Estas são as 25 startups portuguesas mais promissoras

As 334 startups tecnológicas analisadas no "Scaleup Portugal Report 2024" geraram 188 milhões de euros em receitas totais no último ano.

A i-charging, a Bloq.it e a 360hyper lideram o top 25 do ranking das startups nacionais mais promissoras no “Scaleup Portugal Report 2024”, da BGI e o EIT Digital.

As 334 startups tecnológicas consideradas neste relatório geraram 188 milhões de euros em receitas totais no último ano, com as 25 que aparecem em destaque a alcançaram coletivamente 87 milhões de euros em receitas.

Entre as 25 startups mais promissoras, destaca-se o setor de information & communication technologies (ICT), representando mais de metade (52%) do top 25. Segue-se o de consumer & web (28%).

Mas ao nível de receitas, embora representa apenas 20% das startups no ranking, o setor de cleanTech & industry 4.0 é aquele que tem mais peso: 49%. Seguem-se neste parâmetro, o ICT (37%) e consummer & web (13%).

 

As empresas de medTech & health IT não atingiram o top 25, “sugerindo-se que este setor ainda se encontra em fases iniciais de crescimento em comparação com os restantes”, segundo o comunicado enviado às redações.

Receitas geradas

Globalmente, dos 188 milhões de euros de receitas globais, 89 milhões de euros têm origem em startups do setor de ICT, seguindo-se o cleantech & industry 4.0 (64 milhões de euros), consummer & web (35 milhões de euros) e medTech & health IT (0,7 milhões de euros).

Lisboa é a cidade que mais acolhe startups, recebendo mais de um terço (34%) das analisadas no relatório — das quais 12 fazem parte do top 25 — e gerando 43% do total de receitas.

Seguem-se Porto (17%) e Aveiro (8%) entre as cidades mais inovadoras, acolhendo cinco e três startups do top 25, respetivamente. Ao nível de receitas, Porto e Aveiro contribuíram com 28% e 8%, respetivamente.

“Nos últimos cinco anos, o contributo das startups para a economia tem revelado um crescimento consistente, com uma taxa de crescimento do valor agregado bruto de 44%”, pode ler-se no relatório.

“Só em 2023, as startups portuguesas contribuíram com 61 milhões de euros em valor agregado bruto. Este valor sublinha a importância crescente do setor como fonte de valor económico e o seu papel significativo no reforço da posição de Portugal na economia digital global”, destaca.

Lideranças

O relatório também analisa a paridade de género no ecossistema, revelando que, entre as top 25, uma larga maioria (74%) é liderada por homens.

“Este valor é significativamente superior à média global do setor, onde 67% dos fundadores são homens. Os dados apontam para um desequilíbrio de género persistente nas startups, em particular entre as empresas com mais elevada performance, sugerindo que esforços maiores deverão ser necessários para aumentar a representação feminina no ecossistema de startups tecnológicas”, alerta o relatório.

Criação de empresas

O relatório deixa ainda um outro aviso à navegação sobre o ritmo de criação de novas startups. “Nos últimos cinco anos, Portugal tem assistido a um declínio gradual na criação de novas startups em todos os setores, refletindo um potencial abrandamento na atividade de empreendedorismo. Esta tendência poderá indicar desafios no ecossistema de startups local, como financiamento ou recursos limitados que impactam a formação de novos negócios”, pode ler-se. A exceção é o setor de ICT, a crescer em 2020 e 2021.

 

 

O estudo “Scaleup Portugal Report 2024” tem uma amostra global de 700 empresas, criadas entre janeiro de 2019 e os dias de hoje, em cinco áreas — information & communication technologies (ICT), cleantech & industry 4.0, consumer & web e medtech & health IT com base na sua “significativa tração entre os investidores” com “massa crítica” em Portugal —, tendo sido identificadas 334 empresas que atuam em tecnologias alinhadas com os setores analisados, do qual resultou o top 25.

Em Portugal, existem 4.719 startups.

(artigo atualizado precisando a amostra do estudo)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AD muda sentido de voto e aprova IVA reduzido na comida para bebés

Todos os grupos parlamentares votaram a favor da proposta da Iniciativa Liberal que coloca a alimentação para lactentes e crianças de pouca idade na lista de produtos a IVA reduzido.

O PSD e o CDS-PP decidiram mudar o sentido de voto e fizeram aprovar, esta quarta-feira, no Parlamento a proposta da Iniciativa Liberal que visa incluir a alimentação para lactentes e crianças “de pouca idade” na lista de produtos a IVA reduzido (6%). A medida acabou por ser aprovada por unanimidade, esta manhã.

“O debate na especialidade do Orçamento do Estado faz-se a construir ideias, a procurarmos convencer os outros dos nossos argumentos e a podermos, em cada instante, sermos construtivos naquilo que deve ser uma melhor proposta de Orçamento do Estado para 2025“, começou por sublinhar o social-democrata Hugo Soares.

“Queria, por isso, anunciar que as bancadas do PSD e do CDS resolveram alterar o sentido de voto e aprovar com a Iniciativa Liberal que os produtos alimentícios destinados a lactentes e a crianças de pouca idade possam ter IVA reduzido”, assinalou o deputado.

Esta medida tinha sido chumbada nas votações de terça-feira, mas foi avocado a plenário. E, desta vez, foi aprovada por unanimidade, isto é, além do PSD e do CDS-PP, também o PS decidiu mudar o seu sentido de voto.

De acordo com a proposta liberal, passam a estar sujeitas a IVA de 6%, no âmbito da alimentação infantil e para lactentes, nomeadamente, as fórmulas de transição, os alimentos para fins medicinais específicos e os substitutos integrais da dieta para controlo do peso.

“A presente proposta visa tributar à taxa reduzida este tipo de produtos, de modo a incentivar a natalidade e desonerar as famílias, o que para além da importância face à carga fiscal a que estas são sujeitas e pouco incentivo à natalidade, é especialmente relevante na presente conjuntura”, sublinha a Iniciativa Liberal, que desde 2020 já vinha defendendo, no Parlamento, esta redução fiscal.

É de notar que no próprio programa do Governo de Luís Montenegro estava previsto que a redução do IVA da alimentação para bebés seria ponderada ao longo desta legislatura, de forma a apoiar “as famílias no acesso a alimentação adequada do ponto de vista nutricional às necessidades dos bebés”.

Por outro lado, convém lembrar que até 2011 estes produtos eram tributados pela taxa intermédia de 13%, mas o quadro alterou-se com a chegada da troika.

O Governo então liderado por Pedro Passos Coelho optou por aumentar estes produtos para a taxa máxima de IVA, tendo, nessa época, a então ministra da Agricultura, Assunção Cristas, sublinha do que “as alturas de crise são também alturas para os pais refletirem sobre o que dão às crianças e voltar a dar fruta em estado natural“. “Basta falar com pediatras ou nutricionistas para perceber que boiões de fruta, de carne ou de peixe não é exatamente o que se deve dar aos bebés”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Português Banco Primus vende carteira de crédito em Espanha

  • ECO
  • 27 Novembro 2024

Com sede em Lisboa e detido pelos franceses do BPCE Financement, o banco prepara-se para colocar no mercado um portefólio de crédito à habitação com um valor inferior a 100 milhões de euros.

O Banco Primus pretende alienar a sua carteira de empréstimos em Espanha e está a avaliar a sua presença no mercado vizinho, adianta a agência financeira Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês), citando fontes próximas do processo.

O banco português prepara-se para colocar no mercado um portefólio de crédito à habitação com um valor inferior a 100 milhões de euros. Com sede em Lisboa, o Banco Primus é totalmente detido pelos franceses do BPCE Financement.

Desde 2011 que o Banco Primus deixou de conceder empréstimos para a compra de casa em Portugal e Espanha, concentrando a sua atividade no financiamento para a aquisição de automóvel novo ou usado no mercado nacional.

A Bloomberg refere que o processo está em curso e o banco poderá não avançar com a operação de venda.

Fonte oficial do Banco Primus frisou que “avalia regularmente as oportunidades para vender as suas unidades de negócio de crédito à habitação parcial ou totalmente”, mas não comenta eventuais planos de encerrar as operações em Espanha.

Em 2017, os franceses estiveram perto de vender o Banco Primus a um grupo australiano, mas a operação acabou por cair por terra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas que agravem leque salarial estão mesmo fora de incentivo em IRC

15.º mês e majoração em IRC das despesas com seguros de saúde chegaram a estar chumbadas, mas Chega mudou de posição. Ajudou, porém, a manter leque salarial como exigência do benefício de IRC.

O incentivo em IRC para as empresas que aumentem os ordenados dos trabalhadores vai continuar a estar destinado apenas àquelas que não agravem o seu leque salarial, isto é, não agravem a diferença entre quem ganha menos e mais. Em linha com o acordo assinado na Concertação Social, o Governo queria retirar essa exigência, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, mas uma maioria negativa travou essa intenção. A medida ainda foi avocada pelo PSD, mas os deputados confirmaram o chumbo esta quarta-feira.

“Os incentivos fiscais à valorização salarial em sede de IRC configuram mais um caso de engenharia económica à PS. Vamos impor que o leque salarial tem de se manter ou diminuir. Não podemos beneficiar quem aumenta a desigualdade salarial. O Governo propôs eliminar este requisito absurdo e o PS insiste que se mantenha”, sublinhou, no debate desta manhã, João Vale e Azevedo, ainda antes da votação das normas avocadas.

O deputado social-democrata ainda apelou a que o PS aproveitasse esta oportunidade para “desistir de por o IRC a fazer redistribuição” de rendimentos — “isso cabe ao IRS e aos apoios sociais”, disse –, mas a maioria negativa manteve-se.

Com os votos desfavoráveis do PS, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e Chega, e a abstenção do PAN, a exigência de não agravar o leque salarial vai, portanto, continuar na lei.

Com este sentido de voto, os socialistas foram contra uma das medidas que ficaram previstas no acordo de salários e crescimento económico, que foi assinado em outubro pelo Governo com as quatro confederações empresariais e a UGT na Concertação Social. E essa não foi a única.

O PS votou (a par da restante esquerda) contra o artigo do Orçamento do Estado para 2025 que prevê que as despesas das empresas com seguros de saúde vão valer mais 20% em sede de IRC. Neste caso, como o Chega votou a favor, a medida foi aprovada, o que significa que o acordo de Concertação Social vai mesmo ser cumprido.

Nas votações de terça-feira, inicialmente, o Chega tinha optado pela abstenção, o que, contas feitas, significava que a medida seria rejeitada, mas decidiu, depois, mudar o seu sentido de voto, para o voto favorável, viabilizando-a.

Esta mudança não passou em branco, com o deputado Mário Lopes, da Iniciativa Liberal, a atirar esta manhã que o Chega “não sabe bem o que está aqui [no Parlamento] a fazer“.

Outra medida na qual o Chega mudou o seu sentido de voto foi na isenção de impostos dos prémios de produtividade, o chamado 15.º mês. Na terça-feira, o Chega começou por se abster, o que significava que a proposta ficaria pelo caminho. Mas a bancada de André Ventura acabou por votar favoravelmente, garantindo a sua viabilização. A votação foi repetida esta manhã e o Chega voltou a votar favoravelmente.

Já o PS votou sempre contra esta proposta, que chegou ao debate público quando ainda os socialistas estavam no Governo. A medida foi, primeiro, sugerida pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), mas o Executivo de António Costa não a acolheu. Já o Executivo de Luís Montenegro incluiu esta medida no seu programa e no acordo de Concertação Social, daí a sua presença no Orçamento do Estado para 2025.

Ainda assim, o presidente da própria CIP, Armindo Monteiro, tem deixado críticas ao desenho escolhido para esta medida, considerando que tem “amarras” que ameaçam a sua viabilidade, nomeadamente o facto de a empresa ter de aumentar os salários dos trabalhadores para poder dar estes prémios isentos de IRS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Cascais altera IMI com agravamento para imóveis devolutos e redução da taxa no arrendamento

  • ECO
  • 27 Novembro 2024

Cascais aprovou um novo pacote fiscal centrado no IMI e que inclui o aumento do imposto em 30% nos prédios urbanos degradados. A devolução do IRS e a redução na derrama são outras medidas para 2025.

A Câmara Municipal de Cascais vai agravar a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) nos prédios urbanos degradados, bem como naqueles que estejam em ruínas ou devolutos há mais de um ano e ainda nos devolutos em zona de pressão urbanística. Para os primeiros, a autarquia refere “uma majoração em 30%”. O novo conjunto de medidas fiscais do município para o IMI, aprovado esta semana, começa a ser aplicado em 2025.

Entre as medidas no pacote fiscal em sede de IMI estão o corte de 20% sobre imóveis arrendados para habitação, bem como a redução da taxa normal de IMI para 0,33% (entre os 0,3% e os 0,45% balizados pela lei). Esta opção permitirá uma poupança superior a 1,5 milhões de euros para os munícipes, face ao que pagam até aqui, valor que, calcula a autarquia, subiria para 26,5 milhões de euros num cenário teórico de aplicação do máximo de 0,45%.

Este pacote inclui ainda a redução da taxa de IMI nos imóveis para habitação própria e permanente, medida que, segundo o comunicado da autarquia, resultará numa poupança de cerca de 1,4 milhões de euros para os beneficiários. Os prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais construídos ou melhorados para habitação própria, ou que sejam objeto de reabilitação, vão ter uma isenção, que resulta numa poupança anual média de 150 mil euros, ao longo de cinco anos.

Sem alteração fica a taxa de IMI com deduções fixas entre 30 e 140 euros, indexada ao número de dependentes.

Em relação à atividade económica, o executivo municipal vai aplicar uma taxa de 0,05% na derrama das empresas com volume de negócios até 150 mil euros, sendo que para patamares superiores, a derrama será de 1,25%.

No pacote fiscal foi também aprovada a devolução de 5% no IRS relativo ano de 2025, do primeiro ao sexto escalão.

“Com este pacote fiscal, continuamos a trajetória de redução de impostos para garantir maior liquidez para as famílias e maior incentivo ao desenvolvimento da atividade económica no concelho”, refere , em comunicado, Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Puma vai vestir seleções nacionais de futebol a partir de 2025

  • + M e Lusa
  • 27 Novembro 2024

A marca alemã será parceira técnica das seleções nacionais a partir de 1 de janeiro, em substituição da Nike. A parceria foi oficializada entre a Puma e a FPF através de um "acordo de longa duração".

A Puma será a nova marca responsável por vestir as seleções nacionais de futebol, futsal, futebol de praia e e-sports, a partir de 2025.

A marca alemã será a parceira técnica das seleções nacionais a partir de 1 de janeiro, substituindo a Nike, responsável pelos equipamentos das seleções nacionais desde 1997, conforme o +M já tinha noticiado. A parceria entre a Puma e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi oficializada através de um “acordo de longa duração” que vigorará no mínimo até 2030, segundo Fernando Gomes, presidente da FPF.

Depois de equipas como Suíça, Áustria, Sérvia, República Checa, Senegal, Egito e Marrocos, a seleção portuguesa será a 12ª a ter equipamentos da empresa germânica.

Associarmo-nos a uma seleção nacional de topo era uma das nossas prioridades no futebol e estou muito entusiasmado por termos uma equipa tão popular como Portugal na Família Puma”, diz Arne Freundt, CEO da Puma, citado em comunicado.

“Dado o grande número de adeptos da Seleção em todo o mundo e o grande potencial da nova geração de jogadores, estamos ansiosos pelos próximos grandes torneios, como o Campeonato do Mundo de 2026″, acrescenta.

Por parte da FPF, Fernando Gomes refere “muito entusiasmo” perante o “modo como a Puma interage com os adeptos e como conta a história de cada equipa que representa”. “Temos muita vontade em desenvolver uma gama interessante de produtos que satisfaça a nossa grande base de fãs e simpatizantes em todo o mundo“, acrescenta.

A Puma revelará os novos produtos e a direção criativa da parceria no início de 2025. A estreia da marca alemã nos equipamentos portugueses numa grande prova ocorrerá no Mundial de 2026, que é organizado pelos Estados Unidos, Canadá e México. No entanto, a primeira aparição da principal seleção nacional com os novos equipamentos será em março do próximo ano, no duelo frente à Dinamarca, em Copenhaga, da primeira mão dos quartos-de-final da Liga das Nações.

A ligação da Puma ao futebol português remonta à década de 1960, quando a marca se tornou parceira de Eusébio, para quem criou a chuteira “King”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Greenvolt expande atividade na Polónia com a geração distribuída

Entre 2025 e 2027, a Greenvolt Next prevê investir nove milhões de euros na geração distribuída na Polónia.

O Grupo Greenvolt acaba de reforçar a sua presença na Polónia com o lançamento da Greenvolt Next Polska, expandindo assim o seu segmento de geração distribuída de energia no continente europeu, que já opera em 12 países.

A Greenvolt, através da Greenvolt Next, tem como objetivo instalar 200 MWp em capacidade de produção na Polónia, de forma a que as empresas polacas possam produzir, consumir e gerir a sua própria eletricidade verde, contribuindo de igual forma para reduzir os seus custos globais de energia.

Entre 2025 e 2027, a Greenvolt Next prevê investir nove milhões de euros, evidenciando a crescente importância e o potencial da produção e consumo descentralizados de energia naquele país.

O investimento da Greenvolt no mercado polaco é estratégico para todo o grupo e a operação no segmento de geração distribuída neste mercado reforça ainda mais este compromisso“, afirma João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt.

A Greenvolt Next é especializada no desenho, construção, gestão e manutenção de soluções renováveis descentralizadas, através de sistemas fotovoltaicos (telhados, espaços contíguos, coberturas para parques de estacionamento), tanto para autoconsumo individual como coletivo, eficiência energética, armazenamento solar e mobilidade elétrica. Estas soluções são suportadas por opções de financiamento flexíveis, como os Power Purchase Agreements (PPAs), que não requerem investimento inicial por parte das empresas, garantindo, ao mesmo tempo, energia renovável “a preços baixos e previsíveis”, garante a Greenvolt.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor inverte tendência e sobe a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

Esta quarta-feira, as taxas Euribor subiram em todos os prazos: a três meses para 2,912%, a seis meses para 2,694% e a 12 meses para 2,448%.

A Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses, depois de ter caído no dia anterior para novos mínimos desde março de 2023 e dezembro e outubro de 2022, respetivamente. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,912%, continuou acima da taxa a seis meses (2,694%) e da taxa a 12 meses (2,448%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, subiu para 2,694%, mais 0,018 pontos e contra um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022, de 2,676%, verificado na terça-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também subiu, para 2,448%, mais 0,055 pontos, depois de ter descido na terça-feira para 2,393%, um novo mínimo desde 5 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 2,912%, mais 0,014 pontos do que na sessão anterior e contra um novo mínimo desde 20 de março de 2023, de 2,892% registado na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maria Luís convence eurodeputados. Futura comissária possui “alto grau de aptidão”

ECON, IMCO e LIBE deixaram notas positivas sobre audição de Maria Luís Albuquerque no Parlamento Europeu, mas não ficou isenta de críticas. Esquerda aponta falta de condições e conflito de interesses.

“Independência”, “aptidão” e “experiência profissional”. Estas são algumas das palavras deixadas pelos coordenadores da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu, na sequência da audição a Maria Luís Albuquerque, a 6 de novembro. Com este parecer positivo, a comissária indigitada para os Serviços Financeiros e União das Poupanças ficou em condições de tomar posse no dia 1 de dezembro, juntamente com o resto da nova Comissão depois de ter sido aprovada esta quarta-feira, em Estrasburgo.

Num parecer divulgado pelo Parlamento Europeu, os eurodeputados da ECON consideraram que Maria Luís Albuquerque “possui a integridade exigida, independência, aptidão e experiência profissional, compromisso europeu, capacidade de comunicação e iniciativa” necessários para o cargo para o qual foi apontada. Ademais, dizem que a antiga ministra das Finanças demonstrou “um alto grau de aptidão no que diz respeito” às pastas que lhe foram atribuídas.

Maria Luís Albuquerque foi ouvida no dia 6 de novembro no Parlamento Europeu, tendo recebido mais de dois terços dos votos necessários para aprovação, 51 dos 58 votos. Todos os grupos políticos votaram a favor com exceção dos eurodeputados da Esquerda Europeia (da qual faz parte Bloco de Esquerda e PCP) e a extrema-direita dos Soberanistas (ESN). Em sentido contrário, a antiga governante reuniu o apoio de vários partidos, para além daquele do qual faz parte, o PPE, desde os Verdes, o S&D (a que pertence o PS) e os Patriotas Pela Europa (a que pertence o Chega).

Além da ECON, Maria Luís Albuquerque também foi questionada pelos eurodeputados Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO) e a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos (LIBE). Ambos os pareceres também foram positivos.

O resultado geral desta audição de confirmação é que a Comissária designada deu uma impressão convincente da sua aptidão para ser membro do Colégio de Comissários e para desempenhar as tarefas específicas que lhe são atribuídas“, lê-se no documento.

Foram, no entanto, deixadas críticas vindas da Esquerda Europeia, grupo político do qual o Bloco de Esquerda e o PCP fazem parte. No documento, a coordenadora desta bancada e membro da ECON considera que Maria Luís Albuquerque “não conseguiu demonstrar compreensão das lições aprendidas com a gestão falhada da crise da zona euro entre 2009 e 2015”, argumentando que, durante o seu mandato, enquanto ministra das Finanças em Portugal, “promoveu políticas de austeridade que tiveram um impacto efeito prejudicial na sociedade e na economia”.

Ademais, consideram que a antiga governante “não possui a reflexão e a abordagem necessárias para cumprir sua responsabilidade central de garantir o financiamento necessário para a transição social e verde”, tendo sido incapaz de “cumprir os padrões de integridade necessários para servir como Comissário”, devido às “fortes ligações com o setor financeiro privado e aparente falta de consciência em relação conflitos de interesse”.

Além de Maria Luís Albuquerque, todos os 25 comissários indigitados receberam pareceres positivos sobre as comissões que os questionaram durante o período de audições que decorreu entre 4 e 12 de novembro. Nova Comissão foi votada e aprovada esta quarta-feira, na sequência de um acordo político alcançado há uma semana entre os grupos políticos do Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas e Democratas (S&D) e os liberais do Renovar a Europa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Figueira de Castelo Rodrigo aplica 0% na derrama das empresas com menor volume de negócios e no IRS dos residentes

Isentar da derrama as empresas com volume de negócios até 150 mil euros, manter a taxa mínima de 0,3% do IMI e o IRS em 0% são medidas da câmara de Figueira de Castelo Rodrigo para 2025.

Carlos Condesso, presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo RodrigoHugo Amaral

A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo vai isentar da derrama as empresas com sede ou residência fiscal no concelho e com volume de negócios até 150 mil euros no ano anterior. Aquelas que ultrapassem este valor serão taxadas a 1,5%.

Além desta medida, a autarquia mantém a taxa mínima de 0,3% do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para todos os prédios urbanos. O município “continuará a aplicar a dedução fixa no imposto, com valores ajustados ao número de dependentes no agregado familiar: 30 euros para um dependente, 70 euros para dois e 140 euros para três ou mais”, detalha a nota enviada pelo Executivo de Carlos Condesso ao ECO/Local Online.

Estas decisões visam aliviar financeiramente os munícipes e o tecido empresarial, além de estimular a economia local.

Em 2025, as famílias e empresas do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo continuarão a beneficiar de impostos reduzidos e apoios reforçados”, assinala o município. Até porque, prossegue a nota, estas medidas agora aprovadas pelo Executivo municipal visam “responder às necessidades das nossas famílias e empresas, colocando-as no centro da ação” da autarquia.

“Num contexto de desafios económicos e sociais, estas iniciativas oferecem algum alívio fiscal aos munícipes e incentivam o crescimento do tecido empresarial, promovendo o desenvolvimento do concelho”, completa o presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

Com estas opções fiscais, o autarca pretende “tornar o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo um exemplo de fiscalidade amiga dos cidadãos”.

Num contexto de desafios económicos e sociais, estas iniciativas oferecem algum alívio fiscal aos munícipes e incentivam o crescimento do tecido empresarial, promovendo o desenvolvimento do concelho.

Carlos Condesso

Presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo

Ainda nas suas decisões de âmbito fiscal, o Executivo de Figueira de Castelo Rodrigo decidiu prolongar, por dois anos adicionais, a isenção de IMI sobre habitações próprias e permanentes com valor tributário até 125 mil euros, passando os munícipes a ter cinco anos de isenção.

Já a taxa de IRS será novamente de 0% para os contribuintes com domicílio fiscal em Figueira de Castelo Rodrigo. “A Câmara Municipal continuará a abdicar dos 5% da participação variável que lhe caberia, devolvendo esse valor integralmente aos residentes”, assinala o município.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receitas da Altice Portugal estagnam com quebra no negócio da Altice Labs

Diminuição de vendas de equipamentos e hardware da Altice Labs penalizaram segmento de serviços empresariais nos primeiros nove meses do ano. Segmento de consumo continua a crescer.

As receitas da Altice Portugal ficaram inalteradas nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, com a quebra do negócio da Altice Labs a pesar no resultado.

A operadora teve receitas de 2.049 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos três milhões do que os 2.052 milhões registados no período homólogo, excluindo a Geodesia, que deixou de consolidar nas contas da Altice Portugal, explicou a casa-mãe na apresentação dos resultados aos investidores. Incluindo a Geodesia, o volume de negócios seria de 2.157 milhões este ano e 2.159 em 2023.

A Altice Portugal assinala ainda que retirando a diminuição de vendas de equipamentos e hardware da Altice Labs, o polo de inovação de Aveiro, as receitas “continuaram a manter a rota de crescimento de 4,6%”.

Olhando apenas para o terceiro trimestre, a Altice refere que o volume de negócios fixou-se em 704 milhões de euros, “um incremento de 1,7%”. Resultado que beneficiou do aumento de 5,9% no segmento de consumo. Já o segmento de serviços empresariais registou uma quebra de 2,4% (cresceu 5,8% excluindo o impacto da Altice Labs).

A Altice Portugal mantém a evolução positiva dos principais indicadores operacionais no terceiro trimestre de 2024, com a expansão de 1,7% dos RGUs [unidades geradoras de receita nas telecomunicações, vulgo clientes] de Serviços Fixos e de 4,9% dos Serviços Móveis Pós-Pagos face ao período homólogo do ano anterior”, salienta em comunicado.

“Esta trajetória tem sido alicerçada em sinergias e na diversificação do portefólio de serviços”, acrescenta, dando como exemplo o MEO Energia, que tem já 112 mil clientes.

O EBITDA (resultados antes de encargos com juros, impostos, depreciações e amortizações) dos primeiros nove meses ficou praticamente inalterado (+0,1%) nos 763 milhões. Excluindo a Altice Labs, o EBITDA “registou um acréscimo de 4,5%”. Entre julho e setembro, o EBITDA foi de 258 milhões, “praticamente igual ao período homólogo do ano anterior (-0,3%, excluindo a performance da Altice Labs)”.

O investimento no terceiro trimestre cifrou-se em 100 milhões de euros, menos dez milhões que o reportado no período homólogo, “mantendo-se a aposta na expansão da Rede de Fibra Ótica — que já atingiu 6,5 milhões de casas –, o reforço do aumento de cobertura da Rede Móvel e da implementação da tecnologia 5G, já com uma taxa de cobertura de 95,8% da população“.

(Notícia corrigida com esclarecimento do impacto da não consolidação da Geodésia na evolução das receitas)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um terço das empresas do Estado estão em falência técnica. TAP “amortece” prejuízos para 790 milhões em 2023

A TAP fechou o último ano com o melhor resultado de sempre, contribuindo positivamente para os resultados das empresas públicas. Já o setor da saúde representou 76% dos prejuízos no último ano.

As empresas não financeiras do Estado registaram uma melhoria na maioria dos indicadores económicos e financeiros, a beneficiarem do crescimento da economia. Ainda assim, estas empresas “continuam a demonstrar um desequilíbrio com um resultado líquido agregado negativo de 790 milhões de euros em 2023”. Um prejuízo justificado essencialmente pelo setor da saúde, num ano em que os lucros da TAP permitiram “amortecer” as perdas. Um terço mantinha capitais próprios negativos, uma situação de falência técnica.

A conclusão é do relatório do Conselho de Finanças Públicas (CFP) sobre o desempenho do setor público empresarial em 2023, divulgado esta quarta-feira, que revela que “apesar deste resultado refletir uma melhoria de 348 milhões de euros face a 2022, o mesmo continua insuficiente para corrigir o desequilíbrio económico do setor”, destacando que “a soma do resultado líquido das empresas TAP SA e TAP SGPS em 2023 foi positivo em cerca de 120 milhões de euros.”

O CFP, liderado por Nazaré Costa Cabral, adianta ainda que, face a 2022, o universo TAP reduziu os seus prejuízos em 217 milhões de euros, enquanto o agregado das restantes empresas não financeiras reduziu em 131 milhões de euros. A operadora aérea portuguesa fechou 2023 com um resultado líquido de 177 milhões de euros.

“Em 2023, apenas 33 das 86 empresas (ou grupos de empresas) registaram resultados líquidos positivos, num total de 517 milhões de euros. As restantes 53 registaram prejuízos de 1,3 mil milhões de euros (dos quais 98,5 milhões de euros decorrentes da Parvalorem, a empresa com o maior prejuízo em 2023)”, refere o mesmo relatório.

O CFP analisou as contas de 86 empresas não financeiras e 6 financeiras, representativas das 147 entidades que constituem o setor empresarial do Estado (SEE), cujo universo “registou alterações significativas”, devido à criação do “Centro Hospitalar Universitário de Santo António, EPE, por meio da fusão do Centro Hospitalar Universitário do Porto, EPE e do Hospital de Magalhães Lemos, EPE, e também foi criada a entidade Museus e Monumentos de Portugal, EPE.” Por outro lado, foi dissolvida e liquidada a Soflusa, com a transferência do seu património, ativo e passivo para a Transtejo, no mesmo ano em que foi concluída a privatização da Efacec.

O setor da saúde foi o setor que acumulou mais prejuízos em 2023, num total de 993 milhões de euros, o que representa 76% do resultado líquido negativo das empresas do Estado, no último ano. Face a 2022, os prejuízos das entidades públicas empresariais (EPE) integradas no SNS registaram uma melhoria de 281,2 milhões de euros. Mesmo assim, apenas uma entidade EPE do SNS [Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo] apresentou um resultado líquido positivo em 2023.

Já o setor dos transportes registou uma consolidação do volume de negócios (+16,5%), “o que impactou positivamente os resultados líquidos deste conjunto de empresas e permitiu manter a rendibilidade dos seus ativos”. O CFP destaca, uma vez mais, que “esta recuperação foi mais significativa na TAP, SA, devido ao aumento da procura no setor de transporte aéreo, tornando-a a principal contribuidora para os resultados deste setor.”

O CFP nota ainda uma recuperação na maioria dos indicadores económicos e financeiros, com o volume de negócios agregado das empresas não financeiras do SEE a somar 15,2 mil milhões de euros, um aumento de 1,7 mil milhões face a 2022.

O EBITDA agregado passou de 1,1 mil milhões de euros em 2022, para 1,5 mil milhões em 2023, enquanto o resultado operacional passou de -370 milhões de euros para quatro milhões, “refletindo a recuperação da rentabilidade operacional do conjunto das empresas públicas não financeiras.”

“É de salientar que sem as empresas do universo TAP, o EBITDA seria positivo em 615 milhões de euros e o resultado operacional seria de -342 M€“, destaca o relatório.

O setor das empresas financeiras do Estado registou um resultado líquido de 1.438 milhões de euros em 2023, um aumento de 571 milhões face ao ano anterior. Um desempenho que foi impulsionado pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos, que beneficiou do contexto favorável das taxas de juro, e fechou 2023 com um resultado líquido recorde de 1.291 milhões.

Um terço em “situação de falência técnica”

O capital próprio das empresas não financeiras do SEE aumentou 8,2 mil milhões de euros em 2023, atingindo 16,9 mil milhões de euros. Ainda assim, 29 destas empresas, o equivalente a um terço do total, tinham capitais próprios negativos no final de 2023, encontrando-se numa situação categorizada como de “falência técnica”, refere o CFP.

O relatório refere que cinco destas empresas concentram mais de 90% do valor negativo global do setor, com destaque para a Parvalorem.

“É importante destacar que, apesar de um decréscimo no capital subscrito deste conjunto de empresas em 2023, continua a observar-se uma necessidade sistemática de entradas de capital, o que constitui um indicador relevante da situação operacional e económica destas empresas, bem como do esforço financeiro que representam para as finanças públicas”, aponta o documento hoje divulgado, destacando que, em 2023, os maiores reforços do capital subscrito ocorreram no grupo IP – Infraestruturas Portugal (+1,4 mil milhões de euros) e no Metro do Porto (+489 milhões de euros).

Em sentido contrário, a CP registou uma redução de 3,8 mil milhões de euros no seu capital subscrito, o que resultou num decréscimo no agregado. Apesar disso, “a melhoria do capital próprio foi possível devido à melhoria dos resultados transitados, decorrente da recuperação dos resultados de várias empresas em 2022.”

O esforço financeiro líquido do Estado nas empresas públicas totalizou 4,7 mil milhões de euros em 2023, representando 1,8% do PIB. Segundo o mesmo relatório, “as despesas do Estado relacionadas com o SEE ascenderam a 5,5 mil milhões no ano de 2023, sendo 4,9 mil milhões de euros resultantes de «Dotações de capital e outros ativos financeiros».”

Já as receitas do Estado provenientes de dividendos do setor empresarial do Estado e do Banco de Portugal totalizaram 802 milhões de euros. Comparado com 2022, o esforço financeiro líquido do Estado aumentou 1,5 mil milhões de euros.

Empresas públicas empregam mais de 160 mil

As empresas públicas empregavam 160.605 trabalhadores em 2023, o que corresponde a 3,2% do emprego nacional e 20,1% do emprego público.

Face a 2022, registou-se um acréscimo de 1.207 trabalhadores nestas empresas públicas, destacando-se o aumento de trabalhadores na TAP, SA (+524) e na Águas de Portugal (+69). Em sentido contrário, destaca-se a diminuição do número de trabalhadores na CGD (-268) e no Hospital de Loures (-130).

A função acionista exercida pelo Estado, direta ou indiretamente através de empresas por si participadas, abrangia um capital social total de 34,8 mil milhões de euros, ou 13% do PIB nacional, menos 400 milhões do que em 2022.

A continuação da recuperação da atividade económica refletiu-se num crescimento do valor acrescentado bruto (VAB) do setor empresarial do Estado em 23,5%, passando a representar aproximadamente 4,6% do PIB nacional em 2023.

(Notícia atualizada às 12h40)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.