Grupo de extrema-esquerda alemão reivindica sabotagem a fábrica da Tesla

  • ECO
  • 5 Março 2024

Os alegados autores do ataque acusam a Tesla de ser um símbolo do "capitalismo verde", de contaminar a água do subsolo e de consumir enormes quantidades da já escassa água potável.

Um grupo classificado como extrema-esquerda na Alemanha, The Vulkan Group, reivindica a sabotagem a uma subestação da maior fábrica da Tesla na Europa, situada em Grünheide, Alemanha, provocando a interrupção das operações. Segundo o jornal Politico, o grupo protestou contra a construtora cofundada por Elon Musk devido à sua pegada ambiental.

The Vulkan Group acusa a Tesla de ser um símbolo do “capitalismo verde”. Dizem que a fábrica alemã contamina a água do subsolo e, além disso, consome enormes quantidades da já escassa água potável para o desenvolvimentos dos seus produtos, lê-se numa carta publicada num website alemão, cita o jornal.

Neste âmbito, há dois fatores que os manifestantes e os cidadãos de Grünheide têm em consideração. Em primeiro lugar, parte das operações da fábrica estão numa zona protegida de água potável. Além disso, a empresa de veículos elétricos pretende ainda ampliar a sua fábrica de 300 hectares para mais 170, o que implicaria o abate de mais 100 hectares de floresta. Perante este cenário, os residentes, com receio da deterioração da qualidade da água, têm vindo a apoiar os manifestantes que protestam contra esta expansão na floresta.

No fim de fevereiro, os habitantes de Grünheide votaram contra a expansão. A ação não é vinculativa mas o presidente da câmara da cidade disse a um órgão de comunicação social alemão que não iria apresentar o plano de expansão na reunião do conselho municipal – a próxima está agendada para 14 de março.

A polícia está a investigar a autenticidade da carta onde o grupo reivindica a autoria do ataque, e também estão em curso investigações sobre o incidente, visto que “não havia ainda indicações concretas de fogo posto”. Vários meios de comunicação social alemães relataram que bombas foram acionadas, mas o porta-voz da polícia negou esta versão ao Politico.

O proprietário da Tesla, Elon Musk, já reagiu, referindo que o ataque foi “extremamente idiota”, e a empresa revelou que os danos irão custar centenas de milhões de euros e que é incerto quando a produção poderá ser retomada, avança a Agence France-Presse.

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Bruxelas apresenta “economia de guerra”. Que medidas propõe? E como será financiada?

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Março 2024

A estratégia industrial europeia de defesa visa criar uma “economia de guerra” na União Europeia, propondo um programa para investimento no setor que deverá consumir 100 mil milhões de euros.

O Executivo comunitário apresentou esta terça-feira a primeira estratégia para o setor da indústria da defesa ao nível da União Europeia (UE), juntamente com um conjunto de subsídios no valor de pelo menos 1,5 mil milhões de euros, como parte do novo Programa Europeu para a Indústria da Defesa.

A denominada Estratégia Industrial Europeia de Defesa (SESD, na sigla em inglês) surge devido ao “grande sentido de urgência para aumentar as capacidades industriais de defesa” da UE, na sequência da invasão russa da Ucrânia há dois anos, justificou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na conferência de imprensa de apresentação da proposta legislativa.

Por isso, depois da quebra nos stocks europeus de armamento, em virtude da ajuda militar contínua prestada a Kiev, Bruxelas quer agora reforçar o complexo militar-industrial do bloco, diminuindo, simultaneamente, a dependência do armamento norte-americano, face aos receios de um regresso de Donald Trump à Casa Branca após as eleições deste ano nos EUA.

Numa antevisão da proposta legislativa, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, fez as contas: o programa para criar “uma economia de guerra” na UE deverá requerer, nos próximos 12 meses, um “investimento adicional” dos Estados-membros “na ordem dos 100 mil milhões de euros”.

Visando incentivar os 27 a “investirem mais, melhor, em conjunto e a nível europeu”, a estratégia – que tinha sido avançada em fevereiro pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen – prevê um novo quadro jurídico (“Estrutura para o Programa Europeu de Armamento”) para apoiar a cooperação no domínio da defesa – que poderá vir a beneficiar de uma isenção de IVA – e uma nova função conjunta de programação e contratação pública.

Para isso, é proposto alargar o âmbito do EDIRPA, o regulamento que cria um instrumento para o reforço da indústria europeia da defesa através da contratação pública colaborativa, incentivando a cooperação na fase de contratação pública de produtos de defesa fabricados pela Base Industrial e Tecnológica de Defesa Europeia (BITDE). O objetivo é ajudar a tornar a contratação pública colaborativa a norma, sempre que pertinente.

Outra grande medida é a criação de um mecanismo piloto europeu de vendas militares, aumentando a sensibilização para a disponibilidade de produtos de defesa da BITDE e facilitando a sua aquisição, nomeadamente através de aquisições “entre governos”.

De acordo com Bruxelas, este mecanismo será organizado em quatro pilares: criação de um catálogo único com os produtos de defesa, a ser desenvolvido pela BITDE; criação de reservas industriais para aumentar a disponibilidade e acelerar a entrega de armamento fabricado na UE (incluindo para as vendas “entre governos”); apoio financeiro para a aquisição de quantidades adicionais para essas reservas; e introdução de um regime-tipo aplicável a futuros contratos no setor da defesa e acordos-quadro com fabricantes estabelecidos no bloco.

Com o novo Programa Europeu para a Indústria da Defesa, que acompanha a estratégia e irá mobilizar 1,5 mil milhões de euros do orçamento da UE durante o período 2025-2027, o Executivo comunitário quer alargar a lógica de intervenção do ASAP, o regulamento relativo ao apoio à produção de munições, complementando-o com o desenvolvimento de instalações “sempre quentes” e a eventual reorientação de linhas de produção civil, e estabelecer um regime modular e gradual de segurança do aprovisionamento da UE.

Além disso, inclui medidas como a criação de um Fundo para Acelerar a Transformação da Cadeia de Abastecimento da Defesa (FAST), destinado sobretudo às pequenas e médias empresas (PME) e às pequenas empresas de média capitalização por meio do financiamento por dívida e/ou por capitais próprios, e o apoio sustentado à industrialização de ações de cooperação no domínio da defesa inicialmente apoiadas pelo Fundo Europeu de Defesa (isto é, colmatar o “défice de comercialização”).

O programa coloca ainda a possibilidade de a Ucrânia participar na contratação pública conjunta e de apoiar a indústria de defesa ucraniana na sua expansão industrial. Para isso, a Comissão prevê um orçamento específico, em que admite utilizar “parte dos lucros excecionais obtidos pelas centrais de depósito de títulos a partir de ativos soberanos russos imobilizados”, o que está dependente de uma proposta do Alto Representante Josep Borrell e consequente decisão do Conselho.

No que toca ao financiamento da estratégia no seu todo, esta depende, a par com o investimento adicional estimado em 100 mil milhões de euros e o montante alocado do orçamento de longo prazo da UE, das verbas provenientes do regulamento para munições, na ordem dos 800 milhões de euros.

Porém, o Executivo comunitário sugere também uma nova emissão de dívida conjunta, à semelhança do mecanismo usado para financiar as verbas de recuperação após a pandemia de Covid-19, e apoio pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), a instituição de crédito a longo prazo da UE, detida pelos seus Estados-membros para financiar investimentos alinhados com os objetivos políticos comunitários.

A estratégia apresentada pela Comissão Europeia estabelece, por fim, três indicadores para a próxima década para medir os progressos dos Estados-membros na preparação industrial no setor da defesa:

  • Até 2030, devem adquirir, pelo menos, 40% do equipamento de defesa de forma colaborativa;
  • Também até 2030, devem assegurar que o valor do comércio de defesa intra-UE represente, pelo menos, 35% do valor do mercado da defesa da UE;
  • Até 2035, adquirir pelo menos 60% do seu orçamento de contratos públicos no setor da defesa na UE (até 2030, deve ser de pelo menos 50%).

Prevê-se agora que, até ao final deste ano, seja alcançado um acordo provisório entre os colegisladores da União Europeia sobre a nova estratégia industrial para a Defesa, com vista a que o processo legislativo esteja terminado em meados de 2025.

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Redes sociais da Meta estiveram em baixo, mas já voltaram à normalidade

  • Tiago Lopes
  • 5 Março 2024

As redes sociais do grupo Meta (Facebook, Instagram, Threads e Messenger) estiveram indisponíveis um pouco por todo o mundo na tarde desta terça-feira. Plataformas já estão estáveis.

As redes sociais Facebook, Instagram, Messenger e Threads estiveram esta terça-feira indisponíveis durante cerca de duas horas, impedindo os utilizadores de acederem a estas plataformas.

De acordo com o site downdetector.com, que monitoriza milhares de sites e aplicações, foram muitos os utilizadores que reportaram dificuldades no acesso a estas plataformas.

Como já é habitual nestas situações, os utilizadores recorreram a outras plataformas, como o X (antigo Twitter) para comentar mais uma interrupção de serviço nas redes sociais da Meta.

Artigo atualizado às 17h45 com novidades sobre restabelecimento dos serviços da Meta

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Taxa de ocupação dos hotéis no Algarve desce para 46,3% em fevereiro

  • Lusa
  • 5 Março 2024

No entanto, o valor obtido na ocupação por quarto no último mês ficou, no entanto, 3,0 pontos percentuais acima do valor registado em 2019.

A taxa de ocupação por quarto nas unidades de alojamento do Algarve foi de 46,3% em fevereiro, ficando 3,4 pontos percentuais abaixo da verificada no período homólogo de 2023, anunciou esta terça-feira a principal associação hoteleira regional.

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) destacou que o valor obtido na ocupação por quarto no último mês ficou, no entanto, 3,0 pontos percentuais acima do valor registado em 2019, ano em que atividade turística ainda não tinha sido afetada pelas restrições impostas devido à pandemia de covid-19.

“A taxa de ocupação quarto foi de 46,3%, 3,4 p.p. (pontos percentuais) abaixo da verificada em 2023 e 3,0 p.p. acima da verificada em fevereiro de 2019”, quantificou a AHETA num comunicado. A mesma fonte assinalou que os mercados que mais cresceram em fevereiro foram “o neerlandês, com mais 1,5 p.p., o sueco, com mais 1,2 p.p. e o alemão, com mais 0,8 p.p.”.

Em sentido oposto, as maiores descidas “foram registadas pelo mercado nacional (menos 2,1 p.p.) e pelo mercado britânico (menos 1,5 p.p.)”, contrapôs. “A estadia média foi de 4,6 noites, 0,3 acima da verificada no mês homólogo de 2023. As estadias médias mais prolongadas foram do mercado sueco, com 14,4 noites e do mercado norueguês, com 10,6”, observou ainda a AHETA.

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Hospitais privados acordam aumentos de até 16% para 9.100 técnicos e auxiliares

"Num universo de 9.100 pessoas haverá um aumento de 115 euros que será transversal a todos os níveis de todas as categorias profissionais", anunciou a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) chegou a acordo com a FESAHT (Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outros) para aumentos na ordem dos 10%-12%, que vão beneficiar 9.100 trabalhadores. O acordo, que atualiza as cláusulas de expressão financeira do Contrato Coletivo de Trabalho, foi assinado esta terça-feira.

“Num universo de 9.100 pessoas haverá um aumento de 115 euros que será transversal a todos os níveis de todas as categorias profissionais“, indica a associação em comunicado, sendo que está também previsto um subsídio de refeição de 6,10 euros.

Estão em causa várias categorias profissionais, nomeadamente “auxiliares de ação médica, serviços gerais, serviços administrativos, técnicos de saúde, serviços técnicos e de manutenção e cozinha e restauração”, explica a APHP.

“O acordo agora alcançado com a FESAHT é uma boa notícia para os trabalhadores de muitas áreas de atividade dentro dos hospitais privados”, que verão as remunerações “aumentar entre 10,5% e 16% face à tabela em vigor”, defende Óscar Gaspar, presidente da APHP, citado em comunicado.

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Guardas prisionais alertam para riscos nas prisões devido à falta de efetivo

  • Lusa
  • 5 Março 2024

Até final deste ano, Portugal terá menos 36% dos guardas prisionais previstos, subdimensionado para o número atual de reclusos. Sindicatos preocupados com os riscos de fugas, sequestros ou violência.

Portugal terá, até final deste ano, menos 36% dos guardas prisionais previstos no quadro de pessoal, subdimensionado para o número atual de reclusos, alertaram esta terça-feira os sindicatos, preocupados com os riscos de fugas, sequestros ou violência nos estabelecimentos.

Em conferência de imprensa conjunta dos sindicatos que representam as chefias e guardas prisionais, as estruturas sindicais alertaram para a insuficiência de quadros, pediram um subsídio de missão semelhante ao atribuído à Polícia Judiciária e alertam para o risco de “uma tragédia” nas prisões portuguesas.

Segundo Carlos Sousa, do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), o quadro de pessoal, pensado para uma população de 10 mil reclusos, menos três mil do que a que existe, é de 4.977 elementos e só existem 3.885 guardas no ativo, um número que irá ser reduzido em menos sete centenas por motivos de reformas previstas até ao final do ano.

“As várias tutelas não cuidaram de reforçar o mapa de pessoal nem de completar sequer o mapa de pessoal“, afirmou Carlos Sousa, recordando que Portugal tem sido condenado, nas instâncias internacionais, pela falta de condições das prisões.

Nesse sentido, alertou, “as condições de reclusão de uns são as condições de trabalho de outros, as condições de trabalho do corpo da guarda prisional neste caso”.

Por isso, “se vier a acontecer alguma coisa de grave nos estabelecimentos prisionais de Portugal, não se deve ao corpo da guarda prisional, mas sim a quem não cuidou da coisa pública, reforçando o corpo da guarda prisional e cuidando das instalações”.

Nós temos cadeias em Portugal continental e nos Açores e na Madeira que funcionam durante a noite com dois, três guardas”, face a “cem, duzentos, trezentos reclusos”, acrescentou, salientando que “o sistema prisional está um caos, está um caco” e “todos os organismos envolvidos no Ministério da Justiça são cúmplices na maneira a que isto chegou, uns por ação outros por omissão”.

Por seu turno, Hermínio Barradas, da Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP), recordou que em 2017 foi aprovado e publicado pelo Ministério da Justiça um plano plurianual a 10 anos, um “caminho de investimento que estava decidido” mas nunca foi cumprido por políticos “hábeis e pródigos em inaugurações e apresentações pomposas de projetos-piloto, esquecendo seletivamente de apresentar resultados”.

Os governantes construíram “uma narrativa de estabilidade prisional, estiveram a politizar consciente e intencionalmente” o setor e hoje “não têm soluções e aguarda-se a tragédia, o colapso, o caos”, avisou Hermínio Barradas.

Segundo o oficial, “o que resta do corpo da guarda prisional estará presente e firme, ou não, a fazer o possível com os recursos deploráveis que o Governo lhe atribui, não garantindo resultados e muito menos eficiência ou eficácia”.

Hoje, os estabelecimentos prisionais funcionam “em serviços mínimos permanentes apenas com recurso abusivo a guardas de folga e a trabalho suplementar”, salientou o dirigente.

Os dirigentes sindicais consideram que o subsídio de missão seria algo que a tutela deveria atribuir aos guardas prisionais, que têm uma “missão perigosa, de contacto permanente com uma população alvo beligerante, maioritariamente beligerante”, afirmou Carlos Sousa.

Como exemplo, Hermínio Barradas recordou que, no ano passado, foram apreendidas cinco vezes mais armas brancas nos estabelecimentos prisionais que há dois anos, mostrando que “não há vigilância” suficiente e existem casos de “coação e extorsão” entre os detidos. Além disso, assiste-se a “uma capacidade organizativa completamente diferente da população prisional”.

O dirigente do SNCGP, Frederico Morais, alertou também para o número de agressões a guardas, (63 em 2022, 20 em 2023 e dez até ao momento em 2024). “Tornou-se banal agredir guardas prisionais” com a “falta de ação da direção dos serviços prisionais” que depois não dá seguimento aos processos, uma tendência que permitiu a libertação precária de um recluso com processos por agressões.

Neste caso, exemplificou, “o tribunal de execução de penas foi enganado pelos serviços prisionais, permitiu a saída de um recluso em precária, com um processo pendente de pena de prisão”.

Os dirigentes sindicais admitem outras formas de luta se o novo Governo não ouvir estas reivindicações, nomeadamente o recurso à greve.

Depois de 10 de março, será dado um “prazo razoável, razoavelmente curto, porque todos os partidos políticos do chamado arco da governação conhecem os nossos problemas a fundo e não precisam de muito tempo para passagem de pastas”, explicou Carlos Sousa.

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Grupo português Nors compra canadiana Great West Equipment por 100 milhões

  • Lusa
  • 5 Março 2024

Com esta aquisição, o grupo Nors reforça o investimento no mercado canadiano, onde passa a contar com um total de 37 filiais e mais de 750 trabalhadores.

A Nors chegou a acordo para a compra da empresa Great West Equipment por 150 milhões de dólares canadianos (cerca de 100 milhões de euros), anunciou esta terça-feira o grupo português de mobilidade pesada e equipamentos de construção.

Em comunicado, o grupo Nors apresenta a Great West Equipment como “um grande concessionário de equipamentos de construção e floresta no Canadá e um dos principais representantes da Volvo Construction Equipment neste mercado”, com operações nas províncias de British Columbia e Yukon.

Com cerca de 250 colaboradores distribuídos por 11 filiais no Canadá e um volume de negócios de 163 milhões de euros no ano fiscal de 2023, a Great West Equipment representa os principais fabricantes de equipamentos, entre as quais a Volvo Construction Equipment, Madill, Metso, Sennebogen e Falcon.

Mais de três anos após a sua entrada no mercado canadiano, em 2020, com a aquisição da empresa Strongco, a Nors reforça, com neste negócio, o investimento naquele país, onde passa a contar com um total de 37 filiais e mais de 750 colaboradores, garantindo a cobertura de mais de 80% do mercado.

Tomás Jervell, CEO do grupo Nors, em entrevista ao ECO - 22SET23
Tomás Jervell, CEO do grupo Nors, em entrevista ao ECORicardo Castelo/ECO

Segundo salienta, atualmente o mercado norte-americano representa já cerca de 12% das vendas agregadas do grupo, com uma faturação estimada de 348 milhões de euros em 2023. Destacando o setor dos equipamentos de construção como “uma das grandes apostas da Nors na sua estratégia até 2030”, a empresa portuguesa recorda ter concluído recentemente uma operação no mesmo setor no mercado brasileiro.

“Estamos muito entusiasmados por receber a Great West Equipment no grupo Nors, amplificando a nossa presença no Canadá, um mercado que se tem mostrado muito relevante e estratégico para o grupo”, afirma o presidente executivo (CEO) da Nors, Tomás Jervel, citado no comunicado. Por sua vez, o diretor da região da América do Norte da Volvo CE, Scott Young, refere que “a Nors tem sido um grande parceiro na América do Norte através da sua subsidiária, Strongco”, considerando que “esta mudança irá beneficiar” os clientes da Volvo no oeste do Canadá.

Reclamando a liderança nos setores da mobilidade pesada e de equipamentos de construção, a Nors é uma empresa familiar desde a sua fundação, assumindo-se como “um dos principais parceiros do grupo Volvo desde 1933”.

Atualmente, o grupo Nors está presente em 17 países de quatro continentes, entre os quais Portugal, Canadá, EUA, Brasil, Angola, Turquia, Espanha e Áustria, tendo mais de 4.200 colaboradores em todo o mundo e um volume de negócios agregado de 2.800 milhões de euros.

Com génese nos setores da silvicultura e da construção, a Great West Equipment tornou-se um ‘player’ importante em todos os segmentos de equipamentos de construção, incluindo mineração, petróleo e gás, reciclagem, gestão de resíduos, serviços públicos, portos e agregados.

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Google anuncia conjunto de mudanças para cumprir lei dos Mercados Digitais

  • Lusa
  • 5 Março 2024

O DMA exige aos sistemas operativos do 'gatekeeper' que permitam aos utilizadores usar aplicações e lojas de aplicações de terceiros, algo que a tecnológica já permitia.

A Google anunciou terça-feira um conjunto de mudanças para cumprir com a lei europeia dos Mercados Digitais (DMA), que entra em vigor esta semana, garantindo que vai continuar a trabalhar com a Comissão Europeia “para lá” de março.

“As mudanças que fizemos são o resultado de um trabalho intensivo de muitos meses com engenheiros, investigadores, gestores e designers de produtos de toda a empresa” e, “ao longo deste processo, colaborámos extensivamente com a Comissão Europeia, com as partes interessadas da indústria e associações de consumidores, nomeadamente através de dezenas de workshops, eventos e discussões diretas“, refere a Google Portugal no seu blogue oficial.

“O nosso objetivo foi sempre desenvolver produtos úteis, inovadores e seguros”, mas “várias das novas regras envolvem compromissos difíceis que terão impacto nas pessoas e empresas que utilizam os nossos produtos“, prossegue, dando exemplos.

Alterações “nos nossos resultados de pesquisa poderão enviar mais tráfego para grandes intermediários e agregadores e menos tráfego para fornecedores diretos, como hotéis, companhias aéreas, comerciantes e restaurantes“, aponta.

Nos consumidores, “algumas das funcionalidades que desenvolvemos para ajudar as pessoas a realizar tarefas ‘online’ de forma rápida e segura — como disponibilizar recomendações em diferentes produtos — não irão funcionar da mesma maneira”, pelo que “procurámos equilibrar várias questões importantes e envolver as partes interessadas relevantes sobre estes compromissos à medida que implementamos as nossas medidas de conformidade”.

No que respeita às mudanças para utilizadores e empresas nos resultados da pesquisa, a Google adianta que já implementou “mais de 20 mudanças em produtos, incluindo a introdução de unidades e ‘chips’ dedicados para ajudar os utilizadores a encontrar ‘websites’ de comparação em áreas como voos, hotéis e compras“.

Além disso, foram removidas também “algumas funcionalidades da página de resultados de pesquisa que ajudam os consumidores a encontrar negócios, como a unidade Google Flights”.

Relativamente aos ecrãs de escolha, “quando usa um telefone Android, pode trocar facilmente o motor de pesquisa ou navegador de Internet“.

Agora, no âmbito do DMA, a Google diz que se irão mostrar ecrãs de escolha adicionais baseadas nas pesquisas e testes dos utilizadores bem como comentários da indústria. “Irá vê-los nos telefones Android ao configurar um dispositivo e, em breve, no Chrome para desktop e dispositivos iOS”, refere a Google.

Já sobre consentimentos adicionais para vincular serviços da Google, atualmente a Google partilha dados entre alguns produtos e serviços da Google para determinadas finalidades, inclusive para ajudar a personalizar conteúdo e anúncios, dependendo das suas configurações.

“Hoje, os utilizadores no Espaço Económico Europeu (EEA) podem visitar as definições das suas contas Google e escolher se desejam continuar a partilhar dados entre os serviços da Google, vinculando-os. Os utilizadores poderão também ver novos ‘banners’ de consentimento a perguntar se desejam vincular os seus serviços Google“, refere.

A Google está a fazer diversas atualizações nos produtos e ferramentas de publicidade para, dizem, “ajudar os anunciantes a comunicar o consentimento para os dados que recolhem” e de acordo com a política da empresa, “de longa data, de consentimento do utilizador na UE”.

O DMA exige aos sistemas operativos do ‘gatekeeper’ que permitam aos utilizadores usar aplicações e lojas de aplicações de terceiros, algo que a tecnológica já permitia.

Quanto à faturação alternativa para a conclusão de compras na aplicação, a Google lançou dois programas que permitem “aos programadores de aplicação a realização de transações com seus utilizadores na EEA através de um sistema de faturação próprio do programador em vez do sistema de faturação da Google Play“.

A Google também fez alterações nos dados e ‘analytics’ e na portabilidade de dados.

“Abordámos a conformidade com transparência e alterações significativas nos produtos, mesmo quando temos preocupações de que algumas regras venham a reduzir as escolhas disponíveis para as pessoas e empresas na Europa. Acreditamos que a interpretação e aplicação consistentes destas novas regras em todas as empresas designadas serão fundamentais para garantir, no futuro, condições de concorrência equitativas para as empresas e consumidores europeus“, remata.

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Município de Barcelos avança com plano de obras de 16 milhões de euros

Depois de 20 anos de espera, arrancou a obra do fecho da variante urbana de Barcelos com três quilómetros.

A Câmara Municipal de Barcelos vai avançar com um plano de obras na ordem dos 16 milhões de euros, nomeadamente a variante do novo hospital, a variante urbana Nascente ou a reabilitação da EM 505 Carvalhas/Negreiros para melhorar as acessibilidades no concelho. Mas a tão esperada empreitada, há já 20 anos, do fecho da circular urbana de Barcelos, para “aliviar” a pressão do trânsito na entrada e saída da cidade, arrancou esta segunda-feira num investimento de nove milhões de euros.

Ficámos 20 anos à espera de concluir cerca de três quilómetros de estrada. Agora, finalmente estamos a cumprir um dos nossos desígnios, numa obra que, em termos de investimento público em rede viária, é a maior de sempre do orçamento camarário”, destacou o autarca Mário Constantino Lopes, durante a assinatura do auto de consignação da empreitada, citado em comunicado. A obra deverá estar pronta dentro de 18 meses.

Esta é uma obra decisiva para o concelho de Barcelos […] e a mais importante do mandato, porque vai permitir desbloquear, em termos de trânsito, uma situação que é cada vez mais aflitiva e conflituante, e que perdura há mais de 20 anos.

Mário Constantino Lopes

Presidente da Câmara Municipal de Barcelos

“Ao avançarmos com esta empreitada, estamos a corresponder aos anseios, não só da população do concelho, como de milhares de automobilistas que há décadas sofrem de grandes constrangimentos. Este é, pois, um marco importante para a Câmara Municipal, para o concelho e para os barcelenses, pois estamos a recuperar o tempo perdido”, considerou.

Aliás, para Mário Constantino Lopes, “esta é uma obra decisiva para o concelho de Barcelos […] e a mais importante do mandato, porque vai permitir desbloquear, em termos de trânsito, uma situação que é cada vez mais aflitiva e conflituante, e que perdura há mais de 20 anos”.

Esta solução fecha o anel do complexo rodoviário de Barcelos, através da interceção com a Estrada Nacional 103, realizada pela construção de uma rotunda desnivelada e um viaduto com 60 metros de extensão.

A empreitada abrange a construção do lanço de ligação entre a EM556 (nó de Barcelinhos/Rio Covo Santa Eugénia) e a EN103 (nó de Gamil/Rio Covo Santa Eugénia), incluindo o prolongamento da Rua do Pinheiro, com interceção no complexo rodoviário de Barcelos, em Rio Covo Santa Eugénia.

Entretanto, a autarquia vai avançar com um pacote de estudos prévios para a execução de várias obras, como é o caso da futura variante do Centro Hospitalar de Barcelos, num investimento de 4,7 milhões de euros.

Esta empreitada “desenvolve-se a partir da Rotunda do Galo em direção a norte sobre a Estrada Nacional 204, desviando-se mais à frente, implantando-se sobre os campos agrícolas, até se inserir na rotunda junto ao Estádio Cidade de Barcelos”, descreve o município.

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Mais de dois anos depois, bitcoin atinge novo recorde. Negociou acima dos 69 mil dólares

Criptomoeda mais popular do mundo transacionou a mais de 69 mil dólares, superando o máximo histórico anterior, de 68.999,99 dólares, atingido em novembro de 2021.

A bitcoin atingiu esta terça-feira um novo máximo histórico, negociando acima do último recorde de 68.999,99 dólares que tinha alcançado em novembro de 2021. A criptomoeda trocou de mãos por mais de 69 mil dólares (cerca de 63.476 euros), subindo 4,44% face ao dia anterior, segundo dados da plataforma de preços CoinMarketCap. Minutos depois, o preço aliviou e a moeda virtual já chegou a negociar abaixo dos 64 mil dólares, à medida que alguns investidores foram vendendo e encaixando mais-valias.

Esta cotação confere à bitcoin um valor de mercado de 1,33 biliões de dólares, o que representa quase 53% do valor total de todas as criptomoedas seguidas pela mesma plataforma. Desde 1 de janeiro, a bitcoin já acumula um ganho de mais de 60%.

Evolução do preço da bitcoin:

Valores em dólares | Fonte: CoinMarketCap

Entusiastas dos criptoativos, mas também investidores profissionais, têm observado com atenção as cotações da bitcoin nos últimos dias, à medida que a criptomoeda líder do mercado tem vindo a valorizar. A euforia ganhou novo alento nesta última semana porque o preço acelerou, acumulando uma subida de quase 20% nos últimos sete dias, 56% nos últimos 30 dias e 60% desde o princípio do ano, face ao mesmo período imediatamente anterior.

Mais de dois anos após o último máximo histórico, a bitcoin volta a ligar os máximos num ano marcado pela aprovação nos EUA dos primeiros fundos cotados de bitcoin, transacionados no mercado regulado. Há anos que se especulava sobre a aprovação, com muitos entusiastas a defenderem que era um passo importante para trazer as criptomoedas ainda mais para o mundo mainstream.

Segundo a Reuters, foram investidos, em termos líquidos, acima de dois mil milhões de dólares na semana que terminou a 1 de março, dos quais mais de metade no fundo iShares Bitcoin Trust, gerido pela BlackRock.

Além disso, aproxima-se o evento conhecido por halving. Trata-se de um acontecimento programado no código da bitcoin que reduz para metade a recompensa dada aos nós que processam as transações. Este fenómeno, que a CoinMarketCap estima que vai ocorrer dentro de 47 dias, está ligado a uma redução na oferta de bitcoins no mercado.

“O apetite para ganhar exposição à bitcoin está a atingir níveis insaciáveis”, disse à agência Tony Sycamore, analista da IG, uma corretora de instrumentos derivados. Por sua vez, Kathleen Brooks, diretora de research da XTB, comentou: “Quando estamos nestes níveis psicológicos, estes máximos históricos, claro que iremos assistir a algum tipo de desaceleração. É totalmente expectável.”

O entusiasmo também tem puxado por outras criptomoedas. O Ethereum valorizou quase 16% no acumulado dos últimos sete dias e o número de unidades de Tether em circulação, uma “criptomoeda estável” desenhada para manter o valor fixo de um dólar, atingiu os 100 mil milhões de dólares.

O novo recorde da bitcoin foi atingido minutos depois de o ouro também ter renovado um máximo histórico de 2.140 dólares a onça, acumulando um ganho de 3,75% este ano. Depois de atingir um novo recorde, a criptomoeda inverteu a tendência de ganhos e seguia a recuar cerca de 4% para 64.219 dólares, tendo já chegado a desvalorizar mais de 5%, nos 63.902 dólares.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h44)

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Ouro valoriza 3,75% em 2024 e renova máximo histórico

  • ECO
  • 5 Março 2024

O metal dourado chegou a negociar esta terça-feira nos 2.140 dólares, empurrando a cotação da onça para o valor mais elevado dos últimos 56 anos.

O ouro continua a registar um forte interesse por parte dos investidores, que encaram o metal dourado como um ativo contra a inflação e períodos mais turbulentos do mercado. Esta segunda-feira, chegou mesmo a um novo máximo histórico.

O metal precioso regista uma subida constante da cotação no mercado desde outubro do ano passado, quando valia 1.820 dólares. Desde então, a onça acumula uma valorização de 17,6%, chegando agora aos 2.140 dólares, o valor mais elevado dos últimos 56 anos, muito por conta da expectativa dos investidores de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) corte as taxas de juro brevemente.

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“Não ficaríamos surpreendidos se o ouro corrigisse de alguns destes ganhos à medida que a Reserva Federal contraria cortes iminentes [nas Fed Funds], mas quando os cortes nas taxas parecerem certos, esperamos que o ouro seja transacionado em alta significativa”, referiu Nitesh Shah, analista de mercadorias da WisdomTree à Reuters.

Mas Shah não prevê que a subida da cotação do ouro fique por aqui. “Os riscos geopolíticos que persistem do Mar Vermelho e um ano com um calendário eleitoral denso a nível mundial irão provavelmente assistir a uma força contínua na procura de ouro por parte do retalho”.

Atualmente, o ouro está a corrigir ligeiramente do máximo histórico alcançado na sessão desta terça-feira, estando a negociar nos 2.129 dólares.

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AD lidera engagement no Facebook, X e Instagram. Pedro Nuno tem dobro dos seguidores de Montenegro

  • + M
  • 5 Março 2024

A Aliança Democrática (AD) tem as melhores taxas de engagement entre coligações e partidos no Facebook, X e Instagram. Pedro Nuno Santos é o líder com mais seguidores.

Os partidos de direita têm quase o triplo das interações nos seus conteúdos do que os partidos da esquerda. Mesmo sem o “efeito Ventura” — isto é, excluindo da direita as páginas do Chega –, a AD (PSD, CDS e PPM) e a IL somam uma média de 540 interações, em comparação com PS, BE, CDU (PCP e PEV), Livre e PAN, que têm uma média de 354 interações.

A análise foi faz parte do estudo Análise da Conversação Social Eleições Legislativas 2024, elaborado pela LLYC, que estudou a presença e alcance dos partidos com assento parlamentar e dos seus líderes nas diferentes redes sociais. O X, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e Threads foram as plataformas monitorizadas entre 1 de janeiro e 29 de fevereiro.

Assim, e analisando os conteúdos dos líderes partidários, a média de interações dos líderes de direita é seis vezes superior à média de interações dos líderes da esquerda. Aqui, a presença de André Ventura é determinante para o resultado, porque, sem as páginas do líder do Chega, os candidatos da direita praticamente igualam os de esquerda, realça o estudo.

André Ventura é o político que, de longe, soma mais interações, em média, no Instagram e no TikTok – nesta última plataforma, aliás, há vários políticos que não estão presentes. É também o candidato com mais seguidores nestas plataformas, deixando a larga distância os restantes candidatos.

Por outro lado, considerando a taxa de interação, Luís Montenegro é quem mais se destaca no Instagram, enquanto Inês Sousa Real apresenta a melhor performance no TikTok, “o que indica que estes candidatos apresentam uma interação superior ao expectável face ao seu número de seguidores”, enquadra a LLYC. Em sentido contrário, o PCP é o partido que mais publica, mas também o que tem mais dificuldades em ser atrativo, mostram os dados.

Entre as conclusões está ainda o facto de o PS, PSD e BE priorizarem formas de comunicação mais tradicionais, tal como os seus candidatos, com Pedro Nuno Santos, Luís Montenegro e Mariana Mortágua a terem um maior volume de publicações no Facebook do que em qualquer outra rede social. Em sentido contrário, PCP, IL e PAN não utilizam o Facebook como principal ferramenta de comunicação online.

A AD tem as melhores taxas de engagement entre coligações e partidos no Facebook, X e Instagram e apresenta a melhor relação entre volume de publicações e engagement rate, destaca também nas conclusões o documento.

O X, antigo Twitter, é uma rede utilizada por todos os partidos. A Iniciativa Liberal apresenta o maior número de seguidores, com 79,1 mil. O PSD é a segunda força política (69,7 mil), seguida de PS (62,7 mil) e Chega (57.5 mil). Pedro Nuno Santos tem mais do dobro dos seguidores de Montenegro – 41,8 mil vs 19,2 mil -, mas as publicações do líder do PSD geram mais engagement (2,21% vs. 0,93%) e mais interações (426 vs 391). No geral, a taxa de engagement nesta rede é baixa, nota o estudo.

Para a maior parte dos partidos, o TikTok é a rede que apresenta uma melhor taxa de engagement, mas apenas Pedro Nuno Santos, André Ventura e Inês Sousa Real têm conta própria nesta rede.

Para a produção do estudo, a LLYC desenvolveu-se uma análise quantitativa de todas as publicações de partidos e candidatos através de ferramentas como WeLovRoi, conjugadas com a análise manual da equipa. O número de seguidores, taxa de interação (interações/número de seguidores x 100) e média de interações por publicação e número de publicações nestes dois meses são os principais indicadores produzidos.

 

 

 

(notícia retificada às 18h21)

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