Após três anos na Sport TV, Fórmula 1 passa a ser transmitida na DAZN a partir de 2025

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  • 2 Maio 2024

Após três anos na Sport TV, novo acordo garante à antiga Eleven Sports a transmissão de todos os Grandes Prémios, incluindo as sessões de treino, qualificações e sprint, com comentários em português.

A DAZN adquiriu os direitos de transmissão da Fórmula 1 em Portugal para as próximas três temporadas (2025-2027). A principal competição de desporto automóvel deixa assim a Sport TV, estação que foi responsável pela transmissão nos últimos três anos, depois da Eleven Sports (agora DAZN), que transmitiu a competição entre 2019 e 2021.

O acordo garante a transmissão de todos os Grandes Prémios, incluindo as sessões de treino, qualificações e sprint, com comentários especializados em português. Estão também incluídos os direitos de transmissão da Formula 2, Formula 3, F1 Academy e Porsche SuperCup.

Queremos dar continuidade ao crescimento do desporto motorizado em Portugal e, acima de tudo, continuar a valorizar o nosso produto para os fãs de desporto. As próximas temporadas de Fórmula 1 prometem trazer bastantes novidades que vão ter impacto na competição. Agregar a maior competição de motores do mundo ao melhor futebol da Europa é mais um passo importante para a DAZN ser a referência do entretenimento desportivo com o melhor portefólio de conteúdos em Portugal”, diz Jorge Pavão de Sousa, diretor-geral da DAZN Portugal, citado em comunicado.

Entre as novidades da Fórmula 1 para o novo triénio está a passagem de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari. Em 2026, o campeonato vai também contar com novos regulamentos e com a entrada da Audi e o regresso da Ford à competição, que vai suportar a Red Bull Powertrains.

A temporada de 2025 vai contar com um total de 24 corridas e começa com o Grande Prémio da Austrália, algo que não acontecia desde 2019. A encerrar a temporada há um triple header (três fins de semana consecutivos) com os Grandes Prémios de Las Vegas, Qatar e Abu Dhabi.

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“Estamos a cumprir o nosso papel quando substituímos quem não faz o que devia fazer”, diz Governo sobre mudança na Santa Casa

Ministro da Presidência insiste que responsáveis exonerados não tinham preparado "medidas decisivas" necessárias para inverter situação de degradação financeira da SCML.

A exoneração da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a gerar polémica, mas o ministro da Presidência está confiante que os portugueses compreendem que o Governo está a “cumprir o seu papel quando substitui quem não faz o que deveria fazer”. Numa conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros, Leitão Amaro insistiu esta quinta-feira que, apesar da degradação financeira da SCML, “não se conheciam medidas decisivas para inverter a situação”, o que justifica a demissão de Ana Jorge.

“Os portugueses compreendem que estamos a cumprir o nosso papel quando substituímos quem não faz o que deveria fazer, quem não protege uma instituição tão importante e a sua capacidade para auxiliar os mais necessitados”, sublinhou o ministro da Presidência, questionado pelos jornalistas.

Ninguém nos perdoaria se daqui a três meses, seis meses ou um ano estivéssemos a chorar uma degradação ainda maior e a falta de resposta aos mais vulneráveis”, atirou o mesmo responsável, que defendeu que a Santa Casa da Misericórdia desempenha um “papel fundamental” não só na capital, mas também noutros pontos do território nacional.

Face a essa significativa relevância, os portugueses não perdoariam, salientou Leitão Amaro, que o Governo “assistisse em inação” ao agravar da situação financeira, sendo que a mesa que foi exonerada estava em funções há um ano, mas não se conhecia nem um plano de reestruturação, nem “medidas decisivas para inverter a situação”.

“A Santa Casa precisa de um novo ímpeto que a direção anterior não garantia”, defendeu o ministro da Presidência.

No comunicado em que anunciou a exoneração dos membros da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa bem como a provedora Ana Jorge, o Governo já justificava essa decisão com a incapacidade de “enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição, o que poderá a curto prazo comprometer a fundamental tarefa de ação social que lhe compete”.

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Alargado prazo de reembolso do PT2020 para “evitar perda de fundos”

Prazo de elegibilidade das despesas do Portugal 2020 foi alargado até 31 de agosto. Governo diz que execução dos fundos europeus está "extraordinariamente atrasada".

O Governo aprovou esta quinta-feira um diploma que permitirá financiar despesas de projetos do Portugal 2020 até agosto deste ano. O objetivo é evitar a perda de fundos europeus, uma vez que nos vários instrumentos existentes — PT2020, PRR e PT2030 — estão “muito mais atrasados do que o país tinha conhecimento”, disse o Leitão Amaro.

“Iremos também salvar cerca de 60 milhões de euros que não estão ainda validados. Para isso o Governo aprovará brevemente um diploma legal fixando o prazo de elegibilidade das despesas até 31 de agosto do corrente ano”, anunciou o ministro Adjunto e da Coesão na sua intervenção no Parlamento no debate do programa de Governo, em abril. Manuel Castro Almeida disse na altura que “há cerca de 500 milhões de despesa para pagar dos fundos de Coesão e mais 600 milhões destinados à Agricultura a executar até ao final de 2025”.

No Conselho de Ministros desta quinta-feira foi aprovado “um decreto-lei que altera o Decreto-lei n.º159/2014, de 27 de outubro, alargando o prazo de reembolso para efeitos de elegibilidade de despesas relacionadas com fundos europeus, em conformidade com o Regulamento (EU) nº 2024/795”, lê-se no comunicado.

As regras em vigor até ao momento ditavam que, para financiamento do Portugal 2020, apenas eram elegíveis faturas de projetos até dezembro de 2023, ainda que as autoridades de gestão disponham de sete meses até solicitarem o último pedido de pagamento a Bruxelas.

Ou seja, até 31 de julho deste ano, os beneficiários do PT2020 ainda podem apresentar pedidos de reembolso às autoridades de gestão. Estas, por sua vez, ainda podem fazer verificações de gestão, validar despesas e pagá-las e, finalmente, endereçar o último pedido de pagamento à Comissão Europeia. É por isso que, no final do ano passado, a Comissão ainda não tinha transferido a totalidade das verbas para Portugal, mas apenas 90%, e Manuel Castro Almeida sublinha que o PT2020 ainda não está encerrado.

De acordo com as regras europeias, o encerramento final do PT2020 só acontecerá a 31 de maio de 2025 já depois da realização de auditorias e relatórios finais e aí sim será definida a taxa final de execução do Portugal 2020.

O ministro da Presidência sublinhou que o Governo está a tentar “evitar a perda de fundos europeus uma vez que que os vários instrumentos que existem estão atrasados. Muito mais do que o país tinha conhecimento”. “Temos vindo a tomar medidas para acelerar a execução destes fundos que estavam extraordinariamente atrasados”.

O Governo anterior “fez muito mais despesa e prometeu muito mais despesa corrente do que tinha cabimentada. Só há uma parte da despesa que devia ter realizado e não realizou, que é da dos fundos europeus por uma má execução dos fundos”, reiterou Leitão Amaro, fazendo a comparação com o facto do Executivo de Luís Montenegro ter encontrado “situações preocupantes” nas contas públicas, nomeadamente medidas aprovadas pelo anterior Governo após as eleições, que não tinham cabimento orçamental. No entanto, o ministro das Finanças continua a fazer tabu sobre se será necessário um Orçamento retificativo.

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Imobiliária ERA vende mais casas novas no primeiro trimestre. Norte lidera negócio

Entre os concelhos com mais casas novas vendidas no primeiro trimestre, destacam-se Gondomar, Porto e Coimbra. Oito em cada dez clientes são portugueses e imóveis T2 são os mais procurados.

A ERA Portugal registou um crescimento de 36% na venda de casas novas no primeiro trimestre de 2024, face ao período homólogo, num total de cerca de 300 habitações. Gondomar, Porto e Coimbra são os concelhos onde a imobiliária mais vendeu casas novas durante este período.

Estas transações representaram uma faturação de cerca de 2,5 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, naquela que é uma subida de 21% em relação ao trimestre anterior (cerca de 2,1 milhões de euros) e de 38% face ao período homólogo (cerca de 1,8 milhões de euros).

Este trimestre, a venda de casas novas representou 15% da faturação da imobiliária na habitação, “ganhando um peso cada vez maior na faturação total da ERA”, refere-se em nota de imprensa.

“Os números comprovam uma tendência de crescimento verificada ao longo do último ano. A incerteza macroeconómica que marcou o arranque de 2023 tornou ainda mais significativa a subida registada neste primeiro trimestre e dá-nos boas perspetivas para o que resta do ano“, diz David Mourão-Ferreira, diretor do departamento de novos empreendimentos da ERA Portugal, citado em comunicado.

Entre os cinco concelhos em que mais casas novas foram vendidas, destaca-se Gondomar (10%) na primeira posição, seguido pelo Porto (8%), Coimbra (7%), Loures (6%) e Seixal (4%). A percentagem é exprimida face ao total nacional.

Já quanto à tipologia, os imóveis novos mais procurados foram os T2 (37%), seguidos pelos T3 (29%), T1 (20%), T4 (10%) e T0 (3%). Embora apresente uma percentagem reduzida, a procura pela tipologia T0 “tem crescido substancialmente, sobretudo por parte de investidores, e são imóveis com um tempo de absorção [venda] muito rápido”, lê-se em nota de imprensa.

Os portugueses continuam a representar a grande maioria dos clientes, na ordem dos 80%, sendo que os restantes se distribuem por cidadãos oriundos de países como Brasil, Alemanha, Estados Unidos da América ou França.

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Luís Menezes sucede a Steven Braekeveldt como CEO da Ageas em Portugal

O grupo Ageas Portugal terá novo CEO a partir de 1 de outubro. Luís Menezes, ex-Unilabs, vai suceder ao carismático líder que montou o grupo belga no país após a compra dos negócios da AXA.

O Grupo Ageas Portugal vai ter novo CEO a partir de 1 de outubro. Luís Meneses vai suceder a Steven Braekeveldt, que chegou a Portugal em 2016 para fazer a transição após a compra da AXA em Portugal pelo grupo belga. “Ainda ficarei algum tempo ligado ao Grupo Ageas Portugal, mas sinto que este é o momento certo para iniciar um novo capítulo na organização e também na minha vida”, explica Steven Braekeveldt.

Sucessão em outubro. Steven Braekeveldt continuará ligado ao Grupo Ageas Portugal, mas será Luís Meneses o novo CEO.

Segundo o ainda CEO, até outubro, “este é um momento excelente para entregar a liderança do Grupo Ageas Portugal ao Luís. Apesar de estarmos a resistir ao embate de uma conjuntura internacional económica e social adversa com impacto nas famílias, mas também nas empresas, estamos a fechar um ciclo estratégico de enorme sucesso, onde inovação, sustentabilidade e impacto social, parcerias de sucesso, foco na proximidade com os nossos Clientes e Parceiros e numa cultura organizacional interna forte permanecem na essência do nosso negócio”. Steven Braekeveldt acrescenta que “o histórico do Luís enquanto líder de sucesso e o forte alinhamento com a cultura e valores da Ageas serão impulsionadores de um novo ciclo de crescimento do Grupo”.

Luís Menezes tem experiência como gestor de grandes empresas, tendo sido CEO da Unilabs Portugal, “com uma liderança assinalada por uma estratégia centrada no cliente, e no reconhecimento e valorização dos seus mais de três mil Colaboradores durante os 18 anos em que coordenou e liderou o seu crescimento”, afirma a Ageas Portugal em comunicado.

Após 17 anos da Unilabs, Luís Menezes foi Senior Advisor do Conselho de Administração da Explorer Investments, empresa de Private Equity, para as áreas de Inovação e Tecnologia, tendo tido experiências anteriores na Fundação Ilídio Pinho e na JP Morgan Chase, em Londres.

Luís Menezes também manteve atividade política tendo sido deputado de 2009 a 2014 e 1º Vice presidente da bancada parlamentar do PSD.

O futuro CEO da Ageas considera uma “responsabilidade a de suceder a um líder visionário e carismático como o Steven; segundo, pela minha entrada coincidir com uma nova fase estratégica da organização, que será lançada no início do próximo ano, e que pretendo que seja de consolidação e de crescimento, na continuidade do caminho sólido e diferenciador que tem marcado o percurso do Grupo Ageas Portugal, sob liderança do Steven e de uma equipa altamente experiente, competente e dedicada”, conclui Luís Menezes.

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Governo dos Açores cancela concurso de privatização da Azores Airlines e vai lançar um novo. Companhia vale agora 20 milhões

  • Lusa e ECO
  • 2 Maio 2024

Executivo regional justifica anulação do concurso público com "alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia".

O Governo dos Açores cancelou o concurso de privatização da companhia aérea Azores Airlines e vai lançar um novo, alegando que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões.

“[O Conselho de Governo] deliberou não dar seguimento ao processo de privatização da Azores Airlines devido à alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia. Fica assim cancelado o atual processo de privatização da Azores Airlines”, anunciou hoje o vice-presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima.

O governante falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na leitura do comunicado do Conselho de Governo, reunido hoje, por videoconferência.

O concurso público internacional para a privatização de entre 51% e 85% da Azores Airlines terminou com apenas um candidato viável, a Newtour/MS Aviation. A proposta do consórcio recebeu uma notação de 46,69 pontos em 100 do júri, uma avaliação de “suficiente”, tendo em conta que a nota positiva começa em 25.

O júri, liderado pelo economista Augusto Mateus, alertou na altura para a falta de “força financeira” do consórcio para garantir a execução do caderno de encargos e a sustentabilidade da companhia aérea.

As principais estruturas sindicais também se opuseram à venda da transportadora do grupo SATA à Newtour/MS Aviation. No seu parecer, o conselho de administração da companhia aérea também defendeu que o concurso fosse anulado e lançado um novo.

Segundo Artur Lima, a decisão de cancelar o concurso foi tomada tendo em conta uma avaliação da companhia aérea do grupo SATA, feito por um consultor, que a coloca agora a valer “mais de 20 milhões de euros”, quando no início do processo estava avaliada em seis milhões.

O melhor interesse da Região Autónoma dos Açores perante uma companhia que é hoje mais valiosa, que está mais robusta, é cancelar este processo de privatização e dar início a um novo processo de privatização, com este novo valor de 20 milhões de euros, em vez de seis milhões de euros.

Artur Lima

vice-presidente do Governo Regional dos Açores

“O melhor interesse da Região Autónoma dos Açores perante uma companhia que é hoje mais valiosa, que está mais robusta, é cancelar este processo de privatização e dar início a um novo processo de privatização, com este novo valor de 20 milhões de euros, em vez de seis milhões de euros”, apontou o vice-presidente do Governo Regional dos Açores. “É um argumento suficientemente válido, aliás previsto no caderno de encargos.”

A privatização da maioria do capital da Azores Airlines é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em junho de 2022, no âmbito da ajuda estatal de 453,25 milhões de euros. A venda terá de ser concretizada até ao final de 2025.

Vamos iniciar brevemente o novo processo de privatização da Azores Airlines, não posso dizer exatamente o prazo, mas ainda temos alguma folga para isso”, afirmou Artur Lima, salientando que “a única maneira de salvar a companhia é obviamente privatizá-la para injeção de capital”.

(notícia atualizada às 14h40 com declarações adicionais de Artur Lima)

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Apesar de situações “preocupantes” nas contas públicas, Governo mantém tabu sobre retificativo

O ministro das Finanças salienta que "desde a demissão do anterior primeiro-ministro, o Governo anterior aprovou 108 resoluções" e há três que não têm "cabimento orçamental".

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, deu conta de ter encontrado “situações preocupantes” nas contas públicas, nomeadamente medidas aprovadas pelo anterior Governo após as eleições, mas continua sem esclarecer se será necessário um Orçamento retificativo.

“Até 31 de março, o anterior Governo comprometeu parte substancial das reservas do Ministério das Finanças”, indica Miranda Sarmento na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, além de que “aprovou despesas excecionais de 1.080 milhões de euros, dos quais 950 milhões já depois das eleições”, indica.

O ministro salienta que “desde a demissão do anterior primeiro-ministro, o Governo anterior aprovou 108 resoluções de Conselho de Ministros” e há três de “montante significativo que foram promessas que não tem cabimento orçamental”.

Entre essas encontram-se 100 milhões de euros de apoios aos agricultores para a seca, a compra de vacinas Covid e 200 milhões de euros para a recuperação do parque escolar. Tendo em conta estes factos, há uma “situação orçamental que é muito mais exigente do que a que o Governo anterior tinha declarado”.

Apesar disto, o Governo continua sem se comprometer com a necessidade de um Orçamento do Estado retificativo. Na reunião, não se discutiu o “tema do Orçamento retificativo, será objeto de decisão nos próximos meses em função do que possa a ser impacto de muita coisa que ainda não conhecemos e podem obrigar ou não a esse instrumento”, sinaliza Miranda Sarmento.

Já questionado sobre o impacto destas “descobertas” no programa do Governo e nas promessas eleitorais da Aliança Democrática, o ministro assegura que “trabalharemos e mantemos compromisso de cumprir programa eleitoral”.

É de salientar que esta terça-feira foram conhecidos os dados da execução orçamental, que mostram que o défice orçamental regressou em março, pela primeira vez “desde dezembro de 2022”. O excedente de 785 milhões em fevereiro passou para um défice de 259 milhões de euros em março, último mês de Fernando Medina como ministro.

Se a este défice se acrescentar as “dívidas a fornecedores, que é num montante também em torno de 300 milhões de euros, temos na realidade um défice em março de quase 600 milhões de euros”, calcula o ministro.

Comportamento “eleitoralista”

Para Miranda Sarmento, o comportamento do Governo anterior foi “eleitoralista”. “O Governo anterior apresentou um conjunto de promessas numa manifesta posição eleitoralista para a qual temos dúvidas se tinha legitimidade e para grande parte não inscreveu verba”, atira.

“Houve um enorme eleitoralismo por parte do anterior Governo, sobretudo nas resoluções de Conselho de Ministros, fez promessas para as quais não estava habilitado para fazer”, remata.

Mesmo com esta situação, o Governo aprovou neste Conselho de Ministros a duplicação da consignação de IRS de 0,5% para 1%, sendo que esta medida, se aprovada, vai significar menos “40 milhões de euros” de receita para o Estado, em 2025.

(Notícia atualizada às 13h10)

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Cuatrecasas assessora Concentra na integração da mediadora de seguros Portinsurance

Esta fusão coloca o grupo no Top 5 dos mediadores de seguros independentes da Península Ibérica e no top 10 dos maiores grupos de mediação do mercado português.

A Cuatrecasas assessorou o grupo Concentra na integração da mediadora de seguros portuguesa Portinsurance. Esta fusão coloca o grupo no Top 5 dos mediadores de seguros independentes da Península Ibérica e no top 10 dos maiores grupos de mediação do mercado português.

A equipa da Cuatrecasas que prestou a assessoria jurídica nesta operação foi constituída pelos advogados João Mattamouros Resende, que coordenou a equipa, Jorge Serrote e Sofia Marques de Aguiar, da área de Societário e M&A, e por Ana Sofia Silva, da área de Serviços Financeiros e Seguros.

Com sede em Cantanhede e com outros 12 escritórios em todo o país, a Portinsurance conta com mais de meia centena de colaboradores e uma extensa rede de agentes exclusivos.

A partir de agora, as operações do Grupo Concentra em Portugal serão desenvolvidas sob uma estratégia, equipa e marca independentes, bem diferenciadas, como a Portinsurance (agentes exclusivos), a Melior (negócio corporate) e a MEDIAN (negócio internacional).

A Cuatrecasas é uma das mais ativas sociedades de advogados na assessoria a fusões e aquisições em Portugal e Espanha, ocupando, ano após ano, as posições cimeiras nas tabelas comparativas publicadas por agências internacionais de informação financeira, como a Mergermarket e a Transactional Track Record, tendo sido destacada por ambas as agências com o 1.º lugar em volume de operações de M&A em 2023 em Portugal.

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Governo abdica de 40 milhões e duplica doação de IRS para 1% destinada a instituições de utilidade pública

No próximo ano, os contribuintes poderão entregar até 1% do imposto para apoiar entidades solidárias, caso a proposta passe pelo crivo do Parlamento.

O Governo decidiu “duplicar o limite da consignação de IRS, de 0,5% para 1%, destinada a instituições de utilidade pública”, que terá efeitos no próximo ano, aquando a liquidação do imposto, anunciou esta quinta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final da reunião do Conselho de Ministros. Esta proposta de lei, se passar pelo crivo do Parlamento, vai significar menos “40 milhões de euros” de receita para o Estado, em 2025, indicou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Nas estimativas do Executivo, a medida terá um custo de “40 milhões de euros” que vão reforçar o “setor social, ambiental e cultural”, esclareceu Miranda Sarmento. Ou seja, estas instituições irão receber, no próximo ano, mais 40 milhões de euros.

Recorde-se que a consignação do IRS permite doar a uma instituição, uma parte do imposto que iria reverter a favor do Estado, não tendo qualquer custo para o contribuinte.

Esta medida “concretiza-se no próximo ano, mas já tendo em conta os rendimentos deste ano“, indicou. Para Leitão Amaro, o reforço do montante que os trabalhadores podem entregar “às instituições solidárias, como Instituições Particulares de Solidariedade Social, (IPSS), mas também entidades culturais, religiosas ou com fins ambientais”, representa “maior liberdade de escolha dos contribuintes em relação ao imposto que pagam, que é produto do seu esforço, do seu trabalho”.

O governante salientou ainda que “a duplicação da consignação representa uma maneira muito significativa de apoiar as instituições, as IPSS, as Misericórdias, as instituições religiosas, culturais”. “Esta medida representa um apoio muito expressivo às entidades sociais que desempenham um papel decisivo no País, especialmente no apoio às populações mais vulneráveis”, lê-se ainda no comunicado do Conselho de Ministros.

(Artigo atualizado às 12h55)

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Governo entregou ao Tribunal de Contas auditoria da Santa Casa Global que não era a final

"Se a mesa [da SCML] diz que esse não é o relatório final e diz que tem outro, que agora é o final, aguardamos que nos seja entregue e avaliaremos se é mesmo o relatório final", diz o Governo ao ECO.

Afinal, a auditoria à Santa Casa Global entregue pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS) ao Tribunal de Contas (TdC) não era a final. Ao ECO, a tutela liderada por Maria do Rosário Ramalho garante que a informação que tinha “era de que aquele era o relatório final”, mas agora a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), liderada por Ana Jorge, diz que “tem outro” relatório, pelo que o Governo aguarda que este lhe seja entregue.

A informação que havia no gabinete era a de que aquele era o relatório final. A auditoria tinha a denominação de auditoria forense e estava classificada como confidencial”, explica fonte oficial do MTSS, lembrando que a anterior ministra da tutela, Ana Mendes Godinho, “já tinha remetido essa auditoria para o Ministério Público e que a atual ministra o remeteu para o Tribunal de Contas (TdC).

“Se a mesa [da SCML] diz que esse não é o relatório final e diz que tem outro, que agora é o final, aguardamos que nos seja entregue e avaliaremos se é mesmo o relatório final” ou se há aspetos que possam ainda ter de ser investigados, acrescenta.

A auditoria à Santa Casa Global, criada para gerir as lotarias e jogos de apostas no mercado externo, ficou a cargo da auditora BDO. De acordo com a Lusa, a SCML já tinha enviado para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas o relatório sobre a auditoria externa feita à Santa Casa Global com dados recolhidos até 31 de janeiro de 2024.

Governo decidiu exonerar toda a mesa da SCML, incluindo a provedora Ana Jorge, acusando a administração de ser “incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição” e de “atuações gravemente negligentes”, que poderão comprometer a “curto prazo” a “fundamental tarefa de ação social que lhe compete”. Ainda assim, a provedora vai-se manter em gestão corrente até ser nomeada nova equipa.

Posteriormente, numa carta enviada aos trabalhadores, Ana Jorge, que tinha assumido funções há cerca de um ano, denunciou a forma “rude e caluniosa” com que foi justificada a sua exoneração e garantiu que vai contar a sua verdade “em tempo e em sede própria”. A provedora, agora exonerada, herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, cuja debilidade financeira coincidiu com os anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela anterior administração liderada por Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.

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Portugal é o quinto país da UE com trabalhadores que mais prolongam horários

  • Lusa
  • 2 Maio 2024

Cerca de 7% dos trabalhadores da UE passam habitualmente 49 horas ou mais por semana no trabalho. Portugal supera essa média, chegando aos 9%, de acordo com o Eurostat.

Portugal é o quinto Estado-membro da União Europeia (UE) com maior percentagem de trabalhadores em horário prolongado (9,0%), sendo a média na Europa de 7,1%, em 2023, segundo dados do Eurostat.

De acordo com o serviço estatístico europeu, a Grécia é o país com maior percentagem de pessoas que fazem horário prolongado (11,6%), seguida de Chipre (10,4%), França (10,1%), Itália (9,6%) e Portugal (9,0%).

No outro extremo da tabela, a Bulgária (0,4%), Letónia e Lituânia (1,1% cada), Roménia (1,8%) e Estónia (2,0%) apresentaram as taxas mais baixas.

Os longos horários de trabalho referem-se aos trabalhadores que passam habitualmente 49 horas ou mais por semana no trabalho e o Eurostat indica ainda haver uma taxa muito maior entre os trabalhadores por conta própria (29,3% do todas destes trabalhadores) do que entre trabalhadores por conta de outrem (3,6% do total).

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Taxas do crédito da casa sobem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 2 Maio 2024

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram nos principais prazos esta quinta-feira.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, subiram a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 3,828%, mais 0,033 pontos, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou para 3,728%, mais 0,032 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou para 3,853%, mais 0,028 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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