com outros a possibilidade de a médio prazo se construírem refinarias adicionais na Península Ibérica“, refere.
Ainda assim, a empresa reconhece estar a acompanhar “com atenção” o processo relativo ao projeto da refinaria da Galp, “de onde se destaca a necessidade de um apoio mais amplo a tais projetos na cadeia de valor europeia do lítio, tal como outros grandes blocos económicos globais estão a fazer”.
A Galp cancelou o projeto Aurora, a refinaria de lítio que previa instalar em Setúbal através de uma parceria com a Northvolt. A decisão surge depois de a Northvolt ter travado o investimento no projeto conjunto com a petrolífera portuguesa, uma vez que se encontra com graves problemas financeiros.
“Desde então, a Galp procurou identificar novas parcerias internacionais, mas sem sucesso“, referiu a Galp em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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