PS avança com cinco propostas: do IVA reduzido na luz ao fim das portagens nas ex-SCUT

O líder dos socialistas, Pedro Nuno Santos, anunciou que o partido vai apresentar cinco projetos de lei e desafiou a oposição: "Se concordam, tenham bom remédio e vão aprovar as iniciativas do PS".

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, anunciou esta sexta-feira, no encerramento do debate do programa do Governo no Parlamento, que o partido vai avançar, desde já, com cinco iniciativas legislativas, porque o PS “não foi eleito apenas para votar as propostas dos outros grupos parlamentares, foi eleito para apresentar propostas”. “O PS não se deixará anular”, frisou.

Tal como constava do programa eleitoral do PS, Pedro Nuno Santos elencou as iniciativas legislativas que a bancada irá apresentar na Assembleia da República, que passam pela redução do IVA da luz para a taxa mínima de 6% ou pela eliminação das portagens das ex-SCUT (sem custos para o utilizador):

  1. Reduzir o IVA da eletricidade para a taxa reduzida para mais de três milhões de portugueses;
  2. Excluir os rendimentos dos filhos como condições para o acesso ao Complemento Solidário para Idosos (CSI);
  3. Eliminar as portagens das ex-SCUT, designadamente na A28, no Alto Minho, na A13 e A13-1, no Pinhal Interior, na A23 e A25, na Beira Interior, na A4 e A24, em Trás-os-Montes, e na A22, no Algarve;
  4. Aumentar a despesa dedutível em IRS com arrendamento até atingir os 800 euros;
  5. Alargar o apoio ao alojamento estudantil pago hoje aos bolseiros à classe medida, pagando a todos os estudantes deslocados que estão no 6.º escalão de IRS.”

No caso em concreto da redução do IVA da luz, a proposta do PS irá decalcar o que consta do programa eleitoral, o qual que prevê aplicar a taxa de 6% aos primeiros 200 kWh de energia elétrica consumida em cada mês, duplicando assim dos atuais 100 kWh que podem beneficiar da taxa mínima do imposto. No caso das famílias numerosas, também aumenta para o dobro o consumo de eletricidade sujeito a IVA a 6%, de 150 kWh para 300 kWh.

Depois de detalhar as propostas, e diante da reação dos deputados da oposição, Pedro Nuno Santos atirou: “Não percebo a surpresa com estas propostas que constavam no nosso programa. E, se concordam, tenham bom remédio e vão aprovar as iniciativas do PS”.

E lançou um último repto: “Ficamos a espera de ver como vão votar”.

(Artigo atualizado às 11h54)

 

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Vice-presidente da Comissão Europeia lamenta não ter encontrado modelo económico para os media

  • Lusa
  • 12 Abril 2024

Vera Jourová considera também que a desinformação assente em inteligência artificial "é o maior desafio" e que esta tecnologia é incontornável para os media.

Věra Jourová, vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e TransparênciaLusa

A vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência lamenta não ter encontrado um modelo económico para os media que evite que sejam “alvos fáceis” das pressões políticas e proprietários.

Vera Jourová termina esta sexta-feira uma visita de dois dias a Portugal, no âmbito da sua “digressão pela democracia”, onde tem encontros marcados com entidades nacionais e responsáveis institucionais portugueses.

“Devo dizer que estou desapontada por não termos conseguido encontrar formas de melhorar a situação económica dos media e estou ciente disso” e de que sem um modelo sustentável os órgãos de comunicação social “podem ser sempre alvos fáceis de pressões políticas, mas também de pressões dos proprietários“, pelo que é preciso mais trabalho neste âmbito, sublinha em entrevista à Lusa.

Aliás, Jourová salienta que o que gostaria ter feito e não conseguiu foi encontrar um modelo económico para os media. Instada a comentar o facto de o jornalismo tradicional estar ameaçado devido ao seu modelo económico, a vice-presidente da Comissão Europeia defende que é preciso “encontrar a forma de corrigir o mercado distorcido”.

Há quem diga que devem ser os contribuintes a pagar, mas essa “é a forma mais fácil” e “eu nunca quis encontrar soluções fáceis”, prossegue. Primeiro, é preciso olhar o mercado para onde o dinheiro desapareceu: “todo o dinheiro desapareceu nos grandes sistemas digitais, os anunciantes escaparam para lá“, aponta.

Por isso, “acho que é bom reabrir o debate sério sobre o imposto digital [digital tax]”, defende. “Porque é que os contribuintes deveriam pagar por ele? Para manter os media vivos?”, questiona, defendendo a necessidade de ser criado um sistema “justo”.

Sublinhando que tem “boas relações” com as gigantes digitais, Jourová usa a comparação com uma autoestrada. “Eles criaram para si a autoestrada, para grandes camiões que não pagam nada pelos danos. Não podemos continuar assim”, reforça.

Em primeiro lugar, defende, é preciso “o modelo de alguma distribuição justa dos anunciantes”, em segundo, pode ser o financiamento privado, que já existe em alguns projetos na União Europeia (UE) e Estados Unidos, mas está no início, relata.

O último recurso, “é o orçamento público”.

Vera Jourová recorda que o European Media Freedom Act (Lei Europeia da Liberdade dos Media) tem um “forte capítulo” sobre o serviço público de media, o qual deve “ter financiamento público suficiente para sobreviver” durante este momento de crise económica.

Questionada sobre a ajuda estatal aos media em tempos de crise, a vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência classifica como “decididamente” uma “boa medida” para os manter vivos.

Aliás, no período da covid, a UE “desbloqueou as regras de ajudas estatais também para apoiar os media e recomendou que os Estados-membros” usassem esse apoio financeiro, o que alguns fizeram.

“Devo acrescentar que quando o orçamento público acompanha os meios de comunicação social, deve ser absolutamente transparente e não deve pretender comprar a sua gratidão“, adverte.

Para os media “é bom receber dinheiro público”, nomeadamente em tempos de crise financeira, “mas ao mesmo tempo há uma pressão” enorme para continuarem “independentes e fortes e manterem a integridade elevada”, reconhece.

Jourová admite a sua “preocupação absoluta” com os media sob controlo político, já que numa situação de ‘Orbanização’ [uma referência ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán em que “não existe poder na sociedade”, esse é o “caminho para o inferno”.

A legislação europeia tem um artigo “muito proeminente” que diz que a pressão política tem de ser proibida ou deve parar e que “os principais valores que precisamos proteger é a independência dos media” quer de serviço público, quer comerciais, “eles têm que ser o poder forte na sociedade”, insiste, sublinhando que o Media Freedom Act [Lei da Liberdade dos Media] “cria um novo tipo de rede de segurança”.

Queremos proteger os media, precisamos de protegê-los melhor“, conclui.

Desinformação assente em IA “é o maior desafio”

A vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência considera também que a desinformação assente em inteligência artificial (IA) “é o maior desafio” e que esta tecnologia é incontornável para os media.

Questionada sobre o facto da desinformação ser eficaz numa altura em que as pessoas obtêm a informação de maneira superficial, Jourová afirma que “o maior desafio é a desinformação que se baseia na inteligência artificial ou utiliza a inteligência artificial“.

“Ainda há alguns anos vi campanhas de desinformação reais e direcionadas a serem produzidas por pessoas reais, pelo exército de ‘trolls’ em São Petersburgo,” refere, mas a tecnologia desenvolveu-se bastante desde então.

Agora, “é tão fácil usar a IA não só para produzi-lo, para produzir os efeitos, mas também para divulgá-lo pelo espaço digital” e as pessoas estão a ser impactadas, lendo e vendo desinformação a uma “velocidade luz” e “é isso que eu temo”, admite Věra Jourová.

E é “aqui que tentamos impedir isso, é por isso que apreciei que os atores digitais das maiores plataformas tenham assinado um compromisso de que irão detetar proativamente a produção de IA/’deepfakes‘” e que estas serão rotuladas e removidas, sublinha.

“Acho que veremos muito isso ou ouviremos sobre casos de deepfakes sendo removidas 10 dias antes das eleições” europeias, prevê a vice-presidente da Comissão Europeia.

Instada a comentar como a tecnologia pode ser muito criativa a contornar barreiras, Věra Jourová sublinha que ainda se trata de “criatividade humana”, embora muito em breve preveja que a IA deixe de precisar de pessoas para o fazer.

Não quero parecer apocalíptica, mas a desinformação espalhada pela IA é algo que realmente temo e algo que ainda podemos resolver com um forte compromisso dos tecnólogos – eles são os únicos que têm uma hipótese de impedir isso” -, uma vez que são eles que estão a desenvolver a tecnologia de inteligência artificial para detetar imediatamente a produção de IA.

“Esqueça, os seres humanos já não o conseguem fazer mais”, daí a importância do seu papel, prossegue, referindo que recebeu um “forte compromisso” dos partidos políticos de que “irão resistir à tentação de usar deepfakes em campanhas políticas”.

“Pedi aos partidos europeus que também pedissem aos partidos políticos nacionais que realizassem campanhas decentes e não manipuladoras. Sou ingénua? Espero que não, mas gostaria de fazer, ainda no atual mandato na Comissão, algures em setembro, uma avaliação olhando para trás”, partilha.

E aí “veremos se vale a pena jogar” de maneira justa, mas isso só “saberemos” em outubro.

Instada a comentar as declarações do professor catedrático do IST Arlindo Oliveira, que afirmou ter menos medo da eficácia da desinformação do que da ineficácia da informação, uma vez que atualmente é mais difícil fazer as pessoas mudarem de opinião, a vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência salienta ser “muito apropriado dizê-lo”.

Os dados dizem-nos que não é altura de subestimar a desinformação e a interferência estrangeira“, aponta.

Věra Jourová esteve na Letónia esta semana, perto da fronteira russa: “Imagine ter um terço da população de língua russa, uma incrível pressão e o ataque permanente ao espaço de informação por parte da Rússia”.

Uma das “tendências perigosas é que, quanto menor a confiança [nos media], maior o número de leitores de todas as notícias que se espalham pelas plataformas online, que são exatamente o lugar, a autoestrada para os conteúdos problemáticos, prejudiciais e manipuladores“, sublinha.

“Tenho sempre uma mensagem para os media tradicionais: têm que aparecer onde têm leitores” e isso, além da digitalização, inclui ainda “algum tipo de novas sinergias com a IA”. Já que, “caso contrário, não sobreviverão”, remata.

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Taxas Euribor sobem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 12 Abril 2024

Com estas alterações, a Euribor a três meses, que avançou para 3,923%, permanece acima da taxa a seis meses (3,865%) e da taxa a 12 meses (3,748%).

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três, a seis e 12 meses face a quinta-feira, depois de o Banco Central Europeu ter mantido as taxas de juro pela quinta vez consecutiva em 4,5%, nível mais alto desde 2001. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que avançou para 3,923%, permanece acima da taxa a seis meses (3,865%) e da taxa a 12 meses (3,748%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, avançou esta sexta-feira para 3,865%, mais 0,003 pontos do que na quinta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu esta sexta-feira, para 3,748%, mais 0,019 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,923%, mais 0,017 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.

Na quinta-feira, na reunião de política monetária, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela quinta vez consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Moções de rejeição do BE e do PCP chumbadas. Governo está em plenitude de funções

Após dois dias de debate, as moções de rejeição do Programa do Governo, apresentadas pelos partidos mais à esquerda, foram reprovadas no Parlamento porque o PS se absteve.

O encerramento do debate do Programa do Governo esta sexta-feira conduziu à votação das duas moções de rejeição — do PCP e do Bloco –, inviabilizadas pela abstenção do PS, como era esperado. O primeiro dia de debate, na quinta-feira, tinha sido marcado pelo anúncio das primeiras medidas a que o Governo de Luís Montenegro dará prioridade. Recorde aqui os principais momentos do segundo dia de debate.

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Governo anterior deu luz verde ao Fisco para gastar mais de um milhão de euros em carros

Em causa está um encargo orçamental de 1.158.375,71 euros, a que acresce IVA à taxa legal. Para este ano estão previstos 445,5 mil euros e os restantes 712,8 mil para 2025.

A Autoridade Tributária e Aduaneira vai poder comprar viaturas, este ano e no próximo, num total de 1,15 milhões de euros, de acordo com a portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República e que foi assinada pela anterior secretária de Estado do Orçamento, Sofia Batalha, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix.

A compra é feita pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública através de um concurso público, com publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Mas como a autorização de despesa é para dois anos (2024 e 2025) era necessária uma “autorização prévia conferida por portaria”.

Em causa está um encargo orçamental de 1.158.375,71 euros, a que acresce IVA à taxa legal. Para este ano estão previstos 445,5 mil euros e os restantes 712,8 mil para 2025. Mas este montante “poderá ser acrescida do saldo que se apurar na execução orçamental do ano anterior”.

A portaria, que entra em vigor este sábado, determina ainda que “os encargos financeiros resultantes da execução da presente portaria serão satisfeitos por conta das verbas a inscrever no orçamento da entidade referentes aos anos indicados”.

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Livre vai votar a favor das moções de rejeição de BE e PCP. PAN abstém-se na do BE

  • Lusa e ECO
  • 12 Abril 2024

A decisão de aprovar a moção de rejeição do BE foi tomada por unanimidade. Já a decisão de aprovar o texto do PCP mereceu 76% votos a favor do Livre. PAN contra moção do PCP e abstém-se na do BE.

Os quatro deputados do Livre vão votar a favor das duas moções de rejeição do Programa do XXIV Governo Constitucional, que deverão ser chumbadas esta sexta-feira com a abstenção do PS. Já o PAN vai votar contra a moção do PCP mas abstém-se na do Bloco.

A decisão do Livre foi tomada na noite de quinta-feira numa reunião da Assembleia do Livre, órgão máximo do partido entre congressos. A decisão de aprovar a moção de rejeição do BE foi tomada por unanimidade. Já a decisão de aprovar o texto do PCP mereceu 76% dos votos a favor dos dirigentes do Livre. Não houve nenhum voto contra.

Contudo, fonte do partido disse à Lusa que o grupo parlamentar vai apresentar uma declaração de voto, uma vez que não se revê nalguns apontamentos sobre matéria europeia e Ucrânia.

Do lado do PAN, fonte oficial indicou que o partido vai votar contra na moção de rejeição do PCP, optando pela abstenção na do BE.

O debate do programa do XXIV Governo Constitucional termina esta sexta-feira na Assembleia da República, depois de um primeiro dia marcado por vários anúncios e pela discussão sobre as condições de governabilidade do executivo.

Após mais de nove horas de discussão na quinta-feira, esta sexta-feira falta o período de encerramento, com intervenções de todos os partidos e do Governo, e a votação das moções de rejeição do BE e do PCP, que têm ‘chumbo’ anunciado.

(Notícia atualizada às 10h com sentido de voto do PAN)

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João Leão diz que retificativo “não é necessidade imperiosa”

  • ECO
  • 12 Abril 2024

“As contas estão próximas do equilíbrio, mas em 2025, se a situação de Governo minoritário se mantiver, é natural que possam vir a degradar-se com o passar do tempo”, diz João Leão.

O ex-ministro das Finanças, João Leão, considera que não é preciso um orçamento retificativo para rever as carreiras da Administração Pública. “Não é uma necessidade imperiosa”, diz em entrevista à Renascença.

Existe no Orçamento do Estado de 2024 capacidade para fazer algumas revisões de carreiras sem necessidade de retificativo, portanto, não tem que passar necessariamente por um orçamento retificativo”, explica o ex-ministro das Finanças de António Costa, contrariando assim Pedro Nuno Santos que considerou, em entrevista à CNN/TVI, que seria “um erro” Luís Montenegro não aprovar um orçamento retificativo com o acordo do PS.

João Leão recordou aos microfones da Renascença que mesmo durante a pandemia, ou com a guerra na Ucrânia, foi possível evitar o retificativo, “o que mostra a margem e flexibilidade do OE”. Por isso, “há margem” para o país viver em duodécimos, caso o Orçamento do Estado para 2025 seja chumbado. Mas só durante um ano. “Mais do que isso poderia criar, eventualmente, dificuldades”.

O agora membro português do Tribunal de Contas Europeu admite que este ano ainda possa existir excedente, mas os anos seguintes poderão não ter saldo positivo. “As contas estão próximas do equilíbrio, mas em 2025, se a situação de Governo minoritário se mantiver, é natural que as contas possam vir a degradar-se com o passar do tempo”, admitiu.

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TTR: Linklaters lidera as principais operações de M&A no primeiro trimestre de 2024

A Linklaters Portugal lidera por valor total das operações, cerca de 459,45 milhões de euros. Já a CCA Law Firm lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com sete.

O recente ranking do TTR Data, que analisa o período entre 1 janeiro a 31 de março de 2024, revela quais foram os principais escritórios de advogados e legal advisors, nas principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition. A Linklaters Portugal lidera por valor total das operações, cerca de 459,45 milhões de euros. Já a CCA Law Firm lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com sete.

Segundo o relatório do TTR, no primeiro trimestre do ano foram realizadas 140 transações que se traduziram num valor total de 3.007 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 58 transações (1.197 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 36 transações (1.170 milhões de euros), Venture Capital com 36 transações (120 milhões de euros), e Private Equity com 10 transações (520 milhões de euros).

Estes números representam uma diminuição de 13% no número de transações em comparação ao mesmo período de 2023. Também o capital mobilizado registou uma queda de 10%. O setor de Real Estate foi o mais ativo, com 23 transações, seguido de Internet, Software & IT Services, com 17.

O TTR selecionou como transação do primeiro trimestre a conclusão da venda de 60% da Cimpor pela OYAK para a Taiwan Cement, com um valor da transação de 480 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica da PLMJ.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a Linklaters, com um valor de 459,45 milhões de euros, seguida pela Morais Leitão, com 350,19 milhões, e a fechar o top 3 a DLA Piper ABBC com um valor total de 320 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficou a CCA Law Firm, com sete transações, seguida da Linklaters e da Morais Leitão, com cinco cada.

Já relativamente aos “dealmakers“, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, sete sociedades de advogados estão representadas na tabela, face ao valor de transações, sendo a Morais Leitão o escritório com o maior número de distinções (quatro). O sócio da Linklaters Diogo Plantier Santo ocupa o lugar cimeiro da tabela com duas transações que se traduzem em 420 milhões de euros.

O advogado dealmaker que somou um maior número de transações nestas áreas foi Domingos Cruz, managing partner da CCA Law Firm, com cinco. No top 3 ficou ainda Luís Roquette Geraldes, sócio da Morais Leitão, e Diogo Plantier Santos, sócio da Linklaters.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, por valor de transações, pertencem a cinco firmas: Linklaters, com seis destacados, Morais Leitão, com quatro, e Costa Pinto & Associados, DLA Piper ABBC e VdA com um advogado cada. José Moreno, associado da Linklaters, ocupa o primeiro lugar com um valor total de transações de 320 milhões de euros.

Constatando o número de transações, o advogado rising star pertence à Linklaters: Nuno Devesa Neto, associado, com três transações.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a Linklaters, com 420 milhões, a DLA Piper ABBC, com 320 milhões, e a Vieira de Almeida (VdA), com 100 milhões.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a Morais Leitão, com um valor de 43,19 milhões de euros, a CCA Law Firm, com 26,50, e a SRS Legal, com 8,01 milhões.

No que concerne ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela CCA Law Firm, com seis, seguida pela Morais Leitão e SRS Legal, com quatro cada.

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Fisco abre concurso para recrutar 180 novos inspetores

  • Lusa
  • 12 Abril 2024

Concurso vai avançar e Fisco espera ter em funções 180 novos inspetores em setembro

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) anunciou que vai iniciar o concurso para a entrada de 180 novos inspetores tributários e a aduaneiros, prevendo-se que iniciem funções na segunda quinzena de setembro.

Este concurso dirige-se aos candidatos que integram a reserva de recrutamento de um concurso lançado em fevereiro de 2022, com a AT a referir que durante o período experimental a remuneração destes novos trabalhadores corresponde à terceira posição remuneratório (nível 27 da carreira de inspeção e auditoria tributária e aduaneira — IATA), o que equivale ao valor atual de 1.969,98 euros.

Esta remuneração mantém-se “após o ingresso definitivo na carreira” (ou seja após o período experimental), indica a mesma informação, acrescentando que “à remuneração base acresce o valor do suplemento […] devido após um ano de exercício de funções na AT”.

De referir que os funcionários públicos recebem ainda seis euros por dia a título de subsídio de refeição.

No âmbito do início deste processo de recrutamento, a AT assinala que os candidatos “serão contactados nos próximos dias” (para o e-mail que indicaram no requerimento de candidatura), mas lembra que os que tendo sido aprovados, desistiram e/ou, tendo sido nomeados, não aceitaram a nomeação ou não compareceram para iniciar funções, “não podem agora ser recrutados”.

Relativamente aos que reúnem os requisitos para integrar o concurso para preenchimento das 180 vagas e que vão ser contactados em breve, a AT alerta que, caso se encontrem a trabalhar só devem avançar com o pré-aviso de rescisão do contrato junto da sua entidade empregadora (se trabalharem no setor privado) ou comunicar ao serviço de origem (se trabalharem na administração pública) “após a publicitação do Aviso no Portal das Finanças com a indicação do despacho de nomeação e data de início de funções”.

Estes novos trabalhadores terão vínculo de nomeação.

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“Apesar da incerteza no mercado, os CEO mantêm-se confiantes quanto ao futuro do setor bancário”

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  • 12 Abril 2024

Em entrevista, Rodrigo Lourenço, Partner de Advisory da KPMG Portugal, analisa as tendências dos CEO do setor bancário.

No estudo KPMG 2023 Banking CEO Outlook foram inquiridos 142 CEO do setor bancário, acerca do seu olhar para as perspetivas de negócio e panorama económico nos próximos três anos. Em entrevista, Rodrigo Lourenço, Partner de Advisory da KPMG Portugal, analisa as principais conclusões.

Qual é, para si, a conclusão mais marcante do estudo KPMG 2023 Banking CEO Outlook?

Apesar da incerteza no mercado, os CEO mantêm-se confiantes quanto ao futuro do setor e ao impacto das medidas de transformação que têm vindo a ser implementadas e que contribuem decisivamente para uma maior resiliência das instituições.

Foi avaliado o nível de confiança dos CEO nas perspetivas de crescimento do setor, o qual apresentou, face a 2022, uma queda de 84% para 76% e de 82% para 76% no que se refere à confiança do crescimento da sua empresa. Qual considera ser a principal razão desta diminuição de confiança?

O aumento do nível de incerteza geopolítica e económica que se verificou entre os surveys de 2022 e 2023 explicará uma parte significativa da variação do nível de confiança. Ainda assim, sublinho que a confiança dos CEO se mantém em níveis bastante elevados, particularmente face a uma série mais longa dos surveys da KPMG. De facto, o setor respondeu de forma positiva e firme aos desafios dos últimos anos e apresenta hoje condições muito favoráveis para enfrentar os desafios que se perspetivam no futuro.

No que se refere à estratégia ESG, como é que o setor está a investir nesta área, quais os principais desafios e que retorno esperam alcançar?

Os reguladores, reconhecendo a importância das instituições bancárias na agenda ESG (Environmental, Social & Governance), têm vindo a impor exigências às entidades sob supervisão, sendo por isso um catalisador da incorporação dos princípios ESG na atuação dos bancos. Contudo, com a perspetiva de aumento muito significativo da atividade económica alinhada com os objetivos ESG – em particular, a transição energética – constitui uma enorme oportunidade para os bancos. Um dos desafios deste processo de transformação será o desenvolvimento das competências necessárias para gerir adequadamente esta oportunidade de negócio.

Num setor onde a digitalização está cada vez mais presente que importância está a ser dada à retenção de talentos?

Equipas competentes e motivadas são um requisito para o sucesso de qualquer organização, independentemente da fase de maturidade do negócio. Os CEO bancários apontam o desenvolvimento de uma proposta de valor para os seus colaboradores como uma das suas prioridades para os próximos anos de forma a atrair e reter pessoas talentosas.

Rodrigo Lourenço, Partner Advisory da KPMG Portugal
Rodrigo Lourenço, Partner de Advisory da KPMG Portugal

Qual o peso que questões como igualdade de género, diversidade e inclusão têm para os CEO e como olham para os regimes de trabalho in-office, híbrido e 100% remoto?

Desde há vários anos que os surveys da KPMG refletem um firme compromisso dos CEO com os temas de diversidade e inclusão, bem como a certeza de que organizações e equipas mais diversas e inclusivas potenciam melhores decisões de gestão, maior produtividade e maior colaboração. Os reguladores financeiros têm contribuído para a incorporação desta agenda nos bancos, particularmente ao nível dos órgãos sociais das instituições.

Relativamente à segunda parte da pergunta, a expectativa dos CEO é de um aumento do peso do modelo de trabalho híbrido (por redução do in-office) e a manutenção em níveis relativamente baixos do modelo fully remote. Dito isto, 86% dos CEO antecipam que o trabalho in-office tenderá a ser recompensado.

"O setor tem evoluído muito no que se refere à cibersegurança, mas nem por isso os CEO entendem este assunto como resolvido, continuando a apontar esta como uma das prioridades da gestão dos bancos”

Rodrigo Lourenço

Partner de Advisory da KPMG Portugal

73% dos inquiridos concordam que a Inteligência Artificial Generativa é a oportunidade de investimento mais importante para a sua empresa. Quais os principais benefícios da aplicação da IA no setor e quais os grandes desafios nesta área?

Dada a natureza da sua atividade, os bancos estão entre as entidades que maiores benefícios podem retirar da introdução de AI nas suas operações. De acordo com o survey, o AI contribuirá, entre outros, para o aumento da rentabilidade das operações, para uma melhor deteção de fraude e prevenção de ciberataques, para o desenvolvimento de novos produtos e para acelerar a inovação e a análise de dados.

Por outro lado, os custos de implementação e a disponibilidade de competências tecnológicas, para além das questões éticas, são apontados pelos CEO como três desafios ao processo de integração de AI nas suas organizações.

Por fim, a segurança é um tema crucial no setor bancário. Está a banca mais bem preparada para fazer face aos ciberataques, considerando as crescentes ameaças digitais e a evolução das tecnologias de segurança cibernética?

O setor tem evoluído muito no que se refere à cibersegurança, mas nem por isso os CEO entendem este assunto como resolvido, continuando a apontar esta como uma das prioridades da gestão dos bancos. De facto, a maior sofisticação dos ciberataques e a escassez de profissionais qualificados nesta área continuam a motivar investimentos dos bancos para reforçar as suas defesas e adotar soluções de segurança mais evoluídas e eficazes.

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Hoje nas notícias: IRS, ensino e DIA

  • ECO
  • 12 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A baixa do IRS até ao 8.º escalão vai aplicar-se à totalidade dos rendimentos ganhos pelos contribuintes este ano. A Autoridade Tributária abriu um concurso para recrutar 180 novos inspetores. O setor público está a recorrer menos a ajustes diretos na celebração de contratos, mas este procedimento ainda representa 47% do total. Conheça estas e outras notícias nas manchetes nacionais desta sexta-feira.

Nova descida do IRS vai aplicar-se aos salários de todo o ano de 2024

O Governo vai avançar com um alívio das taxas de IRS até ao 8.º escalão, que terá um impacto de cerca de 1.500 milhões de euros. A medida vai aplicar-se à totalidade dos rendimentos ganhos pelos contribuintes em 2024, de 1 de janeiro a 31 de dezembro.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Fisco abre concurso para recrutar 180 novos inspetores

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) abriu um concurso para preencher 180 postos de trabalho em regime de nomeação para a carreira de Inspeção e Auditoria Tributária e Aduaneira (IATA). Este concurso visa aproveitar os inspetores tributários que foram aprovados no concurso de 2022, mas que não tinham vaga.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Algarve e Alentejo são as regiões onde mais se chumba no 1º ciclo

A taxa de conclusão do 1º ciclo do ensino básico no tempo esperado atingiu 92%, um nível recorde, segundo os dados mais recentes da Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência ­(DGEEC). No entanto, os dados demonstram disparidades a nível regional: no Algarve 8% das crianças não concluem o 1º ciclo no tempo esperado e tiveram alguma retenção, o que compara com 5% na média do país. Por outro lado, no Baixo Alentejo 14% das crianças que ingressaram na escola em 2018-2019 não concluíram o 1º ciclo nos quatro anos seguintes.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Regresso de russos baralha pretensões de Luís Amaral no Grupo DIA

O eventual regresso do magnata russo Mikail Fridman ao conselho de administração do LetterOne, que tem 77% do grupo DIA, pode ter repercussões na retalhista espanhola e baralhar as pretensões do empresário português Luís Amaral de ter um lugar no “board” na empresa onde detém 2,18% do capital.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Metade dos contratos do Estado feita por ajuste direto

O setor público está a recorrer menos a ajustes diretos na celebração de contratos. No entanto, este procedimento ainda representa cerca de metade das compras públicas feitas no ano passado, segundo a análise da Informa D&B. Em 2023, foram assinados 171.935 contratos públicos, num valor total de 13,8 mil milhões de euros. Ajustes diretos sem consulta prévia representavam 47% do total, a percentagem mais baixa dos últimos cinco anos.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado)

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Barcelona entra no espírito da America’s Cup com a chegada dos inovadores AC75

  • Servimedia
  • 12 Abril 2024

Com o CEO Grant Dalton na Conferência da Década dos Oceanos e o lançamento mundial do videojogo oficial de simulação da AC Sailing e da primeira competição de desportos eletrónicos, a AC eSeries.

No início desta semana, o Diretor Executivo da America’s Cup Event, Grant Dalton, participou em dois dos maiores eventos da agenda de Barcelona: o lançamento mundial do jogo de vídeo oficial de simulação da AC Sailing e a primeira competição de desportos eletrónicos, a AC eSeries, e a Conferência Decade of Oceans, organizada pela UNESCO.

Antes disso, a atividade da America’s Cup tinha começado a intensificar-se na capital catalã nas últimas semanas com a chegada escalonada dos primeiros AC75 para competir pelo cobiçado Hundred Pound Vessel. O primeiro foi o BoatOne da Alinghi Red Bull Racing, que permaneceu durante algumas semanas na base da equipa suíça até à sua espetacular apresentação, na qual participaram 70 membros da companhia de teatro La Fura dels Baus. O próximo a pisar a cidade foi o AC75 da NYYC American Magic, que aterrou no aeroporto Josep Tarradellas de El Prat de Llogregat a bordo de um Antonov AN124, um dos maiores aviões do mundo. Finalmente, a equipa francesa Orient Express Racing Team e a britânica INEOS Britannia chegaram às suas bases por estrada no sábado passado.

Apenas 48 horas depois, o CEO da America’s Cup Event (ACE) foi o principal protagonista de um dos eventos que marcará um antes e um depois na história centenária da regata mais antiga do planeta: a apresentação global do videojogo oficial de simulação (AC Sailing) e do primeiro campeonato de e-Sports da regata, o AC eSeries.

Dalton participou depois como orador na Conferência da Década dos Oceanos, onde partilhou o palco com personalidades como a sua Directora-Geral, Audrey Auzolay, e o Príncipe Alberto II do Mónaco, entre outros. O evento, organizado pela UNESCO e no qual se discutiram, durante três dias, as principais realizações desde o lançamento, em 2021, da Década das Nações Unidas das Ciências do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável, contou com a presença de Dalton numa das mesas redondas onde se debateram as condições necessárias para que esta Década da ONU se encerre com sucesso em 2030.

No seu discurso, o CEO da ACE e defensor da America’s Cup, Emirates Team New Zealand, não hesitou em elogiar a capital catalã como o cenário perfeito para a regata: “Escolhemos Barcelona porque a vela é um desporto altamente tecnológico e aqui vimos uma grande oportunidade para promover esta tecnologia”.

Dalton também insistiu na necessidade de transformar a indústria náutica para reduzir as emissões e destacou a contribuição da sua equipa no desenvolvimento do primeiro barco de apoio movido a hidrogénio. “O que fizemos em conjunto com a Generalitat e com o apoio da cidade foi introduzir um combustível alternativo. De acordo com a economia azul, que apoiamos a 100%, introduzimos o hidrogénio e somos o primeiro desporto a fazê-lo desta forma. Acreditamos na sustentabilidade, na inovação e na ciência como forma de preservar os oceanos”, afirmou.

NOVA DIMENSÃO

O outro grande marco da semana para Dalton e para a 37ª Louis Vuitton America’s Cup Barcelona 2024 foi o lançamento mundial do seu videojogo oficial de simulação AC Sailing e do próximo campeonato de desportos eletrónicos, AC eSeries. A iniciativa foi apresentada no centro de imprensa oficial da regata, o America’s Cup Experience, e reuniu um vasto público, bem como dezenas de representantes da imprensa nacional e internacional, membros das equipas participantes e representantes institucionais. O evento contou com um jogo ao vivo repartido por três regatas, durante as quais velejadores profissionais e gamers puderam testar as suas capacidades com o videojogo.

Juntamente com as reproduções dos barcos das seis equipas participantes, a AC Sailing terá um barco virtual, o Gaudí, desenvolvido pelo estúdio Playable Dreams, com sede em Barcelona. A empresa catalã foi também responsável pela recriação do ambiente marítimo de Barcelona e de outros locais históricos da America’s Cup, como São Francisco, Auckland e a Ilha de Wight.

“O dia de hoje marca um momento histórico para a America’s Cup, pois levamos o desporto da vela à próxima geração através de jogos de vídeo competitivos. E estamos orgulhosos de o fazer numa das capitais mundiais dos desportos eletrónicos, Barcelona”, concluiu Dalton.

EQUIPA DE JOVENS DA SAIL TEAM BCN

Como se a semana não tivesse sido suficientemente atarefada, a equipa local Sail Team BCN, liderada por Guillermo Altadill, revelou a sua mais recente carta com a apresentação, na quarta-feira, dos membros da tripulação que irá competir na próxima edição da UniCredit Youth America’s Cup na categoria dos 18 aos 26 anos.

A equipa juvenil que representa o Real Club Náutico de Barcelona será composta por Albert Torres, Neus Ballester, Marcos Fernández, Martín Wizner, Conrad Konitzer, Nico Martin, Jaime Framis e Antonio Torrado, que se juntam à equipa feminina que disputará a primeira edição da Puig Women’s America’s Cup, e que será composta por Támara Echegoyen, Silvia Mas, Paula Barceló, María Cantero e Neus Ballester.

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