Petróleo supera 90 dólares pela primeira vez desde outubro

A matéria-prima continua a ser impulsiona pela escalada das tensões geopolíticas no Médio Oriente e pelas perspetivas de maior procura nas principais economias.

Os preços do petróleo superaram esta sexta-feira a barreira dos 90 dólares por barril, o que já não acontecia desde o passado mês de outubro. A matéria-prima, que se prepara para fechar a segunda semana de ganhos acumulados, continua a ser suportada pelas tensões geopolíticas na Europa e no Médio Oriente e pelas melhores perspetivas económicas, que deverão refletir-se num aumento da procura.

O barril de Brent, negociado em Londres, avança 0,55%, para 91,15 dólares por barril, ao passo que o WTI, transacionado em Nova Iorque, valoriza 0,42%, para 86,95 dólares. Ambos os contratos estão a cotar em máximos de cinco meses.

A matéria-prima acumula uma valorização superior a 4% desde o início da semana, a segunda consecutiva de ganhos, depois do terceiro maior produtor de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o Irão, ter prometido vingança contra Israel, na sequência de um ataque a uma embaixada iraniana na Síria.

Além desse ataque, Israel foi ainda responsável por outro ataque que está a merecer a condenação internacional e a intensificar as tensões geopolíticas na região. As forças israelitas mataram sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen, que seguiam em carros identificados e em coordenação com o Exército de Israel.

Do lado da oferta, a semana foi ainda marcada pela manutenção dos cortes de produção em vigor por parte dos países da OPEP e seus aliados (OPEP+) até junho, com o cartel a pedir aos países-membros que aumentem o seu grau de compromisso com os cortes, o que poderá retirar ainda mais petróleo do mercado.

A divulgação de bons indicadores na indústria, quer nos EUA, quer na China, é outro dos fatores que tem estado a impulsionar os preços do petróleo esta semana.

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Hoje nas notícias: Pensões, crédito e entendimentos

  • ECO
  • 5 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

“Há espaço para o diálogo político” entre o PS e o PSD em temas estratégicos, diz o deputado socialista José Luís Carneiro. As famílias com menores rendimentos apenas acederam a 3% do crédito. E as seguradoras vão dar aumentos entre 4,3% e 8%. Estes são alguns dos destaques que pode ler na imprensa nacional esta sexta-feira.

Pedir fatura com NIF deve dar bonificação na pensão, defendem peritos

Pedir fatura com número de contribuinte poderá vir a dar uma bonificação na pensão. O Livro Verde para a Sustentabilidade da Segurança Social propõe que um ponto percentual do IVA das faturas pedidas pelos consumidores com número de contribuinte seja canalizado para Planos Poupança-Reforma, públicos ou privados, e sirva para reforçar o valor futuro das pensões. O documento, a que o Expresso teve acesso, foi entregue no final da semana passada ao Governo cessante e será também encaminhado ao novo Executivo. Propõe ainda que os contribuintes escolham o produto de poupança para onde esse dinheiro será canalizado e, caso o contribuinte não demonstre uma preferência, a Autoridade Tributária transfere-o para Certificados de Reforma do Regime Público de Capitalização, propõem os peritos.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Carneiro diz que “há espaço para o diálogo político” entre PS e PSD

O antigo ministro da Administração Interna e candidato derrotado à liderança do PS, que agora regressou ao Parlamento como deputado, defende que “há espaço para o diálogo político” entre o PS e o PSD. Em entrevista ao Público, José Luís Carneiro considera que o PS deve ser oposição, mas salienta que há áreas estratégicas em que os socialistas devem negociar com o Governo. Além das “áreas de soberania, da política externa, de defesa e de segurança”, aponta a “consolidação da reforma do Estado”, a “reforma do sistema político e eleitoral” e o encontro de um “consenso nacional para a reforma da Justiça”. O agora deputado realça que o PS mantém “uma função estratégica central no sistema político” e diz que Luís Montenegro revelou “sinais de alguma altivez”, tendo mesmo sido “relativamente ofensivo”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Famílias de menores rendimentos acederam só a 3% do crédito em 2023

As recomendações do Banco de Portugal da medida macroprudencial no crédito à habitação “continuaram a ser cumpridas em 2023”, diz o regulador. No entanto, estão a impedir as famílias de menores rendimentos de acederem a novos empréstimos. “A proporção de crédito concedido a mutuários de risco elevado diminuiu de cerca de 32% no terceiro trimestre de 2018 para apenas 3% em 2023″, mantendo-se nesta percentagem pelo segundo ano consecutivo, adianta o BdP. A inacessibilidade das famílias de menores rendimentos ao crédito à habitação torna-as dependentes do mercado de arrendamento, onde as rendas permanecem em níveis muito elevados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Seguradoras garantem aumentos salariais médios entre 4,3% e 8%

As principais seguradoras a operar em Portugal fecharam as negociações sobre as atualizações salariais dos trabalhadores dos seguros para 2024, com aumentos médios entre os 4% e os 8%. Os níveis mais baixos de remuneração nos trabalhadores dos seguros mereceram, por parte da maioria das seguradoras, um aumento percentual superior, afirmou ao Expresso Patrícia Caixinha, do Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora (STAS). Entre as maiores, a Generali, que comprou a Tranquilidade, é a que em termos médios dá a maior atualização salarial aos seus trabalhadores, de 8,09%. Já a Fidelidade é a companhia que concedeu o menor aumento salarial, de 4,44%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Portugal conta com menos 2,3 mil milhões do BCE

O peso do Banco Central Europeu (BCE) enquanto detentor de dívida pública portuguesa vai cair novamente em 2024. A estratégia de não reinvestir os montantes que atingem o prazo a nível europeu deverá abranger 2,3 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) portuguesas. Segundo dados avançados pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP numa apresentação a investidores datada de março, a estimativa de aquisição líquida de OT portuguesas pelo BCE no total deste ano é negativa em 2,3 mil milhões de euros. 2024 deverá, assim, seguir a mesma tendência do ano anterior, período em que saíram 2,8 mil milhões de euros de OT portuguesas do balanço do BCE.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Copenhagen Infrastructure Partners adquire uma participação maioritária na Elgin, uma empresa internacional de energia solar

  • Servimedia
  • 5 Abril 2024

O objetivo é continuar a desenvolver e expandir a sua atual carteira de 15 GW de energia solar fotovoltaica e baterias.

A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) assinou um acordo para adquirir uma participação maioritária na Elgin Energy (Elgin), investindo 250 milhões de libras na empresa. Este investimento combinará o enfoque industrial da CIP na aquisição e desenvolvimento com a carteira de desenvolvimento de alta qualidade da Elgin, permitindo que esta se torne um produtor independente de energia (IPP).

De acordo com a empresa, permitirá ainda à Elgin aumentar a sua equipa e a sua carteira de projetos, tanto nos mercados existentes como em novos mercados, e tornar-se uma empresa de serviços completos de energia solar e armazenamento totalmente integrada.

Até agora, a Elgin já entregou cerca de 2 GW de projetos de energia solar fotovoltaica e de armazenamento prontos a construir e, nos últimos anos, a empresa foi bem sucedida em leilões apoiados pelo governo no Reino Unido e na Irlanda, num total de mais de 30 projetos. A atual carteira de projetos da Elgin totaliza 15 GW e é apoiada por uma série de diferentes desenvolvimentos nos mercados do Reino Unido, Irlanda e Austrália, abrangendo energia solar autónoma, energia solar combinada com armazenamento de baterias e armazenamento de baterias autónomo.

“A Elgin enquadra-se perfeitamente na estratégia de investimento da CIP, dada a sua forte gestão e cultura empresarial, a sua experiência como líder de mercado no desenvolvimento, a sua carteira de projetos de elevada qualidade e o seu significativo potencial de crescimento em mercados com ativos atrativos. Estamos bem posicionados para apoiar a transformação da Elgin numa IPP com a nossa experiência em contratação e construção”, afirmou Nischal Agarwal, sócio da equipa de investimento Flagship Funds da CIP e responsável pelos investimentos na Europa.

Ronan Kilduff, CEO da Elgin, afirmou: “Estamos muito satisfeitos por embarcar nesta viagem transformacional com a Copenhagen Infrastructure Partners. Esta aliança estratégica reforça a nossa solidez financeira, ao mesmo tempo que se alinha com a nossa visão de nos tornarmos a empresa líder no setor da energia solar na Europa. Dada a experiência da CIP e o seu enfoque no setor, são um parceiro ideal para a Elgin na sua próxima fase de crescimento e transformação numa IPP. Com o apoio da CIP, conseguiremos atingir os nossos ambiciosos objetivos, incluindo o nosso compromisso de criar mais de 100 novos postos de trabalho em Elgin, e acelerar em direção a um futuro de emissões líquidas nulas.”

 

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Instituto Coordenadas destaca 20 líderes do setor da saúde pela sua contribuição para o progresso do setor em Espanha

  • Servimedia
  • 5 Abril 2024

O Instituto Coordenadas de Gobernanza y Economía Aplicada (Icgea) identificou 20 líderes da saúde que se destacam pelas suas contribuições para o campo da saúde em Espanha.

Como salientou Jesús Sánchez Lambás, Vice-Presidente Executivo do Icgea, trata-se de “contributos relevantes que são fundamentais para abordar o futuro da saúde dos espanhóis e gerar novas iniciativas para enfrentar os desafios mais emergentes a diferentes níveis e em diferentes áreas da saúde”.

O Grupo de Trabalho do Icgea indica que um bom líder na área da saúde reúne uma série de competências profissionais e aptidões pessoais que lhe permitem gerir de forma eficaz e com uma visão estratégica; tem também a capacidade de se adaptar rapidamente aos desafios mais imediatos e de estabelecer objetivos alcançáveis a médio e longo prazo em defesa da saúde da sociedade.

“Estas são algumas das características que tivemos em conta para decidir se uma pessoa é um bom líder. Consoante a organização que representam, a área em que atuam e as competências que lhes são atribuídas, terão requisitos diferentes; mas todos devem ter bases sólidas que representem os interesses dos cidadãos e sejam motores de inovações que mudem o paradigma da saúde”, afirma o Icgea. A isto acrescentam outras qualidades, como a capacidade de assumir a transformação do setor, a capacidade de trabalhar numa equipa interdisciplinar, de adotar um modelo de governação ético, justo e equitativo e de ter a capacidade de “analisar situações complexas e tomar decisões corretas, informadas e eficazes”.

O Icgea destaca também a dimensão humana destes 20 líderes, que “devem ter a empatia e a sensibilidade necessárias para compreender e responder às necessidades emocionais, sociais e físicas dos cidadãos, que, no fim de contas, são os beneficiários das medidas que implementam, dos medicamentos que desenvolvem ou dos avanços que promovem. Deles depende, em grande medida, o bom funcionamento do sistema de saúde num país administrativamente complexo devido à descentralização, à ampla cobertura pública e à forte concorrência, entre outros fatores”.

20 LÍDERES EM SAÚDE

A análise do Instituto Coordenadas compila 20 líderes na área da saúde classificados em quatro áreas de atuação: entidades públicas e privadas, organizações científicas, empresas farmacêuticas e instituições políticas.

Entre as entidades públicas e privadas, destacam-se cinco nomes: María Jesús Lamas, diretora da Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (Aemps), que recorda o papel fundamental que desempenhou, juntamente com a sua equipa, durante a pandemia na coordenação e negociação do acesso às vacinas, “mantendo um diálogo muito ativo com os países europeus e os laboratórios de produção”; César Hernández como diretor-geral da Carteira Comum de Serviços do SNS e Farmácia; Eduardo Satué de Velasco, presidente da Sociedade Espanhola de Saúde Pública e Administração Sanitária (Sespas); Eduardo Pastor, presidente da Cofares, o principal distribuidor de medicamentos e produtos de saúde em Espanha e um interveniente estratégico na cadeia de valor dos medicamentos; e Jesús Ponce, presidente da Farmaindustria, que, a partir do seu cargo, “promove uma abordagem à investigação, ao desenvolvimento e ao acesso centrada nas necessidades dos doentes e na colaboração público-privada”.

Em termos de institutos de investigação no domínio da saúde, destacam-se cinco outros líderes: Frances Posas, que dirige o Instituto de Investigação em Biomedicina (IRB Barcelona), de quem destacam que “sob a sua liderança, o IRB Barcelona dedica-se a encontrar respostas eficazes para fazer face a doenças como o cancro, as metástases, a diabetes e as doenças raras, contribuindo significativamente para o avanço da ciência e da medicina”; e María Blasco, do Centro Nacional de Investigação do Cancro (CNIO) de Espanha, que alcançou vários marcos significativos no domínio da investigação sobre o cancro, melhorando o conhecimento e o desenvolvimento de novas terapias para combater o cancro, e que, a partir do seu cargo, dedica esforços à formação para ativar o interesse pela investigação sobre o cancro entre os cientistas mais jovens.

Também Eloísa del Pino, a segunda mulher a tornar-se presidente da agência estatal Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), depois de substituir Rosa Menéndez. Completam esta lista Marina Pollán, diretora do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII) desde janeiro deste ano; e María Buti, reconhecida pelo seu trabalho no desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento das hepatites B e C, que também está a avançar no estudo da hepatite Delta no Hospital Universitário Vall d’Hebrón.

Na indústria farmacêutica em Espanha, o Instituto Coordenadas destaca a figura de María Río e o seu papel fundamental à frente da Gilead Sciences. A partir do seu cargo de vice-presidente e diretora-geral, contribuiu, por um lado, para tornar a empresa uma das biofarmacêuticas mais ativas e promissoras do setor e, por outro, para transformar a vida de milhares de doentes com doenças graves como o VIH, as hepatites virais e alguns tipos de cancro, marcos que a tornam “uma das líderes da indústria farmacêutica espanhola”.

Outros destaques incluem Rick R. Suárez, que assumirá a presidência da AstraZeneca Espanha em 2020 e que está a estabelecer com sucesso o AstraZeneca Global Hub em Barcelona, um centro internacional de investigação clínica que está a impulsionar avanços disruptivos em todo o mundo. Também Olga Insua, que está à frente da Angelini Pharma em Espanha há quatro anos; Cristina García Medinilla, CEO da BeiGene Espanha e Portugal, uma empresa global focada no cancro “cuja missão é desafiar o atual modelo de I&D e evoluir para a investigação de uma forma mais rápida e eficiente” para chegar a mais doentes. E Rodrigo Gribble, CEO da Novo Nordisk Espanha, uma empresa centrada em alguns dos principais problemas de saúde pública, como a diabetes, a obesidade e as doenças cardiovasculares, patologias que afetam uma grande parte da população espanhola e mundial.

A nível político, o Instituto Coordenadas destaca cinco conselheiros de saúde. Destaca Fátima Matute, que, graças à sua experiência como médica e ao seu cargo de conselheira de saúde da Comunidade de Madrid, exerce uma liderança inovadora e está fortemente empenhada em “melhorar a saúde e o bem-estar dos madrilenos”. Da anestesista e conselheira de saúde das Ilhas Baleares, Manuela García, o Icgea destaca o seu “empenho na melhoria contínua do sistema de saúde nas Ilhas Baleares, com especial ênfase em áreas críticas como a prevenção e o tratamento do cancro, bem como a melhoria das condições de trabalho dos profissionais de saúde”.

Destaca também a experiência de Jesús Fernández como médico e o seu empenhamento na saúde pública, que lhe permite ocupar o cargo de ministro da saúde em Castilla-La Mancha, onde se concentra na melhoria da qualidade dos cuidados médicos na comunidade.

O “top 20” dos líderes da saúde é completado por Alejandro Vázquez, que graças à sua formação como nefrologista, e depois de ter trabalhado em diferentes hospitais como diretor médico, “é hoje uma mais-valia sólida para a Consejería de Salud de Castilla y León, a partir da qual desenvolve iniciativas importantes e de grande alcance para a população de Castilla y León”; e pela gestão de Gotzone Sagardui como Ministro Regional da Saúde do País Basco, que se destaca por várias realizações “como o crescimento significativo do orçamento da saúde, que em 2024 ultrapassará os 2. 2.200 euros por habitante e por ano”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de abril

  • ECO
  • 5 Abril 2024

Ao longo desta sexta-feira, 5 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Nascem os primeiros Prémios de Sustentabilidade para a Indústria Funerária em Espanha

  • Servimedia
  • 5 Abril 2024

O Grupo Albia anunciou a criação dos prémios, que irão destacar as iniciativas de sustentabilidade e responsabilidade social do sector.

O Grupo Albia, empresa dedicada à gestão de serviços funerários em Espanha, anunciou o lançamento dos primeiros prémios nacionais para reconhecer iniciativas sustentáveis e socialmente responsáveis promovidas pelo setor funerário.

Ao longo dos seus 25 anos de história, a empresa salientou que se tem destacado pelo seu “forte compromisso com o respeito pelo ambiente e a responsabilidade social”, promovendo iniciativas como o projeto de reflorestação “Bosque Albia” e colaborações solidárias com organizações como a Ecodes. Para continuar neste caminho, o Grupo Albia quer colaborar ativamente na promoção e reconhecimento de iniciativas ambientais e sociais que tenham um menor e melhor impacto da indústria funerária no ambiente e nas pessoas.

A convocatória será especialmente dirigida aos diferentes atores económicos e sociais envolvidos na cadeia de valor da indústria funerária, incluindo fornecedores de empresas funerárias ou gestores públicos, por exemplo, e premiará projetos em várias categorias, que serão avaliados por um comité de especialistas em sustentabilidade e no setor funerário especialmente criado para a ocasião.

Carlos Gallego, diretor de sustentabilidade, marketing e comunicação do Grupo Albia, explicou que os prémios são um marco nos compromissos ESG da empresa. “O desafio que estamos a enfrentar com este emocionante projeto não é outro senão o de divulgar e reconhecer as grandes iniciativas que estão a ser desenvolvidas na indústria em termos de sustentabilidade, bem como os projetos inovadores que podem ser apresentados pela sociedade”, disse ele.

Os prémios fazem parte do primeiro Plano Estratégico de Sustentabilidade da empresa, um projeto transversal a toda a empresa, no qual se estabeleceram objetivos como alcançar a neutralidade climática até 2050, em linha com os ODS das Nações Unidas e o Acordo de Paris. O Grupo Albia pretende converter estes prémios em galardões de referência, tanto dentro como fora do setor, contribuindo para dar maior visibilidade ao trabalho da indústria funerária.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 5 Abril 2024

Com a tomada de posse dos secretários de Estado, fica agora completo o elenco governativo de Luís Montenegro, distribuído em 17 ministérios.

Com a tomada de posse dos secretários de Estado, fica agora completo o elenco governativo de Luís Montenegro, distribuído em 17 ministérios. E no mesmo dia em que o Banco de Portugal divulga novos dados sobre as taxas de juro e sobre o crédito à habitação, o secretário geral do PS reúne-se em Portimão com o grupo dos Socialistas Europeus para debater um plano europeu abrangente para a habitação a preços acessíveis.

Secretários de Estado tomam posse

Tomam hoje posse os secretários de Estado que vão compor o elenco de Governo liderado por Luís Montenegro. A cerimónia no Palácio da Ajuda decorre três dias depois da tomada de posse dos 17 ministros.

Crédito à habitação, taxas de juro

O Banco de Portugal (BdP) publica indicadores do crédito à habitação, das taxas de juro e dos montantes de novos empréstimos e depósitos relativos ao mês de fevereiro de 2024. A instituição, liderada por Mário Centeno, divulga também dados sobre os índices cambiais de março de 2024.

Reunião anual do grupo do Partido dos Socialistas Europeus sobre habitação

O secretário geral do PS, Pedro Nuno Santos, vai estar na reunião extraordinária do grupo dos Socialistas Europeus (PSE) no Comité das Regiões Europeu. O tema da reunião é “Habitação para todos: Cidades e regiões progressistas na construção do futuro da política de habitação” e o evento tem por objetivo debater um plano europeu abrangente para a habitação a preços acessíveis, que deverá ser a principal prioridade da futura Comissão Europeia. Além de Pedro Nuno Santos, vai ainda estar presente Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão e entre os principais oradores contam-se Nicolas Schmit, candidato comum do Partido dos Socialistas Europeus às eleições europeias de 2024, Klara Geywitz, vice-líder do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) e ministra Federal da Habitação.

Moody´s divulga rating da União Europeia

A agência de notação financeira norte-americana, Moody’s, divulga hoje o rating da União Europeia. Na última avaliação, em outubro de 2023, a Moody’s atribuiu à UE um rating de AAA com uma perspetiva estável.

ONU avalia embargo de armas a Israel

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas vai reunir-se em Genebra para discutir um projeto de resolução que pede embargo de armas a Israel, por considerar que existe o “risco plausível de genocídio em Gaza”. Se o projeto for aprovado, será a primeira vez que o principal órgão de direitos humanos das Nações Unidas toma posição sobre a guerra em curso no Oriente Médio, que completa seis meses este fim de semana.

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Equilíbrio no género começa com equilíbrio na vida

Criar uma regra para que todos os trabalhadores saiam à mesma hora, promover o teletrabalho e educar no sentido de normalizar as tarefas domésticas, são ideias para gerar equilíbrio na vida e equidade

A sustentabilidade aparece como um “chapéu” que assenta bem às mulheres. “Há efetivamente maior propensão e mais mulheres a trabalharem na área de sustentabilidade, tanto na versão do S [social] como do E [ambiente]”, indica Filipa Pantaleão, secretária-geral do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável. Na vertente da governança, o terceiro pilar do ESG, as mulheres também estão muito presentes, principalmente através de um perfil mais jurídico.

Mas ainda há barreiras que se vão sentindo no dia a dia, e chegar ao topo continua a ser um desafio. Professora de Governança no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Maria João Guedes, indica que foi quando começou a aperceber-se de alguns obstáculos que procurou ter um papel mais ativo: “Vou criar condições para mostrar que sou capaz, que sei, para que as outras mulheres que virão depois de mim não tenham que sentir isto.”

"Há efetivamente maior propensão e mais mulheres a trabalharem na área de sustentabilidade, tanto na versão do S [social] como do E [ambiente].”

Filipa Pantaleão

Secretária-geral do BCSD Portugal

Teresa Ponce de Leão, presidente do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), acredita que chegou ao patamar no qual se encontra sobretudo pelo gosto “de fazer coisas novas” e “não ter medo de arriscar”. Considera que também foi importante “sempre” se ter disponibilizado a sair do país por motivos profissionais.

“Eu sempre me disponibilizei para ir para fora, apesar de ter dois filhos pequenos. Mas de qualquer forma, com muito apoio familiar”, ressalva. Já Lúcia Cavaleiro, porta-voz da Tabaqueira, acredita que se distinguiu pela “capacidade de entrega”. Foi contratada grávida de 36 semanas, há 17 anos, mas concede que abdicou um pouco do tempo que poderia ter dedicado a essa fase da vida, para não se demorar a agarrar a oportunidade. “Acho que tive que trabalhar um pouquinho mais para garantir que conseguia efetivamente ir evoluindo”, partilha.

"Acho que que tive que trabalhar um pouquinho mais para garantir que conseguia efetivamente ir evoluindo”

Lúcia Cavaleiro

Porta-voz da Tabaqueira

Questionadas sobre como contrariar a tendência de as mulheres assumirem cargos de liderança, várias apontam medidas relacionadas com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Filipa Pantaleão dá como exemplo a Suécia, onde o setor público ditou a obrigatoriedade de todos os funcionários saírem às cinco da tarde. “Isto gera um nível de equilíbrio em termos de horas, que era o fator que fazia a diferença. Equilibrou o jogo, e traz mais felicidade a homens e mulheres”, diz.

"Vou criar condições para mostrar que sou capaz, que sei, para que as outras mulheres que virão depois de mim não tenham que sentir isto [discriminação]”

Maria João Guedes

Professora de Governança no ISEG

No LNEG, após a apresentação de bons resultados durante o período da pandemia, criou-se um programa que promove práticas como o teletrabalho, que ajudam neste equilíbrio, adianta Teresa Ponce de Leão. Já Lúcia Cavaleiro aplaude a oportunidade que tem na sua empresa de assumir cargos noutras geografias a partir do país de origem. Por fim, Maria João Guedes acrescenta que seria desejável que nas escolas existissem atividades ou disciplinas nas quais todos os alunos aprendessem as tarefas básicas, normalizando-as.

"Eu sempre me disponibilizei para ir para fora, apesar de ter dois filhos pequenos. Mas de qualquer forma, com muito apoio familiar.”

Teresa Ponce de Leão

Presidente do LNEG

 

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Banco Montepio e BPI vendem crédito malparado de 200 milhões

Banco Montepio acabou de lançar no mercado o “Projeto Zêrere” no valor de 120 milhões de euros. Já o BPI tem em curso o “Projeto Copper” com crédito em incumprimento no valor de 85 milhões.

Banco Montepio e BPI estão no mercado para venderem carteiras de crédito malparado com um valor de balanço superior a 200 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO junto de fontes do mercado.

No chamado “Projeto Zêzere” do Banco Montepio, com o valor contabilístico de 120 milhões de euros e que foi lançado esta semana pela KPMG, estão incluídas duas tranches non performing loans (NPL): uma tranche secured (com garantias) com um valor 57 milhões de euros, correspondendo a 120 devedores em nome individual e outros 150 da parte de pequenas e médias empresas (PME), e cujo colateral composto por ativos imobiliários está avaliado em cerca de 80 milhões; e uma outra tranche unsecured (sem garantias) no valor de 63 milhões de euros de crédito problemático de PME, das quais 60% está em insolvência.

Já o BPI tem em curso o “Projeto Copper”, um portefólio de crédito tóxico no valor de 85 milhões de euros, dos quais 62 milhões correspondem a crédito unsecured, 12 milhões a crédito secured e outros 11 milhões dizem respeito ao que no jargão financeiro chamam de single names.

Nenhum dos bancos quis fazer qualquer comentário sobre as operações.

Montepio com rácio nos 3%

O banco liderado por Pedro Leitão mantém o esforço de limpeza do balanço, depois de ter baixado o rácio de NPE (exposições não produtivas) para 3,2% no final do ano passado, totalizando os 380 milhões de euros. Em 2018 o rácio era de 14,4% (1,9 mil milhões de euros).

Para a redução dos ativos problemáticos no ano passado contribuiu a venda de uma carteira de NPL no valor de 230 milhões de euros a um fundo americano em dezembro, no âmbito do “Projeto Côa”, como adiantou o ECO na altura.

O Banco Montepio vem de um longo processo de reestruturação que passou não só pela redução do risco do balanço. Também houve um redimensionamento dos quadros (com a saída de 650 trabalhadores em três anos) e de balcões e ainda alienação de operações, como o Finibanco Angola e a licença do Banco Empresas Montepio (BEM).

O banco fechou 2023 com lucros de 28,4 milhões de euros, mas o resultado foi altamente pressionado pela venda da operação angolana, que teve um impacto negativo de cerca de 100 milhões de euros. Sem este negócio, o resultado teria sido de 144,5 milhões.

BPI com o melhor rácio em Portugal

No BPI, o rácio de NPE era de apenas 1,5% no final do ano passado, no valor de 560 milhões de euros, com o banco liderado por João Oliveira e Costa a falar no “melhor [rácio] do setor em Portugal”.

A cobertura por imparidades e colaterais era de 150%, ou seja, por cada 100 euros de ativos não produtivos, havia uma cobertura de 150 euros. O banco registou uma subida de 42% dos lucros para 524 milhões de euros no ano passado e vai pagar um dividendo de 517 milhões ao seu acionista, os espanhóis do CaixaBank.

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Preços mais altos nos alimentos sem reflexo nas margens das retalhistas

A elevada subida dos preços dos alimentos em 2023 não se refletiu em maiores margens de lucro das retalhistas. Com os preços a cair, 2024 pode ser um ano de viragem.

2023 voltou a ser um ano marcado por uma elevada inflação nos preços dos alimentos. Apesar do ano ter terminado com uma forte desaceleração dos preços, os primeiros meses de 2023 ainda marcaram aumentos que chegaram a um máximo de 20%. Apesar desta escalada, as margens das maiores retalhistas nacionais não evidenciam um aproveitamento desta conjuntura. Pelo contrário, têm contraído.

O último ano marcou uma inversão da subida galopante dos preços. A inflação média anual foi de 4,3% em 2023, abaixo dos 7,8% fixados um ano antes. Contudo, olhando apenas para os produtos alimentares, os números permanecem substancialmente mais elevados: os preços dos alimentos não transformados abrandaram para 9,5% em 2023, o que compara com 12,2% em 2022.

“As variações médias [dos produtos alimentares não processados] em 2023 foram de 14,7% no primeiro semestre e 4,8% no segundo, resultado de uma trajetória de diminuição progressiva das taxas homólogas a partir de maio (quando a maioria dos produtos considerados neste agregado passou a estar isenta de IVA)”, explica o Instituto Nacional de Estatística (INE). O IVA zero, num cabaz de 46 produtos, entrou em vigor em abril do ano passado e terminou no final do ano, uma medida que permitiu um alívio nos preços.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) defendeu que a isenção de IVA para 46 categorias de produtos foi uma medida “muitíssimo bem-sucedida do ponto de vista alimentar”, que permitiu uma poupança significativa às famílias. “Baixámos o IVA em 46 categorias de produtos, que representam, em muitas lojas, 10.000/15.000 produtos e achamos que o nosso papel, enquanto promotores de preços equilibrados, foi cumprido”, afirmou o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier.

Um relatório publicado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal refere que o anúncio da isenção temporária de IVA num cabaz de produtos alimentares “levou a um ajuste antecipado de preços” de 1,27%. Por outro lado, quando a medida foi revertida, a passagem da subida dos preços para os consumidores foi menor do que a esperada, adianta o Banco de Portugal.

Tal como já tinha sido avançado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Banco de Portugal estima que o fim do IVA zero teve um impacto de 0,7 pontos percentuais sobre a variação do índice de preços no consumidor.

O aumento de preços [para os clientes finais] foi menos de metade do aumento de preços que nos chegou dos produtores. Houve um esforço muito grande de contenção de preços, tanto é assim que tivemos uma quebra de rentabilidade no retalho alimentar em 2023.

João Dolores

Administrador Financeiro da Sonae

O anterior ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, chegou a dizer que existe uma “divergência muito grande em alguns produtos entre os preços de aquisição e de venda ao público” — afirmações veementemente rebatidas pelo setor. Tanto a Sonae, que detém os supermercados Continente, como a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, dizem estar a controlar a subida dos preços e a absorver o aumento dos custos, com impacto na sua rentabilidade. Mas o que mostram os números?

Apesar das duas maiores redes de supermercados em Portugal — Continente e Pingo Doce — terem conseguido aumentar as suas receitas e EBITDA, quando se olha para as margens do negócio, estas não estão a aumentar e, em alguns casos, até espelham um abrandamento.

  • O negócio da Sonae MC, que detém o Continente, fechou o ano de 2023 com uma margem EBITDA (margem de lucro operacional) de 9,7%, acima dos 9,5% registados um ano antes, mas mantendo-se abaixo dos mais de 10% registados nos anos anteriores. Ou seja, por cada 100 euros de vendas realizadas, a Sonae contabilizou lucros operacionais de 9,7 euros. Quando se analisa a margem líquida (rácio entre o resultado líquido e as receitas), este indicador está em queda, revelando uma quebra de rentabilidade. Depois de já ter caído de 3% em 2021 para 2,7% em 2022, a margem líquida voltou a baixar para 2,6% no ano passado, adiantou João Dolores na apresentação de resultados anuais, falando numa “contração ligeira” neste indicador e prometendo que a dona do Continente vai continuar a “conter os preços” para manter a liderança na grande distribuição, referiu o administrador financeiro.
  • Já no caso da Jerónimo Martins, o Pingo Doce terminou o ano com uma margem EBITDA de 5,8%, abaixo dos 5,9% e 6% fixados nos dois anos anteriores. No caso do Recheio, a cadeia de cash&carry do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos até apresentou uma evolução positiva da margem EBITDA, aumentando para 5,4%, mas permanece abaixo da fasquia dos 6% registados antes da pandemia. A margem bruta do grupo [as contas da Jerónimo Martins não detalham os custos das vendas de mercadoria por segmento, sendo apenas possível calcular a taxa bruta do grupo] baixou de 21% para 20,42%, mantendo a tendência de descida registada desde 2020.

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Os líderes da Sonae e da Jerónimo Martins têm advogado que as cadeias de supermercados que detêm continuam a aplicar preços baixos, mantendo um ambiente altamente competitivo no setor.

“Fazemos um esforço enorme para termos poupanças, mas as coisas chegam-nos mais caras – e o custo da mão-de-obra também aumentou muito. Em 2024 há uma tendência para os preços baixarem e isso ajuda sempre. (…) Esperemos que a inflação alimentar baixe durante este ano. Mas, como vimos nos últimos anos, há sempre novidades a acontecer”, reforçou Cláudia Azevedo, CEO da Sonae.

O aumento de preços [para os clientes finais] foi menos de metade do aumento de preços que nos chegou dos produtores. Houve um esforço muito grande de contenção de preços, tanto é assim que tivemos uma quebra de rentabilidade no retalho alimentar em 2023. Este é um mercado competitivo, em que tentamos oferecer o melhor preço”, acrescentou João Dolores no decorrer da apresentação de resultados de 2023 da Sonae.

Pedro Soares dos Santos, na mensagem publicada no relatório e contas de 2023, refere que “o Pingo Doce manteve uma forte atividade promocional durante todo o ano, materializada em 150 folhetos e 79 campanhas, criando oportunidades significativas de poupança para os consumidores, que se traduziram num crescimento de 7,9% das vendas para 4,9 mil milhões de euros e numa margem EBITDA de 5,8%”.

“Em geral, o retalho alimentar em 2023 teve de ajustar os preços em alta fruto do forte inflação alimentar”, refere António Seladas. O analista de ações da AS Independent Research realça que, no caso do Pingo Doce, “a margem operacional (EBITDA) contraiu ligeiramente em 2023, o que significa que uma eventual folga nos custos operacionais (pessoal e fornecimento e serviços externos) que, em geral, subiram abaixo da inflação alimentar, foram anulados pela pressão na margem bruta, que deriva do forte aumento de capacidade no setor (novas lojas das atuais marcas e entrada da Mercadona) e nível de concorrência muito elevado”.

As distribuidoras a operar em Portugal não querem perder quota de mercado e a pressão do novo player (Mercadona) em simultâneo com os programas de expansão de novas lojas e reformulação das lojas atuais, está a criar um ambiente concorrencial anormalmente intenso.

António Seladas

Analista da ações da AS Independent Research

Já no caso da Sonae MC, o analista nota que as contas divulgadas incluem o alimentar e a área de saúde, logo não é possível fazer uma interpretação direta, “mas os resultados finais não deverão ser significativamente diferentes” do Pingo Doce. “Em resumo, as distribuidoras a operar em Portugal não querem perder quota de mercado e a pressão do novo player (Mercadona) em simultâneo com os programas de expansão de novas lojas e a reformulação das lojas atuais, estão a criar um ambiente concorrencial anormalmente intenso”, conclui.

“Os operadores têm de ceder na margem bruta, caso contrário rapidamente perdem quota de mercado”, reforça António Seladas, notando que “no Pingo Doce a margem EBITDA caiu cerca de 90 pontos base nos últimos quatro anos e no caso da Sonae MC cerca de 30 pontos base“. “O principal desafio é basicamente a pressão na margem, que deverá ser combatida com volume. Mas para atrair volume é necessário investir-se em preço e abdicar-se de Margem Bruta”, explica o mesmo analista.

A partir de meados de 2023 notou-se um abrandamento mais forte das margens e nos lucros destas empresas.

Vítor Madeira

Analista da XTB

Vítor Madeira, analista da XTB, realça que, “inicialmente, estes retalhistas conseguiram incorporar facilmente os aumentos dos preços generalizados nos seus produtos no final de 2022. Contudo, a partir de meados de 2023 notou-se um abrandamento mais forte das margens e nos lucros destas empresas”. “Nesta altura em que os preços começam a estabilizar também as suas margens e lucros parecem começar a estabilizar”, conclui.

“O setor de retalho de distribuição apresentou um positivo impacto dos aumentos de preços, mas analisando as margens das principais cadeias ou insígnias podemos observar alguns sinais de melhoria, embora modestos, sobretudo, nos últimos dois anos”, destaca João Queiroz. O head of trading do Banco Carregosa acrescenta que “este setor possui regulação e existem organismos independentes que monitorizam correta e continuamente como os aumentos dos custos e encargos são refletidos no consumidor final”.

Olhando para 2024, a evolução dos preços espera-se contrária à registada em 2023. “A pressão na margem bruta dever-se-á manter devido à concorrência intensa e agravada pela pressão nos custos operacionais, nomeadamente pessoal a subir nos 5%“, antecipa António Seladas. Para o analista, “sendo que os preços deverão ter ruma evolução flat ou deflação. A única variável que poderá compensar são os volumes a crescer; no entanto, como os retalhistas estão conscientes desse aspeto, deverão fazer fortes campanhas para atrair volume, pressionando a margem bruta”.

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O ‘lado b’ dos secretários de Estado de Montenegro

Há secretários de Estado batidos, há quotas partidárias, há surpresas que saem do setor privado, da banca à comunicação social, e há até empresários. O 'lado b' da lista de 41 secretários de Estado.

Quando um adjunto do Presidente, um empresário, um economista, um sócio de uma consultora internacional e um jurista entram numa sala… Poderia ser assim o início de uma história para a formação da lista de 41 secretários de Estado do Governo liderado por Luís Montenegro, que demorou, e custou, mais do que se esperava. A alternância do partido no poder e uma nova orgânica governativa (não é uma rotura, mas há mudanças importantes) significariam sempre uma equipa governativa renovada. Há nomes absolutamente desconhecidos do mercado mediático, há escolhas que resultam de quotas partidárias ou da coligação, uns são surpresas pela capacidade de atração, outros têm carreira profissional nos respetivos setores e outros ainda são incógnitas a avaliar nos próximos meses.

José Maria Brandão de Brito é economista-chefe do BCP

José Maria Brandão de Brito é uma, senão mesmo a maior, surpresa da lista de secretários de Estado do novo Governo, pela sua origem profissional. Licenciado e doutorado em economia, estava há anos como economista-chefe do BCP e tinha a seu cargo, mais recentemente, as áreas da sustentabilidade e das criptomoedas. A história tem-nos mostrado que a banca não é uma fonte primária muito relevante para a governação, menos ainda para Secretarias de Estado (e aqui o peso da remuneração não é irrelevante). A capacidade de recrutamento do ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, é surpreendente, mas não surpreende, claro, que venha a ser o número dois no Ministério e logo com a pasta do Orçamento. E pode ler aqui os textos de Brandão de Brito no ECO.

Na tutela da Administração Pública, a escolha recaiu numa escolha do anterior ministro da Economia para a vice-presidência do IAPMEI. Marisa Garrido ultrapassou a barreira partidária, por isso, se não há interesses… só pode ser competência. Gestora especializada em recursos humanos, já liderou processos de reestruturação no mínimo difíceis, como a Novabase, Secil, RTP, EMEL e CTT. Vai ser o braço direito de Miranda Sarmento para enfrentar (este deverá ser mesmo o termo…) as corporações do Estado a quem muito foi prometido nos últimos meses, desde logo aos professores.

Na Presidência de Conselho de Ministros, há dois secretários de Estado com um perfil complementar: um Jurista e um empresário, que vão trabalhar com António Leitão Amaro. Se o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros escolhido, Paulo Lopes Marcelo, não é um novato nestas andanças (trabalhou em governos anteriores), já o secretário de Estado Adjunto e da Presidência, Rui Armindo Freitas, vem diretamente das empresas, do setor têxtil, mas também da comunicação social (declaração de interesses, foi presidente da Swipe News, acionista do ECO). Começou a sua vida profissional na EDP, mas passou rapidamente para os seus próprios negócios, o mais conhecido dos quais uma posição acionista da ordem dos 2% na Media Capital. Mas a militância partidária no PSD, na concelhia de Guimarães, vem de longe. E por isso é colunista regular do jornal +Guimarães (pode ler artigos aqui).

A alternância do partido no poder e uma nova orgânica governativa (não é uma rotura, mas há mudanças importantes) significariam sempre uma equipa governativa renovada. Há nomes absolutamente desconhecidos do mercado mediático, há escolhas que resultam de quotas partidárias ou da coligação, uns são surpresas pela capacidade de atração, outros têm carreira profissional nos respetivos setores e outros ainda são incógnitas a avaliar nos próximos meses.

De Belém para os Negócios Estrangeiros, poderia ser esta a legenda de uma fotografia de Nuno Sampaio. Adjunto de Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha sido de Cavaco Silva, mas a sua principal atividade é mesmo a de professor universitário no Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica. Naquele ministério, há outra adjunta de Marcelo: A secretária de Estado dos Assuntos Europeus será Inês Domingos, que já tinha sido deputada (2015-2019) com trabalho… na comissão de Assuntos Europeus.

Menos comum na prática política em Portugal é a indicação de um secretário de Estado que já foi ministro (um preconceito que, felizmente, está a ser ultrapassado). E neste caso, até pela quota do CDS. Telmo Correia é dos mais experientes governantes desta lista, tinha sido ministro do Turismo e agora volta a um Governo para a Administração Interna. Mas as quotas partidárias também se vêm noutras áreas, o que se percebe tendo em conta que o PSD está há oito anos fora do poder e por isso com maior dificuldade em captar independentes. Mais ainda neste contexto político de incerteza. O secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, vem das autarquias e do aparelho distrital do PSD (foi presidente da Câmara de Santa Maria da Feira), enquanto o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares será Carlos Abreu Amorim, um dos mais notórios desta lista pelas intervenções públicas assertivas e polémicas no Parlamento e de combate nas redes sociais. Num dos últimos posts na rede X, escrevia “A política é feita de símbolos. E há símbolos bons e maus“, a propósito do regresso da imagem com a esfera armilar e os castelos.

Hugo Espírito Santo é Sócio do escritório de Lisboa da McKinsey

Se o ministro de Estado e das Finanças foi capaz de seduzir um quadro superior de um banco, o ministro Miguel Pinto Luz, que tutela as infraestruturas e habitação, ‘contratou’ um partner da consultora internacional Mckinsey. Hugo Espírito Santo vai ser o secretário de Estado com um dos dossiês politicamente mais sensíveis deste Governo, como já foi do anterior: A privatização da TAP (veremos em que modelo). “Hugo Espírito Santo é Sócio do escritório de Lisboa da McKinsey e um dos líderes da Prática em Angola. É o líder da Prática Profissional de Viagens, Transportes e Logística da McKinsey para África, e lidera os maiores projectos de transportes e infra-estruturas. Ao longo da sua carreira profissional desenvolveu particular experiência no Sector da Aviação“, lê-se na página oficial da consultora.

Do setor privado para o Governo, vai também a gestora Cristina Vaz Tomé. Na última década, desempenhou funções ao mais alto nível na gestão financeira da RTP e, posteriormente, na gestão comercial da Impresa (e estava há dois meses na gestão financeira da Swipe News, dona do ECO). Na prática, será a ‘ministra das Finanças do SNS’, uma das principais fontes de preocupação do ministro de Estado e das Finanças do Governo que está no Terreiro do Paço.

Na Economia, o ministro Pedro Reis escolheu para a Secretaria de Estado… da Economia um engenheiro químico pela Universidade de Aveiro, que gosta de rolhas, de empresas e do movimento associativo. João Rui Ferreira já foi presidente da APCOR, a associação da cortiça, entre 2012 e 2021, saiu, e regressou depois àquela entidade que reúne as empresas corticeiras para a função de diretor-geral. Curiosamente, integrou, como muitos outros, o Conselho Estratégico Nacional do PSD com a coordenação de uma área… estatal: Serviços Públicos e Reforma do Estado.

Este Governo também tem um chamado ‘insurgente’ na Educação. Alexandre Homem Cristo participou no início dos blogues, precisamente no Insurgente, com um pendor de direita, e ao lado de nomes como Carlos Guimarães Pinto ou André Azevedo Alves. Licenciado em ciência política na Universidade Católica Portuguesa, e mestrado em Política Comparada no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL), é especialista em Educação. Já tinha sido assessor parlamentar no período 2012-2015 e conselheiro no Conselho Nacional de Educação (2013-2015). Colunista regular do Observador (pode ler aqui os seus textos), ganhará um protagonismo político por ter o dossiê dos professores na mão e por ter um ministro, Fernando Alexandre, que é reconhecido especialista em Ensino Superior. O ‘lado B’ de Homem Cristo é outro, e está ligado à música. Tem raízes familiares comuns a Guy-Manuel de Homem-Christo… do grupo de música eletrónica Daft Punk.

Também há relações familiares que se revelam no sobrenome. Clara Marques Mendes vale por si, e fez carreira profissional e política sem depender do irmão (Luís Marques Mendes). Advogada, deputada do PSD eleita por Braga, foi uma parlamentar ativa na comissão de Trabalho e vai agora ser secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão.

E o futebol também ‘entrou’ na lista de 41 secretários de Estado. O nome escolhido para tutelar o desporto foi Pedro Dias, que era, até agora, diretor executivo da Federação Portuguesa de Futebol, liderada por Fernando Gomes. A opção do ministro Pedro Duarte (Assuntos Parlamentares) por Pedro Dias poderá ter uma explicação — não anunciada, pelo menos oficialmente. Portugal integra um ‘consórcio’ com Espanha e Marrocos, que vai receber a fase final do Campeonato do Mundo de futebol de 2030. E por sinal no dia em que se conheceu a lista de secretários de Estado, também se soube que o Estádio da Luz será o palco de um das duas meias-finais do evento.

Numa lista de 41 secretários de Estado — todos tiveram de passar o crivo do questionário de 36 perguntas ‘inventado’ por António Costa depois de uma sucessão de casos e demissões –, a avaliação da capacidade política será determinante para o sucesso político, e esse vai muito além da condição de partida, isto é, a competência técnica nas respetivas áreas. Além, claro, do próprio desempenho dos ministros da tutela. A tomada de posse será esta sexta-feira às 18h00.

Veja a lista dos secretários de Estado de Luís Montenegro:

Ministério de Estado e de Negócios Estrangeiros

Secretária de Estado dos Assuntos Europeus: Inês Domingos

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação: Nuno Sampaio

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas: José Cesário

Ministério de Estado e das Finanças

Secretário de Estado do Orçamento: José Maria Brandão de Brito

Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais: Cláudia Reis Duarte

Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças: João Silva Lopes

Secretária de Estado da Administração Pública: Marisa Garrido

Ministério da Presidência

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Paulo Lopes Marcelo

Secretário de Estado Adjunto e da Presidência: Rui Armindo Freitas

Ministério da Coesão Territorial

Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional: Hélder Reis

Secretário de Estado da Administração Local: Hernâni Dias

Ministério dos Assuntos Parlamentares

Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares: Carlos Abreu Amorim

Secretário de Estado do Desporto: Pedro Dias

Ministério da Defesa Nacional

Secretário de Estado Adjunto da Defesa Nacional: Álvaro Castelo Branco

Secretária de Estado da Defesa Nacional: Ana Isabel Xavier

Ministério da Justiça

Secretária de Estado Adjunta e da Justiça: Maria Clara Figueiredo

Secretária de Estado da Justiça: Maria José Barros

Ministério da Administração Interna

Secretário de Estado da Administração Interna: Telmo Correia

Secretário de Estado da Proteção Civil: Paulo Simões Ribeiro

Ministério da Educação, Ciência e Inovação

Secretário de Estado Adjunto e da Educação: Alexandre Homem Cristo

Secretário de Estado da Educação: Pedro Dantas da Cunha

Secretária de Estado da Ciência: Ana Paiva

Ministério da Saúde

Secretária de Estado da Saúde: Ana Povo

Secretária de Estado da Gestão de Saúde: Cristina Vaz Tomé

Ministério das Infraestruturas e Habitação

Secretária de Estado das Infraestruturas: Hugo Espírito Santo

Secretária de Estado da Mobilidade: Cristina Pinto Dias

Secretária de Estado da Habitação: Patrícia Machado Santos

Ministério da Economia

Secretário de Estado do Turismo: Pedro Machado

Secretário de Estado da Economia: João Rui Ferreira

Secretária de Estado do Mar: Lídia Bulcão

Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

Secretário de Estado do Trabalho: Adriano Rafael Moreira

Secretário de Estado Adjunto e da Segurança Social: Jorge Campino

Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão: Clara Marques Mendes

Ministério do Ambiente e Energia

Secretário de Estado do Ambiente: Emídio Sousa

Secretária de Estado da Energia: Maria João Pereira

Ministério da Juventude e Modernização

Secretária de Estado da Igualdade: Carla Mouro

Secretário de Estado da Modernização e da Digitalização: Alberto Rodrigues da Silva

Ministério da Agricultura e Pescas

Secretário de Estado da Agricultura: João Moura

Secretária de Estado das Pescas: Cláudia Monteiro de Aguiar

Secretário de Estado das Florestas: Rui Ladeira

Ministério da Cultura

Secretária de Estado da Cultura: Maria de Lurdes

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EY fixa contrapartida mínima na OPA à Greenvolt em 7,3 euros por ação

  • Lusa
  • 4 Abril 2024

O valor agora determinado pela EY como contrapartida mínima é inferior em um euro ao valor por ação oferecido (8,3 euros) pela KKR na oferta de compra da Greenvolt.

A contrapartida mínima determinada para a Oferta Pública de aquisição (OPA) da KKR à Greenvolt é de 7,3 euros por ação, segundo o relatório do perito independente. O valor agora determinado pela consultora Ernst & Young Audit & Associados (EY) como contrapartida mínima é inferior em um euro ao valor por ação oferecido (8,3 euros) pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, liderado por Manso Neto.

Em 31 de janeiro de 2024, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) designou – sob proposta da Gamma Lux Holdco – a EY como perito independente para fixar a contrapartida mínima a oferecer na OPA. A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou justo o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá “acelerar o plano de negócios”.

Relativamente ao preço de 8,3 euros por ação oferecido, o Conselho de Administração da Greenvolt entende que “é justo”, tendo em conta que “representa um prémio de 95,3% face ao preço de subscrição das ações no âmbito da abertura de capital e de 47,7% face ao preço de subscrição das ações no âmbito do aumento de capital 2022”.

Representa ainda “um prémio de 11,4% face à cotação do dia anterior ao da publicação do anúncio preliminar e um prémio de 32,1% face à cotação média ponderada das ações nos seis meses anteriores ao dia da publicação do anúncio preliminar”, encontrando-se “em linha com os resultados das ‘fairness opinions’ preparadas pela Lazard e pelo Millenniumbcp, que consideram o valor justo”.

Desde a OPA, a Greenvolt atingiu uma cotação máxima de 10,8 euros e mínima de 4,3 euros.

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