Regulador condena empresas da Floene a pagar 81 mil euros por 20 infrações

As infrações vão desde a não disponibilização de informação no site até à falta de verificações anuais que permitissem adequar o escalão ao consumidor.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) condenou empresas do grupo Floene a pagar coimas no valor global de 81.000 euros pela prática de 20 infrações. Estas infrações vão desde a não disponibilização de informação no site até à falta de verificações anuais que permitissem adequar o escalão ao consumidor.

No âmbito de dez processos de contraordenação, foram visadas a Beiragás – Companhia de Gás das Beiras, a Dianagás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de Évora, a Duriensegás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural do Douro, a Paxgás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de
Beja, a Tagusgás – Empresa de Gás do Vale do Tejo, S.A., Lisboagás GDL – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de Lisboa, a Lusitaniagás – Companhia de Gás do Centro, a Setgás – Sociedade de Distribuição de Gás Natural e a Medigás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural do Algarve.

No caso da Lisboagás, foi detetada uma infração por violação da periodicidade nas verificações anuais da adequação dos escalões de consumo das instalações de clientes, para efeitos de faturação do serviço de fornecimento de gás natural. A visada reconheceu “responsabilidade a título negligente” e comprometeu-se a corrigir a situação. A empresa disponibilizou-se ainda para compensar os clientes que apresentem reclamações fundadas sobre o tema, no valor unitário de 20 euros. Desta forma, a coima aplicada à empresa foi reduzida de 54.000 euros para 27.000 euros.

Já os restantes processos, que incidem sobre as outras nove empresas do grupo visaram infrações por não publicação, na página das empresas na internet, de relatórios da qualidade serviço, além da não disponibilização online de informação sobre as entidades de resolução alternativa de litígios “de forma clara, compreensível e facilmente acessível”.

As coimas, neste caso, oscilaram entre os 2.000 e os 17.500 euros, “tendo as empresas procedido ao pagamento integral das coimas no valor global de 54.000 euros“, informa a ERSE.

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Marcelo dá “luz verde” ao alargamento das ajudas de custo dos deputados

O Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República, apesar de "traduzir um aumento de despesa parlamentar em 2025 com efeitos retroativos a 2023", segundo a nota de Belém.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma da Assembleia da República, aprovado no último plenário antes de o Parlamento ser dissolvido, que alarga as ajudas de custo dos deputados a mais atividades parlamentares, como reuniões dos grupos parlamentares ou para definição do sentido de voto de orçamentos do Estado, segundo uma nota publicada no site de Belém.

Marcelo alerta, contudo, para o aumento da despesa parlamentar em 2025, ano em que serão pagos os retroativos com efeitos a setembro de 2023.

“Uma vez que o presente diploma, aprovado por unanimidade nas vésperas da há muito anunciada dissolução do Parlamento, foi votado favoravelmente pelos deputados de todos os partidos, e não obstante traduzir um aumento de despesa parlamentar em 2025 com efeitos retroativos a 2023, o Presidente da República promulgou o decreto da Assembleia da República que procede à décima sexta alteração ao Estatuto dos Deputados […], adequando-o às alterações introduzidas pelo Regimento da Assembleia da República n.º 1/2023, de 9 de agosto”, lê-se no mesmo comunicado.

A alteração, assinada por Pedro Delgado Alves (PS), Hugo Carneiro (PSD), Bruno Nunes (Chega), Patrícia Gilvaz (IL), Alma Rivera (PCP), Pedro Filipe Soares (BE), Rui Tavares (Livre) e Inês Sousa Real (PAN), e aprovada por unanimidade por todos os deputados, passa a considerar para o pagamento das ajudas de custo de 69,19 euros por dia aos deputados que residam fora da Área Metropolitana de Lisboa atividades parlamentares que antes estavam excluídas: reuniões de grupos parlamentares, de direções de bancada e para definição do sentido de voto de orçamentos do Estado. Para este efeito, não contam as reuniões de trabalho dos deputados únicos, ou seja, sem grupo parlamentar.

O montante corresponde ao valor que é atribuído aos membros do Governo e só é pago se os trabalhos parlamentares decorrerem durante dois ou mais dias por semana.

Os deputados com morada nos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa podem receber até um terço daquele valor, ou seja, até 22,83 euros por dia.

O diploma adequa o que já estava plasmado no Estatuto dos Deputados, alterado em 2023. Assim, o alargamento das ajudas de custa tem efeitos a setembro de 2023, mas os retroativos só serão transferidos para a conta dos deputados a 1 de janeiro de 2025, por causa da norma travão dos orçamentos de Estado (OE). Ou seja, como o OE para 2024 ainda não contemplava esta despesa, a fatura vai passar para o OE para 2025.

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Espanhóis apresentam melhores propostas para reabilitação do IP3

As construtoras espanholas apresentam as propostas mais baixas para a intervenção no IP3. Foram feitas dez propostas para este concurso público, ficando seis dentro do preço base lançado pelo Governo.

As construtoras espanholas lideram a corrida ao concurso público internacional para uma intervenção no IP3, entre Santa Comba Dão e Viseu. As propostas apresentadas pela Ferrovial e pelo consórcio formado pela Acciona estão na frente, numa lista de dez propostas ao procedimento lançado em julho do ano passado.

Os espanhóis da Ferrovial apresentaram o valor mais baixo para a obra no IP3, avançando com uma proposta de 103,3 milhões de euros, ficando 20,6% abaixo do valor base para esta empreitada, segundo os valores a que o ECO teve acesso. Na lista segue-se a proposta liderada pela também espanhola Acciona, em consórcio com a DST, com um preço de 109,2 milhões de euros.

A espanhola FCC, em consórcio com a portuguesa Alberto Couto Alves (ACA), apresentam a terceira melhor oferta para a construção (114,99 milhões de euros), seguindo-se a ABB (117,99 milhões de euros), o grupo formado pela Teixeira Duarte, Gabriel Couto e Embeiral (118,15 milhões de euros) e a Mota-Engil (128,9 milhões de euros).

As outras quatro construtoras (Ilhaugusto, Sacyr Somague, Fernando L. Gaspar e Conduril) que manifestaram interesse no concurso apresentaram valores acima do valor base fixado para esta empreitada, com a Conduril a apresentar a proposta mais cara, acima de 175 milhões de euros.

O Governo lançou no passado mês de julho o concurso para uma intervenção no IP3, entre Santa Comba Dão e Viseu, num investimento de 130 milhões de euros. Na altura, o então ministro das Infraestruturas, João Galamba, adiantou que esperava “ter máquinas no terreno no final do próximo ano”, com o objetivo de “ter a obra pronta o mais rapidamente possível”.

Em causa está a ligação “entre Santa Comba Dão e Viseu, com perfil de autoestrada”, ou seja, duas faixas de cada lado. “Terminaremos estas intervenções no IP3 com mais de 85% com perfil de autoestrada e uma percentagem muito reduzida, por impossibilidade física de duplicação, sem ser com duas faixas de cada lado”, detalhou Galamba.

A expectativa era que a adjudicação da obra ocorresse durante este verão, enquanto o prazo de execução estará dependente da disponibilidade para introduzir maiores ou menores constrangimentos no trânsito local.

O último grande concurso ganho em Portugal pela Ferrovial foi a adjudicação da expansão do Metro do Porto, em 2020, num investimento de 288 milhões de euros.

Já a Acciona foi a empresa escolhida para a construção do Hospital de Évora, em abril de 2020, tendo-se proposto realizar a obra por 148,9 milhões de euros. Contudo, em outubro de 2022, pediu uma compensação adicional de 50 milhões de euros ao Estado para realizar o projeto.

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Repsol segue no leilão eólico offshore após quebra na aliança com Orsted

Orsted anunciou a saída de mercados como Portugal, Espanha e Noruega. Dinamarquesa tinha formado parceira com a Repsol para participar no leilão eólico offshore, mas esta aliança caiu por terra.

A parceria que a Repsol e a Orsted formaram, para participarem em conjunto no primeiro leilão eólico offshore em Portugal, foi quebrada. A Orsted anunciou esta quarta-feira que vai desistir do mercado português, abdicando desta forma do concurso. Já a petrolífera espanhola confirma ao ECO/Capital Verde que vai manter-se no leilão.

A Repsol mantém-se no leilão“, garante fonte oficial ao ECO/Capital Verde depois de a gigante dinamarquesa ter anunciado que vai desistir da aposta no setor em Portugal, Espanha e Noruega, numa altura em que decidiu também “suspender” dividendos e cortar cerca de 800 postos de trabalho nos mercados onde opera.

Embora a empresa não tivesse ainda inaugurado nenhum projeto em Portugal, a Orsted estava em vias de fazê-lo em parceria com a Repsol no âmbito do primeiro leilão eólico offshore do país. De acordo com o jornal Expresso, as duas empresas iriam formalizar junto do Governo português a sua intenção de participar neste leilão. Mas a dupla desistiu da parceria.

A petrolífera espanhola revela que a parceria entre as duas empresas não vai avançar porém salienta que, durante o “ano e meio de trabalho em conjunto”, a Repsol conseguiu “reforçar a sua experiência no setor da energia eólica flutuante e fazer avançar os projetos para o futuro”, tal como já tinha revelado ao ECO/Capital Verde.

Embora a parceria não avance, a Repsol mantém o interesse no leilão e de continuar a aposta na energia eólica offshore por acreditar que a tecnologia “desempenhará um papel relevante no futuro para alcançar os objetivos de descarbonização a nível global e, claro, em Espanha e Portugal”.

Apesar desta aliança ter falhado, a Repsol admite estar aberta a formar novas parcerias para participar no primeiro concurso lançado pelo Governo neste âmbito, frisando estarem “abertos a qualquer possibilidade”.

“A Repsol demonstrou nos últimos anos a sua capacidade de criar valor nas energias renováveis, com mais de 2 gigawatts (GW) em funcionamento em todo o mundo”, acrescentam. E quanto à ex-parceira, a petrolífera espanhola despede-se com votos de boa sorte: “Desejamos à Orsted sucesso nos seus próximos projetos.”

A desistência da Orsted destes três mercados faz parte da estratégia da empresa de restaurar a confiança dos investidores, depois de uma expansão difícil no mercado dos Estados Unidos. De acordo com a notícia avançada esta quarta-feira pelo Financial Times, a gigante dinamarquesa, além de estar a enfrentar elevadas taxas de juro, tem sentido dificuldades por ainda não ter sido capaz de obter créditos fiscais nem autorizações para fabricar peças localmente. Estas condições terão deixado a Orsted atada a “imparidades de vários milhares de milhões de dólares“, descreve o jornal britânico.

Face à situação, a Orsted viu-se obrigada a reduzir os seus objetivos de capacidade de produção de energia renovável até 2030, cortado a meta de 50 gigawatts (GW) a nível global para até 38 GW, até final da década.

De forma a continuar a expansão nos EUA, a dinamarquesa decidiu desistir de mercados, como Noruega, Espanha e Portugal e até de atividades no Japão. De acordo com o comunicado citado pelo Expresso, os cancelamentos destes projetos e outras contenções vão permitir poupar 25 mil milhões de coroas dinamarquesas (cerca de 4,7 mil milhões de euros ao câmbio atual) em investimentos entre 2024 e 2026.

Notícia atualizada às 12h55 com as declarações da Repsol

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Desemprego ficou abaixo do previsto pelo Governo em 2023, mas subiu no quarto trimestre

Executivo estava a apontar para uma taxa de desemprego de 6,7% em 2023, mas soube-se esta quarta-feira que, afinal, ficou em 6,5%. Confirma-se a previsão da Comissão Europeia.

O mercado de trabalho teve um melhor desempenho em 2023 do que o Governo estava à espera. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego fixou-se em 6,5% no conjunto do ano passado, abaixo dos 6,7% estimados pelo ministro das Finanças, Fernando Medina. Contudo, o desemprego terminou 2023 a subir, numa altura em que os empregadores se confrontam com múltiplos desafios, dos juros altos ao abrandamento da atividade.

“Em 2023, a população desempregada, estimada em 346,6 mil pessoas, aumentou em relação a 2022 (8,6%; 27,5 mil). A taxa de desemprego foi de 6,5%“, adiantou o gabinete de estatísticas num destaque publicado esta quarta-feira.

No cenário macroeconómico que serviu de base ao Orçamento do Estado para 2024, o Governo de António Costa estimava que a taxa de desemprego ficaria em 6,7% em 2023, acima dos 6% registados em 2022. Ora, de acordo com o INE, o desemprego cresceu mesmo no último ano (dos referidos 6% em 2022 para 6,5%), mas menos do que o projetado por Medina. De resto, confirmam a previsão do Banco de Portugal, da Comissão Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O INE detalha que entre os mais jovens (16 aos 24 anos) a taxa de desemprego fixou-se em 20,3% em 2023, acima do verificado no ano anterior (em 1,2 pontos percentuais). O desemprego jovem tem estado em destaque, uma vez que, apesar da melhoria das qualificações, estes portugueses sentem dificuldades em encontrar vagas adequadas no mercado de trabalho. Sair do país tem sido a opção escolhida por milhares, o que tem deixado em alerta políticos e empregadores.

Já no sentido inverso, a proporção de desempregados de longa duração foi estimada em 37,7% em 2023, menos 7,4 pontos percentuais do que em 2022. Ou seja, caiu a fatia de desempregados que estão sem trabalho há, pelo menos, 12 meses.

Por outro lado, Portugal terminou o ano de 2023 com 4.978,5 mil pessoas empregadas, isto é, mais 97,1 mil do que em 2022, o equivalente a uma subida de 2%.

Desemprego termina o ano a subir

O destaque do INE permite, além da leitura anual do mercado de trabalho, analisar como evoluiu o desemprego entre outubro e dezembro. Nesse período, a taxa de desemprego situou-se em 6,5%, valor superior em 0,5 pontos percentuais ao do terceiro trimestre e igual ao do mesmo trimestre de 2022.

No total, havia 354,6 mil pessoas sem emprego em Portugal, calcula o gabinete de estatísticas. É o correspondente a um salto de 8,7% em cadeia e de 3% face ao período homólogo.

Quanto à população empregada, o quarto trimestre de 2023 foi sinónimo de um recuo de 0,7% em cadeia para 4.980,5 mil pessoas. Já em termos homólogos, deu-se um aumento de 1,6%.

Dos portugueses empregados, 886,6 mil (o equivalente a 17,8%) fizeram-se a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, ou seja, em teletrabalho. Face ao terceiro trimestre, houve um aumento da fatia de teletrabalhadores (em 1,2 pontos percentuais).

Destaque ainda para a subutilização do trabalho, que abrangeu 636,8 mil pessoas, “o que corresponde a um acréscimo de 2,6% (15,9 mil) em relação ao trimestre anterior e de 0,4% (2,3 mil) relativamente ao período homólogo”. Já a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,6%, aumentou em cadeia (0,3 pontos percetuais), mas diminuiu em termos homólogos (0,2 pontos percentuais)

(Notícia atualizada às 11h55)

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Criação e Distribuição de NFTs

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  • 7 Fevereiro 2024

O oitavo episódio do podcast "Inovação e Tecnologia", da Morais Leitão, tem como protagonistas Nicole Fortunato, Paulo Rendeiro e Ashick Remetula.

No vasto universo digital, onde a tecnologia redefine constantemente as normas, os NFTs (Tokens Não Fungíveis) emergiram como protagonistas da revolução artística e financeira, já que são ativos digitais únicos.

Neste episódio do podcast “Inovação e Tecnologia”, que teve como tema “Criação e distribuição de NFTs”, Nicole Fortunato, Paulo Rendeiro e Ashick Remetula explicam como os NFTs funcionam, quais os cuidados a ter na sua aquisição e, ainda, quais as perspetivas para o futuro.

Um NFT é um ativo digital criado numa rede, chamada blockchain, que é um sistema descentralizado de arquivo e de transmissão de informação, que se distingue dos tokens normais, por exemplo a bitcoin, pelo facto de ser infungível. Ou seja, tem associado a ele uma característica própria, intrínseca, que o faz ser diferente de todos os outros”, começou por dizer Nicole Fortunato.

A esta explicação, Ashick Remetula acrescentou ainda: “Quando falamos de NFTs não falamos de um criptoativo. Não são a mesma coisa porque não têm sido olhados assim pela legislação e pelos reguladores – quer cá, quer a nível comunitário -, não só pelas diferenças que a Nicole há pouco referiu, mas por uma opção meramente legisladora de querer diferenciar uma coisa de outra e, pelas características inerentes a uns e outros, têm de ser tratados de forma diferente”.

Quais são as diferenças?

“No fundo, é a fungibilidade de uns e não de outros. Ou seja, temos o NFT, que é único, não é fungível, e temos os criptoativos que são como um outro bem qualquer que possamos ter e trocar. A forma como transacionamos é diferente, os riscos que estão associados aos mesmos são diferentes”, continuou.

Por sua vez, Paulo Rendeiro explicou que, há um ano e meio atrás, “o escritório e alguns clientes começaram a ter a noção que os contratos e as ideias associando o desporto aos NFTs começaram a surgir em catadupa”: “Criar um vídeo de um golo e criar um NFT, tirar uma fotografia de uma chuteira de um jogador e criar um NFT, para depois vendê-lo e lançá-lo no mercado e tentar fazer o máximo de dinheiro possível”.

Ainda assim, existem algumas dúvidas sobre a vantagem de ter a fotografia de uma chuteira através de um NFT ou através de um papel, por exemplo. E, para Nicole Fortunato, “a diferença está em quem a cria”. “O NFT é uma espécie de autógrafo, de assinatura digital, e aquilo que acontece é que, quem compra aquele NFT sabe que, de alguma forma, o dono daquela chuteira esteve envolvido na criação daquele NFT”, disse.

A sócia da Morais Leitão disse, ainda, que “na área do desporto, já não se quer comprar um NFT só pelo NFT, mas sim porque isso vai permitir ter um “one a one” com um jogador de futebol de quem se gosta imenso. Dá um acesso privilegiado, que outros fãs não vão ter”.

NFTs na arte, em marcas de luxo e no mercado gaming

“Acho que já é a segunda coleção que a Louis Vuitton lança com NFT. Na anterior, acho que deram acesso exclusivo a um número limitado de peças. E acho que a NIKE e a Adidas também já tentaram fazer isso. No segmento das marcas de luxo tem funcionado muito assim”, afirmou Ashick Remetula. Já no mercado da arte, a compra de NFTs acontece numa lógica de coleção de peças, mas não só: “Julgo que já houve artistas portugueses a entrarem neste mercado. E já tivemos exposições de obras de arte em NFTs, com a grande diferença de podermos criar algo movimentado”.

Ainda assim, e apesar da adesão de vários setores aos NFTs, Ashick Remetula destacou o mercado gaming como “um dos principais a ganhar com este tipo de ativo”: “À data se calhar ainda não é possível, mas vamos imaginar que eu vou comprar uma skin de um jogo para eu próprio usar e, com isso, ter um desenho diferente do que quer que seja. Isto ainda não é interoperacional entre todos os jogos, mas vamos imaginar que, a certa altura, poderá haver algo que funcione nesse estilo. E isto cria um sentimento de pertença ao utilizador que, se calhar, é um dos triggers para poder ser um dos utilizadores desse mercado“, acrescentou.

Por estas razões, Paulo Rendeiro afirmou mesmo que, hoje em dia, as pessoas já não esperam comprar NFTs para ganharem dinheiro”: “Mesmo nos contratos que vão surgindo (muito a conta-gotas) neste momento, já não há os mínimos garantidos, portanto, os royalties são baixíssimos e acaba por não haver grande incentivo”.

Contudo, Nicole Fortunato alertou para a necessidade de, mesmo sem mínimos garantidos, haver uma preocupação com outros tipos de riscos. “Uma das principais preocupações que tivemos desde o início foi garantir que havia sempre direito a uma última palavra relativamente à aprovação ao resultado final do NFT, garantir que havia limites ao que estava relacionado com a propriedade intelectual e com os direitos imagem do jogador. Isto porque a verdade é que o NFT pode apenas replicar um momento de um golo, mas também pode tentar deformar a imagem e fazer uma caricatura que, no final, não agrada aquele que é o dono daquela imagem“, concluiu.

Acompanhe toda a conversa aqui:

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Planicare convida mais de 100 agentes para reunião geral

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  • 7 Fevereiro 2024

Na mesma semana em que a Planicare lançou o inovador Planicare Family, realizou reunião geral repleta de novidades, estratégias de vendas e metas para o ano junto dos seus agentes.

A Planicare, companhia de seguros de saúde com rápido crescimento em Portugal, reuniu na passada sexta-feira, pela primeira vez, todos os seus agentes numa histórica jornada de alinhamento estratégico. A reunião, realizada em Vila do Conde, contou com a presença de mais de 100 agentes, vindos da zona Norte, e marcou o início de um novo capítulo para a Planicare, com foco na inovação, no crescimento sustentável e na excelência no atendimento ao cliente.

O CEO da Planicare, Rui Dinis, deu início à reunião, traçando um panorama ambicioso para o ano que se inicia. A empresa pretende aumentar a sua quota de mercado, alcançar um crescimento de 30% na carteira de clientes e reforçar a sua posição como pioneira em inovação no setor dos seguros de saúde. Os restantes membros da Comissão Executiva, Gonçalo Carvalho e José Carlos Garcia, abordaram a performance financeira da companhia de 2023 e o plano comercial para o próximo triénio, respetivamente.

Para alcançar estes objetivos, a Planicare vai focar-se em três pilares estratégicos:

  1. Expansão da Rede de Prestadores: A empresa irá alargar significativamente a sua rede de prestadores de saúde, oferecendo aos seus clientes mais opções e maior comodidade.
  2. Inovação em Produtos e Serviços: A Planicare continuará a investir em soluções inovadoras que respondam às necessidades dos seus clientes, com foco na personalização e na digitalização.
  3. Reforço da Parceria com os Agentes: A empresa reconhece o papel fundamental dos seus agentes no seu sucesso e está comprometida em fortalecer a parceria com eles, através de um conjunto de medidas de apoio e incentivos.

A Planicare apresentou na reunião um novo programa de parceria com os agentes, desenhado para potenciar o seu sucesso e aumentar a sua rentabilidade. O programa inclui:

  • Formação Avançada: A empresa irá oferecer aos seus agentes formação especializada em produtos, serviços e técnicas de vendas.
  • Suporte Dedicado: Uma equipa de especialistas estará disponível para fornecer aos agentes o apoio necessário para o seu dia-a-dia.
  • Tecnologia Inovadora: A Planicare irá disponibilizar aos seus agentes ferramentas digitais avançadas para otimizar a sua atividade.
  • Incentivos Atraentes: A empresa oferece um sistema de incentivos competitivo, com base no desempenho e na conquista de objetivos.

O encontro com os agentes da zona norte foi um marco importante para a Planicare, que inicia 2024 com um planeamento estratégico ambicioso e com a certeza de que conta com uma equipa de profissionais altamente qualificada e comprometida com o sucesso da empresa.

Na mesma semana a Planicare lançou um novo produto inovador: Planicare Family. Este produto permite a partilha de capital entre familiares, incluindo descendentes e ascendentes diretos, com uma rede de prestação de cobertura nacional e com três modalidades de capital seguro.

Com esta nova solução, as famílias podem beneficiar de um seguro de saúde completo e flexível, com um capital seguro que pode ser utilizado por todos os membros, de acordo com as suas necessidades.

Algumas das principais vantagens do Planicare Family:

  • Capital partilhado: O capital do seguro pode ser utilizado por todos os membros da família, independentemente da idade.
  • Flexibilidade: As famílias podem escolher o nível de cobertura que melhor se adapta às suas necessidades.
  • Cobertura de ambulatório completa: O Planicare Family oferece cobertura para uma vasta gama de serviços de saúde em regime de ambulatório, incluindo medicina geral e familiar, especialidades médicas, exames, análises e serviço de urgência.
  • Sem limite de idade: Não há limite de idade para aderir ao Planicare Family, o que o torna ideal para famílias com membros de todas as idades.
  • Sem questionário médico: A adesão ao Planicare Family é feita sem necessidade de preenchimento de questionário médico.

O Planicare Family é a solução ideal para famílias que pretendem:

  • Proteger a sua saúde e bem-estar;
  • Beneficiar de um seguro de saúde completo e flexível;
  • Partilhar o capital seguro com todos os membros da família;
  • Ter acesso a um atendimento de qualidade, sem limite de idade.

Para mais informações sobre o Planicare Family, consulte o website da Planicare ou contacte um dos seus mediadores.

A Planicare está bem posicionada para alcançar um crescimento significativo para os próximos anos, tendo como propósito atingir o Top 5 das seguradoras de saúde em Portugal. A empresa tem uma visão clara, objetivos ambiciosos e uma estratégia sólida para alcançar o sucesso. A parceria com os seus agentes será um fator fundamental para a concretização dos seus objetivos.

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Taxas Euribor descem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2024

Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,895%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,899%) e acima da taxa a 12 meses (3,656%).

A Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira, depois de ter subido nas três sessões anteriores e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.

Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,895%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,899%) e acima da taxa a 12 meses (3,656%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, desceu para 3,656%, menos 0,011 pontos que na terça-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também recuou esta quarta-feira para 3,899%, menos 0,023 pontos que na véspera, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,895%, menos 0,037 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em janeiro voltou a cair nos três prazos, mas menos acentuadamente do que em dezembro.

A média da Euribor em janeiro desceu 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em janeiro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).

Em dezembro, a média da Euribor baixou 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 07 de março.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Linha de crédito para agricultores foi prolongada até 2025

Grande dinâmica de investimento dos setores agrícola e agroindustrial e prolongamento do PDR2020 levou à extensão até 2025 da linha de crédito garantida. Custos poderão prolongar-se até 2038.

A linha de crédito garantida para os agricultores foi prolongada até 2025, o que obrigou a um aumento dos encargos em 350,87 milhões de euros.

O prolongamento da vigência do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR2020) através do Regulamento de Transição (2021-2022) – com o objetivo de que não haveria quebras de apoios na transição de quadro comunitários (do PT2020 para o PT2030) – “bem como a grande dinâmica de investimento dos setores agrícola e agroindustrial de que constitui exemplo a intensa procura à referida Linha de Crédito Garantida, evidencia a necessidade de prorrogar a mesma até 31 de dezembro de 2025, e uma vez que os seus custos poderão prolongar-se até 2038, torna-se necessário adaptar a respetiva repartição anual dos encargos”, pode ler-se na portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República.

Esta linha de crédito foi criada em 2019 para ajudar a colmatar as dificuldades de financiamento das empresas do setor agrícola e agroindustrial através da criação de mecanismos de garantia e de apoio aos custos de financiamento. A linha, operacionalizada com o Fundo Europeu de Investimento (FEI), apoia investimentos em explorações agrícolas, nomeadamente por jovens agricultores, e investimentos na transformação, desenvolvimento e comercialização de produtos agrícolas.

A gestão desta linha com garantia pelo FEI tem custos financeiros de 2,28 mil milhões de euros cobertos pelo PDR2020, inicialmente até 31 de dezembro de 2023. Mas já se admitia a possibilidade de ser estendida para o período de 2024 a 2030, o programa de desenvolvimento rural seguinte. A previsão era de que os custos se prolongassem até 2036, e foi nessa perspetiva que foi feita a repartição anual dos encargos. Mas com o prolongamento do PDR2020, os custos estendem-se assim até 2038 (175,43 milhões de euros por ano).

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Advogados e juízes vão debater megaprocessos. Procuradores de fora por imposição da PGR

Nos dias 8 e 9 de fevereiro vai decorrer a conferência "Megaprocessos – Quando a justiça criminal é especialmente complexa" no Palácio da Justiça, em Lisboa.

Nos dias 8 e 9 de fevereiro decorre a conferência “Megaprocessos – Quando a justiça criminal é especialmente complexa” no Palácio da Justiça, em Lisboa. O evento é promovido pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa com o apoio do Conselho Superior da Magistratura e juntará juízes, órgãos de polícia criminal, advogados, académicos, oficiais de justiça e jornalistas.

Um encontro que começa já envolto em polémica: os procuradores foram impedidos de participar. Segundo avança o Público, a procuradora-geral da República, Lucília Gago, impediu vários procuradores – como Rosário Teixeira e Inês Bonina – de participarem na conferência, apesar de inicialmente estarem incluídos no programa.

“Os procuradores convidados, integrantes do primeiro programa divulgado, comunicaram à organização da conferência, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa e o CSM, que a Procuradoria-Geral da República entendeu não ser oportuna esta participação”, respondeu o CSM ao Público.

Já a PGR assume que “o momento não é de todo propício a que, no contexto do mencionado evento, essa reflexão possa ser feita com rigor e serenidade” e considerou “desaconselhada a participação de magistrados do Ministério Público”.

O tema dos megaprocessos é muito debatido por serem processos especiais e “mais complexos”, impondo necessidades logísticas superiores aos processos comuns, e por isso “não permitem o tratamento e julgamento no tempo considerado adequado, levando, muitas vezes, a que a imagem da Justiça saia prejudicada”, segundo o comunicado da conferência.

“Salvaguardar esta situação é uma preocupação antiga da Comarca de Lisboa, que se tem debruçado sobre o assunto. Nesse sentido, os Gabinetes de Apoio aos juízes e ao presidente da Comarca realizaram, ao longo dos últimos dois anos, um estudo quantitativo e qualitativo sobre os processos de especial complexidade ali tramitados”, refere a Comarca.

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Horários da STCP em tempo real chegam ao Google Maps até final do ano

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2024

Os horários e rotas dos autocarros em tempo real já estão disponíveis em novos ecrãs em oito abrigos, em formato de papel eletrónico (e-paper). O objetivo é alargar o projeto.

Os horários em tempo real dos autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) chegarão ao Google Maps até final do ano, pretendendo também a empresa que o novo projeto piloto em oito paragens se alargue a 650.

Questionada sobre se está prevista a disponibilização, em tempo real, dos horários dos autocarros em aplicações como o Google Maps, fonte oficial da STCP disse que “sim, não só nessa, como noutras plataformas, inclusive numa app STCP”, algo que está previsto acontecer até ao “final do corrente ano”.

“Ainda não avançámos para horários em tempo real porque estamos a implementar um projeto novo de um SAEI (Sistema de Apoio à Exploração e Informação) que simplificará muito os trabalhos de desenvolvimento que seriam exigidos com o sistema atual”, justifica a empresa, lembrando que no Google Maps já estão os horários planeados das linhas desde 2016.

Na terça-feira, a Câmara do Porto divulgou que já estão disponíveis, num projeto piloto em oito paragens, os horários e rotas dos autocarros em tempo real em novos ecrãs nos abrigos, em formato de papel eletrónico (e-paper), além de um mapa correspondente à rota de cada linha e mensagens áudio.

Em causa estão as paragens Praça D. João I (PRDJ), Praça Filipa de Lencastre (PRFL), Campanhã (CMP2), Boavista — Casa da Música (BCM1), Fluvial (FLU2), Sea Life Castelo do Queijo (CQ5), Hospital São João (Circ.) (HSJ9) e Universidade Católica (UC2).

A STCP refere que tem o “objetivo de instalação em 650 abrigos do Porto e, posteriormente, nos outros concelhos” servidos pela STCP.

O projeto piloto enquadra-se no desenvolvimento de novas funcionalidades do serviço Explore.Porto, que já disponibiliza este tipo de informação nas paragens do autocarro, através de um código QR afixado na própria estrutura, ou diretamente através do endereço explore.porto.pt, segundo a Câmara do Porto.

O Explore.Porto é uma das plataformas na internet onde a STCP disponibiliza os seus horários em tempo real, incluindo-se também o site da própria STCP (desde 2011), códigos QR em todas as paragens, o serviço SMS Bus (desde 2005) ou a ‘app’ Move-me, da Área Metropolitana do Porto (AMP).

Há ainda informação em tempo real em ecrãs nas estações de metro Casa da Música, Campanhã, São Bento e Trindade, 56 painéis de informação ao público “nas principais aglomerações de paragens” nos seis concelhos onde opera, e ainda ecrãs Infopub no Hospital São João e no Aeroporto, além do projeto Living Lab de Matosinhos.

A Lusa também questionou a AMP quanto à disponibilização de um serviço semelhante na nova rede Unir, que está prevista no Caderno de Encargos, mas não obteve resposta até ao momento.

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Espiões também foram aumentados à semelhança da PJ

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2024

Além da Judiciária e da Polícia Municipal, o Governo também valorizou as carreiras e aumentou o suplemento específico pago aos agentes das Secretas, com um aumento médio de 700 euros.

Não foi só a Polícia Judiciária (PJ) que teve aumentos. Também os espiões registaram, além de um aumento salarial, uma subida do seu suplemento com efeitos retroativos a janeiro de 2023, embora o valor seja reservado, avança o Público esta quarta-feira, que nota que o diploma referente às Secretas foi publicado no Diário da República a 28 de dezembro.

O aval dado ao regime das carreiras especiais dos trabalhadores do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) permitiu aos agentes nos cargos mais inferiores subir uma posição, o que lhes terá aumentado o ordenado em mais de 15%, enquanto, nos cargos superiores, como diretores, os aumentos terão sido superiores. O diploma também fez subir o “ónus específico”, um suplemento que é semelhante ao da Judiciária, cujo valor varia, mas, em média, cada agente das Secretas passou a receber mais 400 euros, perfazendo assim cerca de 700 euros no conjunto das duas medidas, segundo o Público.

O jornal nota que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma do Governo referente aos trabalhadores do SIRP um mês antes do que regulou o suplemento de missão para as carreiras da PJ, e de outro diploma que procedeu a aumentos salariais da Polícia Municipal. Estas foram as decisões que vieram a espoletar os protestos em curso no seio da PSP e da GNR.

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