Bancos emprestam valor recorde 1,7 mil milhões para compra de casa
Famílias pediram valor recorde de 1,7 mil milhões de euros ao banco para compra de habitação em outubro, o valor mais alto desde que há registos. Renegociações também voltaram a subir.
As famílias pediram um valor recorde de 1,676 mil milhões de euros ao banco para comprarem casa em outubro, enquanto as renegociações de contratos também voltaram a subir, superando os 500 milhões, com o mercado a recuperar depois de meses de contração devido à escalada das taxas de juro.
O Banco de Portugal adianta esta quarta-feira que as novas operações de empréstimos a particulares (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) totalizaram os 3,1 mil milhões de euros em outubro, mais 323 milhões em relação ao mês anterior.
Os novos contratos atingiram os 2,5 mil milhões de euros, dos quais 1,676 mil milhões tiveram a finalidade de habitação, “o valor mais elevado da série histórica, que se inicia em dezembro de 2014”, observa o supervisor. “Para esta evolução contribuiu o crédito concedido a mutuários com menos de 35 anos, que representou 48% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em outubro”, explica na nota divulgada esta manhã.
Já as renegociações de crédito à habitação subiram 100 milhões para 535 milhões de euros.
Os dados mostram que o mercado de crédito continua a recuperar à boleia da tendência de normalização das taxas de juro. A escala dos custos com os empréstimos bancários adiou a decisão de muitas famílias no que toca à compra de casa, custos que estão agora a aliviar.
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação baixou de 3,48% em setembro, para 3,39% em outubro, o valor mais baixo desde janeiro de 2023. “Esta taxa está a diminuir há 12 meses consecutivos”, sublinha o Banco de Portugal.
Nos novos contratos, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,08 pontos percentuais, fixando-se em 3,29%. Já nos contratos renegociados, a taxa de juro média decresceu 0,15 pontos percentuais, para 3,73%.
Em comparação com a Zona Euro, onde a média da taxa das novas operações de empréstimo à habitação se situou nos 3,50%, Portugal regista a sétima taxa mais baixa. Malta, Espanha, França, Itália, Bélgica e Eslovénia apresentam taxas ainda mais baixas do que a portuguesa
(Notícia atualizada às 12h04)
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