IL critica manifestação não autorizada de polícias. “É uma irresponsabilidade”

Rui Rocha defendeu que a manifestação ilegal dos polícias à porta do Capitólio, na última segunda-feira, é uma irresponsabilidade. "Não contem connosco para pôr a segurança dos portugueses em causa."

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, juntou-se às críticas aos protestos realizados pelos polícias à porta do Capitólio, onde decorreu o debate eleitoral entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, na última segunda-feira. O candidato considerou este ato como uma “irresponsabilidade” e considerou normal que haja um inquérito para apurar as circunstâncias desta manifestação não autorizada.

É uma irresponsabilidade, não contem connosco para pôr a segurança dos portugueses em causa“, disse de forma perentória Rui Rocha, num comentário em relação ao protesto que decorreu no início desta semana, do lado de fora do edifício onde os principais candidatos a primeiro-ministro debatiam as suas propostas para o país.

A falar à margem da conferência da CIP, que decorre no Porto, Rui Rocha destacou que “o que se conhece é que essa manifestação não estava autorizada. Parece-me normal que haja um inquérito para apurar as circunstâncias em que essa manifestação ocorreu”.

O político acrescentou ainda que tem “compreensão total com a situação dos polícias, mas tem que ser manifestada dentro da legalidade”.

Rui Rocha aproveitou ainda para atacar o candidato socialista, Pedro Nuno Santos, associando-o à situação em que o país se encontra. “A situação a que o PS conduziu o país é essa sim uma bagunça. Uma bagunça em que não há médicos de família para um milhão e meio de portugueses, ter idosos numa fila à porta de centros de saúde para um senha para uma consulta, uma escola sem professores, uma bagunça um país onde os jovens não podem esperar outra coisa que não seja emigração.”

“Foi o PS de Pedro Nuno Santos que hipotecou uma maioria absoluta com uma bagunça de saídas de governantes, um dos quais foi Pedro Nuno Santos. Não há nenhuma legitimidade em Pedro Nuno Santos, responsável pelo estado do país, responsável pela bagunça que esteve à vista de todos de um governo que está a terminar funções. É preciso é de Pedro Nuno Santos um exame de consciência”, considerou.

Em relação ao debate em torno da retenção de talento, o tema que o levou àconferência, Rui Rocha argumenta que “a forma mais imediata virada para as pessoas [para premiar o mérito] é baixar significativamente o IRS”. “Quem se esforça, tem de chegar ao fim do mês e ter mais dinheiro no bolso. Quem se esforça em Portugal tem que ser justamente compensado”, defende.

Quanto aos salários, Rui Rocha acredita que esse aumento vem com a dinamização da economia, “promovendo melhores condições para as empresas, para as portuguesas poderem crescer e para as internacionais se poderem fixar em Portugal. “Claro que Portugal precisa de melhores salários, mas não se aumentam salários por decreto, aumentam-se salários com a economia a crescer.”

Na conferência perante uma plateia de empresários, Rui Rocha deixou uma mensagem clara: “Não se enganem, só há uma maneira de reter esses jovens: é aumentando os salários“.

Mas, se subir salários e criar projetos desafiantes, com perspetivas de evolução de carreira, é tarefa das empresas, para o Estado fica a missão de melhorar “as condições de contexto”, com Rui Rocha a defender uma redução de impostos para as empresas, através do IRC, e para os trabalhadores, via IRS.

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Energia: O Tempo como catalisador para as metas de 2030

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  • 21 Fevereiro 2024

A procura por soluções sustentáveis na energia tem sido uma prioridade e as metas estabelecidas para 2030 são um alerta urgente à ação. Contudo, é imperativo reconhecer que o tempo é um fator crucial.

Em primeiro lugar, a transição para fontes de energia renovável é essencial para enfrentar as mudanças climáticas. No entanto, a implementação eficaz dessas tecnologias implica um investimento significativo de tempo e dinheiro. As infraestruturas necessárias para recolher, armazenar e distribuir a energia renovável precisam de ser desenvolvidas em larga escala, o que exige investimentos substanciais e um planeamento meticuloso.

Além disso, a transição para fontes renováveis não pode ser realizada de forma isolada. É necessário repensar e redesenhar os sistemas de energia existentes, o que implica mudanças nas políticas públicas, regulamentações e práticas industriais. Este processo de transformação requer um entendimento profundo das dinâmicas sociais e económicas, sendo um desafio adicional no contexto temporal estipulado.

Outro aspeto a considerar é a aceitação social. A mudança de mentalidades em relação à energia é um processo gradual que não pode ser apressado. Educação, sensibilização e participação pública são elementos vitais para o sucesso da transição. Ignorar esses aspetos pode resultar na resistência por parte da sociedade e, consequentemente, atrasar o alcance das metas estabelecidas.

A pressa na implementação de soluções pode levar a escolhas inadequadas. Investir em tecnologias não maduras ou negligenciar a pesquisa pode comprometer a eficácia a longo prazo da transição energética. Portanto, é necessário um equilíbrio entre a urgência das metas e a qualidade das soluções implementadas.

Além disso, a adaptação da indústria e a requalificação de trabalhadores são desafios intrínsecos à transição. A formação de profissionais capacitados para atuar nas novas áreas é uma necessidade urgente, mas a construção dessa força de trabalho especializada requer tempo e investimentos consistentes.

É crucial que os líderes globais reconheçam a complexidade desses desafios temporais e evitem abordagens simplistas. A procura por soluções rápidas pode levar a acordos que poderão comprometer o sucesso da transição energética a longo prazo. A colaboração internacional, o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento, e a consideração cuidadosa de fatores sociais são imperativos para garantir uma transição bem-sucedida até 2030.

Assim, enquanto as metas de 2030 para a transformação energética são louváveis, é fundamental reconhecer que o tempo é um aliado precioso, mas também um desafio significativo. Uma abordagem equilibrada, realista e sustentável é essencial para alcançar um futuro energético mais limpo. O sucesso não está apenas nas metas estabelecidas, mas na jornada consciente e comprometida rumo a um planeta mais verde.

João Amaral, Country Manager da Voltalia Portugal

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Daniel Traça vai assumir liderança da escola de negócios ESADE

O ex-dean da Nova SBE vai assumir liderança de uma das mais prestigiadas escolas de negócios europeias a 1 de setembro, a ESADE.

O economista Daniel Traça vai assumir a liderança de uma das escolas de negócios “mais prestigiadas da Europa”, a espanhola Escola Superior de Administração e Direção de Empresas (ESADE). O mandato arranca a 1 de setembro.

“Estou empenhado em trabalhar com todos os membros da comunidade ESADE para reforçar o seu legado e aumentar a sua excelência académica, o seu compromisso com a inovação, o impacto social, e o desenvolvimento de líderes com propósito, atributos que a caracterizam desde a sua fundação”, sublinha o também professor catedrático, em reação à sua nomeação para o cargo de diretor-geral.

Convém explicar que a ESADE é uma das “três escolas de negócios mais importantes de Espanha e uma das mais prestigiadas da Europa”. Por exemplo, o MBA desta business school foi recentemente considerado o sexto melhor da Europa e o 17.º melhor do mundo, no ranking do Financial Times.

O presidente do conselho de administração da Fundação ESADE, Jaume Guardiola, antecipa que Daniel Traça, com a sua experiência internacional e “o seu conhecimento do impacto que as instituições académicas têm na transformação da sociedade e das organizações”, contribuirá para reforçar “os objetivos da instituição e moldar uma geração de futuros líderes, reconhecidos pelo seu elevado profissionalismo, espírito empreendedor e grande qualidade humana”.

Doutorado em Economia pela norte-americana Columbia University, Daniel Traça, foi diretor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) entre 2015 e 2022, onde ainda é docente.

“Os seus dois mandatos à frente da Nova SBE ficaram marcados pela construção do novo campus, em Carcavelos, que permitiu um aumento exponencial do número de estudantes, sobretudo estudantes estrangeiros, que cresceu de 10% para 72%, e por um enorme reconhecimento e prestígio internacional“, é salientado em comunicado.

Daniel Traça é também professor visitante no INSEAD, em Singapura, “onde iniciou a sua carreira como professor assistente”.

No currículo, conta ainda com passagens pela na Solvay Business School, em Bruxelas, bem como pela KDI School of Management and Policy, em Seul, e pelo Graduate Institute of International Economics, em Genebra.

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Investimento nos certificados cai 214 milhões no arranque do ano

Há cinco meses que as famílias tiram dinheiro dos certificados. Portugueses tinham 44,88 mil milhões de euros emprestados ao Estado no final de janeiro.

As aplicações das famílias em certificados voltaram a cair em janeiro pelo quinto mês seguido. O investimento nestes produtos de poupança do Estado recuou 214 milhões de euros no arranque do ano. Outrora populares, os Certificados de Aforro contribuíram para esta redução.

Os portugueses detinham 44,88 mil milhões de euros em certificados no final de janeiro, menos 214,03 milhões em relação a dezembro, de acordo com os dados revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

O grande responsável por esta queda foram os Certificados do Tesouro, dos quais as famílias tiraram dinheiro pelo 27.º mês consecutivo: em janeiro saíram 197 milhões para o valor mais baixo desde novembro de 2016.

Já os Certificados de Aforro, que há um ano atraíam milhões e milhões de euros de poupanças das famílias, perderam o brilho depois de o Governo ter cortado a remuneração em junho. Há três meses seguidos que registam saídas líquidas, sendo que “perderam” 16,8 milhões de euros no arranque do ano.

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Os certificados representam uma forma de o Estado se financiar e de promover a poupança junto das famílias.

Ainda assim, para este ano, o Governo já não está a contar com as poupanças das famílias para se financiar. O Orçamento do Estado prevê uma contribuição nula dos Certificados de Aforro e dos Certificados do Tesouro no financiamento do Estado para 2024.

Uma análise recente da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) do Parlamento revelou que o Estado está a pagar mais de 1.000 milhões em juros com os certificados.

(Notícia atualizada às 12h01)

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“CEO acham que são o máximo e estão radiantes porque ganham o mesmo que na Europa”

Guy Villax, da Hovione, considera que um dos problemas para reter talento "é a falta de perspetiva de carreira que veem nas empresas portuguesas, que continuam a ser geridas de forma muito antiquada".

Guy Villax, membro do Conselho de Administação e acionista da Hovione, considera que o problema de atração de talento vai bem além dos salários e critica a gestão “antiquada” das empresas portuguesas. “Os CEO portugueses acham-se o máximo porque ganham o mesmo que os CEO na Europa, mas não são”, atira.

A saída dos jovens de Portugal é um “prejuízo para o país gigante”, considera Guy Villax, numa conferência organizada pela CIP, no Porto. Para o empresário português, é preciso ponderar o motivo disto acontecer e, “quando se fala com os jovens, percebe-se que o problema não é só dinheiro. É a falta de perspetiva de carreira que veem nas empresas portuguesas, que continuam a ser geridas de forma muito antiquada“.

“Os jovens são muito bem qualificados e as low costs permitiram-lhes ir para o estrangeiro, e chegam lá e veem que são tão bons ou melhores dos que estão lá, e não têm medo de ir para lá”, sintetiza, argumentando que, face a esta situação, é altura para as empresas “acordarem” e mudar-se a forma de gerir as empresas.

Os CEO acham que são o máximo e não são. E estão radiantes porque ganham o mesmo que os CEO na Europa. O salário de entrada numa fábrica em Portugal é três vezes e meio inferior ao salário de uma fábrica na Irlanda e os CEO ganham o mesmo.

Guy Villax

Administrador da Hovione

Os CEO acham que são o máximo e não são. E estão radiantes porque ganham o mesmo que os CEO na Europa. O salário de entrada numa fábrica em Portugal é três vezes e meio inferior ao salário de uma fábrica na Irlanda e os CEO ganham o mesmo“, critica.

Para Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica Portuguesa, a “questão dos salários é muito relevante, e a possibilidade de desenvolvimento de carreiras, mas há outra questão: a falta de estabilidade nas políticas fiscais, falta de confiança nas instituições“.

“Há um acumular de frustração. Nem tudo passa por salários, mas os salários são fundamentais. Os jovens têm que ser capazes de pagar uma renda”, conclui.

Com cerca de 90% dos jovens licenciados, Portugal tem assistido a um movimento de saída destes jovens, face aos baixos salários e à ausência de condições para se fixarem no país. Segundo os dados do INE, em 2022 saíram do país 31 mil pessoas.

Portugal é excelente a produzir um bem de elevada qualidade, que são estes licenciados e mestres graduados pelas universidades portuguesas. (…) E temos também uma enorme capacidade que é destruir este bem que criamos nas universidades.

Isabel Capeloa Gil

Reitora da Universidade Católica Portuguesa

“Portugal é excelente a produzir um bem de elevada qualidade, que são estes licenciados e mestres graduados pelas universidades portuguesas. No contexto global de guerra pelo talento, onde há falta de ativos qualificados na Europa – há em geral uma falta de talento qualificado – nós fazemos isso muito bem. E temos também uma enorme capacidade que é destruir este bem que criamos nas universidades“, critica Isabel Capeloa Gil.

Carolina Amorim, CEO & Co-Fundadora da EMOTAI, coloca o foco nas dificuldades que as startups portuguesas têm para conseguir competir a nível internacional e para competir cá dentro com grandes empresas, como a Google, com capacidade para pagar melhores salários.

“O nosso problema é específico, existe um boom tecnológico”, refere a empresária, acrescentando que uma “empresa pequena não tem capacidade de competir e contratar nesta área. Estamos limitados em termos de recursos e talento“, tendo que competir contra salários elevados das outras empresas.

Por outro lado, há ainda a concorrência internacional, com muitos portugueses a trabalharem em regime remoto para companhias lá fora. “Não estamos a competir para talento bom em Portugal mas com outras empresas mundiais mas que pagam salários muito maiores”, nota. A solução encontrada pela empresa tem sido contratar menos, para conseguir reter pessoas.

Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, acredita que a inteligência artificial poderá ajudar a melhorar este problema de retenção de talento, saiba o país embarcar nesta transformação tecnológica.

“Estamos a viver uma revolução enorme, que é a da IA. Vai trazer uma produtividade de 50%. Isso pode trazer melhores condições de trabalho às pessoas, mas também ganhos de produtividade”, explica. “Se conseguirmos aproveitar esta transformação com IA, há estudos que mostram que vamos ter ganhos de produtividade”, refere, acrescentando que é preciso fazer esta transformação para ganhar produtividade, crescer e dar melhores condições às pessoas.

 

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Como podem as organizações tirar partido da IA já hoje?

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  • 21 Fevereiro 2024

A Inteligência Artificial deixou de ser exclusiva de alguns para se tornar uma parte essencial do quotidiano de muitos.

A Inteligência Artificial é, atualmente, uma expressão que integra o vocabulário comum. Deixou de ser exclusiva de alguns para se tornar uma parte essencial do quotidiano de muitos, promovendo gradualmente uma transformação significativa na sociedade, com perspetivas de evolução ainda mais marcantes.

Para a consultora global de negócio e tecnologia, NTT DATA, essa é uma realidade intrínseca do dia-a-dia, em concreto no desenvolvimento de projetos de transformação de organizações. Essa tecnologia é aplicada de forma prática na atividade de múltiplos clientes, dando origem a exemplos concretos que se revelam valiosos tanto para as próprias organizações, como para a sociedade e em domínios como a eficiência das organizações, criatividade e desenvolvimento de software.

IA para a eficiência das organizações

A IA tem o potencial de transformar a atividade das organizações, desde acelerar e agilizar processos, melhorar formas de interação e colaboração, a reduzir custos e otimizar recursos. Entre outras coisas, a IA tem a capacidade de promover a digitalização de processos e de melhorar o processamento de informação, assim como de identificar padrões e oferecer informação valiosa capaz de suportar decisões.

Além disso, pode apoiar canais de interação escritos ou falados, que mimetizam o comportamento humano para melhorar a interação das organizações com os seus públicos. Por tudo isto, esta tecnologia tem um imenso potencial para suportar o desenvolvimento humano e social, dos quais são disso exemplo os casos que se seguem.

Serviço público com tradução em tempo real – exemplo real de aplicação de IA:

Para dar resposta à cada vez mais multicultural sociedade portuguesa, a NTT DATA desenvolveu uma solução de atendimento que combina serviços cognitivos e IA generativa para oferecer uma comunicação mais acessível em contextos de atendimento de serviço público, em que as diferenças linguísticas não permitem uma interação natural, proporcionando tradução em tempo real.

Preservação da Biodiversidade – exemplo real de aplicação de IA:

A NTT DATA aplicou IA para controlo da biodiversidade em lagos artificiais criados para efeitos de produção hidroelétrica, através de um mecanismo de identificação e contagem por amostragem das espécies de peixes residentes, ajudando a entidade cliente no cumprimento de uma obrigação legal, mas também contribuindo para a proteção da natureza.

Por Manuel Joaquim Costa, Head of Intelligent Automation da NTT DATA Portugal

IA na criatividade

Nos domínios da criatividade, as práticas de experimentação e teste de conceitos são fundamentais para se alcançar a máxima eficácia, seja nos domínios do desenvolvimento de produtos e serviços, seja na comunicação comercial. Nesse sentido, a inteligência artificial generativa tem-se afirmado como fundamental para acelerar a prova de conceitos, mas também enquanto fonte de inspiração para evoluções subsequentes. Recorrendo a diferentes plataformas de GenAI é agora possível conceber imagens, vídeos, sons, argumentos e muitos outros conteúdos, em segundos, recorrendo a prompts, ou seja, a instruções claras do que se pretende obter. Esta capacidade abre um sem número de possibilidades que até aqui estavam dependentes apenas da capacidade criativa das mentes envolvidas no processo e que assim podem multiplicar as suas capacidades de abstração e conceção de ideias ao infinito.

Por Pedro Lavinha, Head of Design & Communication Services da NTT DATA Portugal

IA no desenvolvimento de software

A introdução de Inteligência Artificial (IA) no desenvolvimento de software representa uma verdadeira revolução tecnológica. O GIT HUB Copilot, por exemplo, tornou-se um expoente notável desta evolução. Ao integrar-se diretamente nos ambientes de desenvolvimento, esta ferramenta utiliza IA para compreender o contexto e gerar automaticamente trechos de código relevantes, enquanto o programador escreve. Esta abordagem inovadora não só acelera o processo de desenvolvimento, mas também eleva a eficiência, ao oferecer sugestões precisas e alinhadas com as melhores práticas, contribuindo para a melhoria na qualidade do código produzido. Este avanço reduz a propensão a erros, mas também fortalece a segurança dos sistemas desenvolvidos. Além disso, os Copilots de IA atuam como parceiros proativos, facilitando a resolução de desafios complexos e promovendo uma cultura de trabalho mais ágil e interligada. Algo que promove a criatividade e a eficiência, redefinindo a dinâmica tradicional de trabalho. Apesar das vantagens notáveis, é crucial manter uma supervisão humana rigorosa. A ética, conformidade e compreensão contextual requerem a intervenção humana para garantir resultados alinhados com as expectativas e valores específicos de cada projeto. Em resumo, a IA está a redefinir o desenvolvimento de software, combinando velocidade, qualidade e adaptabilidade, para moldar o futuro da programação.

Por João Macedo Fonseca, Executive Director, Leading Applications & Infrastructure Services, da NTT DATA Portugal

O que é IA e IA generativa?

A Inteligência Artificial (IA) é um campo da ciência da computação que estuda e desenvolve sistemas capazes de simular funções cognitivas humanas, como aprender, raciocinar, resolver problemas e tomar decisões. Por sua vez, a Generative AI é uma subárea da IA que se dedica a criar algoritmos que podem gerar novos dados a partir de dados existentes, tais como textos, imagens, sons, vídeos e códigos.

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Portugal foi o quinto país da OCDE que mais cresceu em 2023

Economia registou uma variação do PIB de 2,3% no ano passado, superando a média da UE e da Zona Euro e ficando apenas atrás da Costa Rica, México, Estados Unidos e Espanha.

Portugal foi das economias que mais cresceu em 2023 entre 27 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ficando em quinto lugar com uma variação do PIB de 2,3%, tal como o INE já tinha revelado, segundo uma análise daquela organização intergovernamental divulgada esta quarta-feira.

A economia portuguesa superou inclusivamente a média da União Europeia e da Zona Euro, ambas com uma variação do PIB de 0,5%, e da OCDE (1,6%), tendo sido apenas ultrapassada pela Costa Rica (5,1%), México (3,1%), Estados Unidos (2,5%) e Espanha (2,5%).

De salientar que, embora Portugal esteja entre os cinco países com maior crescimento do PIB, a evolução da economia arrefeceu significativamente de 6,8%, em 2022, para 2,3%, em 2023.

“As estimativas anuais iniciais indicam que o crescimento do PIB da OCDE abrandou para 1,6% em 2023, em comparação com 2,9% em 2022, num contexto de inflação subjacente mais elevada na área da OCDE”, segundo o mesmo relatório.

Entre os 27 países da OCDE para os quais existem dados disponíveis (11 estados-membros ainda não têm informação), 10 registaram uma contração do PIB em 2023, com a Estónia a registar a maior contração (-3,0%). Em 14 países, o crescimento abrandou, mas manteve-se positivo.

Apenas três economias registaram um crescimento superior em 2023 face ao ano anterior: Costa Rica (5,1%, em 2023, em comparação com 4,6% em 2022), os Estados Unidos (2,5% face a 1,9%) e o Japão (1,9% em comparação com 1%).

Portugal teve o quarto melhor desempenho no último trimestre

Analisando a evolução do PIB no quarto trimestre do ano passado, Portugal foi o quarto país, empatado com os Estados Unidos, com um impulso mais forte da economia, de 0,8%, ultrapassando, igualmente, a média da UE (0,1%) e do espaço da moeda única (0%) e da OCDE (0,4%). Acima de Portugal, ficaram apenas a Costa Rica (1,8%), a Noruega (1,5%) e a Eslovénia (1,1%).

No entanto, nos últimos quatro anos, desde o quarto trimestre de 2019 até ao período homólogo de 2023, fomos apenas o 12.º país com o melhor desempenho, ao apresentar um crescimento cumulativo do PIB de 5,5%. Portugal fica, assim, abaixo da média da OCDE (6,3%), mas ainda acima da média da UE (3,6%) e da Zona Euro (3%).

Aliás, a economia portuguesa foi a sexta melhor entre os países do espaço da moeda única. Só não suplantámos a Irlanda (25,2%), Eslovénia (8,3%), Lituânia (7,5%), Letónia (6,5%) e Países Baixos (6%), de acordo com as estatísticas divulgadas esta quarta-feira.

Numa análise global, a OCDE considera que “as taxas de crescimento trimestrais do PIB da OCDE permaneceram fracas nos últimos dois anos”. No grupo dos sete países mais industrializados (G7), “o crescimento trimestral em cadeia do PIB abrandou ligeiramente para 0,4% no quarto trimestre de 2023″, em comparação com 0,5% no período anterior, entre julho e setembro, indica a organização.

Esta evolução reflete o panorama misto entre os países do G7”. Por um lado, o PIB contraiu-se no Reino Unido (-0,3%) e no Japão (-0,1%) pelo segundo trimestre consecutivo. A Alemanha também sofreu uma contração da economia (-0,3%), após dois trimestres de estagnação, isto é, de crescimento zero.

O PIB também abrandou nos Estados Unidos para 0,8% no quarto trimestre, em comparação com 1,2% no terceiro trimestre, e França registou um crescimento nulo pelo segundo trimestre consecutivo.

Por outro lado, a economia canadiana registou uma recuperação, com um crescimento de 0,3% no quarto trimestre, após uma contração no terceiro trimestre. O crescimento em Itália acelerou ligeiramente para 0,2%.

Entre as economias do G7 que registaram um crescimento negativo no quarto trimestre do ano passado, os fatores variaram. No Reino Unido, a queda das exportações de serviços (-6,0%) foi o principal obstáculo ao crescimento. No Japão, o PIB contraiu-se principalmente devido a uma retração do investimento (-0,3%), do consumo privado (-0,2%) e do consumo público (-0,1%), que foram parcialmente compensados por um aumento de 11,3% nas exportações de serviços, sobretudo devido ao turismo. Na Alemanha, o declínio acentuado do investimento na construção e em máquinas e equipamentos empurrou o PIB para valores negativos, explica a OCDE.

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Ascendi conclui compra de 52% do capital da Elsamex Gestión de Infraestructuras

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2024

Em janeiro, a Autoridade da Concorrência anunciou que não se opunha à aquisição do controlo exclusivo pela Ascendi, através da Ardian France, sobre a Elsamex Gestión de Infraestructuras.

A Ascendi concluiu a compra da Elsamex Gestión de Infraestructuras (EGI), com a aquisição de 52% do capital da empresa espanhola, anunciou esta quarta-feira a operadora de autoestradas, sem revelar o valor do negócio.

“A finalização desta aquisição representa um marco importante na estratégia de desenvolvimento internacional da Ascendi a partir de Portugal, consagrando-a como empresa europeia de referência na operação e manutenção de infraestruturas de transporte e na cobrança de portagens”, referiu, em comunicado, o presidente executivo da Ascendi, Luís Santos.

A Elsamex Gestión de Infraestructuras atua na operação e manutenção de estradas e autoestradas em Espanha, operando também em Portugal através da sua subsidiária Intevial Gestão Integral Rodoviária, e, segundo a mesma nota, teve um volume de negócios superior a 120 milhões de euros em 2023.

Em janeiro, a Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou que não se opunha à aquisição do controlo exclusivo pela Ascendi, através da Ardian France, sobre a Elsamex Gestión de Infraestructuras, empresa-mãe do grupo espanhol EGI.

A Ascendi notificou, em dezembro de 2023, a AdC da aquisição do controlo exclusivo sobre a Elsamex Gestión de Infraestructuras.

Segundo a informação disponibilizada pelo regulador, a Elsamex Gestión de Infraestructuras tem a atividade centrada na prestação de serviços de infraestruturas (conservação, manutenção e desenvolvimento), principalmente para estradas e autoestradas, e, em menor medida, para outros edifícios e estações de serviço.

Em Portugal, a Elsamex atua através da subsidiária Intevial Gestão Integral Rodoviária, S.A., principalmente na prestação de serviços de conservação, manutenção e construção de infraestruturas rodoviárias exploradas pela Infraestruturas de Portugal, S.A.

A Ardian France está integrada no grupo Ascendi e, por sua vez, na empresa de private equity Ardian France.

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Microsoft lança em Portugal fábrica de inovação em inteligência artificial

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2024

O objetivo passa por acelerar a adoção de inteligência artificial por empresas públicas e privadas em Portugal. A fábrica estará integrada no AI Hub da Unicorn Factory, em Alvalade.

A Microsoft anunciou esta quarta-feira o lançamento da Fábrica de Inovação em Inteligência Artificial (AI Innovation Factory) em Portugal, em parceria com a Accenture, Avanade e a Unicorn Factory Lisboa, com o objetivo de acelerar a adoção da tecnologia pelas empresas. O anúncio foi feito na sessão de abertura do Building The Future, que decorre em Lisboa.

O objetivo é acelerar a adoção de inteligência artificial (IA) por empresas públicas e privadas em Portugal, “nas diferentes indústrias e setores, e contribuir para o crescimento sustentável” do país “por meio de novos cenários de inovação digital, acelerado pela ligação a um ecossistema de startups e nativos digitais”.

De acordo com a tecnológica, a AI Innovation Factory “estará integrada no AI Hub da Unicorn Factory, em Alvalade, com data prevista para inauguração em novembro de 2024“.

Até essa data, “todo o programa da AI Innovation Factory desenrolar-se-á nas instalações da Microsoft no Parque das Nações ou nas sedes de um dos parceiros”.

Ao longo “dos próximos meses, juntos, irão oferecer às empresas uma plataforma para inspiração e ideação, com acesso a demonstrações e casos reais, onde especialistas de indústria e tecnologia serão facilitadores na identificação de oportunidades e priorização de casos de uso, seguindo as melhores práticas do mercado, apoiados em metodologias comprovadas de design thinking“, adianta a tecnológica.

A Microsoft apresentou ainda os resultados do estudo realizado com a consultora IDC, os quais revelam que 62% das empresas portuguesas já usam IA e 25% das que não usam esperam fazer a sua implantação nos próximos 24 meses. Este estudo “reflete sobre a forma como as empresas estão a rentabilizar os seus investimentos em IA”.

A IDC contou “com a participação de mais de 2.000 líderes empresariais e decisores de todo o mundo, dos quais 500 fazem parte da região EMEA [Europa, Médio Oriente e África], que são responsáveis por dar vida à transformação da IA nas suas organizações, tendo conduzido entrevistas específicas a decisores portugueses”.

Atualmente, “os três principais use cases [estudos de caso] verificados em Portugal têm por base data analytics avançada, assistentes virtuais ou chatbots, como por exemplo o projeto desenvolvido pela Agência da Modernização Administrativa [AMA], e a otimização de processos”.

De acordo com os dados, “40% das organizações em Portugal utilizam plataformas de cloud pública para experimentação, desenvolvimento e testes de IA” e cerca de um quarto (26%) “utilizam plataformas de cloud pública em todo o ciclo de implementação de IA, de ponta a ponta, o que faz de Portugal um mercado em linha com a Europa Ocidental”.

Mais de um terço (36%) das organizações “têm um órgão de governance que supervisiona a IA responsável” e “77% das organizações afirmam que é importante ou muito importante que os fornecedores de IA tenham uma estratégia de IA responsável”.

Numa análise sobre a Europa, os dados da IDC apontam que “as empresas estão ansiosas por adotar a tecnologia de IA, com 67% dos inquiridos a utilizar atualmente ferramentas de IA nas suas organizações e 21% a planear fazê-lo nos próximos 12 meses”.

As empresas que já implementaram “estão a obter um retorno dos seus investimentos em IA no prazo de 14 meses, sendo que por cada 0,91 euros que investem em IA, estão a obter uma média de 3,06 euros de retorno”.

No entanto, “a escassez de profissionais qualificados está a impedir 54% das empresas de acelerar as suas inovações baseadas em IA“.

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Portugal acima da média no consumo de eletricidade renovável na UE

Em 2022, mais de metade do consumo de eletricidade em Portugal foi proveniente de fontes renováveis. Apesar de estar acima da média, o país não ocupou um lugar no pódio.

Portugal mantém-se entre os principais consumidores de eletricidade renovável na União Europeia (UE), não conseguindo superar, ainda assim, a Suécia, Dinamarca e Áustria que, em 2022, foram os maiores consumidores desta energia.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, em 2022, a maior parte do consumo bruto de eletricidade em Portugal proveio de fontes renováveis, cerca de 61%. Um aumento quando comparado com os dois anos anteriores, altura em que este consumo representava cerca de 58%.

Na Suécia, cerca de 83% do consumo de eletricidade é proveniente de fontes renováveis, com a energia hídrica e a eólica a serem os principais impulsionadores. Na Dinamarca, o consumo de eletricidade “verde” representa cerca de 77% e na Áustria esse valor desce para 74,7%. Foram também registadas percentagens maioritárias na Croácia (55,5%), Letónia (53,3%) e Espanha (50,9%).

À semelhança destes países, também a Finlândia e a Alemanha — ambos com 47% — a Roménia (43%) e a Grécia (42%) registam níveis de consumo de eletricidade “verde” acima da média europeia. O gabinete de estatística europeu detalha que essa média manteve-se na ordem dos 37%, entre 2020 e 2021, tendo subido para 41%, em 2022. No total, as fontes de energia renováveis registaram um aumento de 5,7% entre 2021 e 2022.

Ademais, acrescenta o Eurostat, a eletricidade proveniente de renováveis situa-se bem à frente de outras fontes, como a nuclear (menos de 22%), o gás (menos de 20%) ou o carvão (menos de 17%).

A energia eólica e a energia hidroelétrica representaram mais de dois terços do total da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis (37,5 % e 29,9 %, respetivamente). O restante um terço da eletricidade provém da energia solar (18,2%), dos biocombustíveis sólidos (6,9%) e de outras fontes renováveis (7,5%). O Eurostat indica ainda que a energia solar é a fonte em mais rápido crescimento: em 2008, representava apenas 1% da eletricidade consumida na UE.

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Associação dos centros comerciais junta-se a programa para acelerar requalificação dos trabalhadores

Programa Pro_Mov e APCC assinam protocolo esta quarta-feira para "impulsionar empregos do futuro" através da requalificação dos trabalhadores.

Há mais empresas portuguesas empenhadas em acelerar a requalificação dos trabalhadores. A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) acaba de celebrar um protocolo com o programa Pro_Mov, que disponibiliza formação em várias áreas, a pensar nos empregos do futuro.

“O Pro_Mov e a APCC uniram esforços para impulsionar os empregos de futuro, através de um protocolo que visa dinamizar o programa de requalificação profissional junto dos mais de 140 associados“, foi anunciado esta quarta-feira, numa nota enviada às redações.

Importa notar que o Pro_Mov é um programa nacional de requalificação que se insere na iniciativa europeia Reskilling 4 Employment.

Foi criada pelo European Roundtable for Industry, um fórum de alto nível que junta cerca de 60 CEO e presidentes de empresas, entre as quais Sonae, Nestlé e SAP. O objetivo dessa iniciativa é requalificar um milhão de europeus até 2025.

Conforme escreveu o ECO, em novembro, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinou um protocolo com mais de 50 empresas e associações — entre as quais, a Sonae, a SAP, a Nestlé, a Business Roundtable Portugal e a Confederação Empresarial de Portugal — com vista a acelerar a requalificação dos trabalhadores portugueses, através deste programa.

Agora é a vez da APCC se juntar, sendo que o protocolo será assinado esta quarta-feira no Porto, na conferência “Liderar na era da disrupção”.

“A entrada da APCC marca o primeiro alargamento do Pro_Mov, após a assinatura do memorando de entendimento no final do ano passado. A APCC conta com mais de 140 associados, incluindo 90 conjuntos comerciais, que integram 7.959 lojas, geram 280.847 postos de trabalho e contam com 475 milhões de visitas por ano”, é sublinhado em comunicado.

Perante este cenário, Domingos Lopes, presidente do IEFP e do Steering Pro_Mov, destaca que a adesão da APCC é “mais um reforço do programa, que é já uma referência e uma reconhecida boa prática no domínio das políticas públicas de emprego e formação profissional”.

Já Cristina Moreira dos Santos, presidente da APCC, salienta que a assinatura deste protocolo permite “promover a dinamização da requalificação profissional e a reintegração no mercado de trabalho de profissionais qualificados e preparados para os desafios atuais e futuros”. “A requalificação de recursos humanos e o seu regresso ao mercado de trabalho permite-nos usufruir de uma nova pool de emprego que se revela fundamental para fazer face ao dinamismo e requisitos do setor“, remata a responsável.

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Televendas voltam a dominar publicidade no primeiro mês do ano

Nas agências de meios é a Dentsu Media/Carat quem ocupa a primeira posição, enquanto a VML lidera entre as agências criativas.

Tal como ocorreu no ano passado, as televendas voltaram a dominar o investimento em publicidade no primeiro mês do ano, com a Ediclube a ser novamente o maior anunciante do mês de janeiro. De acordo com o ranking mensal elaborado pela MediaMonitor, a empresa investiu em publicidade, a preços de tabela — ou seja, sem os descontos negociados com os meios — 49 milhões de euros. Deste montante, a quase totalidade (48,9 milhões) foi alocada à televisão.

O segundo maior anunciante foi o Modelo Continente, com 40,9 milhões de euros investidos em publicidade, enquanto a Procter & Gamble ocupa a terceira posição com 32,2 milhões. Em ambos os casos, a esmagadora maioria do investimento foi feito em televisão.

No top 5 seguem-se a McDonald’s e a Unilever Fima, ficando a lista dos 10 maiores anunciantes em janeiro completa com o Lidl, a Med&cr – Serviços de Gestão de Cartões de Saúde, a Reckitt Benckiser, a Viva Melhor Sempre e a Vodafone.

No total, e sempre a preços de tabela, o investimento mensal em todos os meios foi de 1.209 milhões de euros, com a grande fatia (1.116 milhões) a caber à televisão. A internet foi o segundo meio a colher mais investimento (27,2 milhões), seguindo-se o outdoor (25,5 milhões), a rádio (19,8 milhões), a imprensa (18,4 milhões) e o cinema (1,9 milhões).

Analisando por meios, a Ediclube foi a que mais investiu em televisão, enquanto a Endesa lidera o investimento em internet e a Think Out Loud foi a maior anunciante em outdoor. O investimento em rádio foi liderado pelo Modelo Continente, em imprensa pelo Global Media Group (dono do DN, JN ou O Jogo) e em cinema pela Nos.

Entre as agências de meios, também a preços de tabela, o primeiro mês do ano foi liderado pela Dentsu Media/Carat, com 131,9 milhões de euros, seguida pela Arena (119,8 milhões) e a OMD (108,3 milhões). As primeiras cinco posições ficam preenchidas com a Wavemaker e a Havas Media. No top 10 segue-se a Zenith, a Initiative, a Mindshare, a PHD e a Starcom Mediavest Group.

Já nas agências criativas, os primeiros lugares são ocupados pela VML, Fuel, Havas Worldwide, Santa Fé Orange e Publicis. O ranking fica completo com O Escritório, a Dentsu Creative, a TWBA, a BBDO e a Caetsu.

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