BRANDS' ECO A poupança e a literacia financeira em Portugal

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  • 30 Dezembro 2024

Portugueses continuam a evidenciar fracos conhecimentos relativos a cálculos de juros simples e juros compostos, diversificação de risco e poder de compra.

Muito se tem falado de literacia financeira, mas o que é de facto a literacia financeira? A literacia financeira refere-se à capacidade de compreender e utilizar conceitos e ferramentas financeiras para tomar decisões informadas sobre a gestão de dinheiro, poupança, investimento, crédito e planeamento para o futuro. A literacia financeira em Portugal tem sido um tema de crescente importância, especialmente após a crise financeira de 2008, que expôs a necessidade de melhorar o conhecimento da população sobre finanças pessoais.

A literacia financeira em Portugal tem sido um tema de crescente importância, especialmente após a crise financeira de 2008, que expôs a necessidade de melhorar o conhecimento da população sobre finanças pessoais

Os inquéritos de literacia financeira realizados à população portuguesa pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, apesar de apresentarem melhorias no indicador de conhecimentos financeiros, continuam a evidenciar fracos conhecimentos relativos a cálculos de juros simples e juros compostos, diversificação de risco e poder de compra. Muitos portugueses enfrentam dificuldades em gerir o orçamento familiar, poupar para emergências ou planear a reforma. Contudo, é também importante referir que se verificam já sinais de progresso, especialmente entre os mais jovens, devido a iniciativas educacionais.

Esta falta generalizada de conhecimentos financeiros da população portuguesa contribui para a baixa taxa de poupança, para o medo de investir que leva a que a pouca poupança existente esteja concentrada em produtos menos rentáveis e para o endividamento transversal dos portugueses. O acesso ao crédito é facilitado, mas a falta de conhecimento sobre taxas de juro e contratos pode levar a situações de sobre-endividamento.

Aplicação de poupança no último ano | 2023, 2020 e 2015

Seguros de capitalização, fundos de investimento mobiliário, unit linked ou simplesmente prémios de seguro são facilmente conceitos desconhecidos ou mal interpretados por muitos portugueses. Se falamos em investir em ações ou ETFs facilmente ouvimos um “Eu não quero perder o meu dinheiro!”, “Ações? Para no dia seguinte não ter nada?”.

Perder o medo de investir é crucial. Urge aumentar a literacia financeira dos portugueses.

Manter o dinheiro parado ou apenas guardado numa conta poupança é por si só prejudicial. O investimento é uma forma de proteger e aumentar o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. O medo da possibilidade de perdas financeiras está na verdade a efetivar essa perda financeira, uma vez que o rendimento obtido é inferior à taxa de inflação. A inflação reduz o poder de compra ao longo do tempo. Por exemplo, se a inflação for de 3% ao ano, um bem que custa 100€ hoje, custará 103€ no próximo ano. Sem um rendimento superior à taxa de inflação, o dinheiro estará a perder valor. Investimentos como ações, fundos ou imóveis, podem gerar retornos acima da inflação.

O medo de investir é comum em Portugal, mas pode ser enfrentado com educação financeira e estratégias práticas.

Enquanto empresa do setor financeiro temos a responsabilidade social de contribuir para o aumento da literacia financeira do nosso país, essencial para promover a estabilidade económica das famílias e contribuir para o crescimento sustentável do país.

Deixamos de seguida algumas estratégias que não só podem ser usadas diretamente pelos portugueses, como pelos nossos comerciais no seu relacionamento com os seus clientes:

  • Educar: Compreender os diferentes tipos de investimentos, ações, fundos, ETFs, obrigações, …, os seus riscos e as suas vantagens. Mostrar o efeito multiplicador do juro composto.
  • Diversificar: Não colocar todo o dinheiro num só ativo. Distribuir o risco reduz o risco de possíveis perdas.
  • Usar investimentos conservadores no início: produtos de baixo risco com uma menor componente de ações ou inclusivamente com algum tipo de garantia ainda que não a todo o momento, podem ser boas opções para iniciantes.
  • Acompanhar, mas não exagerar: Controlar as emoções. Investimentos oscilam, mas é importante manter o foco no longo prazo.

Na BPI Vida e Pensões trabalhamos diariamente para proporcionar aos nossos clientes informação fidedigna que lhes permitam construir uma base de literacia financeira sólida. Construímos distintas soluções financeiras que se adaptam às diferentes fases da vida dos nossos clientes, incluindo diferentes fases de conhecimento financeiro.

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