Desemprego registado sobe em outubro. Há mais de 312 mil inscritos no IEFP

O número de desempregados inscritos no IEFP aumentou 3% em termos homólogos, para 312.510 indivíduos. Em cadeia, também houve uma subida, embora mais ligeira.

O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou em outubro, superando a fasquia dos 312 mil indivíduos. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, a subida homóloga foi de 3%, enquanto em cadeia foi mais ligeira, de 0,6%.

“No fim do mês de outubro de 2024, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 312.510 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2023 (+9.154; +3%), bem como ao do mês anterior (+1.1716; +0,6%)”, informa o IEFP, numa nota divulgada esta manhã.

Há vários meses consecutivos que o número de desempregados inscritos no IEFP estava a cair, mas em agosto houve um aumento. Em setembro, o desemprego registado voltou a recuar, mas em outubro a tendência inverteu-se novamente, como mostra o gráfico abaixo.

Ainda assim, é de notar que nem todas as regiões do país registaram aumentos do desemprego em outubro face ao mês anterior: no Norte, houve uma redução de 1,2% e em Lisboa e Vale do Tejo um recuo de 0,7%.

Já em termos homólogos, só os Açores e a Madeira escaparam aos aumentos do número de desempregados. Nessas regiões, houve um decréscimo de 5,7% e 8,4%, respetivamente. Em contraste, nas regiões do Centro e Vale do Tejo, o desemprego registado subiu 4,4% face ao registado há um ano.

Por outro lado, quanto aos setores da economia portuguesa, os dados publicados esta quarta-feira mostram que o desemprego subiu, em termos homólogos, tanto na agricultura (+2,9%), como no setor secundário (+8,8%), como no setor terciário (+2,6%).

O IEFP indica também que as ofertas de emprego por satisfazer, no final de outubro de 2024, totalizavam 11.872 nos serviços de emprego de todo o país, menos 20,3% do que há um ano e menos 0,7% do que há um mês.

Atualizada às 12h43

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Bruxelas levantou mais sete mil milhões nos mercados para financiar bazuca. Procura superou largamente a oferta

Procura por obrigações verdes a 18 anos superou 27 vezes a oferta ao atingir 80 mil milhões. Emissão pagou juros de 3,26%. Obrigações a sete anos pagaram taxa de 2,719% e procura foi sete vezes maior.

A Comissão Europeia levantou terça-feira sete mil milhões de euros em obrigações na décima operação sindicalizada realizada em 2024, dos quais três mil milhões de euros foram obrigações verdes NextGenerationEU.

A operação, que tem por objetivo financiar a bazuca europeia, dividiu-se em duas parcelas: os três mil milhões de euros em obrigações verdes vencem a 4 de fevereiro de 2043 e pagam uma taxa de juro de 3,26%. A procura por estes títulos a 18 anos superou 27 vezes a oferta ao atingir 80 mil milhões de euros, avança a Comissão em comunicado esta quarta-feira.

A outra parcela de obrigações foi emitida com um prazo de sete anos (vencem a 4 de dezembro de 2031) e ascendeu a 4 mil milhões de euros com uma taxa de 2,719%. Também aqui o apetite do mercado foi superior ao montante oferecido: a procura superou 17 vezes a oferta, ascendendo a 66 mil milhões de euros.

Todos os empréstimos da UE são garantidos pelo orçamento comunitário e as contribuições para o orçamento constituem uma obrigação jurídica incondicional para todos os Estados-membros ao abrigo dos Tratados da UE e isso ajuda a explicar o apetite dos investidores.

As verbas levantadas são utilizadas para financiar o NextGenerationEU, a bazuca, e o apoio à Ucrânia, bem como projetos verdes nos Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência (PRR) dos Estados-membros.

Até agora, a Comissão já levantou cerca de 60 mil milhões de euros do objetivo total de financiamento de 65 mil milhões para o segundo semestre deste ano. Mas, em termos globais, a Comissão já emitiu 426,58 mil milhões em obrigações, sendo que desse montante “262 mil milhões já foram pagos aos Estados-membros no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência e NextGenerationEU”, revela o mesmo comunicado.

Foram ainda “atribuídos mais 67 mil milhões a outros programas da UE, que beneficiam do financiamento do NextGenerationEU. Além disso, até à data, foram desembolsados mais de dez mil milhões de euros à Ucrânia” este ano, mas o objetivo é financiar até 33 mil milhões de euros em empréstimos à Ucrânia entre 2024 e 2027. Um apoio que complementa os 18 mil milhões desembolsados a Kiev ao abrigo do programa Política de Assistência Financeira em 2023.

A diferença entre o montante emitido e pago aos Estados-membros é explicado pela Comissão pela participação em operações de gestão de liquidez a curto prazo para atenuar as futuras necessidades de financiamento.

A dívida total da UE ascende agora a 596,46 mil milhões. A próxima operação no calendário indicativo de emissões da UE é um leilão de títulos da UE a 25 de novembro.

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Ministério Público abre investigação a uso de documentos durante 40 anos por Álvaro Sobrinho

A decisão surge na sequência da Investigação SIC que revelou que o banqueiro usou indevidamente documentos portugueses durante 40 anos.

O Ministério Público acaba de abrir um inquérito para investigar o uso de documentos portugueses durante 40 anos por parte de Álvaro Sobrinho, ex-líder do BESA. O Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) avançou com uma queixa-crime contra Álvaro Sobrinho. Uma das conclusões do inquérito interno é que o banqueiro foi notificado da situação, mas apenas em maio deste ano.

O Ministério Público quer agora saber se Sobrinho se apresentou no processo BES como português, apesar de ter renunciado à cidadania há 40 anos, avança a SIC Notícias. O objetivo é apurar se, em alguma das vezes em que Álvaro Sobrinho se apresentou à Justiça – quando foi ouvido pelos procuradores e quando foi interrogado pelo juiz – se identificou como português.

Este inquérito é aberto na sequência de uma investigação da SIC que denunciava que Álvaro Sobrinho, que está prestes a ser julgado por 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento de capitais no processo do BESA, encontra-se em Angola há cerca de três meses e que renunciou à cidadania portuguesa há cerca de 40 anos, desconhecendo-se se vai ou não estar presente para responder em tribunal.

“O Ministério Público fez um requerimento ao processo para emissão de certidão de peças do processo para subsequente remessa ao DIAP, com vista a ser registado inquérito. Esse requerimento já foi deferido pelo juiz”.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, revelou que o inquérito aberto no Instituto dos Registos e Notariado (IRN) sobre a utilização de documentos nacionais pelo ex-presidente do BESA Álvaro Sobrinho já permitiu identificar algumas falhas.

“Já temos alguns dados preliminares que nos indicam algumas falhas no processo que já estão identificadas. Temos de aprofundar com maior detalhe e queremos e aguardamos que também nos seja entregue um plano de ação para suprir estas falhas que existiram no sistema. Está a ser acautelado e espero em breve ter mais novidades”, disse a governante sobre o processo de averiguação interna aberto na sequência de uma reportagem da SIC.

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Cipher alerta para uma utilização mais intensiva da IA pelos cibercriminosos durante a Black Friday e o Natal

  • Servimedia
  • 20 Novembro 2024

Cipher, a unidade de cibersegurança do Grupo Prosegur, prevê um aumento significativo da utilização da IA nos ciberataques que terão lugar durante a época alta de consumo do ano.

A empresa alertou para o facto de os cibercriminosos já estarem a utilizar ferramentas automatizadas, com as quais conseguem criar mensagens de phishing mais convincentes, fazer-se passar por identidades de forma quase indetetável e lançar ataques maciços numa questão de minutos.

A empresa recorda que o Instituto Nacional de Cibersegurança (INCIBE) geriu em 2023 mais de 83 500 incidentes de cibersegurança em Espanha, dos quais 58 000 afetaram particulares e os restantes afetaram empresas, com uma tendência crescente ao longo deste ano.

Neste contexto, a Cipher apela aos consumidores, empresas e instituições para que tomem precauções extremas durante a última parte do ano, quando se espera um grande aumento das transações em linha. A empresa sublinha que os cibercriminosos vão intensificar os seus esforços durante campanhas como a Black Friday e a Cyber Monday, empregando táticas como o phishing através de e-mails falsos para obter dados pessoais e bancários.

Indica que também recorrerão à clonagem de sítios Web legítimos para capturar informações sensíveis e credenciais de utilizador. As aplicações maliciosas disfarçadas de software legítimo representam outra ameaça, concebida para roubar dados, comprometer os dispositivos e a segurança dos utilizadores. Além disso, o “malvertising”, através de anúncios online fraudulentos, distribui malware ou redireciona para sites perigosos. Por último, os falsos cupões e descontos destinam-se a atrair vítimas desprevenidas, completando este vasto repertório de fraudes.

Ao mesmo tempo, acrescentou, as soluções de cibersegurança evoluíram para responder às crescentes ameaças digitais e às novas táticas. De acordo com Cipher, ferramentas avançadas como a inteligência artificial defensiva e a deteção proativa permitem identificar padrões suspeitos e bloquear ataques antes que estes ocorram. Estratégias como a Cyber Threat Intelligence podem analisar as ameaças emergentes, ajudar a mitigá-las e promover a educação em cibersegurança, que é fundamental para reduzir o seu impacto.

Durante esta época, a Cipher afirma intensificar as suas capacidades de análise e resposta através de ações proativas, detetando atividades suspeitas com tecnologias avançadas. Além disso, recomenda às empresas e aos consumidores que desconfiem de ofertas irrealistas, que utilizem redes seguras para fazer compras em linha e que reforcem as medidas de proteção de dados. Para as empresas, recomenda também que realizem auditorias de segurança e reforcem os seus protocolos para fazer face ao aumento das transações. Estas práticas são essenciais para minimizar os riscos num ambiente cada vez mais digitalizado.

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Bitcoin bate novo recorde acima dos 94 mil dólares

Notícia de que empresa de media de Donald Trump está em negociações para comprar uma plataforma de negociação de criptomoedas dá força ao mercado.

A bitcoin bateu um novo recorde, superando pela primeira vez a fasquia dos 94 mil dólares, na sequência de uma notícia a dar conta de que a empresa de media de Donald Trump está em negociações para comprar uma plataforma de negociação de criptomoedas, o que está a aumentar a expectativa de uma agenda amiga para o setor na próxima Administração dos EUA.

Esta madrugada, a mais popular das criptomoedas atingiu os 94,078 mil dólares, o valor mais elevado de sempre, mas já teve uma ligeira correção e transaciona agora na casa dos 93,3 mil dólares, de acordo com os dados da Bitstamp.

Desde o início do ano a bitcoin mais do que duplicou de valor, mas foi impulsionada sobretudo nas semanas que antecederam as eleições americanas e quando as sondagens começavam a dar maior favoritismo a Donald Trump, que se veio a confirmar no início deste mês.

Bitcoin dispara

Bitstamp

Se os investidores já esperavam um contexto mais positivo para as criptomoedas com o regresso de Trump à Casa Branca, esse otimismo reforçou-se com a notícia do Financial Times de que a Trumo Media and Technology, que detém a Truth Social, está prestes a comprar a Bakkt, com ligações à Intercontinental Exchange, que detém a NYSE.

O analista da IG Tony Sycamore explicou à Reuters que a subida da bitcoin para novo máximo se deveu não só a esta notícia mas também ao facto de os investidores estarem a aproveitar o primeiro dia de negociação de opções no Nasdaq sobre o ETF Bitcoin da BlackRock.

Segundo a CoinGecko, o valor de mercado de criptomoedas superou os três biliões de dólares com o entusiasmo dos investidores após a vitória republicana nas eleições de 5 de novembro, com a perspetiva de um ambiente regulatório menos restritivo para o setor.

No mercado acionista, ações ligadas às cripto também estão a aproveitar a febre. Na pré abertura da bolsa de Nova Iorque, a plataforma Coinbase valoriza 0,7% e as mineiras Riot Platforms e Mara Holdings valorizam cerca de 1,5% e 2,5%, respetivamente.

As ações da MicroStrategy, um importante investidor cripto, aceleram mais de 3%.

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Portugal mantém-se campeão europeu no fabrico de bicicletas, mas produção teve terceira maior queda da UE em 2023

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Novembro 2024

Eurostat indica que Portugal fabricou 1,8 milhões de bicicletas em 2023, o que representa 18,6% da produção total da UE. No entanto, o número de unidades produzidas em território nacional caiu 16,6%.

Mesmo tendo diminuído a quantidade de unidades produzidas, Portugal continuou a ser o “campeão” da União Europeia (UE) no fabrico de bicicletas.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, foram produzidas 1,8 milhões de bicicletas em território nacional em 2023, de um total de 9,7 milhões de bicicletas fabricadas no bloco comunitário.

Deste modo, Portugal foi responsável por cerca de 18,6% da produção total de bicicletas na UE. A Roménia (1,5 milhões), a Itália (1,2 milhões) e a Polónia (0,8 milhões) também estão entre os maiores produtores, segundo o gabinete estatístico.

Produção de bicicletas na UE em 2023

Fonte: Eurostat

No entanto, face a 2022, a produção de bicicletas em Portugal caiu 16,6%, tendo sido produzidas menos 358.390 destas viaturas de duas rodas. Ao nível da UE, representa a terceira maior queda no número de unidades produzidas, atrás apenas da Roménia (-1.038.392) e da Itália (-747.380), com diminuições homólogas de 40,7% e 39,4%, respetivamente.

no conjunto dos 27 Estados-membros, a produção de bicicletas baixou 24% em comparação com 2022. As 9,7 milhões de unidades representam também uma queda de 16% na última década, de 2013 a 2023.

Exportações travam no setor das duas rodas

A tendência de queda no setor das duas rodas na UE verificou-se também no que toca ao valor das exportações de bicicletas, que em 2023 diminuiu 10%, para 1,03 mil milhões de euros, em comparação com o ano anterior.

Segundo o Eurostat, o espaço comunitário exportou um total de 293 mil bicicletas elétricas e 852 mil bicicletas convencionais nesse ano, o que equivale a quedas homólogas, respetivamente, de 21% e de 17%.

Ainda que com uma retração menos significativa em comparação com o conjunto dos 27 Estados-membros, as exportações portuguesas caíram 1,58% face a 2022, para um valor de cerca de 760 milhões de euros. A Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas (Abimota) justifica o recuo com um cenário de “overstock de componentes de bicicletas”.

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PSD admite fim do corte salarial apenas para futuros eleitos

  • ECO
  • 20 Novembro 2024

Sociais-democratas disponíveis para viabilizar proposta do PS, a ser votada na sexta-feira, por representar mais uma cedência ao maior partido da oposição na negociação do Orçamento do Estado.

O PSD está disponível para viabilizar a proposta do PS que prevê que o fim do corte salarial de 5% a políticos se aplique apenas a futuros eleitos, avança o Público (acesso pago). Embora também tenha apresentado, a par com o CDS, uma proposta no mesmo sentido, diferenciando-se somente ao nível do calendário (para ter efeitos imediatos), a bancada social-democrata entende que, ao viabilizar a versão dos socialistas, tal sinalize mais uma cedência à oposição na negociação para a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Ambas as propostas vão ser votadas na sexta-feira na discussão na especialidade do Orçamento do Estado, sendo a do PS a que reúne maior apoio parlamentar: além da provável viabilização do PSD, também a Iniciativa Liberal e o Livre defendem a posição de que a medida deve avançar só para futuros mandatos. Chega, Bloco de Esquerda e PAN vão votar contra as duas propostas.

A proposta do PS estabelece que a revogação dos artigos que fixam estes cortes produz “efeitos para os mandatos que se iniciem em data posterior à da entrada em vigor da presente lei”, ou seja, a partir de 1 de janeiro de 2025. A confirmar-se a viabilização da medida, os primeiros beneficiários poderão ser os eleitos na Madeira, se houver eleições antecipadas no arquipélago, seguindo-se os autarcas que forem eleitos nas eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro do próximo ano.

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Pedro Nuno Santos chamado a depor em processo sobre privatização da TAP

  • ECO
  • 20 Novembro 2024

Pedro Nuno Santos foi ouvido pelo DCIAP no dia 21 de março sobre o processo que investiga suspeitas de crimes na privatização da TAP em 2015.

O Ministério Público (MP) chamou Pedro Nuno Santos para prestar declarações sobre o processo que investiga suspeitas de crimes na privatização da TAP em 2015, refere o NOW. As declarações foram feitas ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal no dia 21 de março. O líder socialista foi ouvido no âmbito da denúncia enviada ao MP pelo ministério das Finanças e ministério das Infraestruturas e Habitação, pasta que tutelava à data, revelou o gabinete de Pedro Nuno Santos.

No âmbito da investigação ao chamado “negócio Airbus”, o ex-ministro ministro das Infraestruturas e da Habitação foi ouvido pela procuradora Rita Madeira, que também está encarregue do processo de António Costo na Operação Influencer.

Na altura, enquanto ministros, Fernando Medina e Pedro Nuno Santos enviaram para o MP o resultado de uma auditoria, a qual terá encontrado indícios de crime no negócio levado a cabo pelo empresário David Neeleman, após a privatização da companhia aérea. Alegadamente, o consórcio liderado por Neeleman terá capitalizado a companhia com um empréstimo do fabricante Airbus, garantido pela própria TAP.

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Produtos de beleza e eletrodomésticos: o que procuram os millennials e a geração Z na Black Friday

  • + M
  • 20 Novembro 2024

As marcas devem "alinhar as estratégias de marketing com as expectativas de cada faixa etária" para conseguir aproveitar ao máximo este período de consumo, aconselha-se num estudo da blackfriday.pt.

A Black Friday aproxima-se, com as marcas a prepararem-se para corresponder aos interesses dos consumidores. Mas nem todos os consumidores procuram o mesmo, havendo notórias diferenças entre gerações, que têm prioridades distintas, as quais moldam as tendências de consumo.

Enquanto a geração Z (18-29 anos) mostra um maior interesse por produtos de beleza (36%), por exemplo, o tipo de produtos sobre o qual mais incide a atenção dos Millennials (30-49 anos) passa pelos eletrodomésticos (38%), mostra um estudo da blackfriday.pt.

No top dos interesses da geração Z estão ainda os smartphones (30%) e as joias e relógios (20%), enquanto os millennials estão mais focados também em mobiliário e decoração para a casa (23%), considerados como “investimentos a longo prazo”.

No entanto, é de ressalvar que a categoria de moda – que inclui vestuário, calçado e acessórios – é a mais popular em todas as faixas etárias, tanto entre a geração Z (57%) como entre os millennials (60%), “destacando-se como um reflexo da busca por identidade pessoal”.

As categorias de tecnologia, como computadores e portáteis, são também uma prioridade para os millennials, com 21% dos consumidores deste grupo a planearem comprar dispositivos tecnológicos. Os millennials encaram a Black Friday “como uma oportunidade para investir em produtos duradouros e de maior valor”, refere a blackfriday.pt.

Por outro lado, a geração Z, adota uma abordagem diferente, com o foco a incidir em acessórios como auscultadores e colunas de som, mencionados por 14% destes inquiridos, sendo que “estes produtos complementam o estilo de vida conectado desta geração, que procura gadgets modernos para acompanhar o dia-a-dia“.

O estudo mostra ainda um crescente interesse em viagens e experiências – com especial enfoque entre os millennials (24%). Embora na geração Z as viagens também sejam populares, a percentagem é ligeiramente menor, com 19% dos inquiridos a manifestarem interesse.

“Este dado sugere um aumento da procura por lazer e momentos de descontração, impulsionado por uma tendência crescente de valorização das experiências em detrimento dos bens materiais“, refere o estudo.

Segundo a blackfriday.pt, as marcas devem “alinhar as suas estratégias de marketing com as expectativas de cada faixa etária” para conseguir aproveitar ao máximo este período de consumo.

Enquanto os millennials “respondem bem a campanhas que destacam a durabilidade e o valor de produtos mais caros”, a geração Z valoriza sobretudo “ofertas que promovam personalização e experiências únicas”.

Por outro lado, os consumidores de faixas etárias mais avançadas “mostram uma preferência por produtos que oferecem conveniência e praticidade, como eletrodomésticos e artigos para o lar”, com 32% a destacarem estas categorias.

“Estas diferenças de preferência mostram que, embora o volume global de intenções de compra seja semelhante entre as gerações, cada grupo tem prioridades distintas que devem ser consideradas pelas marcas“, diz Jérôme Amoudruz, CEO da Black Friday.pt, citado em comunicado.

Entender as motivações e os interesses de cada geração é essencial para aproveitar ao máximo as oportunidades da Black Friday, criando ofertas personalizadas e campanhas que falem diretamente ao coração dos consumidores“, aconselha Jérôme Amoudruz.

Já o estudo Black Friday 2024, elaborado pela NetSonda para a Worten, mostrou que há mais portugueses a querer aproveitar as oportunidades de compra proporcionadas pela Black Friday, com 90% dos cidadãos a afirmar ter intenção de comprar neste período, mais dois pontos percentuais em relação ao ano passado (88%).

No entanto, o valor médio que os portugueses tencionam gastar é 8% inferior ao do ano passado. Enquanto em 2023 os portugueses disseram que tencionavam gastar 359 euros, este ano essa estimativa desceu para os 330 euros.

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“Equipas de gestão com os mesmos perfis não estão tão preparadas para desafios”

Paula Perfeito, presidente do braço lisboeta da Professional Women Network (PWN), sublinha que não só há poucas mulheres em cargos de decisão, como são sempre as mesmas.

Numa década, o número de mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas portuguesas aumentou, mas só uma minoria está em cargos de decisão. Em declarações ao ECO, Paula Perfeito, presidente do braço lisboeta da organização internacional Professional Women Network (PWN), avisa que equipas de gestão com “os mesmos perfis” não estão “tão preparadas” para responder aos desafios que estão colocados às empresas, deixando claro que a diversidade “é uma questão de governança“.

“Todos os movimentos a que temos assistido até hoje [no sentido da igualdade] têm sido passos muito curtos, embora significativos“, começa por diagnosticar a responsável.

Por exemplo, frisa, a lei que dita que as empresas públicas e as cotadas têm de ter uma participação feminina mínima de 33,3% nos seus boards não faz distinção entre os cargos não executivos e os executivos, o que explica que a fatia de mulheres nos lugares de decisão seja ainda magra.

Pior, Paula Perfeito atira: “estamos permanentemente a falar das mesmas mulheres“. De acordo com a responsável, há um “ciclo vicioso” de nomes femininos nas lideranças, que levanta a questão: afinal, onde param as outras profissionais?

Para responder a essa escassez, a presidente da PWN Lisbon avança três recomendações. Primeiro, as organizações têm de ter a diversidade na sua visão estratégica. “Equipas de gestão com os mesmos perfis não estão tão preparadas para responder aos desafios e às exigências a que as organizações hoje são votadas”, alerta Paula Perfeito, apelando a variedade não só de género, mas também de idade, contextos culturais e até especializações.

Todos os desafios que são hoje colocados ganham certamente com diversidade das equipas de gestão. Tal contribui para soluções mais preparadas e mais à altura.

Paula Perfeito

Presidente da PWN Lisbon

“Todos os desafios que são hoje colocados ganham certamente com diversidade das equipas de gestão. Tal contribui para soluções mais preparadas e mais à altura“, entende a responsável.

Por outro lado, Paula Perfeito argumenta que as organizações têm de preparar um “pipeline de talento”, isto é, os líderes têm de ir preparando, no seio das suas equipas, o talento que identificam como tendo potencial para ocupar, futuramente, certos cargos dentro da organização.

Três eixos para lideranças diversas, segundo Paula Perfeito
-Incluir diversidade na visão estratégica;
-Preparar um “pipeline” de talento;
-Adotar uma cultura de assunção de riscos.

Já o terceiro conselho da presidente da PWN Lisbon é apostar numa cultura de assunção de risco. “Procurar — e isso é da responsabilidade das lideranças — olhar para os profissionais a partir do seu potencial e que cada uma das lideranças tenha a todo o momento apontado o seu sucessor“, esclarece Paula Perfeito, que sublinha que esta é a receita para ir identificando e construindo as próximas gerações de líderes (diversas).

Da parte da PWN, organização internacional focada no desenvolvimento das lideranças e na diversidade da gestão, o contributo passa pela mobilização de todos os stakeholders, das empresas à academia, pela sua agregação e até pela preparação dos novos profissionais, identifica a já referida responsável.

Um dos programas desenvolvidos pela PWN Lisbon é o “Youth”, que já entrou agora na sua sétima edição e que pretende capacitar uma nova geração de mulheres líderes.

“Está desenhado para criar e promover uma nova geração de mulheres líderes, orientado para profissionais entre os 25 e os 32 anos e com, pelo menos, dois anos de experiência profissional. Desde o seu arranque, em 2018, integrou mais de 150 mulheres”, adianta ao ECO a organização.

Este foi, segundo Paula Perfeito, um dos programas pensados aquando do arranque da lei que fixou a presença mínima de mulheres nos conselhos de administração das cotadas portuguesas.

“A PWN não está apenas a reivindicar um lugar para as mulheres. Estamos a reivindicar um lugar para a diversidade. É uma questão de governança“, remata a responsável da PWN Lisbon, que vai comemorar os seus 13 anos de atividade com um encontro de 300 stakeholders da área da diversidade a 28 de novembro.

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Portugal cai para 15.º em índice climático global. Transportes e agricultura travam desempenho

Portugal é um dos líderes internacionais na transição verde, mas fica aquém nas políticas para descarbonizar os transportes e agricultura, assinala relatório apresentado na COP29.

Portugal baixou duas posições no Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (CCPI), divulgado esta quinta-feira, no âmbito da 29.ª Conferência do Clima (COP29), em Baku. O país desce para o 15.º lugar a nível global, mantendo-se na categoria de “elevado desempenho”. Os setores dos transportes e da agricultura destacam-se como travões a uma melhor prestação.

Portugal cai do 13.º lugar, que lhe havia sido atribuído para o horizonte de 2024, para o 15.º lugar do ranking relativo a 2025, num grupo de 67 países a nível mundial. “Internacionalmente, Portugal é geralmente um dos líderes, tomando posições ambiciosas nas negociações climáticas“, afirma o relatório relativo ao índice, que é publicado anualmente desde 2005.

Contudo, os especialistas que o elaboram exigem que “Portugal responda à necessidade contínua de mais e mais eficientes políticas públicas para descarbonizar o setor da agricultura e dos transportes“, e que “aplique por completo a Lei Nacional do Clima”.

A Lei do Clima dita que Portugal deverá alcançar uma redução de pelo menos 55% nas respetivas emissões até 2030, em comparação com os níveis de 2005. Isto é equivalente a uma redução de quase 5% ao ano. Contudo, aponta o CCPI, em 2022 as emissões do país aumentaram 0,1% em relação ao ano anterior, no qual a redução já havia sido de apenas 2,8%.

A associação Zero, que lança esta quarta-feira um comunicado sobre este mesmo assunto, antevê que, se não forem consideradas as emissões associadas aos incêndios, as emissões em Portugal possam ter uma ligeira redução, dado o maior peso de fontes renováveis em 2024 e uma diminuição da ordem de 60% na queima de gás fóssil para produção de eletricidade.

No entanto, no que diz respeito ao transporte rodoviário, os valores estão praticamente idênticos face ao período homólogo em análise, quando, para se cumprir com o Plano Nacional de Energia e Clima, é necessário reduzir até 2030 as emissões no setor dos transportes em 5% ao ano. “Esta é a maior falha da política climática“, identifica a Zero.

Os autores do índice alertam para a falta de planos de mobilidade sustentável nas cidades portuguesas, dando Lisboa como exemplo de uma cidade em falha. “O uso de comboio e transporte público mantém-se extremamente baixo”, consideram os autores do índice.

Na nota que expõe os motivos da posição de Portugal, é destacado que as metas climáticas do país são “mais fortes” desde que foram revistas mas, ainda assim, “algumas ficam aquém” do desejável e que a Lei do Clima “precisa de mais ambição” nalgumas áreas.

Por exemplo, a ambição de o país se tornar neutro em emissões em 2045 não está em linha com o objetivo do Acordo de Paris, de que o aquecimento global não exceda os 1,5 graus centígrados até ao final do século. “O objetivo de 2040 é preciso para haver um alinhamento”, lê-se no documento. No que diz respeito à falta de ambição da lei, os especialistas apontam a ausência de referência ao fim dos subsídios aos combustíveis fósseis.

Pódio fica vazio

O índice deixa vagos os primeiros três lugares do ranking, considerando que nenhum país está a fazer o suficiente para alcançar o pódio. Em quarto lugar, o primeiro a ser ocupado, mantém-se a Dinamarca, seguida dos Países Baixos e do Reino Unido. Nas últimas três posições ficam o Irão, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

De um modo geral, todos os países apresentam metas insuficientes para 2030, pelo que devem aumentar a sua ambição e estabelecer objetivos alinhados com o Acordo de Paris para 2035“, defende a Zero.

Em relação aos países do G20, o Reino Unido e a Índia são os únicos a receber uma pontuação elevada, com a Índia a ocupar a décima posição. O maior emissor mundial, a China, ocupa o 55.º lugar no CCPI, descendo para uma classificação “muito baixa”. “Apesar dos seus planos, tendências e medidas promissoras, a China continua fortemente dependente do carvão e carece de metas climáticas aceitáveis”, explica a Zero. Quanto aos Estados Unidos, o segundo maior emissor, mantém-se no 57.º lugar entre os países com desempenho muito baixo.

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Viagens na Carris podem ser pagas com cartão bancário “contactless”

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Nova opção de pagamento abrange autocarros, elétricos e ascensores da Carris, permitindo também a compra de títulos de viagem para famílias ou pequenos grupos, até um máximo de 10 pessoas.

A transportadora Carris aceita, a partir desta quarta-feira, pagamentos a bordo com cartão bancário contactless, permitindo também a aquisição de títulos de viagem para grupos até 10 pessoas, divulgou a empresa.

Em comunicado, a Carris explica que passa a ser possível pagar com cartão contactless, físico ou virtual, as viagens diretamente nos validadores de “todos os veículos da empresa”, sendo abrangidos autocarros, elétricos e os três ascensores da cidade de Lisboa.

“Este é um dia histórico para a Carris e para a mobilidade na cidade de Lisboa. Com a introdução do pagamento com cartão bancário, reforçamos o nosso compromisso com a melhoria da experiência de viagem dos nossos clientes, garantindo, assim, uma maior comodidade e uma melhor acessibilidade na utilização do nosso serviço”, afirma o presidente da Carris, Pedro Bogas, citado pela nota.

A nova opção de pagamento permite também a compra de títulos de viagem para famílias ou pequenos grupos, até um máximo de 10 pessoas, selecionando diretamente no validador o número de títulos pretendido.

“A opção de pagamento com cartão bancário aplica-se à compra da tarifa de bordo, pelo que cada aquisição é válida apenas nessa viagem”, alerta a empresa.

Mais informações sobre este novo método de pagamento podem ser consultadas através da ligação https://comoviajar.alx.carris.pt/

A Carris é uma empresa que presta serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros em Lisboa, sendo gerida pela Câmara Municipal da capital.

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