Luz Saúde: Venda direta e IPO no retalho como opções para levantar capital

A dona do Hospital da Luz está a avaliar outras opções para financiar o crescimento, depois de ter anunciado a suspensão da operação para regressar à bolsa devido a condições de mercado "adversas".

Depois de não conseguir reunir as condições necessárias para avançar com a oferta pública inicial (IPO, na sigla anglo-saxónica) com um preço que reconheça o valor da empresa, o grupo Fidelidade tem em cima da mesa duas alternativas, sabe o ECO.

As novas opções para levantar capital que estão a ser equacionadas pela empresa incluem, segundo o ECO apurou, a venda direta de uma posição minoritária – a Fidelidade pretende manter a maioria do capital da Luz Saúde – a um investidor institucional, ou a realização de um IPO destinado a investidores particulares.

Menos de duas semanas depois de ter revelado o seu plano para voltar à bolsa, através da emissão de novas ações junto de investidores institucionais, nacionais e estrangeiros, a gestora de unidades de saúde privadas informou que, “devido às condições de mercado atualmente adversas, a Luz Saúde S.A. (‘Luz Saúde’) e a sua acionista maioritária Fidelidade – Companhia de Seguros S.A. (‘Fidelidade’) decidiram não iniciar o roadshow e o processo de bookbuilding para o IPO da Luz Saúde na bolsa de valores Euronext Lisbon”.

A Luz Saúde e a Fidelidade adiantam, no mesmo comunicado, que vão continuar a monitorizar “as condições de mercado e a evolução favorável das avaliações do setor da saúde e poderão considerar a possibilidade de retomar o processo de IPO num contexto propício a uma transação bem-sucedida e que reconheça o valor da empresa“.

O processo e os contactos internacionais abriram novas opções e avenidas de crescimento interessantes, as quais definitivamente vale a pena serem consideradas, tanto pela Luz Saúde como pela Fidelidade, uma vez que suspendemos a opção de IPO.

Isabel Vaz

CEO da Luz Saúde

A CEO do grupo de saúde referiu que, apesar do contexto de mercado ter piorado fruto da maior volatilidade, resultando “numa janela ‘sub-óptima’ para prosseguirmos com o nosso IPO”, “o processo e os contactos internacionais abriram novas opções e avenidas de crescimento interessantes, as quais definitivamente vale a pena serem consideradas, tanto pela Luz Saúde como pela Fidelidade, uma vez que suspendemos a opção de IPO”, diz Isabel Vaz.

Pedro Lino, CEO da Optimize, lamenta a decisão de adiar a operação, uma vez que a gestora estava interessada em comprar ações da empresa. Para o mesmo responsável, na base da suspensão da operação “deverá ter estado o diferencial de avaliação do mercado e a expectativa do acionista“.

A nossa avaliação apontava para um valor próximo dos 800 milhões de euros e não os mil milhões indicados pela empresa. Este deve ter sido o maior entrave e não a instabilidade dos mercados até porque após uma correção, os mercados regressaram às subidas”, considera Lino.

A nossa avaliação apontava para um valor próximo dos 800 milhões de euros e não os mil milhões indicados pela empresa. Este deve ter sido o maior entrave e não a instabilidade dos mercados até porque após uma correção, os mercados regressaram às subidas.

Pedro Lino

CEO da Optimize

“Há uma questão no IPO, que é a falta de particulares. Um terço do capital [a dispersar em bolsa] deveria ser entregue ao mercado de retalho“, destaca António Seladas, num comentário à suspensão da operação. O analista de ações da AS Independent Research refere que a inclusão do retalho no IPO, além de dar liquidez ao título, poderia ainda suportar os preços da operação. “É o retalho que faz subir as avaliações“, justifica.

Já quanto à venda de uma percentagem do capital a um investidor, Seladas considera que uma das alternativas em cima da mesa para a Luz Saúde “é recorrer a um fundo private equity“. João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, também admite que a empresa pode “equacionar captar investimentos de fundos de private equity, capital de risco ou outros investidores institucionais”.

“Tal poderia fornecer à empresa acesso a recursos significativos mas geralmente envolve ceder algum grau de controlo acionista e estratégico. A viabilidade deste cenário depende da atratividade da Luz Saúde como investimento para os Fundos, da sua capacidade de gerar retornos e das condições do mercado de private equity“, explica.

Volatilidade pressiona sentimento

A Luz Saúde tem vindo a preparar ao longo do último ano a operação de regresso ao mercado de capitais, contudo não ter conseguido um preço considerado satisfatório e o aumento da volatilidade nos mercados levou a empresa a adiar a operação.

O reajustamento das expectativas em relação à política monetária norte-americana, associado ao aumento das tensões no Médio Oriente nas últimas semanas têm aumentado a instabilidade nos mercados.

O VIX, o chamado índice do medo, que mede a volatilidade do mercado de ações com base nas opções do índice S&P 500, calculado e divulgado em tempo real pelo CBOE, sobe perto de 9% desde a véspera da divulgação dos planos da Luz Saúde para o seu IPO.

“Nesta operação específica, a Luz Saúde encontra um ambiente em que os receios do mercado podem estar intensificados pelo recente acréscimo de volatilidade observada nos mercados, e em que provavelmente as indicações preliminares poderiam sugerir maior conservadorismo nas avaliações no IPO da Luz Saúde, podendo estar abaixo das expectativas dos acionistas, e/ou que não resultaria vantajosa nem equitativa operação, quando as perceções de risco resultam mais enviesadas, obtendo-se esta decisão prudente e adaptada às condições de mercado”, justifica João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.

António Seladas também admite que a empresa “teve algum azar”, com a inflação nos Estados Unidos a revelar-se mais persistente e a atrasar o início da descida de juros no país. Ainda assim, para o analista, as “condições de mercado adversas não é argumento” para cancelar o IPO, remata.

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Burger King, Restalia, Alsea e McDonald’s: os “quatro grandes” da restauração organizada lideram as aberturas do setor

  • Servimedia
  • 24 Abril 2024

Num cenário económico em constante evolução as principais empresas do sector da restauração organizada prosseguiram os seus planos de expansão abrindo novos pontos de venda das suas diferentes marcas.

Estas empresas, membros da associação de marcas de restauração, abrem um novo estabelecimento a cada três dias e contam já com uma rede de 7.891 pontos de venda em Espanha. Entre elas encontram-se a Alsea, a Restalia, a RBI e a McDonald’s, conhecidas como as “quatro grandes” da restauração organizada, que continuam a posicionar-se como líderes indiscutíveis, gerando um impacto significativo no setor da hotelaria nacional e mundial.

Este crescimento é a prova do bom desempenho do setor, e a verdade é que as grandes cadeias que fazem parte das Marcas de Restauração representam 71,3% da faturação total do setor no nosso país. De facto, em Espanha há um total de 15.916 restaurantes pertencentes a uma cadeia. Além disso, este aumento do número de estabelecimentos revela uma profissionalização crescente do mercado e uma oportunidade para os empresários impulsionarem os seus negócios.

A Restaurant Brands Iberia (RBI), master franchisado da Burger King, Popeyes e Tim Hortons, é uma das empresas que mais tem crescido devido ao seu forte investimento em lojas próprias, com uma aposta clara na Popeyes e um total de 100 aberturas até 2023. Embora, tal como noticiado pelo El Economista, tenha abrandado a sua OPI para este ano, adiando a decisão para 2025, o seu compromisso é continuar a crescer e acaba de adquirir o master franchise Popeyes também para Itália. Quanto à sua presença no nosso país, o grupo pode orgulhar-se de estar presente em todas as províncias de Espanha, sendo a Comunidade de Madrid e a Andaluzia as regiões com maior volume de negócio.

A Restalia, holding que detém marcas como 100 Montaditos, TGB e Cervecería La Sureña, encerrou 2023 com um forte volume de aberturas, superior a 60, com aberturas em toda a Espanha: Madrid, Valência, Catalunha, Andaluzia e Extremadura são as regiões onde a sua presença mais aumentou. O restyling, como a empresa anunciou recentemente, também foi uma das prioridades do ano passado, com mais de 45 remodelações como resultado do seu compromisso de continuar a oferecer uma imagem fresca e dinâmica que pode ser vista em toda a sua rede de franchisings. Parece que a Restalia, que se posicionou como a primeira empresa de origem espanhola e que continua a ser 100% capital próprio, começou 2024 com um volume de negócios muito acima da média do setor, crescendo 9% em vendas comparáveis.

A Alsea é, sem dúvida, outro dos grandes nomes do mundo da restauração organizada. A empresa, presente na América Latina e na Europa, abriu 45 locais até agora em 2024, pertencentes às suas diferentes marcas. Além disso, divulgou recentemente os seus resultados para o quarto trimestre e para o ano de 2023. Estes mostraram que, globalmente, terminaram 2023 com mais de 4.600 unidades de negócio em 11 países. No que diz respeito aos dados fornecidos pela Alsea, é de salientar que a Espanha é a segunda maior em termos de número de estabelecimentos, com um total de 1.122 pontos de venda. Só perde para o México, local de origem da empresa, com 2.313.

A McDonald’s, que já ultrapassou os 600 pontos de venda em Espanha e abriu mais 35 em 2023, pretende ter o mesmo número de aberturas em 2024. Este ano, Espanha tornar-se-á o epicentro da multinacional, uma vez que Barcelona foi escolhida para realizar o seu macroevento “McFamily”, onde 14.000 executivos se reunirão para um grande evento corporativo a realizar na cidade de Barcelona.

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Petrogal mantém liderança nas exportações. Farmacêutica tira Repsol do top 10

Em 2023, o peso das dez principais empresas exportadoras no total das vendas portuguesas ao exterior foi de 17,4%. Comércio automóvel ganha estatuto nas importações. Veja o ranking elaborado pelo INE.

A lista das seis maiores empresas exportadoras em Portugal não sofreu alterações em 2023, com a Petrogal e a Autoeuropa à cabeça, mas há mudanças no resto do ranking. Segundo os dados preliminares enviados ao ECO pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a farmacêutica Lilly entrou no top 10 das principais exportadoras, ditando a saída da Repsol. Entrou também no grupo das maiores importadoras, a par da Siva e da Mercedes, empurrando para fora do ranking a EDP, a Endesa e a Aptivport.

Em 2023, o peso das principais empresas exportadoras face ao total das exportações nacionais foi de 17,4%, com um valor de vendas correspondente a 13,5 mil milhões de euros. Ambos os indicadores representam reduções face ao ano anterior, mas o INE alerta que “uma vez que os grupos das dez maiores empresas exportadoras e importadoras sofreram alterações face a 2022, os valores agregados das dez maiores empresas em cada um dos anos não são comparáveis, pelo que não é correta a aplicação da taxa de variação neste contexto”.

Olhando para as exportadoras, a Petrogal, detida pela Galp, é líder pelo terceiro ano consecutivo. Seguem-se a Volkswagen Autoeuropa e a The Navigator Company. Tal como em 2022, os lugares seguintes foram ocupados por empresas fornecedoras da indústria automóvel: a Continental Mabor (pneus), a Bosch Car Multimedia (soluções de multimédia e sensores) e a Aptivport Services (equipamento elétrico e eletrónico).

É já no sexto lugar que surge a novidade, com a farmacêutica norte-americana Lilly a entrar para este ranking. A unidade palmelense da Visteon Electronics sobe do décimo para o sétimo posto em 2023, seguida pela Faurécia, que tem várias fábricas em Portugal e cai da sexta para a nona posição. A lista fecha com a filial da multinacional alemã Purem em Tondela (que caiu um lugar).

Fora do top 10 ficou a Repsol Polímeros, a maior empresa no setor químico em Portugal e que vai receber uma ajuda estatal de 63 milhões de euros, sob a forma de crédito de imposto sobre o rendimento, para a expansão do complexo petroquímico em Sines, no distrito de Setúbal.

Veja o top 10 das principais exportadoras em Portugal

  1. Petrogal
  2. Volkswagen Autoeuropa
  3. The Navigator Company
  4. Continental Mabor – Indústria de Pneus
  5. Bosch Car Multimedia Portugal
  6. Aptivport Services
  7. Eli Lilly Export
  8. Visteon Electronics Corporation
  9. Faurécia – Sistemas de Escape Portugal
  10. Purem Tondela

do lado das maiores importadoras, há várias mexidas. A Petrogal mantém-se no primeiro lugar, seguida pela Autoeuropa (que subiu de terceiro para segundo). Também aqui entra diretamente para o pódio a farmacêutica Lilly. Os retalhistas alimentares Lidl e Pingo Doce sobem ambos um lugar, o principal negócio da alemã Bosch em Portugal (fábrica em Braga) mantém a posição, e a Galp Gás Natural passa do quarto para o oitavo lugar.

Além da Lilly, há outras duas entradas diretas na lista das principais importadoras: a Siva e a Mercedes-Benz, ambas no setor do comércio automóvel. Em consequência, face a 2022, saem do top 10 das compras ao exterior a EDP, a Endesa e a Aptivport. Embora caindo da oitava para a décima posição, manteve-se no ranking a Itx, do grupo de vestuário Inditex, que detém marcas como a Zara e fechou sete lojas em Portugal no ano passado.

O peso das dez principais empresas importadoras face ao total das importações nacionais foi de 14,4%, enquanto o seu valor foi de 15,1 mil milhões de euros. Novamente, os valores não são totalmente comparáveis, mas é possível perceber que o peso das maiores importadoras ainda não voltou aos níveis do pré-pandemia (era de 19,4% em 2019).

Veja o top 10 de importadoras em Portugal

  1. Petrogal
  2. Volkswagen Autoeuropa
  3. Eli Lilly Export
  4. Lidl & Companhia
  5. Pingo Doce – Distribuição Alimentar
  6. Siva – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis
  7. Bosch Car Multimedia Portugal
  8. Galp Gás Natural
  9. Mercedes-Benz Portugal
  10. Itx Portugal – Confeções

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Caso Tutti-Frutti. MP pede levantamento de imunidade de três deputados do PSD

  • ECO
  • 23 Abril 2024

O pedido de levantamento de imunidade parlamentar será analisado pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados. Caso seja validado, os deputados serão constituídos arguidos.

O Ministério Público (MP) pediu o levantamento da imunidade parlamentar dos deputados do PSD Luís Newton, Carlos Eduardo Reis e Margarida Saavedra no âmbito do processo Tutti-Frutti. O pedido surge menos de um mês depois dos três deputados terem sido eleitos pela AD.

Segundo a CNN, que cita um documento assinado pelo juiz Jorge de Melo, que deu entrada no Parlamento no dia 18 de abril, o pedido será analisado pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados. Caso o pedido seja validado pela comissão, os deputados serão constituídos arguidos.

De acordo com o documento, os crimes pelos quais os deputados estão fortemente indiciados dizem respeito ao processo que decorre desde 2016 e que investiga uma alegada conspiração de dirigentes do PSD e do PS para negociar lugares políticos nas freguesias e nas autarquias de Lisboa.

Para o MP, Luís Newton é suspeito de dois crimes de corrupção passiva e prevaricação, enquanto Carlos Eduardo Reis se encontra indiciado por dois crimes de corrupção, um de tráfico de influência e um de prevaricação. Já a deputada Margarida Saavedra está “fortemente indiciada” pelo crime de burla qualificada, de acordo com o ofício.

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Centeno defende mais construção mas sem oferta excessiva

  • Lusa
  • 23 Abril 2024

Portugal não cresceu em termos populacionais” e a “necessidade estrutural de habitação não aumentou”, disse ainda o governador do Banco de Portugal.

A crise da habitação poderá ser resolvida com mais construção, mas é preciso garantir que a oferta não é excessiva para evitar uma crise de sentido oposto, alertou esta terça-feira, no Algarve, o Governador do Banco de Portugal (BdP).

Numa aula com alunos de economia da escola secundária de Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, Mário Centeno recordou os tempos em que estudou nesse estabelecimento de ensino, disse aos alunos que “a sorte só acontece a quem está preparado” e, numa resposta a uma estudante, advertiu que as crises da habitação podem ter efeitos “devastadores” na economia, mas precisam de “muito tempo” para ser resolvidas.

Questionado por um aluno do 10.º ano sobre as políticas que se deveriam seguir para “evitar os preços exagerados dos imóveis em Portugal e levar a cabo uma verdadeira reforma na área da habitação”, Centeno recordou a crise financeira de 2008/2009 e a crise das dívidas soberanas que se seguiu, que tiveram “forte impacto em Portugal” e noutros países europeus.

“[A crise] Teve uma consequência, e essa consequência foi – às vezes é melhor não adjetivar muito, mas vou abusar aqui um bocadinho, apesar das câmara [de órgãos de comunicação social presentes] – devastadora para o setor da construção”, afirmou, salientando que o resultado foi “mais do que uma década” com o setor da construção em Portugal “praticamente estagnado”.

O antigo ministro das Finanças recordou a lei da oferta e da procura e salientou que, em Portugal, “a oferta estava estagnada, as construções novas eram poucas, e a procura foi crescendo”, embora esse crescimento não tenha sido influenciado por questões demográficas, porque, sem a imigração, até haveria menos população no país.

“Quando os preços e a quantidade transacionada vão no mesmo sentido, significa que esse mercado está a ser impactado por forças que vêm do lado da procura. E isso é o que tem acontecido em Portugal desde 20214: o preço aumenta e a quantidade transacionada aumenta”, assinalou. Impulsionada por uma procura crescente por parte de estrangeiros, houve um aumento da procura pela habitação, mas “este processo é lento” do lado da oferta, “mais do que desejado por todos”, não permitindo uma descida de preços na habitação, ressalvou.

“Insisto, não é só em Portugal, é em toda a Europa, e a razão original, em meu entender, é que nós exagerámos a resposta que demos à crise financeira e à crise das dívidas soberanas, na redução que operámos sobre o setor da construção”, considerou. Além de levar tempo a construir, “Portugal não cresceu em termos populacionais” e a “necessidade estrutural de habitação não aumentou”, disse ainda Mário Centeno, contrapondo que há países que estão no polo oposto, como a China ou o Japão, “que têm a crise exatamente oposta” ao terem um excesso de casas.

“E eu posso assegurar que a pior crise que pode existir num país é uma crise do mercado habitacional”, defendeu, salientando que a queda dos preços tem influências nas perdas de valor dos imóveis e quem pediu dinheiro emprestado para comprar casa acaba por “pagar pela casa um preço muito superior àquele que na verdade as casas valem”.

“Quando isto acontece, e aconteceu na Europa, na Suécia, na Finlândia, nos anos 90 do século passado, esta crise é de uma capacidade destrutiva enorme nos países”, sustentou, considerando que a opção passa por “um processo de aumento de oferta da habitação”, mas tendo “muito cuidado para não gerar fenómenos de excesso da oferta” que gere outra crise.

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António Costa apresentado oficialmente no NewsNow, o novo canal da Medialivre

Para além do ex-primeiro-ministro e do cardeal Américo Aguiar, Graça Freitas vai ser outra das caras do canal, que evita usar a designação de "comentador" para os protagonistas dos espaços de análise.

António Costa visitou esta terça-feira a Medialivre, dona da CMTV e do novo NewsNow, canal no qual vai ser “protagonista”. Está assim oficializada a relação com o canal, que como avançou o + M, já teve o parecer positivo da ERC para avançar.

Para além do ex-primeiro-ministro e do cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, Graça Freitas, sabe o +M, vai ser outra das caras do canal, que evita usar a designação de “comentador” para os protagonistas dos espaços de análise.

Os protagonistas de referência estão a afastar-se do espaço mediático, privando os espectadores do seu valor e conhecimento“, diz Carlos Rodrigues, diretor do CMTV e também do NewsNow.

“Fazer a autocrítica foi a base para nos lançarmos de forma entusiasmada para este novo projeto. Ao longo da viagem, demos conta que a nossa visão encontrava e encontra adesão em muitos e muitas protagonistas que pensam que a televisão de informação necessita de um reposicionamento”, prossegue, prometendo “informação com rigor, análise e opinião muito bem identificadas e visões habilitadas como porventura a TV nunca teve“.

“O propósito do canal é ajudar o país. Ajudar os portugueses e as portuguesas a entenderem melhor os factos e fundamentarem melhor as suas opiniões”, conclui.

A apresentação do canal deve ter lugar no início de maio, arrancando o projeto ainda antes do verão.

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Governo açoriano recebe parecer sobre venda da Azores Airlines até final do mês

  • Lusa
  • 23 Abril 2024

"Estou convencido que até final deste mês haverá conhecimento do parecer e do entendimento do conselho de administração da holding [da SATA] ao Governo", disse José Manuel Bolieiro.

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse esta terça-feira que o parecer do conselho de administração da SATA sobre a privatização da Azores Airlines deverá ser entregue ao executivo até ao final do mês.

Estou convencido que até final deste mês haverá conhecimento do parecer e do entendimento do conselho de administração da holding [da SATA] ao Governo, bem como a partir daí começaremos a trabalhar num conselho de administração novo”, afirmou José Manuel Bolieiro aos jornalistas em Ponta Delgada, após ter participado na Assembleia Geral da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas (CRPM).

O líder do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) referia-se ao parecer sobre o relatório do júri da alienação da Azores Airlines, companhia do grupo SATA responsável pelas ligações dos Açores ao exterior. Em 9 de abril, o Governo Regional anunciou que a presidente do grupo SATA, Teresa Gonçalves, demitiu-se do cargo por “motivos pessoais”. Naquele dia, aos jornalistas, o presidente do Governo dos Açores afirmou que Teresa Gonçalves apresentou a demissão por “razões pessoais e de contexto” e garantiu que não vão existir procedimentos suspensos devido às mudanças na administração.

A demissão de Teresa Gonçalves aconteceu quatro dias depois de ter sido conhecida a decisão final do júri do concurso público para a privatização da Azores Airlines. Esta terça, José Manuel Bolieiro realçou que a presidente da SATA demitiu-se com o “compromisso” de apresentar as contas do grupo e “definir o entendimento do conselho de administração” sobre a privatização da Azores Airlines.

“O conselho de administração da holding vai avaliar o relatório do júri, que eu não conheço, nem tenho de conhecer, nem o governo. Depois, o conselho de administração há de informar o acionista, o governo, relativamente à sua posição”, reforçou. Quando questionado, o líder do executivo regional assegurou que ainda não fez qualquer convite para a nova administração da SATA.

O júri do concurso, liderado pelo economista Augusto Mateus, manteve a decisão de aceitar apenas um concorrente no relatório final, mas admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia. Teresa Gonçalves tomou posse como presidente da SATA (grupo que inclui a SATA Air Açores e a Azores Airlines) em abril de 2023, após a saída de Luís Rodrigues para a liderança da TAP.

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Escolhas “arrojadas” mas com “falta de vergonha”. Partidos reagem às cabeças de lista do PS e AD para as europeias

A experiência adquirida por Marta Temido na pandemia e a falta dela em Sebastião Bugalho são os duas principais criticas apontadas pelos partidos às cabeças de lista do PS e AD às europeias.

Depois de muito suspense sobre quem iria encabeçar a lista de candidatos da Aliança Democrática (coligação que junta PSD, CDS e PPM) às eleições europeias, a confirmação chegou ao final da tarde. Sebastião Bugalho, jornalista e comentador político, terá sido, segundo Hugo Soares, a “escolha única ” de Luís Montenegro para representar o partido na corrida às europeias – isto, depois de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, ter recusado o convite para integrar a lista.

Da esquerda à direita (e mesmo internamente), as reações foram muitas, mas todas partiram do mesmo ponto: surpresa. Afinal, o comentador político era, até então, isso mesmo, não tendo conseguido seguir uma carreira enquanto deputado pelo CDS-PP, em 2019, por não ter sido eleito e por não ter aceitado o convite de substituir Ana Rita Bessa no hemiciclo, mais tarde.

Mas no meio de muita surpresa, havia, no entanto, uma certeza: a de Luís Montenegro.

O Sebastião Bugalho é, com muita honra e convicção, o candidato que tenho para vos apresentar. E que vai fazer a diferença nas próximas eleições europeias”, afirmou o primeiro-ministro e presidente do PSD, durante o Conselho Nacional do partido, esta segunda-feira. “Um jovem, um jovem talentoso, que o país conhece, aqui e ali polémico, que afronta a posição, que estimula a confrontação democrática, e que é expressão daquilo que queremos: que vale a pena estar em Portugal e lutar por Portugal; que vale a pena ser agente de mudança”, afirmou.

Além de Sebastião Bugalho, Marta Temido também foi a escolha (surpresa) do PS para encabeçar o elenco de candidatos socialistas ao Parlamento Europeu. A antiga ministra da Saúde era o nome socialista mais falado nos bastidores para suceder a Carlos Moedas na Câmara de Lisboa, mas acabou por ser a escolha de Pedro Nuno Santos para representar o PS na família europeia política, em Bruxelas.

António Mendonça Mendes (PS)

O antigo ministro dos Assuntos Fiscais considerou que a lista do PS “é prova da experiência” que o partido tem, sendo esse elenco encabeçado pela ministra da Saúde, Marta Temido. Relembrando o “legado” conquistado no combate à pandemia, liderado pela ex-ministra da Saúde, “esta experiência” configura a Temido “uma visão privilegiada para o funcionamento das instituições“.

“A gestão da pandemia foi um sucesso, embora tenha sido uma tragédia para muitas pessoas”, afirmou esta tarde, na CNN Portugal.

André Ventura (Chega)

O líder do Chega voltou a repetir a mesma crítica que lançou aquando do anúncio da orgânica do Governo de Luís Montenegro: “O PSD mostra incapacidade de recrutar fora do partido. Escolheu um comentador supostamente independente”, afirmou esta terça-feira, na Assembleia da República.

Ventura critica a “candidatura de um comentador que salta diretamente de um estúdio de televisão para representar um projeto político, quando dias antes se pronunciava sobre as características e capacidade de outros líderes políticos”. E não tem dúvidas: “É um mau sinal para a política, democracia e jornalismo em Portugal.”

No mesmo momento, lançou também farpas à escolha do PS para cabeça de lista, Marta Temido. “O PS tem falta de vergonha. Escolheu uma ministra responsável pelo estado de saúde [para cabeça de lista]. É um ataque direto aos portugueses que têm sentido a falta de serviços na saúde.”

João Cotrim de Figueiredo (IL)

O cabeça de lista pela Iniciativa Liberal às europeias foi dos primeiros a reagir ao nome de Sebastião Bugalho como cabeça de lista da AD.

“Habituei-me a respeitar Sebastião Bugalho do ponto de vista do comentário político, mas sobre as ideias que tem sobre a Europa nunca soube o que pensa“, disse João Cotrim de Figueiredo em entrevista à Sic Notícias, na noite de segunda-feira.

O liberal criticou Luís Montenegro pela escolha que fez, afirmando que “o grande atributo que Sebastião tem é ser conhecido“, uma característica que o próprio considera ser “verdadeiramente pouco”. E ficou-se por aqui: “Vou esperar para ver o pensamento europeu”, disse.

Catarina Martins (BE)

A ex-coordenadora e cabeça de lista pelo Bloco de Esquerda – que é também comentadora na Sic Notícias, embora frise que “nunca tenha passado a ideia de ser independente” – considerou que a escolha de Sebastião Bugalho prende-se pela “exposição que tem tido” enquanto comentador naquele canal televisivo.

“Respeito as decisões dos partidos, mas registo que Sebastião não terá a experiência de atividade política”, afirmou Catarina Martins.

Relativamente a Marta Temido, a antiga coordenadora do Bloco considera que o nome “é forte”, juntamente com Francisco de Assis e Ana Catarina Mendes, número dois e três na lista, respetivamente. “Tenho um enorme respeito por Marta Temido, mas é também alguém com quem tive enormes divergências enquanto ministra da Saúde”, afirmou.

Francisco Louçã (BE)

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda recorreu às redes sociais para deixar uma longa crítica à escolha de Sebastião Bugalho.

À semelhança de outros comentadores, como Marques Mendes ou Paulo Portas que “saíram do comício da AD para irem comentar o governo da AD”, Francisco Louça acusou também Sebastião Bugalho de “fingirem uma independência que não têm”, ironizando que “com toda a imparcialidade, acompanharão a conjuntura política”; e também dispara contra José Miguel Júdice, “o comentador que tem a filha [Rita Júdice, ministra da Justiça] no governo e que, com toda a imparcialidade, anuncia que não comentará a atuação do rebento mas somente do Conselho de Ministros em que ela se senta”.

Dirá que perderam a vergonha. Nunca tiveram”, ataca Louçã.

Cecília Meireles (CDS-PP)

A antiga deputada pelo CDS-PP rejeitou, momentos mais tarde, que a popularidade de Bugalho tivesse sido o principal motivo para a escolha de Luís Montenegro: “É bastante mais do que alguém conhecido“, afirmou na Sic Notícias, acrescentando que se “tivesse de encontrar uma palavra para definir a escolha, diria garra”.

“Já foi candidato pelas listas do CDS. Está mais do que a altura. É uma escolha arrojada e sólida de alguém cujas ideias já foram testadas várias vezes“, argumentou.

Relativamente a Marta Temido e a lista do PS, Meireles diz que os socialistas estão “presos” dentro das “experiências governamentais passadas e não consegue sair”. “[O PS] conseguiu ter na cabeça de lista alguém que se demitiu por ter deixado de ter condições para ser ministra da Saúde”, recordou.

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Acionistas dos CTT aprovam dividendo de 17 cêntimos

  • Lusa
  • 23 Abril 2024

Os acionistas deram ainda ‘luz verde’ à “redução do capital social dos CTT em até 3.825.000,00 euros correspondente à extinção de até 7.650.000 ações próprias já adquiridas.

Os acionistas dos CTT aprovaram, em assembleia geral, um dividendo de 17 cêntimos relativo ao resultado de 2023, bem como a extinção de ações, no âmbito do programa de recompra de títulos, segundo um comunicado ao mercado. Na nota, divulgada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa disse que os acionistas adotaram as deliberações colocadas à votação.

Assim, foi aprovada “a aplicação dos resultados relativos ao exercício de 2023 nos termos propostos pelo Conselho de Administração, incluindo o pagamento de um dividendo bruto por ação de 0,17 euros”.

Os acionistas deram ainda ‘luz verde’ à “redução do capital social dos CTT em até 3.825.000,00 euros correspondente à extinção de até 7.650.000 ações próprias já adquiridas ou que venham a ser adquiridas até 25 de junho de 2024 no âmbito do programa de recompra de ações ordinárias próprias que o Conselho de Administração anunciou em 21 de junho de 2023 e tem atualmente em curso”.

Os acionistas aprovaram ainda os documentos de prestação de contas relativos ao ano passado, bem como “um voto de apreciação positiva e de confiança ao Conselho de Administração da sociedade e um voto de apreciação positiva e de louvor aos órgãos de fiscalização da sociedade e a cada um dos seus membros pelo desempenho das suas funções durante o exercício de 2023”.

Foram ainda deliberados favoravelmente “a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade, incluindo plano de atribuição de opções sobre ações dos CTT aos administradores executivos”, bem como a “concessão de autorização ao Conselho de Administração para aquisição e alienação de ações próprias pela sociedade e sociedades dependentes”.

Os acionistas dos CTT elegeram também o revisor de contas para o mandato 2024/2026.

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Esta é a chave vencedora do Euromilhões. Em jogo estão 133 milhões

  • ECO
  • 23 Abril 2024

O sorteio desta terça-feira tem um prémio de 133 milhões de euros.

Com um primeiro prémio no valor de 133 milhões de euros, decorreu esta terça-feira um novo sorteio do Euromilhões. Como ninguém acertou na chave vencedora no sorteio passado, o jackpot subiu.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 23 de abril:

Números: 6, 9, 11, 32 e 49

Estrelas: 2 e 10

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Verlingue: Promotores preocupados com “implicações do Simplex Urbanístico”

  • ECO Seguros
  • 23 Abril 2024

Especialistas em gestão de risco de investimentos imobiliário, demonstraram aos promotores "como podem proteger o seu investimento".

A Verlingue Portugal organizou a primeira sessão do Verlingue Expertise Sessions na semana passada no espaço cultural dinamizado pela Brotéria, anunciou a companhia em comunicado. Este evento foi dedicado a promotores imobiliários e contou com cerca de 60 participantes de empresas do setor.

Luís Costa, Diretor Técnico da Verlingue Portugal: “Decidimos organizar esta sessão e dar resposta a todas as dúvidas, com soluções de mercado viáveis, que já testámos e que sabemos que funcionam.”.

Nesse âmbito, a Verlingue Expertise Sessions são sessões de esclarecimento focadas num tipo de seguro ou setor de atividade especifico, que surgem na sequência da conferência Verlingue Expertise.

Esta primeira sessão foi liderada por especialistas em gestão de risco de investimentos imobiliário, com o objetivo de esclarecer os desafios que os líderes do setor enfrentam em Portugal, “demonstrando como podem proteger o seu investimento num projeto imobiliário”, lê-se no sítio da corretora.

Durante a manhã foram apresentados “os resultados da Verlingue no setor imobiliário e alguns projetos assessorados pela corretora”, que, desde 2020, “já participou na proteção de mais de 900 milhões em novos projetos, 36% dos quais em 2023″.

Outros temas abordados foram a Lei das Garantias, o Seguro Decenal de Danos e a Responsabilidade Civil do Promotor. Durante a sessão, notou-se “uma maior preocupação por parte dos convidados com as implicações do Simplex Urbanístico na sua atividade”. O diploma faz parte do pacote Mais Habitação e altera algumas regras no licenciamento de obras e na reclassificação dos solos, e visa acelerar os procedimentos para a construção e trazer mais casas para o mercado. Entrou totalmente em vigor a 4 de março.

“Proteger o Futuro dos Promotores Imobiliários passa pela sua literacia em seguros e a consciência dos riscos a que estão expostas. Por isso, decidimos organizar esta sessão e dar resposta a todas as dúvidas, com soluções de mercado viáveis, que já testámos e que sabemos que funcionam” afirmou Luís Costa, Diretor Técnico da Verlingue Portugal.

Neste setor, é muito comum depararmo-nos com situações que poderão colocar em causa a concretização de um projeto imobiliário. Para desenhar e implementar um projeto de soluções de seguro é necessário um elevado grau de expertise. É essa experiência que a equipa da Verlingue oferece aos seus clientes e parceiros”, disse Eduardo Morais, Diretor de Clientes da Verlingue Portugal.

Esta é a primeira de várias sessões organizadas pela corretora no âmbito do Verlingue Expertise Sessions, que irão incidir sobre outros temas de gestão de risco corporativo, “com o objetivo de informar e consciencializar os interessados”.

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Allianz condenada a pagar 3,3 milhões de euros por atropelamento em Espanha

  • ECO Seguros
  • 23 Abril 2024

Segundo o advogado da vítima, trata-se da maior indemnização recebida por uma única vítima de acidente rodoviário, ultrapassando pela primeira vez três milhões de euros.

Um tribunal penal de Madrid, Espanha, condenou Allianz a pagar 3,3 milhões de euros a uma mulher de 32 anos que sofreu danos cerebrais e que atualmente necessita de assistência 24 horas por dia, em consequência de um atropelamento numa passadeira sinalizada por um condutor seu segurado, avança o El Mundo.

Trata-se de uma indemnização no âmbito do seguro de responsabilidade civil contratado com o condutor infrator que foi condenado a seis meses e prisão e mais seis meses de proibição de conduzir automóveis e ciclomotores.

Segundo as declarações do advogado da vítima, Manuel Castellanos Piccirilli e diretor do escritório MCP Abogados, à agência Efe, trata-se da maior indemnização recebida por uma única vítima de acidente rodoviário, ultrapassando pela primeira vez os três milhões de euros, avança o El Mundo.

Os ferimentos sofridos provocaram graves danos cerebrais à vítima, que passou a necessitar de realizar exames médicos constantes e de tratamentos de fisioterapia e terapia da fala para o resto da sua vida. Os ferimentos deixaram sequelas na vítima que foram avaliados em 99 pontos de 100 na escala legal de avaliação de danos corporais.

Além disso, a casa teve que ser adaptada para permitir a continuidade dos tratamentos paliativos. A decisão do tribunal concedeu também uma indemnização por danos materiais, como as despesas efetuadas durante a recuperação e a perda de rendimentos da lesada.

Quer a seguradora, quer a sociedade de advogados MCP Abogados vão recorrer da decisão do tribunal. A primeira por considerar excessivo o montante da indemnização que o juiz estima para “assistência a terceiros”, que calculou ser cerca de 13 horas por dia. O segundo para a aplicação de juros de mora e por considerar que a cliente tem recebido cuidados durante 20 horas por dia, como tem vindo a necessitar nos últimos anos, avançou a Inese.

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