Especialistas defendem travões às reformas antecipadas

  • Trabalho
  • 4 Abril 2024

Versão preliminar do livro verde da sustentabilidade da Segurança Social propõem vários travões às reformas antecipadas, como o fim da "via verde" para quem esgote subsídio de desemprego.

Os especialistas escolhidos pelo Governo para estudar a sustentabilidade da Segurança Social defendem que a idade de acesso às várias modalidades da reforma antecipada deve subir, de modo a ficar mais próxima da idade legal de acesso à pensão. E propõem que seja mesmo posto um ponto final às reformas antecipadas aos 57 anos para quem esgote o subsídio de desemprego.

Estas propostas constam da versão preliminar do livro verde da sustentabilidade da Segurança Social, que foi entregue na última quinta-feira ao Ministério do Trabalho. Segundo noticia o Expresso, que teve acesso a este documento, os especialistas entendem que é necessário simplificar e dar mais coerência às reformas antecipadas.

Por exemplo, consideram que a reforma aos 57 anos após esgotar o subsídio de desemprego é injusta face às demais modalidades de reforma antecipada e incoerente com os objetivos de envelhecimento ativo, além de estar desfasada da evolução do mercado de trabalho. Além disso, propõem que as regras de ajustamento automático da idade de reforma (que têm por base a evolução da esperança média de vida) se apliquem também às reformas antecipadas.

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Insolvências de empresas caíram 3,6% no mês das eleições em Portugal

Apesar da ligeira melhoria em março, que interrompeu o ciclo de aumento de casos em Portugal, no acumulado dos três primeiros meses do ano as insolvências de empresas aumentaram 26%, para 1.154 ações.

No mês em que se realizaram eleições legislativas antecipadas, o número de insolvências baixou 3,6% face ao mesmo período do ano passado, com a Iberinform a registar um total de 350 ações. Em conjunto, Porto e Lisboa concentraram mais de metade dos casos (51%), seguidos dos distritos de Aveiro (14%) e de Braga (13%).

A ligeira melhoria no mês de março foi, no entanto, insuficiente para inverter a trajetória negativa neste indicador no arranque de 2024. Neste período em que o Governo esteve em gestão e que coincidiu com a campanha eleitoral, as insolvências aumentaram 26% em termos homólogos, para um total de 1.154 ações.

Por tipologia de ações, o primeiro trimestre fechou com uma subida de 72% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros, enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram 108%. Entre janeiro e março, os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 150% e foi declarada a insolvência de 620 empresas, o que correspondeu a menos 16 processos encerrados face a 2023.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pela consultora Iberinform, filial da Crédito y Caución, só sete distritos ou regiões apresentaram decréscimos no total de insolvências nos três primeiros meses do ano: Horta (-100%); Portalegre (-75%); Évora (-54%); Madeira (-33%); Leiria (-20%); Viana do Castelo (-1%) e Setúbal (-6%). Em termos absolutos, Porto (322 casos, +82%) e Lisboa (266, +26%) apresentaram os valores mais elevados.

por setores, os mais penalizados no acréscimo de empresas insolventes foram a indústria transformadora (60%); eletricidade, gás, água (50%); comércio a retalho (26%); construção e obras públicas (19%); hotelaria e restauração (19%); transportes (17%); e o comércio de veículos (9,4%). Só dois setores fecharam o trimestre com uma diminuição no indicador das insolvências: indústria extrativa (-67%) e agricultura, caça e pesca (-52%).

Indústria extrativa e telecomunicações ganham empresas

No que toca à constituição de novas empresas, o movimento foi contrário ao das insolvências. Em março de 2024, face ao mesmo período do ano passado, houve menos 1.678 empresas a serem criadas (-31%, para um total de 3.753), mas o mês foi de aceleração das perdas neste indicador. É que, no total do primeiro trimestre, o decréscimo homólogo foi menos significativo (-9,2%), passando de 15.568 para 14.142 novas empresas constituídas até março de 2024.

Ainda assim, Lisboa e Porto foram os distritos mais dinâmicos. A zona da capital acolheu o número de constituições mais significativo, com 4.325 novas empresas (-16% face a 2023), enquanto a região da Invicta ganhou 2.462 novas empresas (-2,6%). Em contraciclo com os restantes, os setores mais empreendedores neste período foram a indústria extrativa (+250%); as telecomunicações (+70%) e a construção e obras públicas (+5,4%).

Allianz Trade prevê subida das insolvências empresariais em 2024 e 2025

Depois de dois anos com valores anormalmente baixos que refletiram o efeito de “almofada” que tiveram muitas das medidas de apoio às empresas implementadas no período pandémico, o número de insolvências em Portugal disparou entre 14% e 18% em 2023, com quase 2.000 empresas a entrarem neste tipo de processos.

Em declarações ao ECO, André Granado, administrador executivo da COSEC, descreve um aumento “consistente” do número de insolvências em Portugal, com as micro e pequenas empresas (faturação abaixo dos 500 mil euros) de serviços, construção, retalho e têxteis a serem as mais afetadas por este fenómeno, representando em conjunto 60% do total.

A Allianz Trade, que recentemente adquiriu a participação de 50% do BPI para se tornar acionista única da empresa especializada em seguros de crédito e de caução, prevê que o “prolongamento de uma dinâmica económica frágil poderá continuar a exercer pressão sobre as empresas mais vulneráveis, projetando uma subida das insolvências empresariais de 19% em 2024 e de 10% em 2025 – acima do nível global (9% e 0%, respetivamente).

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Portugal com a terceira maior subida dos preços da habitação na Zona Euro em 2023

  • Ana Petronilho
  • 4 Abril 2024

Em 2023, o preço das casas em Portugal subiu 8,3%, sendo o terceiro maior aumento da Zona Euro. Mas é preciso recuar a 2016 para encontrar uma subida menor.

No ano passado, o preço das casas em Portugal continuou a subir, registando um crescimento de 8,2%, sendo mesmo o terceiro maior da Zona Euro, revelam os dados divulgados pelo Eurostat esta quinta-feira.

Entre os 20 países da moeda única, Portugal continua no topo das maiores subidas de preços das casas. Apenas a Croácia, com um crescimento de 11,9%, e a Lituânia, com 9,8%, tiveram aumentos maiores que Portugal.

Além disso, os dados do Eurostat mostram que o mercado nacional continua em contraciclo com a Zona Euro, onde os preços das casas caíram, em média, 1,2%. Também na União Europeia a média dos preços da habitação desceu 0,3% no ano passado.

Mas há sinais de abrandamento no mercado nacional. Apesar do aumento de 8,2% em 2023, será preciso recuar a 2016 – quando o preço das casas cresceu 7,1% – para encontrar uma subida menor do que a de 2023.

De acordo com os dados, nos últimos três anos, os preços em Portugal aumentaram a um ritmo médio anual de 10,05%, cerca de 2,2 vezes mais que a média da Zona Euro.

E se recuarmos à última década, os preços das casas em Portugal aumentaram a um ritmo médio de 8,26% por ano, mais do dobro que a média da Zona Euro (3,8% por ano). No espaço da moeda única, apenas a Estónia (9,15%) e a Lituânia (8,98%) registaram aumentos maiores que Portugal.

Entre os países da Zona Euro, em 2023, a maior queda do preço da habitação foi registada no Luxemburgo, que passou de uma subida de 9,6% em 2022 para uma descida de 9,1% em 2023. Segue-se a Alemanha onde a subida de 5,2% registada em 2022 passou para uma queda de 8,4% no ano passado.

No geral, na União Europeia, entre 2010 e o quarto trimestre de 2023, os preços das casas aumentaram 48% e as rendas 23%.

O Eurostat indica ainda que as rendas aumentaram em 26 países da UE, com os maiores aumentos na Estónia (+207%), Lituânia (+172%) e Irlanda (+102%). A única diminuição dos preços das rendas foi registada na Grécia (-19%).

 

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Saiba como funciona o novo apoio à eficiência hídrica para empresas de turismo do Algarve

As empresas de turismo que façam investimentos a partir de 10 mil euros para melhorar a sua eficiência hídrica poderão receber 50% das despesas, até ao máximo de 50 mil euros.

Já são conhecidas as regras do novo apoio de dez milhões de euros para as empresas do setor do turismo no Algarve que façam investimentos que melhorem a sua eficiência hídrica. As medidas são mais um passo para melhorar a gestão das reservas de água na região algarvia, de modo a evitar problemas futuros no abastecimento. Saiba como vai funcionar esta linha a fundo perdido.

A situação de seca no Algarve obrigou o Governo a tomar um conjunto de medidas, que incluiu cortes de água para a agricultura e o setor urbano, turismo incluído. No âmbito do conjunto de medidas aprovadas para promover a racionalização do uso de água foi criado o selo de reconhecimento de eficiência hídrica, com a denominação “Save Water”, a atribuir às empresas que exploram empreendimentos turísticos que adotem de medidas de racionalização do uso da água, tendo em vista alcançar os objetivos definidos naquela Resolução.

Ainda no âmbito destas medidas, foi criada uma linha de apoio financeiro que incentive a adesão das empresas do turismo ao selo “Save Water” e, em consequência, às referidas medidas de racionalização do uso da água.

As empresas com atividade aberta no setor do turismo e a sua situação regularizada, que façam investimentos superiores a 10 mil euros, poderão candidatar-se a este apoio e receber 50% do valor das despesas elegíveis, com um máximo de 50 mil euros por empresa, de acordo com a portaria publicada esta quinta-feira no Diário da República.

Este apoio tem uma dotação total de dez milhões de euros, um fundo que será exclusivamente assegurado por receitas próprias do Turismo de Portugal.

São elegíveis para estes apoios os projetos:

  • Inseridos nas atividades económicas com as CAE do turismo em estabelecimentos hoteleiros, turismo no espaço rural e parques de campismo e de caravanismo, que incidam sobre estabelecimentos em atividade.
  • Tenham por objetivo a realização de um investimento de valor em despesa elegível igual ou superior a 10 mil euros;
  • Tenham uma duração máxima de execução de 12 meses, a contar da data de notificação da decisão favorável, tendo como limite 31 de dezembro de 2025;
  • Não estejam iniciados à data da apresentação da candidatura;
  • Estejam devidamente alinhados com o plano de ação relativo à implementação das medidas associadas ao selo “Save Water”.

Os apoios incluem um conjunto de despesas que têm como objetivo promover a eficiência hídrica:

  • Aquisição de dispositivos e equipamentos de uso de água eficientes;
  • Monitorização e controlo inteligente do consumo de água;
  • Redução de perdas de água;
  • Auditoria/consultoria para implementação de medidas de melhoria;
  • Otimização de sistemas de rega;
  • Infraestruturas e equipamentos para reutilização das águas pluviais e/ou águas cinzentas;
  • Monitorização e controlo inteligente dos sistemas de reutilização;
  • Sinalética de sensibilização;
  • Despesas com formação, capacitação ou sensibilização de funcionários, destinadas a promover a adoção de boas práticas na redução do consumo de água;
  • Despesas com a intervenção de contabilistas certificados ou revisores oficiais de contas, na validação da despesa dos pedidos de pagamento, até ao valor de 15% do valor do investimento e com o limite de 2.500 euros.

De fora dos apoios ficam gastos relacionados com compra de imóveis, trespasse e direitos de utilização de espaços, trabalhos da empresa para ela própria, ou pagamentos em numerário.

Os apoios ficam limitados a uma candidatura por empresa, com o apoio máximo de 50 mil euros.

As empresas terão de formalizar a apresentação de candidaturas à linha de apoio junto do Turismo de Portugal, por via eletrónica, através de formulário próprio disponível no site do Turismo de Portugal, acompanhadas de um conjunto de documentos (declaração fiscal, balanço intercalar certificado, autorização de consulta eletrónica da situação tributária e contributiva, código de acesso à certidão permanente de registo comercial e comprovativo de IBAN).

O Turismo de Portugal tem um prazo de 20 úteis para analisar as candidaturas. Caso sejam aceites, esta entidade procede a um adiantamento automático inicial após a validação do termo de aceitação, no montante equivalente a 50 % do incentivo aprovado.

O pagamento final é efetuado com base na declaração de despesa de realização de investimento elegível.

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Salários, produtividade e formação. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" leva até si, todas as quintas-feiras, tudo o que precisa saber sobre o que está a fazer mexer o mercado de trabalho nessa semana.

O que está a fazer mexer o mercado de trabalho? Todas as quintas-feiras, o podcast “Ao trabalho!” conta-lhe tudo o que precisa saber. Esta semana falamos sobre salários e produtividade, sobre as candidaturas ao cheque de formação digital, sobre a semana de trabalho de quatro dias e ainda sobre o salário mínimo grego.

Ouça o episódio abaixo ou aqui.

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Numa altura em que tanto se fala sobre como aumentar os vencimentos dos portugueses, um estudo vem mostrar que, afinal, os ordenados têm crescido menos que a produtividade. Enquanto isso, na Grécia o salário mínimo chegou agora aos 830 euros, dez euros acima do português.

Destaque, por outro lado, para a semana de trabalho de quatro dias, sendo que já há empresas decididas a manter esse modelo, após o projeto-piloto promovido pelo Governo. Por fim, a formação: quase mil candidaturas ao cheque de formação digital já foram aprovadas.

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Loures Investe em Si: “evento dedicado à inovação, ao comércio e à indústria”

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  • 4 Abril 2024

Começou hoje a segunda edição do evento Loures Investe em Si, este ano com o tema "Valorizar pessoas e empresas". Em entrevista ao ECO, Ricardo Leão, presidente da autarquia, partilha mais detalhes.

A segunda edição do “Loures Investe em Si” arrancou hoje, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, e terminará no dia 6 de Abril. O evento, que pretende valorizar o tecido empresarial e o ecossistema de inovação do município, este ano tem como tema Valorizar pessoas e empresas.

Em entrevista ao ECO, Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, explica em que consiste este evento, qual o seu principal objetivo e, ainda, partilha quais os fatores que fazem de Loures um concelho atrativo para o investimento.

O que podemos esperar do Evento Loures Investe em Si?

Esta é a 2.ª edição de um evento que reflete a nossa ambição em criar uma maior proximidade junto das empresas. Desde que tomámos posse, a Câmara Municipal de Loures tem vindo a desafiar os empresários para momentos de reflexão conjunta, privilegiando encontros de networking para estreitar redes de contacto nas mais diversas áreas de trabalho, onde as pessoas se possam conhecer, queiram conversar e pretendam fazer negócios entre si.

É fulcral promover o investimento para a criação de emprego, com efeitos no crescimento da economia nacional e local. E, para isso, o apoio aos investidores é fundamental. Defendemos uma política de apoio ao investimento, à competitividade e à inovação, gerando uma nova dinâmica de incentivo ao empreendedorismo e à criação de empresas. Este será um grande evento dedicado à inovação, ao comércio e à indústria, juntando empresas e a sociedade civil.

Loures é hoje um Concelho atrativo ao investimento?

Com certeza que sim! Loures é um concelho atrativo ao investimento por variadíssimas razões. Somos um concelho com um património histórico, paisagístico e cultural únicos, com uma boa qualidade de vida e um potencial turístico extraordinário. Temos necessariamente de considerar a sua proximidade a Lisboa e a grandes eixos nacionais de transportes, valorizando o seu posicionamento geográfico e estratégico, com uma boa rede de acessibilidades que, embora tenhamos em vista um conjunto de intervenções para a sua melhoria, apresenta potencialidades reais do ponto de vista socioeconómico.

A malha empresarial é diversificada. Reúnem-se no município diferentes setores de atividade com impacto na economia local, regional e nacional, conciliando-os com uma consistente rede de parcerias entre empresas, onde a Câmara Municipal tem atuado como um agente dinamizador do desenvolvimento das atividades económicas, promovendo o empreendedorismo, o emprego e a inovação. O reforço da abertura do município ao desenvolvimento económico tem vindo a confirmar o destaque de Loures na procura de investimentos, assumindo uma centralidade própria e que emerge no contexto metropolitano, capaz de atrair projetos inovadores. E os dados assim o comprovam: nos últimos anos, localizaram-se mais 26% de novas empresas, na sua maioria pequenas e médias empresas. Atualmente, temos 23.500 empresas, representando 6% do total metropolitano. Movimentam mais de 7 mil milhões de euros por ano e empregam um número superior a 85 mil pessoas, mais 42% do que em 2013. Loures concentra 2% do total de pessoas ao serviço das empresas portuguesas, o que é muito significativo.

Da Câmara Municipal de Loures, os futuros investidores podem esperar o cumprimento daquela que é a nossa responsabilidade em todos os processos de incentivo à inovação e ao desenvolvimento empresarial, desempenhando um papel de facilitação institucional e de rapidez na decisão pública. Também ao nível da dinâmica do emprego temos bons indicadores. No conjunto dos municípios da AML, Loures é aquele que tem a mais elevada taxa de atração líquida de população empregada por conta de outrem.

Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures
Quais são os grandes investimentos que se esperam nos próximos anos no Concelho?

O setor empresarial gera emprego e riqueza nos territórios. Mas não podemos esquecer que o investimento público é também um importante vetor para a captação do investimento privado e para o fomento de um conjunto de condições que induzem à melhoria da qualidade de vida, permitindo a fixação de pessoal qualificado. Este compromisso da Câmara Municipal de Loures cifra-se em mais de 221 milhões de euros para os próximos anos.

As novas unidades de saúde do Catujal, Camarate, Bobadela e Santo Antão do Tojal representam um investimento superior a 23 milhões de euros. Para a melhoria do espaço público, temos previstas intervenções acima dos 21 milhões de euros. Na área da mobilidade acessível e ao alcance de todos, destaco o nosso foco na resolução de alguns congestionamentos para os quais a população anseia soluções há já muitos anos, como a saída da A1 em São João da Talha e a Via Urbana Interior à Cidade de Loures. Estas obras estão previstas em 16,5 milhões de euros.

Tenho a destacar naturalmente o lançamento do concurso para a construção do Metropolitano a Loures, que contará com nove estações no concelho, com uma extensão de 6,4km. Esta é uma obra que resulta da conjugação do PRR em 390 milhões, a que se adicionam 137 milhões de euros garantidos no Orçamento de Estado pelo anterior governo. Lutámos e garantimos este financiamento para uma rede de transportes inovadora e que corresponde a necessidades urbanas por quem vive e trabalha no território. De referir que, na área da mobilidade, desde o início da operação da Carris Metropolitana em 2019, reunimos um investimento municipal que ascende a cerca de 11 milhões de euros, numa clara aposta de mais e melhor transporte público para todos.

Na Educação, estamos a trabalhar para ter infraestruturas de ensino dignas. Temos planeadas obras de construção, requalificação e remodelação num amplo grupo de equipamentos educativos, num investimento superior a 56 milhões de euros. Na Habitação, queremos salvaguardar condições dignas para todos, colaborando com quem necessita de recorrer aos conjuntos habitacionais municipais, mas respondendo também às necessidades manifestadas pela classe média, indo ao encontro da concretização de políticas que promovam a habitação qualificada. No conjunto das novas construções, reabilitações e aquisição de habitação, estimamos um investimento superior a 100 milhões de euros.

A atração de investimento é uma prioridade da Câmara Municipal de Loures?

O emprego é uma prioridade considerando que é a principal fonte de rendimento da generalidade das pessoas. E os empreendedores são agentes de mudança que transformam ideias em realidade. São eles que identificam os problemas e encontram as respetivas soluções criativas e eficazes. São eles que estão na base da prosperidade económica do País e, em particular, do nosso concelho.

Como já tive oportunidade de referir, estamos preparados para defender o interesse das empresas, continuando a criar um novo enquadramento favorável ao investimento e ao desenvolvimento socioeconómico no município. Esta atratividade fica reforçada pelos contactos recentes muito significativos dos investidores com os serviços municipais para instalarem a sua atividade económica no concelho. O único sinal de abrandamento coincidiu com os anos de pandemia, superando atualmente os níveis registados entre 2016 e 2019.

Como pode hoje uma Câmara Municipal apoiar as empresas?

Considero que temos a obrigação de aproveitar os recursos dados pelos fundos europeus como o PRR, o Portugal 2030 ou o Horizonte Europa. Esta é uma oportunidade para reformas e investimentos únicos que não se vão repetir tão cedo e as Câmaras Municipais devem estar particularmente atentas a estes avisos, colaborando com as empresas na identificação de possíveis candidaturas. A singularidade destes programas levou-nos a adaptar a estrutura da Câmara Municipal assim que tomámos posse, em 2021, para que pudéssemos ir ao encontro das reais necessidades dos empresários de forma mais eficaz.

Criámos um serviço vocacionado para todas as matérias relacionadas com os fundos comunitários, materializando o nosso compromisso em dotar os empresários de toda a informação sobre os fundos estruturais disponíveis e as políticas públicas que lhes sejam destinadas. Este trabalho é complementar ao serviço de primeira linha no acompanhamento personalizado dos investidores e das empresas, querendo corresponder-lhes na resolução das suas necessidades.

A Câmara Municipal é, essencialmente, um facilitador da atividade empresarial, fazendo conciliar as políticas com as estratégias dos empresários que desejam tanto como nós, autarcas, a valorização do território e a melhoria das condições de vida das pessoas que nele habitam e trabalham.

Que importância tem o poder Local na captação de investimento?

Estamos certos de que a captação de investimento está relacionada com a atratividade territorial. E, por isso, reitero que o poder local tem a responsabilidade na qualificação dos territórios para, cumulativamente, atrair emprego qualificado. É esta a direção que estamos a tomar. Queremos capitalizar as oportunidades que o município de Loures apresenta nas acessibilidades e na proximidade a infraestruturas relevantes. Entendemos que, desta forma, vamos ao encontro das necessidades das empresas que já se localizam no concelho, mas chegaremos naturalmente aos potenciais investidores que reconhecerão em Loures os mesmos pontos fortes, relevantes para o sucesso dos seus negócios.

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Coimbra recebeu 9º debate ECO Local/novobanco

  • Local Online
  • 4 Abril 2024

O nono debate ECO Local/novobanco aconteceu ontem, em Coimbra, onde vários especialistas refletiram sobre os diferentes desafios e oportunidades para o crescimento económico da região.

O Master novobanco em Coimbra recebeu na passada terça-feira, dia 2 de abril, o nono debate ECO Local/novobanco. O estado da economia da região e os desafios a enfrentar foram os temas do evento, que contou com a moderação de Shrikesh Laxmidas, diretor adjunto do ECO.

O evento começou às 17 horas e teve como convidados Paulo Barradas Rebelo, presidente do Conselho de Administração da Bluepharma, Vladimiro Silva, diretor executivo da Ferticentro, João Gabriel Silva, presidente do Instituto Pedro Nunes, e Luís Ribeiro, administrador do novobanco.

O debate começou com a apresentação de alguns dados estatísticos da economia e do tecido empresarial da região face ao território nacional. “A região centro como um todo tem cerca de 14% do PIB de Portugal, mais ou menos 34 mil milhões de euros, e há aqui três polos fundamentais – Coimbra, Leiria e Aveiro”, começou por dizer Luís Ribeiro.

“Para um desempenho económico sustentável, há três pilares que são fundamentais: o capital humano, o investimento das empresas, e a produtividade. Mas Coimbra é uma cidade mais envelhecida comparativamente à média nacional – 27,7% da população tem mais de 65 anos, enquanto a média nacional está nos 23%. E, com a agravante adicional de que, comparando os Censos de 2021 com os de 2011, há um decréscimo de cerca de 5% da população, mais do dobro daquilo que foi o decréscimo da população no país. E, se formos ver a população em idade ativa, esse decréscimo ainda é mais significativo. Portanto, um dos desafios que a cidade tem é o de atrair população, que é fundamental, quer para o estudo académico, quer para a atividade económica“, continuou.

No que diz respeito ao tecido empresarial, o administrador do novobanco revelou que Coimbra tem 97% de microempresas e 3% de médias empresas: “Quando vamos ver as quatro maiores empresas da região, três estão ligadas à pasta do papel e a quarta é um dos hospitais da universidade, o que mostra que há que ter aqui uma capacidade de diversificação de investimento distinta daquilo que tem sido conseguido até à data”.

Ainda assim, em termos de autonomia financeira, as empresas de Coimbra têm, em média, 46% de autonomia financeira versus 40% do país. 27% das empresas têm EBITDA negativo, mas, mesmo assim, é inferior àquilo que é a média nacional. A região tem, ainda, um crédito vencido ligeiramente superior à média nacional – 2,4% versus 2%. “Portanto, eu diria que é uma cidade que tem de atrair população, tem de ter capacidade de fixar essa população, tem que fazer uma maior ligação entre aquilo que é o investimento que é feito no ensino público, em particular, e fazer essa ligação ao mundo empresarial”, acrescentou.

Fixação de pessoas é desafio para a região

Por sua vez, e perante os números apresentados por Luís Ribeiro, Paulo Barradas Rebelo afirmou que realmente “as necessidades para recrutar são muito maiores”, mas destacou que “ainda se recruta bem em Coimbra“: “Vivemos num mundo de muita incerteza e estes indicadores deste deserto demográfico que temos são uma questão de escala. Portugal também é o país mais envelhecido da Europa e estamos cá e temos futuro. Portanto, é uma questão de escala e tudo depende de nós arregaçarmos as mangas, termos o sonho, e fazermos o que achamos que deve ser feito. E Coimbra tem muito boas condições para se fazer o que deve ser feito porque vivemos nesta economia do conhecimento, temos uma universidade, temos gente muito qualificada, há que motivá-los e tirar partido dessa realidade“.

Esta opinião foi corroborada por Vladimiro Silva, que deu o exemplo dos processos de recrutamento da Ferticentro para explicar o seu ponto de vista. “Quando nós queremos contratar pessoas recém-licenciadas, que estejam a iniciar a sua carreira, a qualidade dos candidatos em Coimbra é sempre superior. É bastante fácil contratar pessoas com muito boas qualificações. Por outro lado, se quisermos contratar pessoas já formadas, é praticamente impossível. Eu tenho muita dificuldade em conseguir atrair para Coimbra, por exemplo, estrangeiros“, explicou.

Apesar do potencial da região, a capacidade de fixação de pessoas continua aquém do esperado e João Gabriel Silva considera que isso continua a acontecer, não por falta de interesse, mas por “falta de ofertas de empregos em condições”: “Coimbra tem cerca de 100 mil habitantes e cerca de 40 mil estudantes no ensino superior. Isto mostra que nós temos dificuldade na fixação de pessoas. Dos 40 mil estudantes do ensino superior, há uma percentagem significativa de pessoas que ficariam em Coimbra se tivessem um emprego em condições“.

Ainda neste ponto, o presidente do Instituto Pedro Nunes (IPN) ressalvou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo IPN para combater este problema. “As empresas de origem IPN são responsáveis pela criação de cerca de sete mil postos de trabalho, a larga maioria em Coimbra, e o salário médio pago pelas empresas IPN é quase três vezes superior ao salário médio nacional. Não se trata só de ter emprego, trata-se de ter emprego com vencimento suficiente, para que a distância para a Europa não seja tão violenta a ponto de as pessoas qualificadas saírem do país“, alertou.

Quais os fatores de sucesso das empresas?

Quando questionados sobre os fatores de sucesso das suas empresas, os vários gestores presentes no debate destacaram o capital humano e a localização, bem como o investimento, a inovação e a internacionalização como peças chave de um percurso bem-sucedido.

“O sucesso da minha empresa, em particular, foi muito influenciado pelo talento e pela localização. Nós temos os olhos postos no mundo, exportamos para todo o mundo, portanto o local onde estamos é decisivo porque permite fazer uma boa empresa com capacidade de exportar e de se desenvolver lá fora. E, para isso, contribui o talento que temos aqui e a dimensão da cidade, a facilidade de comunicação entre todos, a facilidade de mobilizar e de motivar as pessoas“, disse Paulo Barradas Rebelo.

O presidente do Conselho de Administração da Bluepharma acrescentou ainda que a empresa também aposta na estratégia dos três I´s – “investir para inovar e inovar para internacionalizar” -, mas não só: “A primeira coisa que a Bluepharma fez foi investir para dar futuro à empresa. E investimos para inovar. E inovar é ter a capacidade de surpreender e internacionalizar. Tivemos a capacidade de entrar nas cadeias globais de fornecimento e fizemo-lo em parceria, que é outro dos valores da Bluepharma. Portanto, a nossa estratégia foram os três I´s, o P de parceria e de partilhar, e a obsessão pela qualidade“.

Já Vladimiro Silva explicou que, no caso da Ferticentro, o sucesso “tem muito a ver com as características das pessoas, que gostavam de trabalhar, com a capacidade de criar um ambiente positivo para a evolução e para o conhecimento. Tivemos capacidade de ousar e, ao mesmo tempo, de tentar conseguir crescer a equipa, com pessoas talentosas, com potencial. Acho, essencialmente, que, neste mundo global em que vivemos, a localização já não é assim tão importante, isto porque se conseguirmos criar um espaço onde as pessoas saibam que vão ter as melhores tecnologias, aplicadas de uma forma honesta e transparente, em linha com o que de melhor se faz a nível mundial, elas vêm cá“.

A falta de investimento e o obstáculo burocrático

Coimbra tem fatores que eu acho que a podem potenciar como mais nenhuma região do país. Está a menos de uma hora do Porto e a menos de duas horas de Lisboa. Depois tem duas coisas que são fundamentais – tem dos melhores hospitais, que é uma das coisas que as pessoas mais valorizam para se fixarem; e tem das melhores universidades, que é a segunda coisa mais valorizada. Portanto, em termos de condições endógenas, a cidade de Coimbra tem condições ímpares no país. E são esses fatores que têm de se potenciar e tem, depois, de se conseguir capitalizar esses fatores e fixar a população”, explicou Luís Ribeiro.

No entanto, apesar de as empresas de Coimbra, em média, serem “mais rentáveis, estarem melhor capitalizadas e serem mais saudáveis”, a verdade é que “o crédito na região está reduzido”, o que, de acordo com o administrador do novobanco, “pode levar a algum adiar de alguns investimentos“. Ainda assim, destacou que as áreas que mais têm feito investimento são a investigação e a agricultura.

Contudo, a burocracia exigida para se desenvolverem alguns projetos e ideias não ajuda a que este investimento se concretize, de acordo com alguns dos especialistas presentes. João Gabriel Silva disse mesmo que é importante “criar condições para as pessoas que têm iniciativa terem condições de a desenvolver, seja em que área for”: “Se me perguntassem qual é o principal obstáculo que nós temos ao desenvolvimento em Portugal, nomeadamente no campo da inovação, eu responderia, sem hesitar, que é a complexidade burocrática de tudo e mais alguma coisa. De facto, em termos de comparação internacional, eu diria que somos mesmo muito maus“.

Por sua vez, Paulo também abordou a dificuldade que a burocracia traz à internacionalização das empresas. “Quando entramos no processo de internacionalização, é tudo super difícil. Já nem falo da carga fiscal, que, como sabemos, é elevada, mas deixando essa questão à parte, todo o aspeto burocrático pelo qual nós temos de passar, é um autêntico pesadelo. Eu acho que era importante ter um governo que facilitasse a vida às empresas em tudo o que sejam estes milhões que nós gastamos em consultores porque é absolutamente impossível uma pessoa movimentar-se neste percurso sozinho. Há pequenas ratoeiras quase em cada passo. E, portanto, para quem quer investir e fazer projetos, em conjunto com empresas noutros pontos do país e no estrangeiro, é super difícil”.

Ainda assim, Luís Ribeiro sugeriu que as empresas da região aproveitassem os apoios financeiros do Estado para apostar no investimento do tecido empresarial. “O PRR aqui são cerca de 500 milhões de euros. 21% já está desembolsado, portanto faltam os outros 80%, mais ou menos a média nacional. E acho que é fundamental aproveitar esta onda de investimento, que é necessário fazer, para ajudar a cidade e a região a ter as bases para poder crescer. Eu não diria que é um tema de qualidade, provavelmente é um tema de escala, que é conseguir criar um ecossistema que permita às empresas crescer como um todo“, concluiu.

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Apple desenvolve em segredo robô pessoal que anda pela casa

Após desistir de fabricar um carro elétrico, sabe-se agora que a Apple está a trabalhar secretamente no desenvolvimento de um robô capaz de seguir as pessoas pela casa.

Novo robô da Apple iria concorrer com o Amazon Astro (na imagem) anunciado em 2021

A Apple desistiu de produzir um carro elétrico mas continua em busca da próxima grande plataforma tecnológica. Um dos projetos em que está a trabalhar secretamente é um robô pessoal capaz de “seguir os utilizadores pela casa”, na fé de que a “robótica doméstica” possa vir a representar uma nova linha de negócio no futuro.

A notícia foi avançada esta quinta-feira pela Bloomberg, pelo jornalista Mark Gurman, que ganhou notoriedade ao longo dos anos pelas informações privilegiadas que obtém dentro da empresa do iPhone. Segundo a notícia, além do robô pessoal doméstico, a Apple está a estudar o desenvolvimento de um dispositivo robótico capaz de mover um ecrã.

Isto não significa que a marca acabe por lançar no mercado estes aparelhos, visto que, no contexto de uma forte concorrência, empresas como a Apple têm de estar, constantemente, a desenvolver e testar novos produtos.

O robô da Apple não seria pioneiro, na medida em que a Amazon já comercializa o Astro (na imagem), uma espécie de ecrã inteligente sobre rodas alimentado pelo assistente virtual Alexa, que chega a custar quase 1.500 dólares (perto de 1.400 euros). Mas a Apple tem fama de aprimorar e inovar quando lança no mercado novos produtos, como aconteceu com os óculos Apple Vision Pro este ano e até com o próprio iPhone em 2007.

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Google pondera cobrar por IA generativa nas pesquisas

Multinacional norte-americana está a estudar um novo modelo de negócio em que cobraria por melhorias com IA generativa no conhecido motor de pesquisa.

Google pondera cobrar por IA generativa nas pesquisas, segundo o Financial TimesEPA/WALTER BIERI

A Google está a ponderar cobrar aos utilizadores por novas funcionalidades de pesquisa suportadas em inteligência artificial (IA) generativa. A empresa está a trabalhar nessa possibilidade, mas a administração ainda não decidiu se avança ou não com este novo modelo de negócio, noticia esta quinta-feira o Financial Times.

Seria a primeira vez que algum dos principais serviços da Google estaria disponível apenas a assinantes, mas também a primeira vez que a empresa cobraria por melhorias nas pesquisas. Historicamente, os serviços digitais da gigante norte-americana, como o Gmail ou o Maps, são disponibilizados gratuitamente e geram receitas através da publicidade.

Se decidir implementar este modelo, o motor de pesquisa tradicional, visitado pela esmagadora maioria dos utilizadores da internet desde a massificação da web nos anos 90, continuará livre de encargos para os utilizadores. Além disso, mesmo os assinantes com acesso às funcionalidades pagas mais avançadas continuariam a ser expostos a anúncios, explica o jornal britânico.

Desde o surgimento do ChatGPT em novembro de 2022, pelas mãos da OpenAI, uma empresa financiada pela concorrente Microsoft, a Google tem tentado adaptar-se a esta nova era de inovação tecnológica. No entanto, apesar de a Microsoft oferecer funcionalidades de IA generativa no Bing há mais de um ano, este motor de pesquisa alternativo não tem conseguido conquistar uma quota de mercado significativa.

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João Espanha integra a Broseta na qualidade de sócio

A Broseta reforça a equipa com João Espanha, na qualidade de sócio, e cinco advogados, todos provenientes da Espanha e Associados.

João Espanha, sócio fundador da Espanha e Associados, abandona o escritório, juntamente com cinco advogados, e integra a Broseta, na qualidade de sócio. Em comunicado, a firma afirma que o objetivo é “dar mais um passo para o crescimento da sociedade em Portugal e consolidar a sua posição como escritório ibérico”.

“A incorporação desta nova equipa de profissionais vem reforçar os seus atuais quadros em Portugal e passa a contar com uma equipa de mais de 30 advogados no mercado português, aumentando assim a sua capacidade de assessoria jurídica e a sua dimensão ibérica”, explicam.

Em comunicado, a Broseta revela que estas contratações estão alinhadas com os objetivos estabelecidos no Plano Estratégico Horizonte 25 da sociedade que prevê um “ambicioso projeto de crescimento para esta organização nos próximos anos”.

Assim, o novo sócio, João Espanha, juntar-se-á a Álvaro Roquette Morais, managing partner do escritório da Broseta em Portugal, e ao sócio Gonçalo Castro Ribeiro.

Da esquerda para a direira: Álvaro Roquette Morais, Rosa Vidal, João Espanha e Manuel Broseta.

Juntamente com João Espanha, da Espanha e Associados transitam cinco advogados: António Lopes dos Santos, Jéssica Melo, Leonor Futscher de Deus, Nuno Nogueira Pinto e Sara Botelho de Almeida. Os novos profissionais da Broseta centram a sua prática em diferentes áreas como Fiscal, Bancário e Financeiro, Societário e Seguros, entre outras.

João Espanha é especializado em Direito Fiscal, tendo uma vasta experiência em consultoria e contencioso. Fundou a Espanha e Associados em 2004. O advogado é também árbitro Fiscal do Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) e membro do Conselho Fiscal do Banco de Negócios Internacional – Europa e da AIDA – Portugal.

Entre 2002 e 2007, foi membro do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados e, entre 2013 e 2016, membro do Conselho Diretivo da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal.

“O objetivo é crescer de forma sustentável e aumentar as nossas capacidades com uma equipa de bons profissionais, para ajudar a Broseta a reforçar a sua posição como uma referência de qualidade no panorama jurídico em Portugal e Espanha”, sublinhou João Espanha.

Para Manuel Broseta, presidente da Broseta, “este é mais um passo no ciclo de expansão e consolidação da nossa posição como sociedade líder ibérica e uma aposta neste caminho de crescimento internacional que se iniciou com a abertura da Broseta Portugal há mais de cinco anos”.

Já Rosa Vidal, managing partner da Broseta, sublinhou que esta contratação representa um “reforço considerável” das capacidades de serviço e atendimento ao cliente do escritório em diferentes áreas da atividade em Portugal e “promove sinergias e possibilidades de colaboração em ambos os países”.

Por seu lado, Álvaro Roquette Morais, managing partner da Broseta em Portugal, considera que o reforço da nova equipa no mercado português “faz parte de um processo de evolução natural da trajetória de fixação, consolidação e crescimento no país”.

Há cerca de um ano, a Broseta concluiu o processo de integração do escritório português na estrutura da sociedade. A firma abriu o escritório em Lisboa em 2018. Além de Portugal, possui três escritórios físicos em Espanha, com presença em Barcelona desde 2022, em Madrid desde 2007 e em Valência desde as suas origens.

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Novas linhas elétricas estratégicas passam fatura de 12 milhões aos consumidores

  • ECO
  • 4 Abril 2024

Municípios por onde passem as novas linhas elétricas consideradas estratégicas, ou onde se instalem infraestruturas, serão compensados num total de 12 milhões de euros pelos consumidores de luz.

Os consumidores vão ter de suportar 12 milhões de euros em compensações aos municípios que “sejam atravessados” ou que “neles se instalem infraestruturas de rede elétrica”, como linhas de alta tensão, que sejam essenciais à concretização de grandes projetos elétricos, noticia o Público com base numa estimativa da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

O diário destaca a criação pelo Governo de António Costa de mais um custo de interesse económico geral (CIEG), que terá de ser pago pelos consumidores de eletricidade nas suas tarifas, em benefício destes municípios. Mas a forma como este valor vai ser pago e repercutido nas mesmas ainda depende da publicação de uma portaria no Diário da República.

São oito os projetos elétricos em causa, de norte a sul do país, que vão gerar estes direitos de compensação: a linha Feira-Ribeira de Pena; as linhas Ferreira do Alentejo-Panoias e Panoias-Tavira, a linha Fanhões-Rio Maior, a linha Alqueva-Divor; as linhas Ferreira do Alentejo-Pegões e Pegões-Rio Maior, a linha Fundão-Vilarouco; a linha Lares-Arouca e a interligação luso-espanhola Ponte de Lima-Fontefría, aponta o Público.

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Hoje nas notícias: Impostos, compensação e universidade

  • ECO
  • 4 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Serão os consumidores a suportar uma compensação de 12 milhões de euros aos municípios atravessados por novas linhas elétricas. Só 70 mil famílias, num universo de 5,8 milhões, declararam mais de 100 mil euros brutos para efeitos de IRS em 2022. São estas algumas das notícias que poderá ler hoje na imprensa nacional.

Consumidores vão pagar 12 milhões a municípios por novas linhas elétricas

Os municípios que “sejam atravessados” ou em que “neles se instalem infraestruturas da rede elétrica”, como linhas de alta tensão, que sejam “qualificadas como essenciais à realização de projetos elétricos estratégicos de grande impacto” e que criem “significativas externalidades locais negativas”, terão direito a ser compensados financeiramente. Em causa está, para já, um valor de 12 milhões de euros que será pago pelos consumidores de eletricidade nas suas tarifas e que resulta da criação de mais um custo de interesse económico geral (CIEG). Há oito projetos de infraestruturas elétricas considerados estratégicos pelos quais alguns municípios vão poder ser compensados através das tarifas elétricas.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Apenas 70 mil famílias declararam mais de 100 mil euros brutos por ano em 2022

Das 5.807.704 famílias portuguesas que declararam os rendimentos anuais às Finanças em 2022, 42,4% não pagaram IRS. Os restantes 57,6% suportaram 16.292 milhões de euros em imposto, numa receita para o Estado que representou mais 1.642 milhões de euros face a 2021 (11,2%) e mais 3.132 milhões de euros face a 2020 (23,8%). Nesse ano, só pouco mais de 70 mil famílias ganharam acima de 100 mil euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Metade dos alunos pobres não entram na universidade

Apenas 44,35% dos estudantes mais carenciados, com escalão A de ação social, que concluíram o Secundário, entraram para o Ensino Superior. Quando se olha para os cursos profissionais, a percentagem baixa ainda mais, caindo para 18%. Entre os que seguiram para a Universidade, apenas 6% entraram num curso de excelência. Em termos de desempenho académico, os alunos com escalão equiparam — e em alguns indicadores até superam — os não beneficiários.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

“A ideia de um golpe de Estado do Ministério Público é um total absurdo”

O procurador Paulo Lona, novo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), promete ter um diálogo construtivo com o Governo, mas também lutar pela independência financeira do Ministério Público no triénio 2024 a 2025. Em entrevista ao Jornal de Notícias refere que “foi criada e alimentada” na comunicação social “a perceção de que o Ministério Público é uma espécie de lobo mau que ‘caça’ políticos”. “A ideia de um golpe de Estado do Ministério Público é um total absurdo“, defende.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Espera dos doentes encaminhados pela Linha SNS24 é superior à dos restantes

A maioria dos doentes encaminhados às urgências pela Linha SNS24 acabam por ter um tempo médio de espera para atendimento superior ao dos restantes utentes com o mesmo grau de prioridade clínica, apesar de a lei estipular que a utilização da mesma deveria dar prioridade no atendimento. Esta é a conclusão de um estudo divulgado esta quinta-feira pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que analisou o tempo de espera destes doentes no ano de 2022. A ERS detetou ainda que, entre 2021 e 2022, em 4% dos casos, também não foi respeitada a isenção do pagamento de taxas moderadoras, que é outro dos direitos legais atribuídos aos utentes encaminhados para as Urgências através da linha de apoio do SNS.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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