Alemanha vai conceder 650 milhões de euros em ajuda militar a Kiev
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou o novo apoio durante uma visita surpresa à Ucrânia, a primeira em mais de dois anos.
A Alemanha vai conceder à Ucrânia uma nova ajuda militar de 650 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o chanceler Olaf Scholz durante uma visita surpresa que está a realizar a Kiev.
“A Alemanha vai continuar a ser o principal apoiante da Ucrânia na Europa“, declarou o chanceler alemão, que neste momento se encontra em plena campanha eleitoral na Alemanha. “A Ucrânia pode confiar na Alemanha — nós dizemos o que fazemos e fazemos o que dizemos”, afirmou.
Esta segunda-feira, Scholz apresentou-se em Kiev como o “chanceler da paz e defensor da contenção” para evitar o agravamento das tensões entre o Ocidente e a Rússia. Trata-se da primeira visita de Scholz à Ucrânia em mais de dois anos.
A visita, que não foi anunciada previamente, ocorre poucas semanas depois de ter sido criticado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por ter estabelecido um contacto telefónico com o Presidente russo Vladimir Putin. O telefonema ocorreu numa altura de especulação generalizada sobre o que a nova Administração norte-americana do Presidente eleito Donald Trump pode significar para a Ucrânia.
Domingo “duplamente simbólico” com instituições da UE juntas em Kiev
A deslocação surpresa de Olaf Scholz acontece depois de o presidente do Conselho Europeu, António Costa, ter visitado Kiev no seu primeiro dia no cargo. Costa descreveu o dia de domingo como “duplamente simbólico” por ter passado na capital ucraniana o seu primeiro dia em funções, garantindo apoio à Ucrânia, e acompanhado por membros da Comissão Europeia.
“Acho que foi duplamente simbólico: primeiro, porque foi a primeira iniciativa que tivemos em conjunto — presidente do Conselho Europeu, Alta Representante e a Comissão, através da comissária do Alargamento — e, portanto, para quem tinha dúvidas, […] sim, estamos a trabalhar em conjunto”, declarou António Costa em declarações à Lusa e à CNN Portugal, que acompanharam esta deslocação a Kiev.
“Em segundo lugar, a prioridade foi, claramente, a Ucrânia […] porque a paz hoje é uma questão central na Europa para a Ucrânia e, no fundo, para todos nós”, acrescentou, após se ter encontrado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com membros do Parlamento da Ucrânia e representantes da sociedade civil.
De acordo com o novo líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), esta foi, assim, uma “visita muito impressiva”. “Ajudou, aliás, a perceber como quando falamos de guerra, não falamos só de armas, de tiros, mas, de facto, de dramas humanos, porque nós podemos testemunhar das vidas que se perderam de pessoas que sofreram, que estão a sofrer, e é isso que está em causa nesta guerra e é por isso que é preciso travar a guerra de agressão da Rússia e assegurar a Ucrânia o direito que tem uma paz justa e uma paz duradoura”, adiantou António Costa à Lusa e à CNN.
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