Banco de Portugal aplicou coimas de 1,4 milhões no primeiro trimestre

  • ECO
  • 7 Maio 2024

Supervisor da banca concluiu 156 processos de contraordenação no arranque do ano, aplicando coimas de 1,4 milhões de euros, dos quais 54 mil euros suspensos.

O Banco de Portugal concluiu 156 processos de contraordenação no primeiro trimestre, processos que deram lugar à aplicação de coimas no montante de 1,4 milhões de euros, segundo revelou a instituição liderada por Mário Centeno esta terça-feira.

Deste montante, acrescentou o supervisor na síntese de atividade sancionatória dos três primeiros meses do ano, cerca de 54 mil euros encontram-se suspensos na sua execução.

Dos 156 processos concluídos, 68 processos respeitam a infrações de natureza comportamental, 45 respeitam a infrações em matéria de recirculação de numerário, 34 respeitam a infrações prudencial, esclarece o supervisor da banca.

Foram ainda concluídos sete processos que respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita e outras duas devido infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

Por outro lado, o Banco de Portugal instaurou 255 processos entre janeiro e março, sendo que a maioria dizem respeito a infrações de natureza comportamental (107) e infrações relacionadas com atividade financeira ilícita (105).

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Funcionários judiciais exigem cumprimento de promessas eleitorais e admitem greve

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

“Na Operação Influencer os meus colegas chegaram a fazer jornadas de 14 horas diárias”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal.

Dezenas de delegados e dirigentes sindicais dos funcionários judiciais concentraram-se esta terça-feira, em frente ao Ministério da Justiça, em Lisboa, para exigir do Governo o cumprimento de promessas eleitorais, a nível remuneratório, e admitiram o recurso à greve.

Com t-shirts pretas vestidas, exigiram “justiça para quem nela trabalha”, ao som de músicas de Zeca Afonso, Sérgio Godinho, e outros cantores de intervenção.

“Na Operação Influencer os meus colegas chegaram a fazer jornadas de 14 horas diárias”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal, ao expor uma das principais reivindicações, o pagamento de trabalho suplementar.

A mesma situação ocorreu com a operação Pretoriano, no Porto, sublinhou, destacando o trabalho de 12 e 13 horas diárias, sem o respetivo pagamento.

“É a única carreira na administração pública em que esse trabalho não é pago”, acrescentou, defendendo que a República Portuguesa pode vir a ser condenada nos tribunais nacionais, mas também da União Europeia.

Os trabalhadores exigem a integração no vencimento do suplemento de recuperação processual, que querem que seja pago a 14 meses, para acautelar que, em caso de baixa por doença, os oficiais de justiça não perdem o direito a este pagamento.

No início do mês, classificaram como “ridícula” a proposta da tutela, de 1,66% de aumento por mês, no suplemento. Daria, segundo o dirigente sindical, para uma família comprar “quatro papo-secos por mês”.

No congresso a realizar no fim de semana, em Anadia, vão decidir futuras formas de luta, que poderão passar por greves idênticas às realizadas em 2023.

“Não ponho de lado que possamos voltar à greve aos atos, em que, pela falta de oficiais de justiça vamos elencar um número de atos que vão ficar ao lado, pura e simplesmente não serão praticados, porque vamos deixar de ser pau para toda a obra, vamos deixar de trabalhar por três ou por quatro”, avisou.

De acordo com António Marçal, o Ministério da Justiça não apresentou qualquer proposta passível de “pacificar o setor”.

O presidente do SFJ referiu ainda que a 31 de dezembro, faltavam 1.500 oficiais de justiça e que este ano vão aposentar-se 458 “por antiguidade”. No início do ano, saíram 50 para outras carreiras, o que, na opinião do dirigente, configura uma situação de rutura.

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Primeiro-ministro quer prazo máximo de resposta de 60 dias a candidaturas a fundos europeus

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

O primeiro-ministro comprometeu-se a tentar “arranjar meios de financiamento” para as 39 candidaturas e escolas que não tiveram acolhimento no âmbito do PRR.

O primeiro-ministro disse esta terça-feira querer assegurar, até final do ano, um prazo máximo de 60 dias de resposta às candidaturas a fundos europeus, defendendo que “é preferível dizer que não do que estar eternamente à espera do sim”.

Luís Montenegro presidiu à assinatura de contratos de financiamento para a construção e reabilitação de escolas com 12 Municípios de Lisboa e Vale do Tejo e voltou a deixar críticas ao anterior Governo sobre os fundos europeus, quer ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência quer do Portugal 2030, onde disse que a taxa de execução “é praticamente nula” e com “uma componente de regulamentação em falta significativa”.

“Sem regulamentos não pode haver concursos e sem concursos não pode haver obra no terreno. A nossa ordem é para acelerar tudo aquilo que pode ser acelerado para podermos ter capacidade de resposta dos serviços”, disse.

Segundo o primeiro-ministro, o Executivo que lidera encontrou também “alguma inoperância dos serviços a responder às candidaturas que têm sido submetidas”.

À saída da cerimónia, Luís Montenegro escusou-se, tal como na véspera, a responder à comunicação social, que o questionou sobre a exoneração do diretor nacional da PSP, conhecida na segunda-feira à noite.

É nossa intenção recuperar o tempo perdido e, até ao fim do ano, ter um prazo máximo de 60 dias de resposta a todas as candidaturas que são submetidas. É preferível dizer que não do que estar eternamente à espera do sim”, afirmou.

Segundo Montenegro, é este princípio que o Governo quer implementar “para que a Administração seja célere a responder e os investidores públicos ou privados possam saber aquilo com que podem contar”.

A título de exemplo, explicou que a assinatura dos acordos assinados esta terça-feira ocorreu “num tempo recorde”, já que o concurso terminou a 30 de abril.

“É um primeiro pacote, no âmbito da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo de 125 milhões de euros de investimento, são 14 projetos que têm um alcance muito maior, um pacote de 53 [candidaturas] e um investimento muito maior de cerca de 500 milhões de euros”, disse.

O primeiro-ministro comprometeu-se a tentar “arranjar meios de financiamento” para as 39 candidaturas que não tiveram acolhimento no âmbito do PRR.

“O ministro Adjunto está já numa fase avançada de diligências para, no Governo, obtermos os mecanismos de financiamento para assegurar o financiamento total para acomodar todas estas candidaturas”, disse, admitindo tratar-se de um “esforço enorme” justificado pela valorização da escola.

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa de reabilitação de escolas tem uma dotação global de 450 milhões de euros, com a afetação de 125 milhões para a Região de Lisboa e Vale do Tejo.

Os 12 municípios abrangidos pela assinatura dos acordos desta terça-feira – cujas 14 candidaturas aprovadas terão financiamento a 100% pelo PRR – são Tomar, Vila Franca de Xira, Loures, Chamusca, Barreiro, Alcobaça, Alcanena, Amadora, Cascais, Ferreira do Zêzere, Oeiras e Mafra.

Do lado do Governo, além do primeiro-ministro, marcaram presença o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida – que tem a tutela da gestão dos fundos europeus – e os secretários de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, e Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo.

 

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Provocação e sátira: o papel do cartoon político em debate

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  • 7 Maio 2024

É a 4.ª conversa Warm Up de antecipação do Festival Impacto, um slow fest que se realiza entre outubro e novembro de 2024. ECO é media partner.

No próximo dia 10 de maio, entre as 18:20 e as 19:50, no Fórum Fnac Chiado, realiza-se a 4.ª conversa Warm Up. Cartoon Político: O poder da Narrativa Visual é o tema do debate que conta com a curadoria do ilustrador Nuno Saraiva e moderação de Miguel Meneses. A entrada é livre.

4.ª conversa Warm Up Cartoon Político

Nesta conversa, que conta com a participação de Catarina Sobral, ilustradora e designer gráfica, e o cartoonista Vasco Gargalo, teremos uma viagem pela história, pela criatividade da narrativa visual do comentário político e social, discutindo os papéis da sátira, da ironia e da provocação na ilustração. Será abordado o papel do cartoon como voz contra a intolerância e explorado o seu lado mais negro, expondo casos que perpetuaram estereótipos nocivos, desde os retratos colonialistas à propaganda nazi.

Será também discutido como o cartoon pode promover a compreensão mútua, o diálogo construtivo e a provocação com sentido crítico necessária à reflexão, as considerações éticas inerentes a esta forma de expressão e o delicado equilíbrio entre sátira e sensibilidade.

O ciclo de conversas Warm Up vai acontecer até 27 de setembro e é uma iniciativa do Festival Impacto, um slow fest que decorrerá entre outubro e novembro de 2024. O objetivo é gerar mudanças positivas numa sociedade que está a abraçar a diversidade e a inclusão, ao mesmo tempo que luta contra a crescente polarização.

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Desafio Global lança nova imagem. Pedro Rodrigues, diretor-geral da agência, explica porquê

"Somos o que fazemos" é a nova assinatura da DG. Como 154 prémios conquistados, a agência fez os principais eventos de André Villas Boas, a gala dos 120 anos do SLB e a entrega da Taça ao Sporting.

A Desafio Global lançou esta terça-feira uma nova imagem e assinatura. “A marca anterior viveu durante a pandemia, a par da nossa marca para eventos digitais Go Live. Achámos que era altura de criar uma nova identidade, que representasse o momento atual que vivemos no mercado“, explica ao +M Pedro Rodrigues, diretor-geral da agência.

A nova assinatura, “Somos o que fazemos”, pretende respeitar os 23 anos de história da agência e, em simultâneo, projetar a orientação para o futuro. “O nosso trabalho fala literalmente por nós, bem como os 154 prémios conquistados nestes 23 anos. Temos o privilégio de termos vários clientes que nos confiam o pensamento e a organização dos seus eventos”, prossegue Pedro Rodrigues, que tem vindo a trabalhar clientes como a EDP, Fidelidade, Ageas, Deloitte, Sport Lisboa e Benfica ou Jerónimo Martins.

“Temos clientes que nos acompanham há mais de uma década e na área dos eventos isso só é possível se formos capazes de apresentar ideias e soluções que surpreendam quem compra o evento, mas sobretudo quem o vai experienciar”, justifica.

“O futuro passará sempre por olhar para cada briefing como “o evento” independentemente da dimensão do mesmo. Somos percecionados com a solução quando o evento tem de correr bem, e nos grandes eventos, mas o nosso dia-a-dia também é feito de darmos resposta às necessidades dos nossos clientes de eventos mais pequenos”, responde o responsável, quando questionado sobre a orientação para o futuro da Desafio Global.

Com a pandemia ultrapassada, o setor dos eventos retomou o seu curso. “Durante a pandemia falou-se num futuro híbrido para os eventos, mas a nossa visão não era essa e veio-se a confirmar. Para além da vontade óbvia de os clientes de eventos de voltarem à componente presencial, os custos inerentes à realização de um evento híbrido, que conjugam os custos do evento presencial com tudo o que implica a componente remota do mesmo, fez com que os clientes rapidamente descartassem esse cenário“, aponta, lembrando que se trata de um setor em permanente atualização tecnológica.

Com um percurso sobretudo na área dos eventos corporativos, a Desafio Global foi responsável pelos principais eventos de André Villas Boas na corrida à liderança do FCP, como aliás foi referido no discurso de vitória do novo presidente do clube.

“Somos acima de tudo profissionais na organização de eventos. Tivemos o privilégio de colaborar na candidatura do André Villas Boas, na organização de eventos e outras áreas, mas, tivemos também a confiança de outros clubes, como o Benfica com a organização da Gala dos 120 anos no Meo Arena e a entrega da Taça ao Sporting através do nosso cliente Betclic”, acrescenta Pedro Rodrigues. “Fizemos o pleno dos três grandes“, resume.

A nova identidade da Desafio Global é descrita como minimalista, clean e focada na essência do trabalho da agência. O mood circular procura transmitir unidade e intemporalidade, além de conferir equilíbrio e simetria. A marca, e o manifesto da mesma, foram desenvolvidos internamente pelo designer Artur Sempere.

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Ciberataque expõe nomes e dados bancários de milhares de militares britânicos

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

Autoridades do Reino Unido confirmaram que os nomes e os dados bancários de milhares de membros das forças armadas britânicas foram expostos numa fuga de dados num sistema de pagamentos.

As autoridades britânicas confirmaram esta terça-feira que os nomes e os dados bancários de milhares de membros das forças armadas britânicas foram expostos numa fuga de dados num sistema de pagamentos.

A estação Sky News noticiou a suspeita de que piratas informáticos chineses estejam por detrás do ataque, mas o Governo não confirmou a autoria do ataque.

A Embaixada da China no Reino Unido classificou a sugestão de envolvimento como “calúnias completamente fabricadas e maliciosas”. “A China não encoraja, apoia ou tolera ciberataques. Ao mesmo tempo, opomo-nos à politização das questões de cibersegurança e à difamação infundada de outros países sem provas factuais”, disse um porta-voz da missão diplomática.

A fuga ocorreu num sistema de pagamento de salários de uma empresa terceira que detém os dados bancários de todo o pessoal das forças armadas em serviço e de alguns veteranos. Em alguns casos, os endereços também podem ter sido expostos. Até à data, os investigadores não encontraram provas de que os dados tenham sido retirados.

Tobias Elwood, ex-militar e antigo presidente da comissão parlamentar de defesa, argumentou que o ataque tem todas as características de um ataque informático chinês. “A utilização de nomes de funcionários e de dados bancários aponta para a China”, disse à BBC. “Pode ser parte de um plano, parte de uma estratégia”, acrescentou.

A notícia levou deputados Conservadores críticos do regime chinês a renovar a pressão sobre o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para endurecer a posição de Londres.

Em março, o Reino Unido e os Estados Unidos alegaram que piratas informáticos ligados ao governo chinês tinham visado funcionários, deputados, jornalistas, empresas, ativistas pró-democracia e a comissão eleitoral britânica numa campanha de ciberataques “maliciosos”.

Os dois países impuseram sanções a várias pessoas e nomearam alegados piratas informáticos, que se crê estarem todos a viver na China. Pequim rejeitou na altura estas acusações.

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Vestuário e calçado impulsionam subida dos processos de insolvência em Portugal

Aumento de 14% no número de processos de insolvência entre janeiro e abril foi puxado pelo setor industrial e “muito concentrado nas empresas de têxtil e moda”. Desce também a criação de empresas.

O arranque de 2024 manteve a tendência de crescimento das insolvências de empresas em Portugal, que no ano passado aumentaram 18% em termos homólogos, e depois de dois anos com valores “anormalmente baixos” neste indicador, que refletiram o efeito de muitas das medidas de apoio iniciados no período da pandemia.

Evolução dos processos de insolvência em Portugal

Insolvências de empresas e outras organizações: entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça até 31 de janeiro de 2024 (exclui empresários em nome individual)

Entre janeiro e abril, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela Informa D&B, um total de 722 empresas portuguesas iniciaram um processo de insolvência, mais 86 do que em igual período do ano passado. Corresponde a uma subida de 14%, provocada sobretudo pelo setor industrial (+90%).

“O aumento do número de processos de insolvência neste setor foi muito concentrado nas empresas de Têxtil e Moda (+176%; +88 processos de insolvência), nomeadamente nas atividades de fabricação de calçado (+513%; +41 processos de insolvência) e confeção de outro vestuário exterior em série (+145%; +32 processos de insolvência)”, detalha a consultora.

Já no que toca aos encerramentos, embora ainda prossigam as publicações no registo comercial referentes a este período, há registo de 3.997 casos, uma diminuição de 7,7% face ao período homólogo. No acumulado dos últimos 12 meses houve 15.030 empresas a fecharem portas, mais 322 do que nos 12 meses anteriores, com destaque para os setores dos serviços empresariais, dos transportes e do alojamento e restauração.

Motoristas da UBER em marcha de protesto frente à Assembleia da República - 06JAN20
Houve um recuo “acentuado” na constituição de empresas na área dos transportes, em particular, no segmento TVDEHugo Amaral/ECO

Em paralelo, o número de constituições baixou 4,6% até abril, num total de 18.633 novas empresas em Portugal. Quase três quartos desta descida são justificados por um recuo “acentuado” na área dos transportes. Em particular, no segmento do chamado transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros (TVDE), em que estão a surgir menos negócios desde dezembro e há uma queda acumulada de 34% nos primeiros quatro meses de 2024.

É na Área Metropolitana de Lisboa e, em termos setoriais, no alojamento mobilado para turistas (-30%; -100 constituições de empresas), nas atividades de mediação imobiliária (-17%; -70 constituições de empresas) e nos cafés (-22%; -46 constituições de empresas) que a Informa D&B mais verifica descidas na criação de empresas. Por outro lado, a construção ganhou 153 novas empresas e o norte do país e as regiões autónomas também viram surgir novos negócios.

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Portuguesa Bridge In avança para Espanha

A startup que apoia empresas estrangeiras a instalarem-se no país quer estar presente em 31 países até 2028. Está a recrutar.

Elisa Tarzia, VP of Growth da Bridge In

A Bridge In, startup que apoia empresas internacionais a expandirem-se para Portugal, está agora a expandir para Espanha, o primeiro mercado de internacionalização. Desde a fundação, em 2020, a empresa já atraiu mais de 26 milhões de euros de investimento estrangeiro para o país, alargando agora a sua área de atuação ao país vizinho. Até 2028 quer estar presente em 31 países.

“A expansão para Espanha irá permitir-nos aumentar a base de clientes, mas também validar a possibilidade de replicar a nossa fórmula de sucesso noutros países, permitindo ainda potenciar oportunidades relacionadas com mercados onde o ecossistema de startups se encontra muito dinâmico. O nosso objetivo passa por atrair empresas em crescimento para que estabeleçam operações em Portugal, e agora em Espanha, focando também em scaleups da América Latina que queiram entrar no mercado europeu”, explica Elisa Tarzia, vp of growth da Bridge In, citada em comunicado.

A startup atua como uma especialista local para empresas que queiram expandir-se para Portugal, ajudando com burocracia, operações, contratação de talento local, entre outros. Desde 2020, data da sua fundação, já conseguiu atrair mais de 26 milhões de euros de investimento estrangeiro para o país. A scaleup conta com 48 clientes ativos, em mais de 25 países e 5 milhões de euros em receitas obtidas no ano passado, segundo dados da empresa.

Depois de Espanha, a startup portuguesa tem como objetivo a médio prazo estar presente em “todos os países da União Europeia, da EFTA [Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça] e também Reino Unido”. Anualmente, a meta é “duplicar os países onde está presente” e, em quatro anos, marcar presença em 31 países. Até ao momento a startup levantou apenas 100 mil euros numa ronda pré-seed, em 2020.

Os planos de expansão são acompanhados pelo crescimento da equipa. Atualmente com cerca de 20 trabalhadores, até ao final do ano a startup quer “duplicar equipa”, pretendendo reforçar com para as “áreas como contabilidade, gestão de pessoas, programação, produto e vendas.”

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27.º CEO Survey em debate no próximo dia 10 de maio

  • ECO
  • 7 Maio 2024

O encontro realiza-se no Palácio Sottomayor, em Lisboa, e conta com a presença do ministro da Economia Pedro Reis.

A PwC e o ECO promovem no próximo dia 10 de maio um encontro para debater os resultados do CEO Survey, um inquérito internacional que inclui mais de 80 gestores portugueses.

A abertura do evento estará a cargo do ministro da Economia Pedro Reis. Segue-se a apresentação do estudo, que será realizada por António Brochado Correia, presidente da PwC. No final, haverá um painel de debate moderado por António Costa, diretor do ECO, com Isabel Vaz, CEO do Grupo Luz Saúde, José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, e Pedro Leitão, CEO do Banco Montepio.

O evento realiza-se no Palácio Sottomayor, em Lisboa, das 09h00 às 11h30.

A 27.ª edição do CEO Survey inquiriu 4702 líderes em 105 países e territórios. Em Portugal foram recolhidas respostas de mais de 80 CEO.

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Seguradoras moçambicanas multadas pelo regulador

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

A supervisora de seguros liderada por Ester dos Santos José está focada na fiscalização das garantias financeiras das seguradoras moçambicanas.

O Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM) aplicou multas dois milhões de meticais (quase 30.000 euros) a seguradoras moçambicanas no âmbito da fiscalização das garantias financeiras, refere informação da instituição consultada pela Lusa.

Ester dos Santos José é presidente do conselho de administração do ISSM, a entidade supervisora dos seguros em Moçambique, fiscalizadora de 19 seguradoras e 150 corretores.

De acordo com quatro avisos publicados pelo regulador, datados de segunda-feira, cada instituição visada foi multada em 500 mil meticais (7.260 euros), por infrações detetadas “no âmbito da supervisão e fiscalização da atividade seguradora e respetiva mediação”.

A Moçambique Companhia de Seguros foi multada por “não ter constituído os ativos representativos das provisões técnicas para o exercício findo a 31 de dezembro de 2022”, o mesmo acontecendo com a Diamond Companhia de Seguros e a Imperial Insurance Moçambique SA pelo mesmo motivo, mas nas contas de 2021.

A Imperial Insurance Moçambique foi ainda multada no mesmo valor “por não ter submetido o relatório e contas” do exercício de 2021 conforme prevê o regulamento do setor.

Dados do ISSM indicam que estão registadas em Moçambique 19 companhias de seguro, entre os setores vida e não vida.

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Banca portuguesa com rendibilidade superior à média europeia e espanhola

  • ECO
  • 7 Maio 2024

O aumento da rendibilidade da banca portuguesa, que atingiu os 15,1%, deve-se à melhoria da margem financeira e da eficiência, superando a média da União Europeia (10,9%) e de Espanha (12,6%).

A rendibilidade média dos principais bancos a operar em Portugal superou em mais de quatro pontos percentuais a média da União Europeia (UE) em 2023, segundo um estudo realizado pela consultora Alvarez & Marsal (A&M).

Em 2023, a rendibilidade da banca portuguesa aumentou 580 pontos base, com o setor a atingir um ROE (return on equity) de 15,1%, isto é, 4,2 pontos percentuais (p.p.) acima da média registada na UE, de acordo com a quinta edição do estudo “O Pulso da Banca”.

A consultora analisou 16 indicadores financeiros da atividade nacional dos sete principais bancos a operar em Portugal: Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, Novobanco, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio.

O aumento do ROE, transversal a todos os bancos analisados, “deveu-se, essencialmente, à subida da margem financeira em 113 p.b., para 2,38% em 2023, refletindo a política monetária do Banco Central Europeu, e da melhoria do rácio de eficiência, que atingiu aproximadamente os 31,6%”, explica-se a A&M num comunicado.

Entre estes sete bancos, o Santander foi o que registou a maior rendibilidade, atingindo os 25,2% no último trimestre do ano passado, um aumento de 10,8 p.p, em relação ao período homólogo.

Seguiu-se o Novobanco (18,7%), numa subida de 1,9 p.p., e o BCP, que melhorou em 11,6 p.p., para 17%. Este último foi o banco em Portugal que registou a maior subida da rendibilidade em 2023. Na lista seguiu-se a Caixa Geral de Depósitos (14,2%), o BPI (13,4%), o Crédito Agrícola (13,2%) e o Banco Montepio (8,6%).

Fonte: “O Pulso da Banca”, Alvarez & Marsal

O ROE da banca portuguesa no último trimestre do ano passado ficou, assim, acima daquele que foi registado pela UE, que se fixou em 10,9%, mas também do de Espanha, que registou 12,6%. Entre os sete bancos portugueses, apenas o Banco Montepio apresentou um ROE inferior em relação à média tanto europeia como espanhola.

“O ano de 2023 foi, porventura, dos anos mais positivos, na última década, para a banca portuguesa, tendo apresentado níveis médios de rendibilidade superiores aos da União Europeia e inclusive da banca espanhola. Apesar do agravamento do custo do risco registado entre 2022 e 2023, a qualidade das carteiras de crédito manteve-se robusta com as melhorias dos rácios de NPL e de cobertura”, refere Mário Trinca, managing director da A&M Portugal, citado na mesma nota.

O bom ano de 2023 para os bancos portugueses também se vai traduzir em melhores remunerações para os acionistas. Como noticiou o ECO esta segunda-feira, CGD, BCP, BPI e Banco Montepio vão pagar 1,3 mil milhões de euros em dividendos, número que exclui o Santander Totta, que ainda não anunciou o dividendo que var dar à casa-mãe espanhola.

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Governo estima gastar até “1,5 milhões de euros por mês” com horas extra dos professores de informática

Ministério adianta ainda que as horas extra "serão pagas à medida que as escolas façam a requisição das mesmas junto do Instituto de Gestão Financeira da Educação".

O Governo prevê gastar até “1,5 milhões de euros por mês” com a atribuição de até cinco horas semanais remuneradas aos professores de informática, estimando que a medida possa abranger 3.750 docentes, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Na semana passada, a tutela liderada por Fernando Alexandre indicou que os diretores das escolas públicas vão poder atribuir aos professores de informática até cinco horas extraordinárias semanais remuneradas. Ao ECO, fonte oficial explica que o “custo da medida dependerá das necessidades definidas pelos diretores das escolas, isto é, do número de horas a atribuir a cada docente e do escalão a que cada docente pertence”.

O Ministério sublinha ainda que as mesmas “serão pagas à medida que as escolas façam a requisição das mesmas junto do Instituto de Gestão Financeira da Educação”. Não obstante, estima que “a utilização das horas totais disponíveis resultará num custo máximo de 1,5 milhões de euros por mês”.

No programa do Governo, o Executivo comprometia-se a “promover as horas extra dos professores, de forma temporária e facultativa”, tendo em vista atrair novos docentes para a escola pública.

Numa altura em que o setor enfrenta um nível recorde de aposentações e que se estima que sejam precisos contratar cerca de 30 mil professores até 2030, neste âmbito, o Governo propõe ainda “promover o regresso ao ensino dos professores que tenham saído da profissão, através de mecanismos de bonificação de reposicionamento na carreira”, assim como rever o “salário em início de carreira” e “rever os restantes índices e escalões, no sentido de simplificar o sistema remuneratório”.

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