5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Fevereiro 2024

A EDP Renováveis apresenta os resultados do ano 2023, num dia em que há dados sobre empresas e a confiança do consumidor. Em Lisboa, arranca a Bolsa de Turismo.

No dia em que termina o prazo para validar faturas para abater ao IRS, tem início a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e a EDP Renováveis divulga as contas relativas ao exercício financeiro de 2023. Há ainda dados sobre as empresas em Portugal, a ser publicados pelo INE, e um relatório do Conselho das Finanças Públicas sobre o setor empresarial do Estado em 2022.

Último dia para validar faturas para abater ao IRS

O Governo decidiu prolongar o prazo para validar as faturas de saúde, educação, habitação e lares, que permitem beneficiar das deduções ao IRS. Assim, os contribuintes têm até esta quarta-feira, 28 de fevereiro, para fazer a validação no portal e-Fatura ou através da aplicação oficial para smartphone.

Contas da EDP Renováveis

A EDP Renováveis divulga os resultados financeiros relativos a 2023. Até setembro, a empresa, que tem sede em Madrid e está cotada na bolsa de Lisboa, alcançou um resultado líquido de 445 milhões de euros, mais 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, registou uma quebra de 5% das receitas, para 1.654 milhões de euros.

Feira de Turismo de Lisboa

Também esta quarta-feira, arranca a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), organizada pela Fundação AIP. Nesta edição, a maior feira de turismo do país tem um recorde de 85 destinos representados, contando com 400 expositores e mais de 1.400 empresas e entidades turísticas. Decorre até domingo, 3 de março, na FIL – Centro de Exposições e Congressos de Lisboa.

Dados sobre empresas em Portugal

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores relativos a fevereiro, depois de, no mês anterior, o indicador de confiança dos consumidores e o indicador de clima económico terem voltado a aumentar. O gabinete estatístico publica ainda dados sobre as empresas em Portugal no ano passado. Em 2022, contabilizaram-se 1.598 empresas que fecharam por falência ou insolvência decretadas pelos tribunais, uma quebra de 62,4% face a 2015.

Finanças das empresas estatais em 2022

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) publica um relatório sobre o Setor Empresarial do Estado em 2022. A publicação relativa a 2021, ano ainda marcado pela pandemia de Covid-19, indicava que 60 das 87 entidades empresariais não financeiras do Estado analisadas registaram prejuízos, que totalizaram 3,1 mil milhões de euros. Este valor representava, ainda assim, uma melhoria de cerca de 700 milhões de euros face a 2020, “insuficiente, contudo, para corrigir o desequilíbrio económico do setor”.

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Alívio nos preços da energia corta lucros da EDP Renováveis para metade em 2023

Resultado líquido da elétrica desceu 50% face a 2022, ficando-se pelos 309 milhões de euros, uma descida explicada em parte pela queda dos preços da energia na Europa.

A EDP Renováveis EDPR 1,19% alcançou lucros de 309 milhões de euros em 2023, que foi metade do resultado líquido conseguido no ano anterior. A queda é justificada, entre outros fatores, pela redução do preço médio de venda do megawatt-hora (MWh) em 6%, reflexo dos preços mais baixos da eletricidade na Europa em comparação com os máximos alcançados em 2022.

Para a empresa de energias renováveis, que divulgou esta quarta-feira de manhã as suas contas anuais, o ano passado foi de recuo na maioria dos indicadores, perante um cenário menos favorável do que o do ano anterior. O preço do MWh recuou 6%, para 61 euros, mas a comparação também resulta da “revisão regulatória em baixa dos preços da eletricidade de 2023 para os ativos regulados em Espanha”, que teve efeitos retroativos.

Além do mais, no Brasil, o preço médio de venda “foi afetado pela fase de testes de ativos recém-instalados”. E a prejudicar a empresa estiveram, ainda, atrasos em projetos eólicos na Colômbia (com impacto de 178 milhões), o cancelamento de um contrato de aquisição de energia nos EUA (10 milhões) e uma provisão que teve de ser constituída na Roménia (12 milhões).

Feitas as contas, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da elétrica diminuiu 15%, para 1.835 milhões de euros, perante uma redução de 6% nas receitas, que atingiram 2.239 milhões. A queda foi compensada, porém, por “um aumento na geração” de 4% em relação a 2022, resultante, “principalmente”, da “maior capacidade média em operação (+8%).

A EDP Renováveis obteve ainda rendimentos operacionais de 460 milhões de euros com “ganhos com transações de rotação de ativos em Espanha, Polónia e Brasil, num total de 658 MW” (megawatts). Por sua vez, “a participação nos lucros dos associados” caiu significativamente, de 179 milhões em 2022 para apenas 14 milhões em 2023, “devido ao menos resultado líquido da Ocean Winds, devido ao impacto da redução dos preços da eletricidade no Reino Unido face a 2022 no contributo do parque eólico offshore Moray East”, indica o documento.

A empresa também enfrentou maiores despesas. “Os custos operacionais aumentaram 9% em termos homólogos, impulsionados principalmente pelo aumento de 18% nos outros custos operacionais, que inclui os impostos clawback na Europa (106 milhões de euros na Roménia e Polónia), custos com atrasos de projetos solares nos EUA (51 milhões de euros) relacionados com restrições na cadeia de abastecimento entretanto resolvidas e o atraso de projetos eólicos na Colômbia (53 milhões de euros). O core opex (que inclui suprimentos e serviços e custos de pessoal) aumentou 6%”, lê-se na apresentação das contas anuais.

No final de 2023, a EDP Renováveis registava uma dívida líquida de 5.805 milhões de euros, mais 867 milhões do que no final de 2022. O rácio dívida/EBITDA atingiu 3,2x. Este aumento no endividamento resulta do “efeito combinado do aumento do investimento no período, o aumento de capital de mil milhões de euros e o encaixe de tax equity nos EUA (0,5 mil milhões de euros)”, explica a elétrica.

Apesar dos piores resultados em 2023, o programa de dividendos flexíveis lançado no ano passado vai continuar. A empresa “decidiu propor à Assembleia Geral de Acionistas a continuação do programa Script Dividend introduzido no ano passado, proporcionando uma opção adicional de remuneração aos acionistas da EDPR. Esta proposta será submetida à aprovação da Assembleia Geral de Acionistas em 4 de abril de 2024, sendo que, se aprovado, o programa deverá ser executado no segundo trimestre de 2024″, lê-se no relatório dos resultados, submetido esta quarta-feira de manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), informação que a empresa já tinha revelado na terça-feira aos investidores.

Em 2023, no plano do desempenho operacional, importa destacar que a EDP Renováveis adicionou 2,5 GW (gigawatts) de capacidade renovável, tendo batido o recorde trimestral de 1,7 GW adicionados só no quarto trimestre do ano. A maior parte da capacidade adicionada no ano passado foi em solar (1,5 GW de solar e 1 GW de eólica).

(Notícia atualizada pela última vez às 7h37)

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COX Energy, divisão de energia do grupo Coxabengoa, encerra 2023 triplicando receitas e com um Ebitda de 19 milhões

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2024

Cox Energy, a divisão de energia do grupo Coxabengoa, encerrou o ano fiscal de 2023 superando os objetivos previstos.

A empresa conseguiu triplicar as suas receitas, que alcançaram 68,3 milhões, em comparação com os 23 milhões registados em 2022. Um aumento motivado pela incorporação dos ativos de energia da Abengoa em dezembro, assim como da Cox Energy Europa, além da comercialização de energia no Mercado Atacadista do México, que registou um crescimento de 25% no exercício.

A Cox Energy, que está listada simultaneamente na bolsa espanhola e mexicana, também obteve um EBITDA de 18,7 milhões de euros em 31 de dezembro. Os resultados incluem apenas um mês de consolidação dos ativos de energia provenientes da Abengoa e três meses das operações da Cox Energy Europa.

Além disso, encerrou o ano fiscal quadruplicando o valor do seu ativo fixo, que é de 289 milhões de euros (em comparação com os 66 milhões do ano anterior), também devido à aquisição dos ativos de energia da Abengoa, incluindo as concessões operacionais de usinas no Brasil e na Argélia, além da incorporação da comercializadora espanhola e da participação de 40% na Ibox Energy, uma empresa desenvolvedora de projetos fotovoltaicos em Espanha.

O diretor-geral da Cox Energy, José Antonio Hurtado de Mendoza, destacou que “2023 foi um ano de transformação marcado por diversos marcos: a dual listing realizada no BME Growth, a integração da plataforma europeia da Cox Energy e a aquisição dos ativos de produção de energia da Abengoa”.

Hurtado de Mendoza também enfatizou que durante 2023 “aumentamos nossas operações por meio da participação em licitações públicas e acordos estratégicos de longo prazo, o que nos permitiu alcançar resultados financeiros extraordinários, com um crescimento recorde de receitas e EBITDA, para superar assim os objetivos”.

A Cox Energy possui uma carteira de 3,3 GW de potência em desenvolvimento, construção e operação, que inclui dois ativos em operação provenientes da carteira de energia da Abengoa, somando 220 MW, como a Abengoa Bioenergía Brasil, que opera no Brasil uma usina de cogeração de energia a partir do bioetanol com capacidade de 70 MW, ou a usina de ciclo combinado híbrido com tecnologia termossolar para geração de energia com capacidade de 150 MW na Argélia. Em 2023, a empresa colocou em operação a usina solar Meseta de los Andes em Valparaíso (Chile) com uma potência de 160 MW.

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Há quatro restaurantes com novas estrelas Michelin em Portugal

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

Monkeys (Vítor Matos e Francisco Quintas, Lisboa); Desarma (Octávio Freitas, Funchal); Ó Balcão (Rodrigo Castelo, Santarém) e Sála (João Sá, Lisboa) são os restaurantes que receberam uma estrela.

O restaurante Antiqvvum (Porto) ganhou esta terça-feira a segunda estrela do guia Michelin, enquanto quatro estabelecimentos conquistaram uma estrela, anunciou a publicação, numa cerimónia exclusivamente dedicada a Portugal, em Albufeira. Na cerimónia, o chef Vítor Matos viu o Antiqvvm receber duas estrelas Michelin, juntando-se aos restantes sete restaurantes anteriormente distinguidos pelo guia nesta categoria atribuída a uma ‘cozinha excelente, vale a pena o desvio’.

2Monkeys (Vítor Matos e Francisco Quintas, Lisboa); Desarma (Octávio Freitas, Funchal); Ó Balcão (Rodrigo Castelo, Santarém) e Sála (João Sá, Lisboa) são os restaurantes que receberam uma estrela Michelin, que distingue uma ‘cozinha de grande nível, compensa parar’. No total, o guia deste ano contabiliza 31 restaurantes com uma estrela.

Os restaurantes portugueses distinguidos no Guia Michelin Espanha e Portugal 2024 foram anunciados ena primeira gala exclusivamente nacional e que vai tornar-se um evento anual, segundo a publicação, que até à edição de 2023 anunciava os premiados numa cerimónia conjunta entre os dois países. Portugal conta também com mais dois restaurantes com ‘estrela verde’ (que distingue a gastronomia sustentável): Malhadinha Nova (João Sousa, Albernoa) e Ó Balcão (Rodrigo Castelo, Santarém).

Numa noite em que o ministro da Economia e Mar, António Costa e Silva, pediu estrelas para mulheres cozinheiras, o prémio ‘jovem chef’ foi atribuído a Rita Magro (Blind, Porto). O prémio ‘sala’ (que distingue o serviço) foi entregue a Pedro Marques (The Yeatman, duas estrelas, Gaia), enquanto o ‘sommelier’ galardoado foi Leonel Nunes (Il Gallo d’Oro, duas estrelas, Funchal).

Na cerimónia, foram anunciados oito novos restaurantes Bib Gourmand (relativo a uma boa relação qualidade/preço, na ordem dos 45 euros): Flora (João Guedes Ferreira, Viseu); Inato Bistrô (Tiago Costa e Miguel Rodrigues, Braga); Norma (Hugo Alves, Guimarães), O Pastus (Annakaren Fuentes, Paço de Arcos); Olaias (Mónica Gomes, Figueira da Foz); Oma (Luís Moreira, Baião); Patio 44 (Simão Soares e Afonso Ramos, Porto) e Poda (João Narigueta, Montemor-o-Novo). Há também mais 21 estabelecimentos recomendados no guia.

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República do Congo começa a exportar gás natural liquefeito com a italiana Eni

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

"Com o primeiro navio de carga, a República do Congo junta-se ao grupo de países exportadores de GNL, abrindo oportunidades de crescimento económico", indica empresa Eni.

A República do Congo iniciou esta terça-feira a exportação de gás natural liquefeito (GNL) no âmbito de um projeto desenvolvido com a Eni, anunciou a empresa de energia italiana. “Com o primeiro navio de carga, a República do Congo junta-se ao grupo de países exportadores de GNL, abrindo oportunidades de crescimento económico e, ao mesmo tempo, contribuindo para o equilíbrio energético mundial”, declarou a empresa estatal italiana em comunicado.

A cerimónia de lançamento da produção congolesa de GNL teve lugar na cidade costeira de Pointe-Noire (sul), na presença do Presidente do país, Denis Sassou-Nguesso, e do presidente do conselho de administração da Eni, Claudio Descalzi. “A Eni e os parceiros locais partilharam forças de trabalho, know-how e tecnologias, garantindo um rendimento adicional para o país e contribuindo para a segurança energética da Europa”, afirmou Descalzi, citado no comunicado.

Por seu lado, a Presidência congolesa sublinhou, através das redes sociais, que este projeto – concluído num ano – “vai além da segurança energética da República do Congo” e “gera efeitos multiplicadores, nomeadamente na melhoria do acesso à saúde, à educação e à água”, bem como no domínio da agricultura.

“Serão criadas 10 mil novas oportunidades de ensino para alunos e professores do ensino secundário perto de Pointe-Noire”, acrescentou, sem dar mais pormenores. O primeiro navio de carga está atualmente a ser abastecido com GNL e partirá nos próximos dias para o terminal de regaseificação de Piombino, em Itália.

O projeto, segundo a Eni, atingirá uma capacidade de liquefação de gás de cerca de 4,5 mil milhões de metros cúbicos por ano, que poderá ser utilizado para fins residenciais, comerciais ou industriais. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, há dois anos, muitos países europeus começaram a procurar alternativas ao gás russo, diversificando as suas fontes de energia.

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Acionistas da EDP escolhem Lobo Xavier para presidente do Conselho Geral e de Supervisão

Depois da anunciada saída de João Talone, os principais acionistas da EDP escolheram o advogado, com duas décadas de experiência em conselhos de administração.

O advogado António Lobo Xavier é o nome escolhido pelos principais acionistas da EDP para suceder a João Talone na presidência do Conselho Geral de Supervisão, o órgão de fiscalização da comissão executiva, apurou o ECO junto de duas fontes que acompanham este processo. Talone comunicou formalmente no dia 4 de janeiro que não estaria disponível para um novo mandato por ter discordâncias sobre algumas das regras de governação na companhia, e daí para cá a China Three Gorges (CTG) e o grupo Masaveu, dois dos principais acionistas, avaliaram a escolha de um nome com experiência em conselhos de administração e capacidade diplomática, o que alinha com o perfil de Lobo Xavier.

Como o ECO revelou em primeira mão, os acionistas da EDP contrataram uma consultora internacional para os assessorar na escolha do presidente (chairman) do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) que apresentarão à Assembleia Geral eletiva de 10 de abril. Ainda assim, o nome do advogado não terá sido indicado pela consultora, mas apareceu por uma fonte terceira (não identificada) e acabou por convencer o acionista chinês e espanhol. A lista terá de ser divulgada publicamente até um mês antes da reunião de acionistas e terá outros nomes novos, além do presidente, que conta para a quota de membros não executivos independentes.

Oficialmente não foi possível confirmar esta escolha e o ECO tentou contactar António Lobo Xavier, mas o advogado da Morais Leitão e vice-presidente não executivo do BPI (também é membro não executivo de outras quatro empresas, nomeadamente a NOS), não esteve disponível para responder a quaisquer perguntas. De qualquer forma, tendo em conta as regras de governação da EDP, Lobo Xavier terá fazer outras escolhas profissionais, nomeadamente na advocacia.

A escolha do novo presidente do conselho geral é sensível, pela estrutura acionista da EDP e pelos mercados onde atua. O principal acionista é a China Three Gorges, enquanto o principal mercado da companhia, na área renovável, é o dos EUA. António Lobo Xavier tem um perfil diferente do de João Talone, um gestor que foi, aliás, presidente executivo da EDP, mas tem cerca de duas décadas de experiências em ‘boards’ e capacidade diplomática, essencial no atual contexto geopolítico em que a EDP opera.

Ainda recentemente, o vice-secretário Adjunto do Departamento de Energia, representante desse ministério no CFIUS (sigla em inglês para o Comité de Investimento Estrangeiro nos EUA), afirmou em entrevista ao ECO que os EUA estão a olhar para as mudanças que vêm aí no Conselho Geral e de Supervisão. “Estou muito satisfeito por ver que a EDP contratou uma consultora externa que vai ajudar no processo de garantir que quaisquer alterações ao governance da EDP vão atrair o tipo certo de pessoas, que teriam o tipo adequado de experiência económica e empresarial, que seria uma boa escolha para garantir que se mantém a transparência e o nível certo de direção no conselho de administração“, disse Michael Considine ao ECO.

No atual mandato, o CGS é composto por 16 membros, cinco dos quais são representantes do acionista chinês e dois do acionista espanhol, além de nove membros independentes, incluindo o próprio João Talone. Ora, o atual chairman queria mudanças no modelo de governação e tinha manifestado a visão de que a EDP deveria reduzir o número de membros do CGS, passando a China Three Gorges a ter três ou, no máximo, quatro membros, enquanto a família Mazaveu teria um representante. Talone apresentou uma proposta aos acionistas e terá dado o prazo do final do ano para ter uma resposta dos acionistas, que não chegou.

Segundo o site da EDP, a 13 de setembro de 2023, a China Three Gorges, controlada pelo Estado chinês, era a maior acionista da empresa, com 20,86% do capital. Em segundo lugar ex aequo estavam a Oppodium Capital (detida em 55,9% pela espanhola Masaveu Internacional, com os restantes 44,1% a pertencerem ao Liberbank) e a norte-americana BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, com 6,82% cada.

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EUA anunciam 53 milhões de dólares em ajuda humanitária para Gaza e Cisjordânia

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

O Governo dos EUA defende agora que os trabalhadores humanitários que estão na Faixa de Gaza têm de "ser protegidos" e poder fazer o seu trabalho "sem serem alvejados e mortos".

O Governo dos Estados Unidos anunciou esta terça-feira o envio de 53 milhões de dólares (48,8 milhões de euros) em ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e a Cisjordânia através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A administradora da USAID, Samantha Power, indicou que grande parte do dinheiro se destinará a programas alimentares, através do Programa Alimentar Mundial (PAM) e de organizações internacionais não-governamentais.

“Mas essa ajuda tem de chegar às pessoas necessitadas. E, neste momento, é necessário resolver os obstáculos burocráticos e os atrasos nas inspeções [e] o número de pontos de acesso a Gaza tem de ser significativamente aumentado”, sublinhou. Power afirmou também que os trabalhadores humanitários que estão na Faixa de Gaza têm de “ser protegidos” e poder fazer o seu trabalho “sem serem alvejados e mortos”.

Este pacote de 53 milhões de dólares (48,8 milhões de euros) eleva para 180 milhões de dólares (165,8 milhões de euros) a ajuda que os Estados Unidos da América (EUA) enviaram para os territórios palestinianos desde que Israel iniciou a sua ofensiva à Faixa de Gaza, em outubro do ano passado.

Desde que a guerra começou, a Casa Branca pediu ao Congresso a aprovação de um pacote de 14.000 milhões de dólares (12.900 milhões de euros) em ajuda militar para Israel, um projeto que está retido no poder legislativo, porque está ligado a outros 60.000 milhões de dólares (55.200 milhões de euros) de ajuda militar para a Ucrânia.

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) – desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou no 144.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 29.900 mortos, mais de 70.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU. Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 400 palestinianos foram mortos desde 7 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.

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Veja aqui a chave do Euromilhões. Prémio de 26 milhões em jogo

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2024

O jackpot desta terça-feira está de volta aos 26 milhões de euros, depois de na última ronda não terem sido registados vencedores no primeiro e no segundo prémio.

Com um primeiro prémio no valor de 26 milhões de euros, decorreu esta terça-feira um novo sorteio do Euromilhões. O prémio voltou a jackpot depois o último sorteio, na passada terça-feira, ter ficado sem vencedores no primeiro e no segundo prémio.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 27 de fevereiro:

Números: 3, 4, 9, 12, 20

Estrelas: 5, 6

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Imigração é prioritária sobre ajuda à Ucrânia, dizem republicanos nos EUA

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

Os republicanos na Câmara de Representantes têm recusado aprovar um pacote de segurança nacional, no valor de 95 mil milhões de dólares que reforça a ajuda à Ucrânia, a Israel e ao Indo-Pacífico.

O líder da maioria republicana no Congresso dos EUA, Mike Johnson, defendeu esta terça-feira que a onda de imigração na fronteira sul continua a ser prioridade face à ajuda financeira à Ucrânia.

No final de uma reunião com o Presidente norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca, Johnson explicou que os congressistas estão “ativamente a procurar soluções” para um novo pacote financeiro que permite mais ajuda à Ucrânia, mas salientou que a prioridade do Partido Republicano será sempre combater a imigração ilegal na fronteira com o México.

Os republicanos na Câmara de Representantes têm recusado aprovar um pacote de segurança nacional, no valor de 95 mil milhões de dólares (cerca de 88 mil milhões de euros) que reforça a ajuda à Ucrânia, a Israel e ao Indo-Pacífico, alegando que, antes desta medida, o Governo deve acautelar o controlo da migração.

Após uma reunião do Presidente norte-americano com os líderes do Senado e da Câmara de Representantes, em que Biden procurou sensibilizar os congressistas para a necessidade de ajudar a Ucrânia e Israel, Mike Johnson disse que o Partido Republicano deixou claro que a prioridade deve ser o combate à imigração ilegal. Ao mesmo tempo, paira a ameaça de uma nova paralisação do Governo, se o Congresso não aprovar um aumento da capacidade de dívida federal, o que os republicanos consideram ser consequência dos gastos exagerados da Casa Branca.

A medida de segurança nacional fora aprovada pelo Senado numa votação bipartidária realizada ainda este mês, mas o líder da maioria republicana na Câmara, Mike Johnson, resistiu a agendá-la para votação. Além do pacote de segurança nacional, o financiamento governamental para agricultura, transporte, construção militar e alguns serviços para veteranos expira na sexta-feira.

Por outro lado, o financiamento para os restantes departamentos governamentais – incluindo o Pentágono, o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Estado – expira uma semana depois, em 8 de março, um dia depois de Biden ter proferido o seu discurso sobre o Estado da União.

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Tomada de posse do novo Governo dos Açores agendada para segunda-feira

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

A cerimónia marcará o arranque da nova legislatura, após a indigitação do social-democrata José Manuel Bolieiro como presidente do executivo açoriano.

O novo Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), na sequência das eleições de 4 de fevereiro, vai tomar posse na segunda-feira, pelas 15:00, na Assembleia Legislativa Regional, na cidade da Horta, confirmou esta terça-feira à Lusa fonte parlamentar.

A cerimónia marcará o arranque da nova legislatura, após a indigitação do social-democrata José Manuel Bolieiro como presidente do executivo açoriano, na sequência das eleições regionais antecipadas, marcadas devido ao chumbo do orçamento para este ano. Desconhece-se ainda a composição do novo Governo Regional, cujos nomes terão de ser apreciados pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino, para só depois poderem tomar posse perante o parlamento.

Após a posse, o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM tem 10 dias para entregar, no parlamento regional, o seu Programa, documento que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor para a legislatura. De acordo com o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o debate do Programa do Governo tem de ocorrer até ao 15.º dia após a tomada de posse do executivo e a discussão em torno do documento “não pode exceder três dias”.

Até ao encerramento do debate, qualquer grupo parlamentar pode propor a rejeição do programa do executivo. A rejeição do documento carece de maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções para ser aprovada e implica a demissão do Governo. José Manuel Bolieiro disse, na noite das eleições, que iria governar com “maioria relativa”, sem fazer coligações de governo com nenhuma outra força política, apesar de a coligação ter conseguido 26 dos 57 deputados regionais, menos três do que os 29 necessários para obter maioria absoluta.

O PS elegeu 23 deputados, o Chega cinco e o BE, a IL e o PAN um cada. As eleições de 4 de fevereiro ocorreram após o chumbo, em novembro, das propostas de Plano e Orçamento para este ano, devido à abstenção de Chega e PAN e dos votos contra de PS, IL e BE, situação que levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a dissolver o parlamento e a convocar eleições antecipadas.

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Espanha vai desenvolver modelo de linguagem baseado em IA treinado em espanhol

  • + M
  • 27 Fevereiro 2024

Pedro Sanchéz pretende que Espanha “desempenhe um papel relevante no desenvolvimento da inteligência artificial a nível internacional”. O modelo de IA resultará de uma colaboração público-privada.

Com o objetivo de dinamizar a economia espanhola e de implementar a inteligência artificial (IA) no tecido empresarial do país, Pedro Sánchez anunciou o desenvolvimento de um modelo de linguagem baseado em inteligência artificial treinado em espanhol e outras línguas co-oficiais.

Segundo o líder do governo espanhol, pretende-se também implementar esta solução tecnológica no sistema científico de Espanha e na conceção de políticas públicas, conforme refere o El País. Pedro Sanchéz pretende que o país por si liderado “desempenhe um papel relevante no desenvolvimento da inteligência artificial a nível internacional”.

Este novo modelo linguístico resultará de uma colaboração público-privada, tendo em conta que será desenvolvido pelo Centro de Supercomputação de Barcelona e pela Rede Espanhola de Supercomputação, em conjunto com a Real Academia Espanhola e a Associação de Academias de Língua Espanhola.

Este será trabalhado num código aberto e transparente, de forma a incluir também os países ibero-americanos.

Antes de fazer este anúncio no Mobile World Congress Barcelona 2024, Sanchéz defendeu que “é imprescindível uma reflexão profunda sobre o impacto da inteligência artificial na nossa sociedade, direitos, democracia, trabalho ou políticas públicas”, segundo cita o jornal espanhol.

Segundo salienta o governo espanhol no seu site oficial, este é um projeto pioneiro a nível europeu que pretende “proporcionar uma infraestrutura linguística aberta, pública e acessível para as empresas“, de forma a que disponham de um modelo linguístico espanhol em grande escala para desenvolver aplicações tecnológicas avançadas, como assistentes inteligentes ou modelos de geração de conteúdos“.

“Esta é a via espanhola para o progresso: um caminho em que a transformação digital está ao serviço da conquista de mais direitos para os cidadãos”, lê-se ainda em declarações atribuídas a Pedro Sanchéz, acrescentando-se que a iniciativa pretende também “impulsionar uma economia dinâmica e aberta ao futuro, capaz de oferecer um terreno de jogo equitativo para as empresas e gerando mais e melhores empregos“.

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Criada empresa que vai ser dona do Jornal de Notícias, d’O Jogo e da TSF

Os futuros donos já adiantaram mais um milhão de euros, para que sejam pagos os ordenados de fevereiro aos trabalhadores do Global Media Group.

Já foi criada a empresa que vai ser dona do Jornal de Notícias, O Jogo e TSF, quando os títulos e a rádio saírem da esfera do Global Media Group. Trata-se da Notícias Ilimitadas S.A. e tem como presidente do conselho de administração Alexandre Bobone, da Iliria. Domingos de Andrade e Diogo Freitas, que tem dado a cara pelo grupo de empresário que vai comprar os títulos, são os outros membros do conselho de administração.

Ao +M, Diogo Freitas confirma que os sócios da nova sociedade são os nomes referidos desde o início de fevereiro, ou seja, também a Parsoc e o empresário Jorge Ribeiro são sócios fundadores da nova empresa.

Entretanto, e embora ainda não esteja marcada a data para a conclusão do negócio, cujo memorando de entendimento foi assinado no dia 6 de fevereiro, os empresários já transferiram mais um milhão de euros para a Global Media. O montante destina-se a assegurar o pagamento dos ordenados de fevereiro e funciona como adiantamento para quando for concretizada a compra dos títulos e da rádio. “Fizemos a transferência para assegurar os salários”, confirma ao +M Diogo Freitas.

Quanto a datas, o agora também administrador da Notícias Ilimitadas assegura que “estamos a fazer tudo para que seja muito rapidamente”, embora não se consiga ainda comprometer com uma data.

Entretanto, no dia 29 de janeiro Domingos de Andrade já foi nomeado diretor-geral da TSF. O jornalista recupera também a função de diretor-geral editorial dos títulos Jornal de Notícias, O Jogo, Revistas JN Historia, Evasões, Volta ao Mundo e Noticias Magazine, NTV e Delas, marcas que vão ser compradas pelo grupo de empresários representado por Diogo Freitas.

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