KPMG reconhecida pela HFS como líder em serviços low-code

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  • 19 Abril 2024

Em entrevista ao ECO, Rui Gonçalves, Partner de Advisory da KPMG Portugal, e Joel Martin, Executive Research Leader na HFS Research, comentam o que levou a esta distinção.

Devido à agilidade e eficiência que confere às empresas o low-code tem vindo a destacar-se como uma ferramenta crucial no que diz respeito ao desenvolvimento de software.

Para melhor compreender os benefícios e também os desafios desta tecnologia, a KPMG levou a cabo o estudo “Low-code adoption as a driver of digital transformation”, que analisou empresas da Europa, África e também da região Ásia-Pacífico.

Em conversa com o ECO, Rui Gonçalves revelou quais as principais conclusões do estudo e o que tem levado o low-code a ganhar cada vez mais terreno nas empresas e falou também sobre o facto de a KPMG ter sido distinguida pela HFS como líder nesta tecnologia. “A forma como estamos a utilizar o low-code não para dar aplicações mais glamourosas aos nossos clientes mas sim para permitir uma transformação digital e processos de melhoria e de autonomia é o que nos faz acreditar que estamos, de facto, a fazer algo de diferente”, disse o Partner Advisory da KPMG Portugal.

Na mesma entrevista, também Joel Martin salientou o desempenho da KPMG: “Um dos motivos pelos quais se destacou foi na capacidade de gerar um ecossistema de clientes, alianças e mercado e a sua capacidade de articular não apenas a forma como a tecnologia vai mudar o negócio mas porquê”.

Assista à entrevista na íntegra aqui:

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Dos Grados organizou uma segunda jornada de educação ambiental com 30 alunos de escolas primárias para contribuir para um futuro mais sustentável

  • Servimedia
  • 19 Abril 2024

A empresa está empenhada na educação e no conhecimento dos jovens e das crianças da comunidade local no domínio da energia e da sustentabilidade.

A Dos Grados, empresa que investe e gere projetos de energias renováveis na Península Ibérica, organizou esta manhã uma segunda jornada de educação ambiental com 30 alunos do ensino básico, desta vez da Freguesia de Valverde, com o objetivo de sensibilizar para a importância do cuidado e conservação da biodiversidade local e de construir em conjunto um futuro mais sustentável.

O evento coincidiu com a conclusão dos trabalhos do plano de integração paisagística da central solar fotovoltaica de 126,5 MW da empresa, no Fundão, que visa valorizar ecologicamente a zona.

Durante a atividade, que contou com a presença de Jorge Craveiro, secretário da União de Freguesias de Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo, foram plantados 50 exemplares de espécies locais presentes no território. Concretamente, as árvores Prunus avium (cerejeira), Quercus suber (espécie protegida) e Quercus pyrenaica, e os arbustos, Arbutus unedo (medronheiro), Phillyrea angustifolia (laburno), Rhamnus alaternus e Viburnum tinus (durillo).

Dos Grados também organizou um workshop educativo sobre energias renováveis, onde os alunos puderam aprender como a eletricidade é gerada numa central solar, as semelhanças entre este processo de geração de eletricidade e a fotossíntese, e como as energias verdes contribuem para o desenvolvimento sustentável.

A ação educativa junta-se à participação de mais 50 alunos das freguesias de Pêro Viseu e Alcaria (concelho de Fundão), no dia 6 de março, na qual se plantaram mais de 100 árvores de duas espécies locais.

Compromisso com o ambiente de Fundão

Este programa educativo faz parte do compromisso ambiental e social que a Dos Grados tem nas comunidades onde estão localizados os seus projetos de energias renováveis. A empresa contribui para a educação e o conhecimento dos jovens e crianças dos territórios no domínio da energia e do cuidado do capital natural.

Dos Grados, que ligou a central fotovoltaica em dezembro de 2023, está a realizar um plano de integração paisagística na área da central e na sua envolvente imediata, composto por 2.018 exemplares arbóreos e 2.728 exemplares arbustivos, com a seleção de espécies autóctones presentes no território, bem como a sementeira de diferentes tipos de misturas para incentivar o rápido crescimento da vegetação e promover o enriquecimento do solo.

Sobre a Dos Grados

A Dos Grados é uma empresa ibérica especializada no desenvolvimento, investimento e gestão de ativos reais sustentáveis, formada por uma equipa de empresários com uma longa história no setor energético. Oferece serviços de valor acrescentado aos seus investidores para além do modelo tradicional, uma vez que integra o seu conhecimento dos mercados energéticos na sua atividade de investimento e gere os ativos a longo prazo.

A Dos Grados está comprometida com a sustentabilidade dos seus projetos e com a geração de um impacto positivo nas comunidades locais onde se inserem os seus projetos, apostando na sustentabilidade, na proteção do ambiente e na criação de uma pegada de valor.

Até hoje, o seu âmbito de atividade tem-se centrado em ativos renováveis, principalmente fotovoltaicos e eólicos, situados em Espanha e Portugal.

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“Direita andava num frenesim”. Costa diz que “ocasião fez a decisão” de Marcelo dissolver Parlamento

  • Lusa
  • 19 Abril 2024

António Costa volta a apontar o dedo ao Presidente da República. "A ocasião fez a decisão, mas desde outubro de 2022 que a direita andava num frenesim na busca de um pretexto para a dissolução".

O ex-primeiro-ministro António Costa considera que a “ocasião fez a decisão” de o Presidente da República pôr termo “prematuramente” à anterior legislatura e que a direita andava frenética em busca de pretexto para a dissolução do parlamento.

Esta interpretação dos acontecimentos que levaram Marcelo Rebelo de Sousa a convocar eleições antecipadas consta do prefácio escrito em 15 de março passado por António Costa para um livro da autoria do ex-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, intitulado “Palavras escritas”.

Numa alusão indireta à investigação judicial denominada “Operação Influencer“, que conduziu em 7 de novembro do ano passado à sua demissão das funções de primeiro-ministro, António Costa assinala que nunca se saberá “como seria o futuro se o passado tivesse sido outro”.

“O certo é que chegámos prematuramente ao termo desta Legislatura por decisão do Presidente da República. A ocasião fez a decisão, mas desde outubro de 2022 que a direita andava num frenesim na busca de um pretexto para a dissolução”, sustenta.

Chegámos prematuramente ao termo desta legislatura por decisão do Presidente da República. A ocasião fez a decisão, mas desde outubro de 2022 que a direita andava num frenesim na busca de um pretexto para a dissolução.

António Costa

Ex-primeiro-ministro

Para o anterior líder do executivo, sobretudo desde essa altura, assistia-se a “uma corrida em contrarrelógio com o controlo da inflação e a execução do PRR” (Plano de Recuperação e Resiliência).

“A dissolução valeu-lhes uma vitória tangencial, que os deixa nas mãos da extrema-direita populista”, realça António Costa neste texto que escreveu cinco dias depois das últimas eleições legislativas.

Em relação a Eurico Brilhante Dias, o ex-primeiro-ministro afirma que “foi um privilégio ter partilhado” com ele quase dois anos de trabalho, “que foram os mais exigentes de oito anos de governação”. António Costa faz, depois, uma referência indireta ao facto de Eurico Brilhante Dias ter estado ao lado de António José Seguro e não de si nas eleições primárias socialistas de setembro de 2014.

“Somos de gerações diferentes, viemos de desencontros internos, não nos conhecíamos pessoalmente, mas ao longo destes anos o Eurico Brilhante Dias foi dos quadros políticos que mais apreciei conhecer. Pela sua competência técnica, sua capacidade política e, acima de tudo, pela sua personalidade tão serena quanto firme”, escreve.

António Costa conta que surpreendeu Eurico Brilhante Dias, que tinha sido secretário de Estado para a Internacionalização, quando o convidou para as funções de líder parlamentar do PS em março de 2022, depois de os socialistas terem vencido as eleições com maioria absoluta.

“O certo é que não hesitou em assumir o desafio com militante espírito de missão. Da minha parte, pensei que a experiência na liderança parlamentar reforçaria a dimensão política do seu percurso, nada prejudicando, pelo contrário, que no futuro viesse a assumir funções ministeriais”, referiu.

Para António Costa, em suma, Eurico Brilhante Dias “tem a personalidade adequada à liderança de uma bancada com maioria absoluta, que se quis distinguir pela capacidade de diálogo com as oposições”.

Chega apresenta moção de censura ao Governo - 19SET23

O livro do ex-presidente do Grupo Parlamentar do PS tem 143 páginas de texto e contém alguns dos discursos que proferiu em momentos que considera os mais marcantes da anterior legislatura.

“Com este livro, pretendo deixar um registo histórico do que foram quase dois anos de maioria absoluta do PS no parlamento, salientando avanços em áreas muito importantes. Através da ação do Grupo Parlamentar do PS, destaco o banco de terras, as medidas propostas para fazerem parte da Agenda para o Trabalho Digno, as ordens profissionais e a morte medicamente assistida”, apontou Eurico Brilhante Dias em declarações à agência Lusa.

Nas conclusões do seu livro, o ex-presidente da bancada socialista entende que exerceu funções ao longo de “dois anos muito intensos, assentes em três orçamentos”, num país que está agora “melhor” do que em 2022, “apesar do contexto particularmente difícil”.

A precipitação do fim da anterior Legislatura “interrompeu um projeto político que tinha sido sufragado pelos portugueses e que devia continuar até 2026. Mas como dizia o nosso fundador e militante número um, Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar”, acrescenta Eurico Brilhante Dias.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 19 de abril

  • ECO
  • 19 Abril 2024

Ao longo desta sexta-feira, 19 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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A Restalia e a Coca-Cola Europacific Partners estabelecem uma aliança estratégica em Portugal

  • Servimedia
  • 19 Abril 2024

Esta parceria tem como objetivo fornecer os refrigerantes aos mais de 50 restaurantes da Restalia em Portugal, 100 Montaditos, TGB - The Good Burger, Pepe Taco, Panther Organic Coffee e La Sureña.

Esse acordo, que existe há mais de oito anos, “surge num momento crucial para o setor da restauração, marcado por desafios e oportunidades. Para além de reafirmar o compromisso com os estabelecimentos atuais, a aliança está em linha com os planos de expansão internacional da Restalia, especialmente nos mercados europeus, onde a CCEP é líder”, explicam.

A colaboração entre a Restalia e a CCEP “reforça a proposta de valor e a experiência que os bares e restaurantes da Restalia oferecem aos consumidores. Produtos como a Coca-Cola, diversas variantes de Fanta, Nestea e Monster continuarão a estar presentes em todos os espaços da Restalia em Portugal, reforçando a experiência gastronómica dos clientes”.

Para Virgínia Donado, CEO da Restalia, “a aliança entre as duas empresas é o resultado do encontro entre os valores das marcas e dos seus produtos e a personalidade do negócio da Restalia. É também a confirmação de uma parceria de sucesso, uma vez que a Restalia e a Coca-Cola Europacific Partners são já parceiros em Portugal desde 2016 e em Espanha desde 2015”.

Por outro lado, para Patrícia Lança, Diretora Associada da CCEP em Portugal, “esta parceria permitirá a ambas as empresas desenvolverem-se e evoluírem, claramente orientadas para responder às necessidades e tendências dos consumidores”.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Conselho de Ministros desta sexta vai aprovar o conjunto de medidas de redução de IRS. Serão ainda publicadas as taxas implícitas no crédito e termina a OPS de obrigações do Benfica.

As medidas para aliviar o IRS voltam a estar na ordem do dia, sendo o principal tema de discussão para o Conselho de Ministros desta sexta-feira. A marcar o dia estará ainda a divulgação das taxas implícitas no crédito, assim como a apresentação de resultados de grandes empresas, como a Tesla. Termina o prazo de subscrição de novas obrigações da Benfica SAD e as novas ações do Sporting são admitidas à negociação.

Conselho de Ministros debate medidas para alívio do IRS

Depois de uma semana de polémica em torno da descida do IRS anunciada por Luís Montenegro, o Conselho de Ministros vai aprovar a medida de redução fiscal. Os detalhes exatos ainda não são conhecidos, mas vão ser apresentados depois do Conselho de Ministros desta sexta-feira. Para já, sabe-se que o alívio fiscal será alargado à classe média até ao 8.º escalão, como já disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e reiterou, na quarta-feira, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Taxas de juro no crédito da casa em março

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as taxas de juro implícitas no crédito à habitação, no mês de março. A prestação média do empréstimo da casa registou em fevereiro a primeira queda em três anos, fruto do alívio das taxas de juro nos últimos meses. A expectativa é que os custos do crédito continuem a aliviar, fruto da mudança na trajetória das taxas de juro na zona euro. O Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar o primeiro corte de juros na região na reunião de junho. No ano passado, a prestação média do crédito à habitação disparou 35% para os 362 euros, o valor mais elevado desde 2011, devido à escalada das Euribor.

Termina OPS de obrigações do Benfica

A oferta pública de subscrição (OPS) de obrigações da SAD benfiquista termina esta sexta-feira. O clube das águias está a oferecer uma taxa de juro bruta de 5,1% a quem subscrever o empréstimo obrigacionista, que foi revisto em alta de 35 para 50 milhões de euros e cujo período de subscrição termina hoje às 15h. O resultado da operação será divulgado numa sessão especial na próxima segunda-feira, dia 22 de abril.

Novas ações do Sporting começam a negociar

As novas ações da Sporting SAD que resultam da conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) são admitidas à negociação esta sexta-feira. Em causa estão 83.571.872 ações, resultantes dos dois aumentos do capital social da Sporting SAD, realizados no dia 31 de julho de 2022, e 51.418.581 ações, resultantes dos dois aumentos do capital social da Sporting SAD, realizados no dia 15 de fevereiro de 2024. No total, começam a negociar em bolsa 134.990.453 ações, representativas de 66,83% do capital social da Sporting SAD.

Empresas apresentam contas

Prossegue a divulgação de resultados trimestrais. Esta sexta-feira serão conhecidos os números dos primeiros três meses da Tesla, American Express, Abbott e Procter & Gamble. À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, os grandes bancos dos Estados Unidos estrearam a earning season, seguindo-se outras grandes empresas norte-americanas. Na Europa, a apresentação de resultados ainda está a arrancar.

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Leroy Merlin está a recrutar para o verão. Tem 300 ofertas de emprego

A três centenas de ofertas de emprego disponíveis para este verão são para funções de operador de caixa, operador logístico, e vendedores, com duração de um a seis meses.

A Leroy Merlin está a recrutar para as suas mais de 40 lojas no país para reforçar a equipa nos meses de verão. O retalhista tem 300 vagas para operador de caixa, operador logístico, e vendedores, adianta ao ECO a empresa. O salário de entrada é de 850 euros.

“À medida que nos aproximamos do verão, é muito importante para nós receber novos talentos na equipa, onde cada indivíduo desempenha um papel fundamental no nosso sucesso coletivo”, diz Inês Cara-Linda, responsável sourcing e employer branding da Leroy Merlin Portugal. “Estamos muito entusiasmados por regressar com esta campanha de verão e dar a oportunidade a tantas pessoas de começarem a construir o seu futuro na nossa casa”, reforça.

As três centenas de ofertas de emprego disponíveis para este verão são para funções de operador de caixa, operador logístico, e vendedores, com duração de um a seis meses. Procuram profissionais a partir dos 20 anos, com habilitações literárias ao nível do 12.º ano e entre um a dois anos de experiência profissional. É ainda valorizado, diz a empresa, o “gosto pelo cliente e pelas suas necessidades, aptidão para o relacionamento interpessoal e trabalho em equipa, capacidade de resistência ao stress, capacidade de organização e sentido de responsabilidade, espírito de iniciativa e proatividade”.

O salário de entrada é de 850 euros. Além do salário, a empresa oferece “subsídio de alimentação no valor de oito euros e pagamento de trabalho noturno a partir das 20h”, adianta Inês Cara-Linda quando questionada sobre o pacote salarial e de benefícios oferecido.

“Os colaboradores que se juntarem a nós nestas missões têm acesso gratuito a bens alimentares de loja (como sopa, pão, fruta, iogurtes..), serviço de bem-estar, medicina curativa e fisioterapia e desconto de colaboradores. Já numa perspetiva de longo prazo, e considerando que alguns destes novos colaboradores podem vir a construir o seu futuro connosco, gostávamos de salientar que a empresa tem outros benefícios de que poderão usufruir”, diz.

A responsável não precisa quais os objetivos de recrutamento para este ano — “o recrutamento é um objetivo forte para este ano e acreditamos que esta campanha de verão, a par do Programa de Trainees, será essencial para o conseguir” — nem qual o investimento em salários este ano.

Não podendo, para já, revelar números de investimento, podemos adiantar que a preocupação com o bem-estar do colaborador está no topo das prioridades da Leroy Merlin que, este ano, distribuiu cerca de 15 milhões pelos seus colaboradores, o que representa dois salários extra por colaborador”, refere a responsável sourcing e employer branding da Leroy Merlin Portugal.

“A distribuição deste ano concretiza um aumento de cerca de dois milhões de euros distribuídos, face a 2022, o que retrata a intenção cada vez maior da Leroy Merlin em partilhar o sucesso dos seus resultados e criar um Impacto Positivo junto dos colaboradores em Portugal”, diz.

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F5C integra EPACA e torna-se a primeira agência portuguesa no clube de lobistas europeu

A agência de João Tocha tornou-se o 48.º membro da associação de lobistas, na qual estão também consultoras globais como BCW, Edelman, Kreab ou Weber Shandwick.

A First Five Consulting (F5C) é a primeira agência de comunicação portuguesa a integrar a European Public Affairs Consultancies’ Association ((EPACA), associação que integra consultoras que trabalham a área de public affairs com instituições da União Europeia.

A agência de João Tocha tornou-se assim no 48.º membro da associação de lobistas, na qual estão também consultoras globais como BCW, Edelman, Kreab ou Weber Shandwick.

“Ser membro da EPACA é fazer parte de um grupo restrito de empresas do setor, que, em Bruxelas, estão comprometidas com os mais elevados padrões éticos e de prática profissional. A EPACA é reconhecida pelas instituições da União Europeia (UE) e seus membros aderem a um Código de Conduta rigoroso, oficialmente reconhecido, que orienta as suas atividades em assuntos públicos“, comenta com o +M João Tocha.

O fundador da F5C, que já estava no registo de transparência da UE, explica que, ao integrar a associação de lobistas, a agência “vincula-se de forma ética e responsável em todas as suas atividades de consultoria em assuntos públicos, promovendo, assim, a confiança e a credibilidade no setor e juntos dos seus clientes, com transparência, integridade e responsabilidade nas interações com as instituições da UE, os decisores políticos e outras partes interessadas”.

Por outro lado, integrar a EPACA “oferece oportunidades únicas de acesso e networking“, permitindo que os seus membros estejam a par das últimas tendências e regulamentações no campo dos assuntos públicos na União Europeia, “através de um ambiente colaboração e partilha de experiências com profissionais das maiores empresas do setor a nível mundial“, prossegue.

O processo de candidatura a esta associação implica um pedido formal de adesão, reservado apenas a empresas do setor, que é depois submetido à decisão do conselho de administração da EPACA.

Em Portugal, recorde-se o lobbying continua por regulamentar. Caro ao setor da comunicação, que se bate há mais de dez anos pela existência de legislação, a lei chegou a ser aprovado na generalidade a dez dias de cair o Parlamento, o que na prática fez com que a iniciativa ficasse sem efeito.

A falta de regulamentação do lobbying em Portugal, e os constantes adiamentos, levantam preocupações sobre transparência no processo político. Isso pode permitir práticas pouco éticas e influenciar decisões políticas de forma indevida”, aponta João Tocha.

É essencial estabelecer, quanto antes, normas claras para garantir transparência nas interações entre entidades de lobbying e decisores políticos, protegendo a integridade do sistema político em Portugal”, defende o fundador da F5C.

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Governo abre inquérito para apurar responsabilidade dos serviços na Operação Maestro, que envolve Manuel Serrão

Agência para o Desenvolvimento e Coesão vai realizar em colaboração com a Inspeção-Geral de Finanças "um inquérito rigoroso" para avaliar eventuais responsabilidades dos serviços na Operação Maestro.

O ministro Adjunto e da Coesão vai abrir um inquérito para apurar se os serviços do Estado que lidam com fundos europeus tiveram responsabilidade nas fraudes em investigação no âmbito da Operação Maestro, revelou Manuel Castro Almeida ao ECO. “A Agência para o Desenvolvimento e Coesão vai realizar em estreita colaboração com a Inspeção-Geral de Finanças um inquérito rigoroso à ação de controlo das entidades que estiveram de alguma forma envolvidas na suspeita de fraude com fundos europeus”, que envolve Manuel Serrão e Júlio Magalhães, explicou Castro Almeida.

Será a unidade de certificação e gestão de risco da Agência que irá levar a cabo a investigação para “apurar a regularidade dos procedimentos e decisões dos diferentes organismos públicos que tiveram intervenção na análise e aprovação dos pagamentos, mas também na validação e pagamento das despesas”, acrescentou o responsável que tem agora a tutela dos fundos europeus.

O resultado deste inquérito terá de ser entregue até 21 de junho. Será em função das conclusões desta investigação que o Executivo irá avaliar se existem ou não motivos para afastar algum responsável dos respetivos cargos. Recorde-se que o Ministério Público suspeita do “comprometimento” do presidente do Compete 2020, Nuno Mangas, e de uma antiga vogal, assim como de diretores da AICEP, no alegado esquema fraudulento que permitiu obter 39 milhões de euros em fundos comunitários.

“Se for verdade que alguém esteve oito anos a viver num hotel pago por fundos europeus, tenho de saber se da parte dos serviços públicos foi feito o que era devido, se foram cumpridas as obrigações ou se há casos de negligência ou colaboracionismo numa coisa deste género”, disse Castro Almeida no Expresso da Meia Noite da SIC Notícias, a semana passada. O inquérito servirá também para aferir “se os serviços estão ou não aptos para detetar este tipo de fraudes”, acrescentou o responsável, acrescentando, contudo, que “nunca” vão “conseguir detetar as fraudes todas”.

No entanto, o Governo vai reforçar em 60% o número de inspetores especializados no combate à fraude nos fundos. “O despacho já está assinado e na Agência. Já está feito”, disse ao ECO, Castro Almeida. “A Agência propôs” esse reforço de inspetores e “dois dias depois foi assinado um despacho conjunto pelo ministro das Finanças e o ministro Adjunto”.

Quanto a um reforço de pessoal, para ajudar a acelerar a execução dos fundos europeus, Castro Almeida disse que ainda está “a avaliar com todo o interesse”. “Há muitas formas possíveis” de o fazer. “Há que avaliar qual a melhor”, acrescentou.

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Direção executiva do SNS pode deixar de nomear chefias e avaliar planos

Especialistas não veem risco de perda de poderes da direção executiva relacionados com a "gestão operacional", mas admitem um regresso ao Ministério da Saúde de "competências estruturantes".

O Governo prepara-se para reformular a direção executiva do SNS, uma das medidas emblemáticas do anterior Executivo socialista, tendo dado, inclusivamente, um prazo de 60 dias à equipa liderada por Fernando Araújo para informar “a tutela sobre o estado atual de todas” as mudanças. A hipótese já tinha sido levantada antes da campanha eleitoral, tomou forma no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) e ganhou tração com a criação da Secretaria de Estado da Gestão da Saúde, liderada por Cristina Vaz Tomé, e subsequente inscrição da medida no programa de Governo, ainda que com poucos detalhes.

Ao ECO, os especialistas ligados ao setor realçam que o “papel” da direção executiva (DE-SNS) para gerir a rede do SNS é “indiscutível”, mas sublinham que são necessários “alguns ajustamentos” para prevenir “conflitos” ou até a duplicação de competências com outras entidades. Os peritos não anteveem que haja qualquer risco de perda de poderes relacionados com a “gestão operacional” por parte da entidade liderada por Fernando Araújo, mas admitem um regresso ao Ministério da Saúde de “competências mais estruturantes”, como é o caso da nomeação de chefias e da avaliação dos planos de desenvolvimento organizacional (anteriormente conhecidos por planos de atividades e orçamento) das Unidades Locais de Saúde (ULS).

“Há, de facto, alguns ajustamentos que creio que todos reconhecem como necessários”, afirma Adalberto Campos Fernandes, reiterando que a direção executiva do SNS foi criada de forma demasiado rápida e “com base em pouco pensamento”, o que levou a que a fossem precisos “meses larguíssimos” para que os seus estatutos fossem aprovados e que agora se esteja a notar “alguns conflitos de competências entre, por exemplo, a ACSS, a SPMS, a própria DGS e as ARS”.

A extinção “um bocadinho apressada das ARS está a criar problemas que têm que ser retificados“, nomeadamente no que toca a “quem compra as vacinas, quem paga as vacinas, quem transporta e quem faz a relação com as entidades convencionadas”, enumera. “Não há nenhum drama, mas é preciso retificar“, atira o antigo ministro da Saúde do primeiro governo de António Costa. Se o objetivo da tutela liderada por Ana Paula Martins é “afinar entre os limites de competências e prevenir a existência de conflitos, creio que é útil”, remata.

A necessidade de “clarificação da ‘articulação’ entre entidades” é também defendida pelo economista Pedro Pita Barros, que vê nesta reformulação uma oportunidade para se “definir quem tem o poder de decisão”: se a ACSS ou a direção executiva. “Por exemplo, a ACSS poderá assumir de forma clara o papel de ‘estado pagador’ (SNS proteção) e a DE-SNS o papel de ‘estado prestador’ (SNS prestação). Significaria que a ACSS teria, claro, um papel de discussão e controle da DE-SNS no que se refere à utilização dos dinheiros públicos canalizados para o SNS”, explica.

Governo dá 60 dias à direção executiva para esclarecer mudanças

O programa de Governo é pouco claro sobre como será feita esta reformulação. No documento, o Executivo compromete-se apenas a avançar com “uma alteração da sua estrutura orgânica – mais simplificada –, e das suas competências funcionais”, tendo em vista uma “governação menos verticalizada e mais adequada à complexidade das respostas em saúde, articulação entre redes de cuidados e modelos de contratualização e financiamento, infraestruturas, recursos humanos e transformação digital na saúde”. Não obstante, a intenção parece agora um pouco mais moderada do que a sugerida no programa eleitoral — que apontava para “alteração profunda”– e do sugerido em novembro de 2023, quando no seio do PSD se chegou a falar da possibilidade de se extinguir o organismo.

O Ministério da Saúde confirmou ao ECO que enviou esta semana um despacho à direção executiva do SNS a solicitar um conjunto de informação relacionada com as recentes alterações levadas a cabo” por este organismo, designadamente no que toca às “atribuições das diversas instituições do Sistema de Saúde”, nomeadamente da ACSS, a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde e das ARS. E dá um prazo de “de 60 dias” para que a entidade liderada por Fernando Araújo informe a tutela sobre o estado atual de todas estas mudanças”.

Entre as várias informações pedidas consta um pedido de “relatório com as principais medidas adotadas pela DE-SNS”, “documentos que sustentaram” a decisão da generalização das Unidades Locais de Saúde (ULS) e “informação sobre o modelo de contratualização/financiamento” destas, bem como “avaliação da sustentabilidade económico financeira dos principais projetos a desenvolver” pelo organismo, entre outros.

Mexidas nas competências “estruturantes”

Apesar de sublinharem que “ainda é muito difícil perceber qual será a proposta concreta”, os especialistas ligados ao setor da Saúde afastam que haja qualquer risco de perda de competências operacionais por parte da direção executiva ou até de extinção do organismo, dado a sua “indiscutível” importância na gestão da rede do SNS, e até porque o objetivo desta reforma passa pela integração dos cuidados de saúde.

Em “competências que são mais estruturantes, nomeadamente na nomeação de chefias dos conselhos de administração das ULS ou na avaliação de planos, como os planos de desenvolvimento organizacional, pode eventualmente haver um reassumir de competências por parte do Ministério da Saúde”, admite o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) ao ECO, referindo, que, apesar de, formalmente, a responsabilidade de aprovar estes planos seja do Ministério da Saúde, “na prática, depende essencialmente da avaliação da direção executiva”. E esta possibilidade ganhou força com a criação de uma Secretaria de Estado da Gestão da Saúde.

Já no que concerne a ter uma estrutura menos verticalizada, Xavier Barreto admite que em cima da mesa poderá estar a hipótese de haver “uma maior colaboração com outras entidades do SNS” ou uma até “uma menor concentração de decisão” por parte da entidade liderada por Fernando Araújo. No entanto, o presidente da APAH sublinha que modelo de governação do SNS está menos verticalizado face ao que sucede noutros países.

“Em Portugal, para além da DE-SNS há um conjunto de entidades: continuamos a ter a ACSS, que é responsável pelo financiamento; a DGS, que é responsável pelos programas de saúde, pela saúde pública, etc.; a SPMS, responsável pelas compras e por toda a área digital; o próprio Ministério da Saúde e até o Ministério das Finanças, enquanto acionista. Não me parece que exista uma concentração tal que isso possa ser encarado como um problema”, defende.

Reorganização das urgências não fica em risco

Assim, os peritos ouvidos pelo ECO descartam também que haja qualquer risco de as reformas já planeadas pela direção executiva (em termos de organização do SNS) fiquem pelo caminho, nomeadamente no que toca “à reorganização das urgências e a outras decisões desse tipo”. Até porque o programa do Governo prevê redefinição da rede de urgências e a referenciação hospitalar.

“Essa é uma gestão muito operacional e que não tenho qualquer dúvida de que deverá ficar numa estrutura como a DE-SNS. Acho que aí não vai haver qualquer mudança“, afirma Xavier Barreto. “Não vejo que vá haver uma rutura operacional”, corrobora Campos Fernandes.

E estas alterações poderão provocar mexidas na liderança de Fernando Araújo ao leme da direção executiva? “Fernando Araújo será o primeiro a fazer a leitura se tem ou não condições para continuar a interpretar uma política ou a fazer um caminho num quadro governativo diferente”, responde o antigo ministro da Saúde, sublinhando que “ninguém põe em causa as qualidades, a competência e o prestígio” do CEO do SNS, pelo que a decisão caberá ao próprio.

Não obstante, Campos Fernandes avisa que em matérias de saúde deve “existir tanto quanto possível uma continuidade estratégica no sentido geral das políticas”. “Não é útil estarmos a mudar e alterar o sentido do caminho constantemente”, alerta.

O ECO enviou um conjunto de perguntas à direção executiva, incluindo se o organismo foi ouvido sobre esta intenção ou se, pelo menos, a decisão lhe foi comunicada previamente antes de ser anunciada publicamente. Mas, até à publicação deste artigo, não obteve resposta.

Sistemas Locais de Saúde flexíveis podem criar “efeitos perversos”

O Governo liderado por Luís Montenegro compromete-se ainda a rever a planificação das ULS, com especial enfoque naquelas que “integram hospitais universitários”, bem como a avançar com “Sistemas Locais de Saúde flexíveis com participação de entidades públicas, privadas e sociais”. De notar que a generalização das ULSorganismos que integram hospitais e centros de saúde numa mesma instituição de gestão — era, aliás, uma das medidas principais da reorganização do SNS desencadeada pelo anterior Executivo. Porém, a aplicação deste modelo nos maiores hospitais levou ao pedido de demissão de Ana Paula Martins, agora ministra da Saúde, do cargo de presidente do Hospital Santa Maria.

Sobre isto, os especialistas ouvidos pelo ECO também sublinham que será “muito difícil” regressar-se ao modelo anterior, onde hospitais e centros de saúde estavam separados. No entanto, admitem que há espaço para melhorias, nomeadamente nas que integram hospitais universitários.

“Estas ULS têm hospitais muito diferenciados, mas mesmo esses hospitais têm uma componente de hospital distrital. E colocar os hospitais universitários fora da ULS significaria que esse movimento menos diferenciado, bem como os cuidados de saúde primários que estão inseridos nessas ULS, teriam um funcionamento diferente do que sucede nas restantes ULS”, alerta Pedro Pita Barros, defendendo, por isso, que poderá ser preferível “ajustar os mecanismos de pagamentos por capitação, de forma a ter em conta as transferências de doentes“. Ou, seja, para o especialista em Economia da Saúde e professor na Nova SBE, “mais do que retalhar em pedaços”, é preferível “utilizar mecanismos de pagamento apropriados”.

Opinião diferente tem Campos Fernandes, que defende que o “estatuto tem que ser diferente e o modelo também” para os maiores hospitais do país, dado que estes têm “uma vocação para a diferenciação tecnológica e clínica” e são “unidades de resposta nacional com uma forte componente de ensino e investigação”, além da elevada “dimensão orçamental que nalguns casos se aproxima dos mil milhões de euros”.

Já o presidente da APAH sublinha que o financiamento por capitação “tem algumas vantagens”, pois concentra mais as entidades na promoção da saúde e na prevenção da doença, pelo que, consequentemente, “induz menos produção”. Ainda assim, nos grandes hospitais o modelo não funciona, uma vez que aquilo que o Estado paga por cada pessoa que vive naquela área geográfica não tem em conta os novos medicamentos e os seus custos avultados.

Modelos de financiamento à parte, Xavier Barreto assinala ainda que os Sistemas Locais de Saúde flexíveis poderiam aplicar-se “a todas as ULS”, lembrando que há unidades que estão já a fazer essa articulação com o setor social e privado. No entanto, acredita que “se dará prioridade” a que este modelo seja aplicado nas ULS que integram hospitais universitários. “Um sistema Local de Saúde é basicamente numa determinada área geográfica nós termos um modelo de integração de cuidados, não só entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares, mas entre estas entidades e um conjunto de outras, muitas vezes, até de base comunitária. Entidades que podem ser do setor social, privado”, explica, sublinhando que esta “visão abrangente” pode ter “alguma vantagem”.

Mas há cuidados que devem ser salvaguardados. “Quando começamos a contratar serviços ao setor privado e ao setor social, temos que ter garantias: que o doente é do SNS, que controlamos o processo e que não criamos incentivos perversos”, alerta, referindo-se nomeadamente ao facto de se poder criar a “tendência de saírem mais profissionais de saúde do SNS para o privado” de forma a assegurar a resposta que o privado vai dar ao sistema de saúde público. “Temos que garantir que nenhuma destas respostas — incluindo os sistemas locais de saúde — resulta em prejuízo do SNS“, remata.

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Excedente dá margem ao Governo para furar teto de despesa imposto por Bruxelas

O regulamento final com as novas regras de disciplina orçamental europeias vai ser ratificado pelo Parlamento Europeu a 23 de abril e Portugal terá de entregar o plano de ajustamento em setembro.

O Governo de Luís Montenegro já vai ter de cumprir as novas regras de disciplina orçamental europeias, que determinam um teto para o crescimento da despesa primária, no plano de ajustamento a quatro ou sete anos que tem de enviar a Bruxelas até 20 de setembro. Mas vai ter uma benesse. O excedente de 0,3% do PIB que o Executivo estima para 2025, e que consta do Programa de Estabilidade, dá margem para furar aquele limite imposto pela Comissão Europeia sem qualquer sanção, pelo menos enquanto o país conseguir mantiver o saldo positivo ou próximo do equilíbrio orçamental.

Caso Portugal infrinja o limite para a taxa de variação anual da despesa primária líquida, que engloba o valor da despesa pública total, excluindo gastos com juros, custos extraordinários e relacionados com cofinanciamento de fundos europeus, não irá sofrer represália alguma, porque tem excedente orçamental, ou seja, está distante do teto para o défice de 3% do PIB, apurou o ECO junto do Parlamento Europeu. No entanto, se o saldo positivo se transformar em défice, entre 0,1 e 3%, mantendo-se o incumprimento daquele indicador, Bruxelas deverá abrir um relatório para analisar as razões do desvio, fazendo uma chamada de atenção ao Governo, ainda assim, sem qualquer tipo de castigo. Caso o défice ultrapasse o teto de 3% do PIB, então será aberto um procedimento por défice excessivo.

Apresentação e debate do programa do XXIV Governo Constitucional na Assembleia da República - 12ABR24
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, no Parlamento, para o debate do programa do XXIV Governo ConstitucionalHugo Amaral/ECO

“Portugal está numa situação privilegiada, quando negociar com a Comissão Europeia o teto de despesa, porque tem superávite”, revelou ao ECO a eurodeputada socialista Margarida Marques, lembrando o excedente de 1,2% do PIB que o Governo herdou do anterior ministro das Finanças, Fernando medina. Ou seja, a equipa das Finanças de Joaquim Miranda Sarmento parte agora em vantagem, mas o que conta efetivamente é o saldo para 2025, que se mantém positivo, nos 0,3%.

A também correlatora para a revisão das regras de governação económicas salientou que o regulamento com as novas diretrizes comunitárias “vai ser ratificado pelo Parlamento Europeu já no próximo dia 23 à tarde, entrando em vigor em maio, depois de ser publicado no Jornal Oficial da União Europeia”. Recorde-se que, por causa da pandemia e da inflação, os tetos de 60% do PIB para a dívida pública e de 3% do PIB para o défice estão suspensos desde 2020, mas regressam agora com o novo regulamento comunitário.

Os 27 Estados-membros terão de continuar a respeitar os limites para a dívida e défice, mas de uma forma mais flexível. Ou seja, no novo Programa Nacional Orçamental Estrutural de Médio Prazo, que vai substituir o Programa de Estabilidade, a Comissão Europeia vai ter em conta sobretudo a trajetória do crescimento da despesa primária líquida. O teto para a evolução deste indicador será calculado tendo por base uma redução média anual da dívida pública.

Países com o rácio acima de 90% do PIB, como é o caso de Portugal (99,1%), ficam obrigados a reduzir o excesso de dívida em um ponto percentual (p.p.) por ano, durante a vigência do seu plano de quatro anos, que pode ser alargado para sete, se o Governo negociar com Bruxelas as reformas e os investimentos que se compromete a realizar. Estados-membros com dívida entre 60% e 90% terão de diminuir o rácio em 0,5 p.p., em média, por ano, de acordo com o regulamento.

Portugal está numa situação privilegiada, quando negociar com a Comissão Europeia o teto de despesa, porque tem superávite.

Margarida Marques, eurodeputada do PS e correlatora para a revisão das regras de governação económica

“No dia 21 de junho, a Comissão Europeia vai apresentar aos Estados-membros a estratégia de referência para a preparação dos planos de ajustamento nacionais, depois de ouvir aqueles que queiram ser ouvidos”, indicou Margarida Marques. Ou seja, daqui por dois meses, Bruxelas vai informar os países dos tetos para o aumento de despesa que devem respeitar.

Depois da fase de negociação, “os Estados-membros têm de apresentar o programa de ajustamento para quatro ou sete anos até 20 de setembro”, sublinhou a eurodeputada do PS.

“Portugal poderá prolongar o plano de ajustamento por mais três anos, isto é, para sete anos, caso o Governo faça investimentos especiais nas quatro prioridades da Comissão Europeia: transição climática, transição digital, defesa e pilar europeu dos direitos sociais“, esclarece Margarida Marques.

Depois de os Estados-membros submeterem o novo Programa Nacional Orçamental Estrutural de Médio Prazo, “a Comissão Europeia tem um mês e meio, no máximo dois, para aprovar”. Isto é, em novembro os documentos deverão ter luz verde de Bruxelas, sendo que as medidas de política, as metas orçamentais e o cenário macroeconómico do plano “terão de estar já refletidas na proposta do Orçamento do Estado para 2025”, acrescenta.

Programa de Estabilidade aponta para redução da despesa primária para 39,6% do PIB em 2028

Analisando o cenário macroeconómico que o Governo inscreveu no Programa de Estabilidade (PE) 2024-2028 e que terá de ser entregue à Comissão Europeia até ao final deste mês, verifica-se que o peso da despesa primária no PIB vai crescer 0,3 p.p., de 41,7% para 42% do PIB, de 2024 para 2025. Para 2026 e 2027, o Executivo de Montenegro estima agora uma descida da despesa para 41,9% e 39,4%, respetivamente, projetando-se depois uma subida para 39,6% do PIB, em 2028. Nos quatro anos da legislatura, o Governo indica que vai conseguir reduzir este indicador em 2,2 p.p..

Do lado da receita, os cofres públicos vão arrecadar menos dinheiro. De 2024 para 2025, o PE ainda prevê uma ligeira subida de 0,3 p.p., de 44,3% para 44,6% do PIB, mas depois a trajetória será descendente, com o indicador a recuar para 44,3%, em 2026, 42,4%, em 2027, e para 42,3%, em 2028. No conjunto dos quatro anos da legislatura, a receita vai baixar 2 p.p..

A partir do próximo ano, o novo plano de ajustamento terá de ser entregue até ao final de abril e vai substituir o Programa de Estabilidade. Transitoriamente, este ano, o Governo ainda teve de apresentar o PE, mas Bruxelas dará diminuta relevância ao plano, não exigindo detalhe nas medidas de política nem no cenário macro.

A Comissão sinalizou aos Estados-membros que o cumprimento da entrega do Programa de Estabilidade em abril de 2024 seria apenas formal e sobretudo centrado no preenchimento, pelos Estados-membros, das tabelas anexas”, segundo o documento. “Perante isto, este Programa de Estabilidade é apresentado num cenário de políticas invariantes, isto é, com ausência de novas opções de política. Ou seja, as perspetivas macroeconómicas e orçamentais constantes deste documento não têm ainda em consideração as políticas económicas que o XXIV Governo virá a implementar”, lê-se no Programa de Estabilidade.

Programa de Estabilidade 2024-2028

Fatura para o Estado pode chegar aos 9.740 milhões de euros

Se o Governo de Montenegro implementar as várias medidas que prometeu na campanha eleitoral, como o aumento do complemento solidário para idosos (CSI) ou o descongelamento faseado da carreira dos professores, dos cofres do Estado terão de sair 2.240 milhões de euros em despesa durante os próximos quatro anos.

Para além disso, é preciso acomodar outro tipo de despesa permanente como o aumento das pensões, das prestações sociais e dos salários da Função Pública.

A aplicação das fórmulas legais de atualização de pensões e outras prestações exigirá mais de 1,5 mil milhões de euros em despesa em 2025; e os aumentos salariais vertidos no acordo de rendimentos exigirão também um valor superior a mil milhões de euros ao Orçamento. A estes montantes junta-se o efeito das renegociações de contratos de despesa nos vários níveis da Administração Pública decorrentes do aumento de inflação”, revelou o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, aquando da apresentação do saldo orçamental para 2023 de 1,2% do PIB.

Ou seja, só em pensões, subsídios e salários há já um custo estimado, para 2025, de 2,5 mil milhões de euros, que é quase 80% do excedente de 3,2 mil milhões de euros alcançado em 2023.

Depois é preciso contabilizar medidas que possam encolher a receita. O programa eleitoral da AD inscreve menos cinco mil milhões de euros na arrecadação de impostos, ao longo dos próximos quatro anos, com vista a redução de IRS, IRC, do IVA para 6% para a construção e eliminação do IMT e do Imposto de Selo na compra da primeira habitação própria e permanente para jovens até aos 35 anos que não pertençam ao último escalão de IRS, isto é, que não aufiram mais de 81.199 euros por ano ou 5.799,9 euros mensais.

Somando tudo, entre despesa permanente, novas medidas e redução de impostos, a fatura para o Estado pode chegar aos 9.740 milhões de euros, dos quais 2,5 mil milhões, relativos a salários e pensões, terão um impacto numa base anual e os restantes 7.240 milhões serão repartidos ao longo da legislatura, até 2028.

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EDP Renováveis conclui venda de projeto eólico no Canadá

  • ECO
  • 18 Abril 2024

A elétrica portuguesa concluiu a venda de 80% de um projeto eólico, na província de Alberta, com uma potência de 297 megawatts por 700 milhões de dólares canadianos (cerca de 477 milhões de euros).

A EDP Renováveis concluiu o acordo com a Connor, Clark & Lunn Infrastructure para a venda de uma participação de 80% num projeto eólico no Canadá por 700 milhões de dólares canadianos, o equivalente a cerca de 477 milhões de euros à taxa de câmbio atual.

Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis adianta que “concluiu o acordo de compra e venda” assinado com a Connor, Clark & Lunn Infrastructure “para a venda de uma participação de 80% de um projeto eólico de 297 MW em Alberta, no Canadá”, por um valor de 700 milhões de dólares canadianos. Este acordo tinha sido anunciado ao mercado a 14 de fevereiro.

Com esta operação, a elétrica portuguesa “executou aproximadamente 35% dos 7 mil milhões de euros referentes ao programa de rotação de ativos para o período de 2023-2026”, anunciado em março do ano passado, o que permite à empresa “acelerar a criação de valor e reciclar capital para reinvestir em crescimento rentável”, remata.

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