Euribor desce a três e seis meses para mínimos desde outubro e julho

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

A taxa Euribor desceu a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, nos dois prazos mais curtos para mínimos desde outubro e julho de 2023, respetivamente.

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, nos dois prazos mais curtos para mínimos desde outubro e julho de 2023, respetivamente. Com as alterações desta terça-feira, a Euribor a três meses, que recuou para 3,825%, permanece acima da taxa a seis meses (3,795%) e da taxa a 12 meses (3,696%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu esta terça-feira para 3,795%, menos 0,020 pontos e um mínimo desde julho de 2023, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, baixou esta terça-feira, para 3,696%, menos 0,030 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,825%, menos 0,010 pontos e um mínimo desde outubro de 2023, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Lufthansa e Air France-KLM avançam para corte de custos após prejuízos elevados no primeiro trimestre

Greves e cancelamento de voos penalizaram as contas da Lufthansa e da Air France - KLM nos primeiros três meses do ano. As duas companhias deixam, no entanto, boas perspetivas para o verão.

O primeiro trimestre é sempre mais difícil para as companhias aéreas, devido à menor procura de viagens, e o deste ano foi particularmente penoso para a Lufthansa e o grupo Air France – KLM, que averbaram elevados prejuízos. A ordem é para conter custos.

A transportadora aérea alemã registou um prejuízo de 734 milhões de euros entre janeiro e março, mais 57% do que no mesmo período do ano passado. Já a Air France – KLM viu o resultado líquido agravar-se de um prejuízo de 344 milhões em 2023 para 522 milhões nos primeiros três meses deste ano.

Apesar de ambas as companhias terem aumentado as receitas face ao período homólogo — 3% no caso da alemã e 5,1% no caso da franco-neerlandesa –, o resultado operacional foi substancialmente mais negativo este ano: -849 milhões na Lufthansa e -489 milhões no grupo Air France – KLM.

A transportadora alemã justifica a quebra acentuada com “greves em diferentes grupos de funcionários do Grupo Lufthansa e por funcionários de parceiros do sistema” que tiveram “um impacto particularmente negativo”, que contabiliza em 350 milhões de euros.

Já a Air France – KLM aponta encargos com o cancelamento de voos, sobretudo na KLM, e uma quebra de receita no negócio de transporte de carga, que também afetou a Lufthansa.

“O nosso resultado operacional foi impactado por custos de disrupção na operação e um negócio de carga mais lento. No entanto, continuamos confiantes na nossa capacidade de atingir a nossa perspetiva de custos unitários para 2024 e estamos concentrados na execução do nosso roteiro estratégico para cumprir os nossos compromissos de médio prazo”, afirma o CEO, Ben Smith, citado num comunicado divulgado esta terça-feira.

Os dois grupos vão avançar com uma contenção dos custos no resto do ano. O grupo Air France – KLM vai implementar novas iniciativas para acelerar a redução de encargos, congelar o recrutamento e estabilizar a operação. A Lufthansa vai avançar com uma redução dos custos operacionais, suspender novos projetos e limitar o recrutamento de staff administrativo

As duas companhias deixam, no entanto, boas perspetivas para o verão. “As reservas atuais indicam que o verão será forte. As greves estão a ter um impacto na procura apenas no curto prazo”, refere a companhia alemã na apresentação dos resultados.

A Air France – KLM também aponta uma venda “promissora de passagens para o pico do verão” e espera beneficiar da realização das Olimpíadas na capital francesa. “Estamos a preparar-nos ativamente para uma temporada de verão promissora com os tão aguardados Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em Paris”, afirma o CEO.

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PIB da Zona Euro volta a crescer, após dois trimestres de contração

Já em termos homólogos, o PIB cresceu 0,4% na Zona Euro e 0,5% na UE, segundo a estimativa rápida do Eurostat. Portugal teve o quarto maior crescimento.

O PIB da Zona Euro cresceu 0,3% no primeiro trimestre deste ano, face ao trimestre anterior, de acordo com a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta terça-feira. A economia volta assim a crescer, em cadeia, depois de dois trimestres de contração. A mesma taxa de crescimento em cadeia foi observada na União Europeia (UE).

Portugal registou o quinto maior crescimento em cadeia e o quarto maior em termos homólogos, entre os países para os quais já há dados disponíveis.

Já em termos homólogos, o PIB cresceu 0,4% na Zona Euro e 0,5% na UE. Estes números representam uma aceleração face ao crescimento de 0,1% registado na Zona Euro e de 0,2% na UE no trimestre anterior.

Entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis para o primeiro trimestre de 2024, a Irlanda (+1,1%) registou o maior aumento em comparação com o trimestre anterior, seguida pela Letónia, Lituânia e Hungria (todos +0,8%). Portugal teve o quinto maior crescimento, a par com Espanha, de 0,7%.

A Suécia (-0,1%) foi o único Estado-membro que registou uma diminuição face ao trimestre anterior, destaca o Eurostat.

Quando a comparação é feita com o mesmo período do ano anterior, é possível verificar que as taxas de crescimento homólogas foram positivas para nove países e negativas para quatro.

Em termos homólogos, Portugal registou a quarta maior taxa de crescimento do PIB entre os países para os quais já existem dados, ao avançar 1,4%.

(Notícia atualizada às 10h30)

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Inflação na Zona Euro estabiliza nos 2,4% em abril. Portugal ficou abaixo da média

Eurostat estima que os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em abril (3,7%, face a 4% em março) e a energia a mais baixa (-0,6%, que compara com -1,8% em março).

A inflação da Zona Euro deverá manter-se estável nos 2,4% em abril, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Eurostat. Os serviços serão a componente que mais subiu e a energia a que mais desceu. Portugal ficou abaixo da média da zona euro com uma estimativa de 2,3%.

“Olhando para as principais componentes da inflação na Zona Euro, espera-se que os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em abril (3,7%, face a 4% em março), seguidos pelos produtos alimentares, álcool e tabaco (2,8%, face a 2,6% em março), bens industriais não energéticos (0,9%, que compara com 1,1% em março) e energia (-0,6%, que compara com -1,8% em março)”, escreve o Eurostat na sua estimativa rápida.

A inflação anual desacelerou em 12 Estados-membros, face a março, manteve-se estável em três e acelerou em cinco. Em Portugal, a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor em abril foi de 2,3%, uma décima inferior à média da Zona Euro. Como esta é uma estimativa rápida, os dados são todos provisórios e não existem ainda valores para a União Europeia como um todo.

A Bélgica (4,9%), seguida da Croácia (4,7%) e da Espanha e Áustria (3,4%) foram as economias que registaram as taxas de inflação mais elevadas e mais distantes da fasquia de 2% definida pelo Banco Central Europeu. Na verdade, 15 economias da Zona Euro continuam acima dessa meta.

Numa base mensal, os preços no consumidor subiram 0,4% em abril. Já taxa de inflação subjacente, que filtra os preços voláteis dos alimentos e da energia, desacelerou para 2,7%, abaixo dos 2,9% de março.

Os analistas e os mercados consideram que estes dados alimentam a expectativa de um corte de juros por parte do BCE, em junho, e a moeda única está a valorizar acima dos 1,072 euros por dólar.

O BCE deu quase como garantido o corte da taxa diretora a 6 de junho, desde que não haja surpresas desagradáveis na evolução dos salários ou dos preços, e os dados desta terça-feira permanecem consistentes com a trajetória que o banco antecipou nas projeções de março.

No ano passado, a inflação desacelerou mais rapidamente do que o BCE esperava, pelo que há meses que se discutem potenciais cortes nas taxas, mesmo que os decisores políticos digam que ainda procuram dados mais tranquilizadores, especialmente em relação aos salários.

O BCE aumentou as taxas de juro ao ritmo mais rápido alguma vez registado em 2022 e 2023 para combater a escalada dos preços, mas tem mantido a taxa de depósito estável em 4% desde setembro, argumentando que fez o suficiente para restringir a procura e eliminar as pressões sobre os preços.

Ainda assim, começam a surgir novas hesitações nomeadamente se o corte de junho deve ou não ser seguido por um conjunto de outras descidas, uma vez que a inflação estava a caminho da meta de 2% algures em 2025. Estas novas cautelas são alimentadas pelo aumento dos custos da energia e das tensões geopolíticas, que ameaçam perturbar o transporte marítimo e aumentar os preços das matérias-primas, um risco para uma grande economia aberta que depende do comércio e da importação de matérias-primas.

Além disso, a taxa de inflação mais elevada do que o antecipado nos Estados Unidos também alimenta novas preocupações, já que isso poderá atrasar os cortes nas taxas dos EUA por parte da Reserva Federal.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Maioria dos portugueses diz que Governo não vai durar mais de um ano. Mais velhos são os mais céticos

  • ECO
  • 30 Abril 2024

Metade dos portugueses acredita que o Governo de Montenegro não vai durar mais de um ano. Apenas 14% dos inquiridos estão convencidos de que reúne condições para cumprir os quatro anos.

Metade dos portugueses acredita que o Governo de Luís Montenegro não vai durar mais de um ano – 26,1% defende que dura menos que um ano e 25,8% um ano. Esta é uma das conclusões do barómetro mensal da Intercampus para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV. Apenas 14% dos inquiridos estão convencidos de que o novo Executivo reúne condições para cumprir os quatro anos de legislatura.

16,7% antecipam que o Governo irá durar “cerca de dois anos” e 4,8% entendem que deverá durar “mais de dois anos”, mas não a totalidade do mandato. Outra das conclusões do estudo revela que o novo Governo ainda não conseguiu convencer os portugueses de que está “para governar os quatro anos e meio da legislatura”.

A faixa etária acima dos 55 anos é a que tem maior ceticismo em relação à duração do Governo. Em contraciclo, os jovens, entre os 18 e 34 anos, são os mais confiantes na longevidade. A convicção é mais forte na região Norte (19,1%) e Centro (14,3%).

Em termos comparativos com o Governo de António Costa, 40,5% afirma que o Executivo de Montenegro é melhor e 41,7% o oposto.

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Lucro do Santander Totta dispara 58,4% para 294,4 milhões no primeiro trimestre

Bancos continuam a beneficiar da alta das taxas de juro. No caso do Santander Totta, disparo da margem financeira levou a uma subida de quase 60% dos lucros nos três primeiros meses do ano.

O Santander Totta registou lucros de 294,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 58,4% em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou esta terça-feira a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida.

A subida dos resultados deveu-se em grande medida ao crescimento da margem financeira, a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, que disparou 64,6% para 440,6 milhões de euros nos três primeiros meses do ano. Apesar do bom desempenho, o banco adianta em comunicado que “a dinâmica trimestral já refletiu, por um lado, os efeitos da subida da remuneração da base de depósitos, e, por outro, a inversão da curva de rendimentos associada às expectativas de que o BCE possa iniciar um novo ciclo monetário nos próximos trimestres”.

Já as comissões tiveram uma queda ligeira para 120,9 milhões, com o impacto da eliminação de algumas comissões por iniciativa do Parlamento, como a comissão de processamento da prestação em junho.

Contas feitas, o produto bancário avançou 39% para 567,3 milhões de euros, enquanto o banco conseguiu manter um controlo nos custos operacionais, que cresceram 1,1% para 129 milhões, num contexto de pressões inflacionistas e salariais.

O banco dá conta que saíram quase 100 trabalhadores e foram encerradas quatro agências no último ano. Desde que comprou o Banif em 2015 que saíram milhares de trabalhadores do Santander, com o processo de ajustamento a dar fruto no que diz respeito à eficiência do banco: situou-se nos 22,7% no primeiro trimestre.

Por outro lado, o incremento dos resultados atirou a rentabilidade para um patamar que há pouco tempo parecia inalcançável: o ROE subiu 7,5 pontos percentuais para 27,2% no arranque do ano.

Do lado do balanço, a carteira de crédito do Santander Totta aumentou 9,6% para 46,6 mil milhões de euros. O crédito para a compra de casa continuou, ainda assim, a contrair: -1,5% para 22,3 mil milhões. Já os empréstimos às empresas registaram um crescimento expressivo de 25% para 22,2 mil milhões.

Do lado dos recursos de clientes, que tiveram um decréscimo de 2,3% para 43,8 mil milhões de euros, os depósitos caíram 4,7% para 35,5 mil milhões, uma queda que o banco explica com a utilização de poupanças para amortizar o crédito da casa e a saída para Certificados de Aforro.

(Notícia atualizada às 9h58)

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Inflação desacelera para 2,2% em abril

Variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9% (4,8% no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023.

A taxa de inflação em Portugal desacelerou ligeiramente em abril: passou de 2,3% em março para 2,2% em abril, avançou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa estimativa rápida.

“A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,2% em abril de 2024, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, avança o INE, remetendo para 13 de maio os dados definitivos relativos à inflação de abril.

Já o indicador de inflação subjacente, que excluí produtos alimentares não transformados e energéticos, terá registado uma variação de 2%, uma desaceleração de 0,5 décimas face a março.

“A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9% (4,8% no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023 (variação mensal de -3,2%)”, explica o INE. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma taxa de variação nula (-0,5% em março).

Quando a análise do comportamento dos preços é feita em termos mensais e não homólogos, então a variação do Índice de Preços no Consumidor terá sido de 0,5%, ou seja, menos pronunciada face aos 2% em março e quase idêntica aos 0,6% de abril de 2023. O INE estima que a variação média nos últimos 12 meses foi de 2,6%, contra os 2,9% no mês anterior.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador que será utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus, terá registado uma variação homóloga de 2,3%, uma desaceleração face aos 2,6% do mês anterior.

O desempenho da inflação “está enquadrado com a nossa visão de uma normalização muito gradual até ao objetivo de 2%”, avança o departamento de estudos do BPI, numa nota de comentário, reconhecendo porém que o indicador ficou abaixo do que antecipavam. “A redução da inflação foi muito ligeira e neste mês foi também dificultada pelo efeito de base nos produtos energéticos”, uma vez que “tinha ocorrido uma redução significativa de preços em abril de 2023, mais concretamente, uma variação mensal de -3,2%”.

“A notícia mais favorável do índice em abril decorre do retorno à trajetória de descida da inflação subjacente após a interrupção de março”, acrescentam os economistas do BPI. “Não obstante, a dinâmica mensal da inflação subjacente ainda foi mais forte do que a média dos últimos anos anteriores à pandemia, sinalizando o arrastamento do processo e possivelmente confirmando que a inflação dos serviços ainda se mantém forte”, acrescentando, sublinhando, contudo, que “não descartam novamente subidas da inflação”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Economia portuguesa cresce 1,4% no primeiro trimestre, com procura interna a desacelerar

"O contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no primeiro trimestre", indica o INE. Já face ao trimestre anterior, o PIB cresceu 0,7%.

A economia portuguesa cresceu 1,4% no primeiro trimestre, face ao mesmo período do ano anterior, segundo a estimativa rápida divulgada pelo (INE) esta terça-feira. Este número representa um abrandamento face ao trimestre anterior, quando a economia registou um crescimento homólogo de 2,1%.

Já em termos trimestrais, o crescimento do PIB foi de 0,7% nos primeiros três meses do ano. Nesta comparação, o crescimento da economia estabilizou, sendo que tinha sido também de 0,7% no 4º trimestre do ano passado.

Como explica o INE, “o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no primeiro trimestre, verificando-se uma desaceleração do Investimento e do consumo privado”. Já o contributo da procura externa líquida “foi nulo, após ter sido positivo no trimestre anterior”.

Quando a comparação é feita com o trimestre anterior, é possível perceber que “o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB passou a positivo no 1º trimestre, refletindo a desaceleração das importações de bens e serviços mais acentuada que a das exportações de bens e serviços”.

No que diz respeito à procura interna, o contributo também diminuiu, mas em virtude de uma redução do investimento, já que se verificou uma aceleração do consumo privado.

(Notícia atualizada às 10h00)

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Elementos do Climáximo partiram vidros e vandalizaram nova sede da Galp

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Elementos do movimento Climáximo partiram ao início da manhã desta terça-feira vidros da fachada da sede da Galp, em Lisboa, disse à Lusa fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

Elementos do movimento Climáximo partiram ao início da manhã desta terça-feira vidros da fachada da sede da Galp, em Lisboa, disse à Lusa fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

A mesma fonte referiu que o alerta chegou pelas 07h14 e que “terão sido cerca de 10 pessoas” a vandalizar a fachada do edifício. Quando as autoridades chegaram ao local já não estava nenhum dos elementos, pelo que ninguém foi identificado, acrescentou a fonte.

Em comunicado, o movimento Climáximo confirmam os atos descritos pela PSP, acrescentando que os elementos pintaram na fachada a frase “Galp: nem aqui nem em lado nenhum”.

O coletivo critica o “negócio assassino da empresa”, dias depois da confirmação da descoberta de reservas “equivalentes a 10 mil milhões de barris de petróleo na Namíbia, ou a mais de 100 anos de consumo de petróleo para Portugal”.

É intolerável que, em plena crise climática, empresas como a Galp continuem a ter ‘carta branca’ para perpetuarem o assassínio em massa de pessoas por todo o mundo através da queima incessante de combustíveis fósseis”, afirma Inês Teles, porta-voz da ação desencadeada hoje em Lisboa, citada no comunicado.

E acrescenta: “Quebrar os vidros desta sede é um ato de legítima defesa contra uma empresa colonial e assassina, que afirma ser líder na transição verde, mas continua a inaugurar novos projetos de morte para a extração de combustíveis fósseis em países como Moçambique e a Namíbia”.

Considera ainda que a Galp, “em vez de abrir novas sedes e explorar novos recursos fósseis no Sul Global, deve ser desmantelada e responsabilizada pela destruição que está a causar”.

Lembra que “2023 foi o ano mais quente alguma vez registado” e que “foi também o segundo ano consecutivo em que a empresa quebrou o seu recorde de lucros, atingindo 1.002 milhões de euros, e distribuindo 425,06 milhões pelos seus acionistas”.

“Na semana passada, com a confirmação de novos recursos fósseis na Namíbia, viu uma subida explosiva das suas ações em 28%”, sublinha o coletivo de ativistas, acrescentando: “Não podemos continuar a permitir novos projetos fósseis, nem aqui nem em lado nenhum”.

O único futuro para a Galp, afirma, “tem que ser o desmantelamento e a responsabilização da empresa pela destruição que está a causar: os recursos da Galp devem ser usados não para encher os bolsos dos acionistas, mas sim para pagar a necessária transição energética, que tem de ser iniciada já”.

A Galp vai avançar com uma queixa no tribunal contra os elementos do movimento Climáximo, disse à Lusa fonte da petrolífera. “A Galp não comenta atos de vandalismo que pela sua natureza criminal deverão ser tratados em sede própria pelos tribunais”, refere a empresa, numa reação enviada à agência Lusa.

A Galp Energia obteve um lucro de 337 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, 35% acima dos 250 milhões de euros do período homólogo e que compara com 284 milhões do trimestre anterior.

(Notícia atualizada às 10h37)

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Migrações: “Portugal era uma referência na UE, agora é fonte de preocupações”, diz Leitão Amaro

  • ECO
  • 30 Abril 2024

O ministro da Presidência revelou que as políticas públicas portuguesas para as migrações e os vários atrasos na execução de medidas de controlo das fronteiras estão a ser alvo de apreensão da UE.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, revelou ao Diário de Notícias (acessso pago) que as políticas públicas portuguesas para as migrações e os vários atrasos na execução de medidas de controlo das fronteiras estão a ser alvo de apreensão de países da União Europeia (UE).

Havia a ideia de que Portugal era um exemplo para a Europa nesta matéria, mas passou de ser uma referência para fonte de preocupação“, disse o ministro. Segundo dados avançados por Leitão Amaro, a estimativa é que haja mais de 400 mil processos em atraso na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), sendo uma “preocupação” para todos.

O ministro esteve na segunda-feira em Bruxelas numa reunião onde os estados-membros da UE começaram a apresentar os seus projetos para “operacionalizar” o novo Pacto de Migrações e Asilo. Este pacto tornou obrigatória “a solidariedade” com os países da que estão “sob pressão migratória”.

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Prioridade dada aos processos fiscais de mais de um milhão de euros suscita dúvidas

  • ECO
  • 30 Abril 2024

Em causa está uma lei de 2016 que atribuiu prioridade “à movimentação dos processos tributários de valor superior a um milhão de euros”.

Desde 2016 que o Conselho Superior dos Tribunais e Administrativos e Fiscais (CSTAF) atribuiu prioridade “à movimentação dos processos tributários de valor superior a um milhão de euros”. Mas especialistas têm dúvidas sobre a legalidade desta medida, revela o Público (acesso condicionado).

Para os advogados, existe razoabilidade em adotar esta medida numa altura de emergência financeira, como foi o caso uma vez que surgiu na altura da troika, mas que atualmente o critério é “altamente excessivo”. Especialistas têm ainda dúvidas sobre a habilitação legal do CSTAF para determinar esta “prioridade”. A lei prevê que, uma vez cumpridos os fins que ditaram a criação das equipas extraordinárias, estas deviam ser extintas.

Em caso de diferendo fiscal com a Autoridade Tributária e de necessitar de ir a tribunal, a medida em causa faz com que se o caso for de valor superior a um milhão de euros terá provavelmente uma decisão mais rápida.

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CaixaBank fecha primeiro trimestre com lucro de 1.005 milhões de euros

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

O CaixaBank fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 1.005 milhões de euros, mais 17,5% do que no mesmo período de 2023, apesar dos 493 milhões de imposto bancário pago.

O CaixaBank fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 1.005 milhões de euros, mais 17,5% do que no mesmo período de 2023, apesar dos 493 milhões de imposto bancário pago, 32% acima do anterior valor.

Numa comunicação à entidade supervisora do mercado bolsista espanhol (CNMV), o banco anunciou esta terça-feira os resultados de janeiro a março, impulsionados pelas elevadas taxas de juro, o que levou a que a margem de juros, que reflete a evolução do negócio tipicamente bancário, crescesse em 27,4%, atingindo 2.781 milhões de euros.

O banco diz que nos primeiros três meses do ano pagou um total de 1.135 milhões de euros em impostos, mais do que os lucros que obteve no mesmo período.

O CaixaBank atribuiu o resultado deste trimestre à sua solidez comercial e financeira e destacou que a rentabilidade sobre fundos próprios atingiu 13,4%, face aos 8,9% no mesmo período de 2023.

A margem bruta subiu 12,7%, para 3.496 milhões, graças ao aumento da margem de juros (+27,4%), que refletiu o impacto da nova produção de crédito e do ambiente de taxas de juro.

O banco especificou que as receitas de serviços (gestão de património, seguros de proteção e comissões bancárias) totalizaram 1.197 milhões, mais 1,3% que no primeiro trimestre de 2023.

Acrescentou ainda que o aumento dos rendimentos de gestão de património (+15,8%) e de seguros de proteção (+6,9%) compensou a diminuição das comissões bancárias (-10,8%).

No seu conjunto, o CaixaBank obteve 902 milhões em comissões líquidas, menos 3,8% do que em período homólogo, e recebeu também 5 milhões em dividendos (-92,4%), embora o negócio segurador tenha contribuído com 295 milhões, mais 20%.

Quanto ao crédito malparado, continua em níveis muito baixos – 2,8%, apenas mais uma décima do que em dezembro, depois de aplicado um critério mais rigoroso na classificação dos créditos de cobrança duvidosa.

Em particular, os saldos de cobrança duvidosa totalizaram 10.794 milhões, mais 2,64%, embora o banco sublinhe que não tem registado uma deterioração na evolução orgânica das exposições de crédito.

Neste primeiro trimestre de 2024, o banco aproximou o seu volume de negócios do bilião de euros, o que representa níveis historicamente elevados, depois de ter crescido mais de 15 mil milhões de euros no último ano.

Os depósitos dos clientes atingiram 636.490 milhões no final de março, mais 1%, enquanto o crédito a clientes totalizou 354.755 milhões, mais 0,2%.

Os ativos sob gestão aumentaram 4,9% no trimestre, para 168.688 milhões, com destaque para as subscrições líquidas de fundos de investimento, seguros de poupança e planos de pensões, que atingiram 3.442 milhões no primeiro trimestre do ano, enquanto os prémios dos seguros subiram.

Segundo os dados divulgados, o novo crédito hipotecário cresceu 24% de janeiro a março.

Por outro lado, o CaixaBank garantiu que no início do ano a nova produção de crédito acelerou e, como prova de que a atividade comercial continua a bom ritmo, destaca que o novo crédito hipotecário se fixou em 2.790 milhões no final do primeiro trimestre (+24,1%) e que o novo crédito ao consumo subiu 15%, para 3.029 milhões.

No que diz respeito ao crédito às empresas, ultrapassou os 10,5 mil milhões graças à celebração de cerca de 43 mil operações com Pequenas e Médias Empresas (PME), mais 28%.

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