Comissão Europeia lança rede de elite com 71 investidores para apostar em tecnológicas

A iniciativa da Comissão Europeia visa fortalecer o ecossistema de inovação europeu e garantir capital para empresas promissoras em áreas tecnológicas críticas.

A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira o lançamento da Trusted Investors Network, uma iniciativa que reúne 71 investidores europeus para coinvestir com a União Europeia em empresas de tecnologia com o Fundo do Conselho Europeu de Inovação (EIC).

Esta rede de investidores (que inclui o português Armilar Venture Partners) agrega fundos de capital de risco, bancos de investimento públicos, fundações e fundos de capital de risco corporativo que, no seu conjunto, é responsável pela gestão de mais de 90 mil milhões de euros em ativos.

“Com o lançamento do Trusted Investors Network estamos a dar um passo importante para fortalecer o ecossistema de inovação da Europa e garantir que as nossas empresas mais promissoras tenham o capital e o apoio necessários para crescer“, afirma Iliana Ivanova, Comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, em comunicado.

O Fundo EIC já investiu quase mil milhões de euros em 251 startups europeias, atraindo coinvestimentos de mais de 4 mil milhões de euros de cerca de mil investidores. Deste universo de investimento contam-se 15 startups nacionais que, até à data, conseguiram mais de 82 milhões de euros.

A nova rede visa fortalecer estes coinvestimentos e permitir que empresas em áreas tecnológicas críticas acedam a investimentos maiores.

O lançamento desta rede fez parte do primeiro EIC Scaling Summit, que reuniu 120 empresas selecionadas do portefólio do EIC e de programas nacionais. Destas, 72 foram adicionadas ao EIC Scaling Club, que agora conta com 120 membros no total, sendo que quatro têm raízes nacionais: C2C NewCap, Eneida, Probely e Arboreabiofoods.

Ao unirmos forças com o capital de risco, estamos a responder aos desafios urgentes delineados no relatório Draghi, que apela a ações ousadas para garantir a competitividade da Europa em tecnologias críticas”, sublinhou Ivanova.

(Notícia atualizada a 22 de outubro com dados sobre as empresas portuguesas)

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Fuga de Vale de Judeus resulta em nove processos disciplinares, incluindo ao ex-diretor da prisão

Instauração de nove procedimentos disciplinares, abertura de dois inquéritos autónomos e remessa de certidão às entidades competentes são algumas das conclusões do relatório entregue ao Governo.

O caso relativo à fuga de vários reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus resultou na instauração de nove procedimentos disciplinares, na abertura de dois inquéritos autónomos e na extração de certidão para remessa às entidades competentes, como recomendado”, segundo comunicou esta segunda-feira o gabinete de Rita Alarcão Júdice.

A Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, receberam na quinta-feira o relatório elaborado pelo Serviço de Auditoria e Inspeção (SAI) da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), relativa à evasão de reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.

Cinco reclusos fugiram no dia 7 de setembro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre. Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos. Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais. Um mês depois – a 7 de outubro – um dos evadidos, Fábio Loureiro, foi detido no em Tânger, Marrocos.

Este relatório resulta do inquérito preliminar instaurado para averiguar indícios de incumprimento de deveres laborais e, consequentemente, de responsabilidade disciplinar. “O silêncio de muitos dos envolvidos, embora não os tenha desfavorecido, não permitiu deslindar alguns dos factos que ajudariam a delimitar a intervenção individual. Os processos disciplinares abrirão oportunidade para que tal apuramento seja feito”, diz a auditoria.

Para apurar o envolvimento e o grau de responsabilidade dos elementos envolvidos, o relatório recomenda:

  • Diretor do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus: instauração de procedimento disciplinar por violação dos deveres gerais de prossecução do interesse público, zelo e lealdade. O Diretor (em substituição) não zelou pelo cumprimento das orientações em matéria de vigilância e segurança, nomeadamente, na homologação das escalas.
  • Chefe da Guarda Prisional: instauração de procedimento disciplinar por violação dos deveres gerais de prossecução do interesse público, zelo e lealdade e por violação de certos deveres especiais. Como responsável máximo pela vigilância e segurança, em funções no EP de Vale de Judeus, a 7 de setembro, cabia-lhe a determinação da escala da vigilância (física e por vídeo) aos pátios interiores.
  • Sete Guardas Prisionais: instauração de procedimentos disciplinares a sete guardas prisionais, entre eles um Chefe de ala, por violação dos deveres gerais de prossecução do interesse público, zelo e lealdade, e por violação de certos deveres especiais. Estes guardas prisionais não cumpriram várias instruções, incluindo instruções escritas. Esses incumprimentos resultaram na falta de escrupulosa vigilância presencial e videovigilância, o que facilitou a fuga dos reclusos e impediu a sua deteção atempada.
  • Comissário do Estabelecimento Prisional: abertura de inquérito autónomo relativo à falta de concretização de uma medida de segurança e sobre uma situação de absentismo prolongado.
  • Militares da GNR: remessa, às entidades competentes, de certidão das partes relevantes do relatório para apuramento de responsabilidades disciplinares sobre as condições em que foram cedidas, sem autorização, as imagens de acontecimentos no EP de Vale de Judeus à Comunicação Social.
  • Direção dos Serviços de Segurança: realização de um inquérito autónomo para avaliar o seu funcionamento e a capacidade de resposta a situações desta natureza.

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Operação Vórtex: Ex-autarca Miguel Reis já está em liberdade e com apresentações na PSP

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Apesar do alívio das medidas de coação ao antigo presidente da autarquia de Espinho, tribunal entende que "não se desvaneceram totalmente os perigos de continuação da atividade criminosa”.

O Tribunal da Feira alterou a medida de coação aplicada ao ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis, arguido no processo Vórtex, que deixou de estar em prisão domiciliária na sequência de um requerimento apresentado pela defesa.

Embora tenha entendido que “não se desvaneceram totalmente os perigos de continuação da atividade criminosa e o perigo para a conservação e veracidade da prova“, o tribunal decidiu aliviar a situação coativa do antigo autarca, indo também ao encontro do pugnado pelo Ministério Público (MP).

O despacho datado de sexta-feira, a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira, refere que a obrigação de permanência na habitação com pulseira eletrónica foi substituída pela obrigação de apresentação periódica semanal, ao sábado, no posto policial da PSP de Espinho, entre as 8 e as 19 horas.

Enquanto o julgamento estiver a decorrer, o arguido terá apenas de comparecer no tribunal, ficando dispensado de se apresentar no posto policial no sábado subsequente. Mantém-se ainda a proibição de Miguel Reis poder contactar todos os arguidos e testemunhas do processo, funcionários da autarquia ou outros órgãos autárquicos do município.

No requerimento, a defesa pedia a revogação da medida de coação de obrigação de permanência na habitação, alegando haver uma “diferença de tratamento e disparidade” entre as medidas de coação promovidas para o arguido Miguel Reis e para os arguidos Francisco Pessegueiro e Pinto Moreira, o primeiro encontra-se com apresentações periódicas e o segundo com Termo de Identidade e Residência.

Para além de considerar que já não se verificam as circunstâncias que justificaram as medidas de coação aplicadas ao arguido, a defesa entendia existirem factos dos quais resultam a atenuação das exigências cautelares que o caso requer, nomeadamente o facto de Miguel Reis ter deixado de ter qualquer influência na autarquia, não havendo por isso perigo de continuação da atividade criminosa.

Na sexta-feira à noite, Miguel Reis escreveu na sua página pessoal na rede social Facebook que tinha recuperado a liberdade, adiantando que se tratava de um pequeno passo que “marca um novo começo”. “Foram 647 dias de superação, mas nunca estivemos sozinhos. A cada um que nos apoiou, à minha mulher, filhos, família, amigos, advogados e a todos que, mesmo sem nos conhecerem, enviaram gestos e palavras de conforto, o nosso mais profundo obrigado”, lê-se na publicação.

Após ser detido a 10 de janeiro de 2023, Miguel Reis foi colocado em prisão preventiva, passando em junho do mesmo ano para prisão domiciliária, por decisão do Tribunal da Relação do Porto, que entendeu que não se encontrava verificado o perigo de perturbação da tranquilidade e paz pública.

O ex-autarca, que viria a renunciar ao mandato para o qual foi eleito em 2021, está acusado de quatro crimes de corrupção passiva, um dos quais agravado, e cinco crimes de prevaricação.

O caso começou a ser julgado no Tribunal de Espinho a 5 de setembro, tendo sido ouvido até agora apenas o arguido Francisco Pessegueiro.

O processo Vórtex está relacionado com “projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”.

A operação culminou em 10 de janeiro de 2023 com a detenção do então presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), o chefe da Divisão de Urbanismo e Ambiente daquela autarquia, um arquiteto e dois empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.

Em 10 de julho do mesmo ano, o MP deduziu acusação contra oito arguidos e cinco empresas, incluindo dois ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis e Pinto Moreira, que também viria a ser constituído arguido.

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Portugal vai ter de requalificar 1,3 milhões de trabalhadores para aproveitar IA e automação

Automação e IA são oportunidade para Portugal dar o salto na produtividade, mas isso terá "impacto significativo" na força de trabalho: 1,3 milhões terão de ser requalificados e 320 mil recolocados.

A automação e a inteligência artificial generativa podem ajudar Portugal a resolver um problema de que padece há muito: os baixos níveis de produtividade. Mas, para isso, é preciso que haja rapidez na adoção da nova tecnologia e que a força de trabalho seja equipada com as devidas competências. O diagnóstico é feito pela consultora McKinsey & Company, que, num novo estudo, estima que será preciso requalificar 1,3 milhões de trabalhadores em Portugal.

“Estas tecnologias podem permitir a Portugal dar um salto na produtividade e fechar o fosso face aos congéneres europeus. É algo que vemos como uma oportunidade“, sublinhou o sócio sénior Duarte Begonha esta segunda-feira, na apresentação do referido estudo.

Em concreto, hoje Portugal apresenta “níveis de produtividade na contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) aquém da média da União Europeia e dos Estados Unidos” (0,4% contra 0,7% e 1%, respetivamente).

No entanto, a adoção célere da automação e da inteligência artificial poderá puxar essa contribuição para 3,1% em Portugal até ao fim da década, ficando alinhada com o previsto para o bloco comunitário (também 3,1%) e mais perto do estimado para os Estados Unidos (4%).

“A adoção rápida de automação e de inteligência artificial generativa no mercado de trabalho deve ser vista como uma oportunidade única para passar a competir diretamente com as economias mais desenvolvidas do mundo em matéria de crescimento“, salienta a consultora, no estudo agora conhecido.

A adoção rápida de automação e de inteligência artificial generativa no mercado de trabalho deve ser vista como uma oportunidade única para passar a competir diretamente com as economias mais desenvolvidas do mundo em matéria de crescimento.

McKinsey & Company

Por outro lado, se Portugal não der esse salto, o fosso ficará ainda mais acentuado, já que, entretanto, outros países europeus irão abraçar estas tecnologias, fazendo crescer as suas economias, alerta a McKinsey & Company.

Ora, Duarte Begonha realçou esta manhã que Portugal só conseguirá aproveitar plenamente os ganhos proporcionados por estas tecnologias, se cumprir dois requisitos. Por um lado, há que ter rapidez na implementação (caso contrário, o crescimento económico será significativamente inferior). Por outro, há que dar aos trabalhadores as competências adequadas a estas novas ferramentas.

A consultora projeta que será preciso requalificar 1,3 milhões de trabalhadores em Portugal para que o salto na produtividade se dê, sendo que essa transformação da força de trabalho terá de ser transversal a todos os setores, e a todos os níveis de sofisticação de funções.

Além disso, cerca de 320 mil pessoas (“sobretudo em tarefas mais previsíveis, repetitivas e com exposição direta a cliente, como o atendimento ao cliente”) vão ter de ser recolocadas, isto é, para estas, não bastará adquirir novas competências, mantendo-se no seu setor habitual; Terão mesmo de abraçar novas funções profissionais.

A adoção rápida da automação e Gen AI conduzirá à necessidade de recolocação profissional de cerca de 320 mil pessoas (sobretudo em tarefas mais previsíveis, repetitivas e com exposição direta a cliente, como o atendimento ao cliente).

McKinsey & Company

Perante este cenário, será preciso, então, argumentou esta manhã a sócia associada Rita Calvão, “coordenação entre o setor público, empresarial e educativo”, com vista a garantir que o país tem as infraestruturas (tecnológicas e de dados) certas, o talento devidamente requalificado e o controlo de risco.

Ou seja, por exemplo, a requalificação dos trabalhadores não cabe apenas às escolas ou ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Também as próprias empresas estejam envolvidas neste esforço. E até as pessoas em si mesmas.

Hoje, explicaram os sócios, ainda “falta consciencialização ao nível nacional” sobre a necessidade de requalificação, mas é preciso fazer essa sensibilização. “O buzz que a inteligência artificial generativa ganhou nos últimos anos foi um acelerador da consciencialização. Pode ser uma oportunidade”, realçou Rita Calvão, que aproveitou também para deixar uma mensagem às lideranças: “é importante que os líderes encarem este tema como algo que não é puramente tecnológico. É de pessoas“.

Duarte Begonha avisou que não basta investir na tecnologia, é preciso ter atenção à sua implementação — por cada euro investido no primeiro passo, serão precisos três nessa segunda fase, precisou –, sendo que Portugal já provou, pela sua história, que consegue adaptar-se “mais rapidamente que outros países”, o que pode ser um trunfo.

Somos menos rígidos e isto pode ser algo positivo para nós“, rematou, referindo, a propósito, que a própria dimensão das empresas nacionais pode ser um dificuldade, mas também uma vantagem (por serem mais pequenas, são mais ágeis e flexíveis).

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Roubar bandeiras do Chega? “Estamos a defender o que interessa às pessoas”, alega Montenegro

Primeiro-ministro garante que o Governo está a defender "as bandeiras que interessam à população", rejeitando as críticas e acusações de Ventura. "Não estamos preocupados", garante ainda Montenegro.

O primeiro-ministro recusou as críticas proferidas por André Ventura, que acusou Luís Montenegro de ter “anunciado bandeiras do Chega” este domingo, no discurso de encerramento do 41º Congresso do PSD, em Braga.

Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, à margem da inauguração de um centro de saúde em Ourém, Montenegro não se alongou quanto às críticas do seu opositor político, garantido apenas que o Governo está “concentrado em resolver os problemas das pessoas e trazer para a agenda pública o que interessa”.

Estamos a defender as bandeiras que interessam à população. O conceito de dimensão da crítica nem sempre tem uma correlação entre o que se diz na esfera política e o que sente o povo português”, respondeu esta manhã o primeiro-ministro, questionado pelos jornalistas sobre este tema.

No discurso de encerramento do 41º Congresso do PSD, em Braga, Luís Montenegro apresentou um pacote com sete medidas que vão desde a educação e saúde até à intervenção urbana na área metropolitana de Lisboa, passando pela atração de talento e por mudanças na disciplina de Cidadania no sentido de a “libertar” de “projetos ideológicos”.

O líder social-democrata anunciou também que o Governo vai reforçar a “proximidade e visibilidade” de polícias na rua, com equipas multiforças, e aumentar os apoios destinados às vítimas de violência doméstica.

Na segurança, anunciou uma maior abrangência dos sistemas de videovigilância e o reforço das polícias de proximidade, com a criação de equipas com elementos da PJ, PSP, GNR, ASAE, ACT e Autoridade Tributária, sob articulação do sistema de segurança interna. O objetivo, explicou, é irem para o terreno “combater sem tréguas a criminalidade violenta, o tráfico de droga, a imigração ilegal e o tráfico e abuso de seres humanos”.

Estamos a defender as bandeiras que interessam à população. O conceito de dimensão da crítica nem sempre tem uma correlação entre o que se diz na esfera política e o que sente o povo português.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

Poucos momentos depois, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura acusou o primeiro-ministro de hipocrisia por anunciar medidas que são bandeiras do seu partido, quando o PSD as rejeitou na Assembleia da República. Acusou ainda Luís Montenegro de ser “muleta do PS”.

O Governo, percebendo o crescimento do Chega no país, decide anunciar uma série de bandeiras do Chega, sem, porém, assumir como as concretizará ou negando que votou contra elas nas semanas anteriores, no parlamento”, afirmou, numa referência ao discurso do presidente do PSD.

O líder do Chega sustentou ainda que Luís Montenegro disse que “quer retirar a carga ideológica à disciplina de cidadania, mas tem ministros, como a ministra da Juventude, que insistem em usar a expressão pessoas que menstruam, em vez de mulheres”. Recordou ainda que o PSD “votou contra o controle de imigração proposto pelo Chega, votou contra o referendo à imigração que os portugueses queriam e votou contra as quotas para a imigração”.

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Dower Law Firm reforça Público com seis novas contratações

A Dower Law Firm anuncia o reforço da equipa de Direito Público, com a integração de seis novos profissionais.

A Dower Law Firm anuncia o reforço da equipa de Direito Público, com a integração de seis novos profissionais. Ana Filipa Urbano, integra a sociedade como Sócia Contratada, Bárbara Damas, Liliana Sousa Correia, Raquel Soares Mendes, e Ricardo Barbosa Moreira, associados, transitam da Pacheco Amorim, Miranda Blom & Associados. Carlos José Batalhão, que desempenhava funções na Dower Law Firm enquanto Of-Counsel, assume, agora, a posição de Sócio Especialista na mesma Sociedade.

“A integração na nossa equipa destes novos profissionais altamente capacitados permite-nos ampliar a atuação e aprofundar a nossa especialização nas áreas de Direito Público, Administrativo, Contratação Pública e Urbanismo. Esta expansão reflete o compromisso contínuo com a excelência e a inovação na prestação dos nossos serviços”, refere o Managing Partner, Eduardo Castro Marques.
“A incorporação de profissionais de excelência na nossa equipa fortalece a capacidade de respondermos, de forma ainda mais eficaz e especializada, às exigências crescentes do setor. A diversidade de competências e a qualidade técnica que já caracterizam a nossa equipa está reforçada, consolidando o nosso compromisso com a prestação de serviços jurídicos de excelência”, destaca Catarina Silva Martins, associada coordenadora da equipa.

A equipa de Público da Dower Law Firm vai ser apresentada, no início de dezembro, no contexto de uma conferência, a decorrer nas novas instalações da sociedade – Edifício Icon Douro -, que versará sobre os temas da “Fiscalização Preventiva Especial no PRR e Regime Geral da Prevenção da Corrupção”, conta com a presença de Fernando Batista, Presidente do IMPIC, Presidente do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção.

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Terrenos da falida empresa municipal Azores Park vão a leilão por 936 mil euros

Na sequência da falência culposa da empresa municipal que se dedicava à promoção e desenvolvimento urbanístico imobiliário de parques empresariais, leilão de 13 terrenos agendado para 30 de outubro.

Treze terrenos rústicos da Azores Parque, distribuídos por 8 lotes e com áreas totais entre 4.420 metros quadrados e 6,5 hectares, vão ser leiloados por 936 mil euros no âmbito da insolvência da empresa municipal dos Açores que se dedicava à promoção e desenvolvimento urbanístico imobiliário de parques empresariais.

Organizado pela Leilosoc, o leilão presencial da insolvente Azores Parque está agendado para 30 de outubro, às 14h30, no VIP Executive Azores Hotel.

Os ativos localizam-se nas freguesias de Rosto de Cão (São Roque) e Fajã de Baixo, no Parque Empresarial dos Açores “Azores Parque Retail” (Ponta Delgada). “Com uma localização privilegiada a poucos minutos do centro da cidade, este parque encontra-se estrategicamente conectado às principais vias rodoviárias da ilha através da Via Rápida EN1-1A, que atravessa São Miguel de este a oeste”, destaca a Leilosoc, em comunicado.

Os imóveis beneficiam de isenção de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo.

O último relatório de contas disponível da Azores Parque, de 2017, mostrava um passivo superior a 11 milhões de euros, dos quais 10,5 milhões correspondem a passivos bancários. A venda da empresa foi aprovada em Assembleia Municipal, em novembro de 2018, e oficializada em março de 2019, altura em que a sociedade comercial Alixir Capital comprou 102 mil ações, com um valor nominal de cinco euros cada, perfazendo um total de 510 mil euros, mas que foram adquiridas por 500 euros.

Em oito meses, a Azores Parque alienou vários imóveis por 705 mil euros, mas retirou todo o dinheiro das contas bancárias antes de ser declarada insolvente.

O banco Santander moveu um processo judicial em que acusa a Câmara Municipal, então liderada pelo atual presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, de ter fugido ao pagamento do crédito no valor de 7,5 milhões de euros com a alienação de 51% do capital social da Azores Parque.

Em maio do ano passado, Rui Cordeiro, ex-presidente do Santa Clara, foi condenado por insolvência culposa da antiga empresa municipal Azores Parque. A sentença ditou que o advogado fica inibido de ocupar cargos de gestão em empresas privadas ou públicas e em fundações por um período de cinco anos e seis meses.

Após a repetição do julgamento, Carlos Silveira e Khaled Saleh também foram condenados como administradores de direito e inibidos de ocupar cargos de gestão em empresas privadas ou públicas e em fundações por um período de quatro anos. Segundo o tribunal, “não resultam quaisquer dúvidas quanto à qualificação da insolvência como culposa e da atuação dolosa dos gerentes Carlos Eduardo Ventura da Silveira e Khaled Ali Mesquita Saleh e do gerente de facto Rui Melo Cordeiro”.

Já os gestores públicos, entre eles José Manuel Bolieiro, atual chefe do executivo dos açoriano, e que à data dos factos (2019) presidia à Câmara Municipal de Ponta Delgada, foram ilibados.

A sentença, conhecida a 16 de maio do ano passado, fixa ainda em 3,6 milhões de euros o valor da indemnização à massa insolvente da Azores Parque, sendo tal responsabilidade solidária entre os três (Rui Cordeiro, Carlos Silveira e Khaled Saleh).

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Bruxelas denuncia “interferência russa sem precedentes” em referendo na Moldova

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Bruxelas denunciou uma "interferência e intimidação sem precedentes"da Rússia no referendo na Moldova sobre a adesão à UE, resultado que angariou 50,4% dos votos.

A Comissão Europeia denunciou esta segunda-feira uma “interferência e intimidação sem precedentes”, por parte da Rússia, no referendo na Moldova sobre a adesão à União Europeia (UE), no domingo, em que venceu o ‘sim’ por uma curta margem, segundo dados preliminares.

“Estivemos a acompanhar de muito perto as votações [de domingo], o referendo e as eleições presidenciais na Moldova. A Moldova é um parceiro muito importante da UE e é de assinalar que esta votação teve lugar sob uma interferência e intimidação sem precedentes por parte da Rússia e dos seus representantes, com o objetivo de desestabilizar os processos democráticos na República da Moldova“, reagiu o porta-voz do executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano.

“Estamos agora a aguardar o anúncio final dos resultados oficiais de ambas as votações e o anúncio dos observadores eleitorais da Comissão Central de Eleições, o que deverá acontecer esta tarde, e, depois disso, apresentaremos a nossa reação oficial“, acrescentou, falando na conferência de imprensa da Comissão Europeia, em Bruxelas.

“Obviamente que, no que toca à adesão da Moldova [à UE], continuamos a apoiar plenamente as suas ambições, as suas aspirações e os seus esforços”, garantiu Peter Stano.

De acordo com os resultados oficiais, quando estão apurados quase 99% dos votos, os eleitores da Moldova aprovaram a adesão à UE por cerca de 50,4% dos votos, num referendo constitucional boicotado por candidatos pró-russos.

Depois de o “não” estar a ganhar, o “sim” levou a melhor na manhã de hoje, por alguns milhares de votos, graças ao voto da diáspora.

A Moldova, um dos países mais pobres da Europa, esperava aderir até 2030 à UE, para onde já exporta 65% dos seus produtos e de onde recebe mais de 80% do investimento direto.

As atuais autoridades, a favor da adesão, parecem ter sido prejudicadas pelo facto de a consulta popular coincidir com as eleições presidenciais, após quatro anos de queda do nível de vida devido à covid-19, ao conflito na vizinha Ucrânia e à guerra energética com a Rússia.

Também no domingo, a atual Presidente da Moldova, Maia Sandu, de 52 anos, ficou em primeiro lugar (cerca de 40% dos votos) na primeira volta das eleições presidenciais, mas prepara-se para uma segunda volta difícil, em 03 de novembro, com Alexander Stoianoglo.

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BMcar “estaciona” em Famalicão com stand automóvel de 2,2 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Outubro 2024

Grupo automóvel espera que novo espaço localizado no "maior município exportador do Norte” do país alcance uma quota de 8% das operações da BMcar em Portugal nos próximos três anos.

Stand da BMcar de Vila Nova de Famalicão

Pouco mais de três meses após a abertura de um stand em Guimarães, a BMcar inaugurou um novo espaço em Vila Nova de Famalicão, resultado de um investimento de 2,2 milhões de euros. A previsão, segundo o CEO Pedro Rodrigues, é de que esta loja venha a representar 8% das operações da empresa em Portugal “nos próximos três anos”.

Em comunicado, o grupo justifica a escolha de Vila Nova de Famalicão por se tratar do “maior município exportador do norte e o terceiro a nível nacional”, além de ser uma cidade “reconhecida pelo seu dinamismo económico, social e cultural”.

O stand agora inaugurado — que “faz parte do mais ambicioso plano de investimentos da BMcar nos seus 30 anos de existência” — tem uma área total de 4.500 metros quadrados (m²), dos quais 3.000 m² são cobertos, e disponibiliza para venda viaturas das gamas BMW Premium Selection e MINI NEXT. Outros serviços disponíveis incluem o BMW Service, o MINI Service e o BMW Bank.

Tal como o espaço de Guimarães, a BMcar Famalicão “integra o plano estratégico ‘Out of Your Mind’, com o objetivo de garantir uma cobertura geográfica mais próxima, reforçando tanto a qualidade do serviço como a lealdade dos seus clientes atuais e potenciais”, refere o concessionário nortenho.

Devido à sua “posição central” face às restantes lojas da BMcar, prossegue na mesma nota enviada as redações esta segunda-feira, esta unidade de Vila Nova de Famalicão vai ser a principal dentro do grupo para o recondicionamento e preparação de viaturas.

Este novo stand é inaugurado depois de a BMcar ter aberto, no início de junho, um espaço em Guimarães, igualmente no distrito de Braga, num investimento avaliado em 2,5 milhões de euros. Nesse caso, perspetivou a empresa que alcance uma quota de 10% das operações do grupo em Portugal nos próximos três anos.

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Olicargo ocupa complexo logístico de 17 milhões da alemã Aquila Capital em Paredes

Com 16.570 metros quadrados, o Gandra North Green Logistics Park foi arrendado por 20 anos à operadora logística sediada na Trofa. É o terceiro investimento do grupo alemão em Portugal.

A Olicargo, operadora logística sediada na Trofa, arrendou por 20 anos o complexo logístico Gandra North Green Logistics Park, localizado em Paredes (distrito do Porto). O novo polo logístico pertence aos alemães da Aquila Capital e representou um investimento de 17 milhões de euros. É o terceiro investimento do grupo alemão no país e o primeiro no Norte.

Localizado num terreno de 40 mil metros quadrados em Paredes, o Gandra North Green Logistics Park é apresentado, em comunicado, como um complexo logístico de última geração com 16.570 metros quadrados “num dos epicentros logísticos da região Norte do país, devido às ligações rodoviárias e marítimas”. Está a 26 quilómetros do aeroporto Sá Carneiro e a 29 quilómetros do Porto de Leixões, com acesso à A41 a 650 metros.

“Estamos entusiasmados por anunciar a entrega bem-sucedida do nosso armazém de última geração ao nosso estimado inquilino. Esta instalação exemplifica o nosso compromisso em oferecer soluções logísticas de alta qualidade, adaptadas para atender às exigências das cadeias de abastecimento modernas. Com tecnologia de ponta e design sustentável, este armazém está preparado para aumentar a eficiência operacional e apoiar os objetivos de crescimento do nosso inquilino”, afirma em comunicado Jens Höper, team head investment management logistics do Aquila Group.

Após a construção, o ativo foi vendido ao Aquila Capital Southern European Logistics Fund (ACSEL). A infraestrutura inclui uma bacia de retenção de água, pavimento permeável para facilitar a infiltração natural de água e infraestruturas que promovem o transporte sustentável, incluindo estações de carregamento para veículos elétricos e estacionamento para bicicletas.

“Com a entrega bem-sucedida de mais um projeto em Portugal, fortalecemos a nossa posição como referência na área da logística sustentável. Este parque logístico, o primeiro da Green Logistics by Aquila Group no Norte do país, reafirma o nosso compromisso em entregar edifícios sustentáveis, eficientes e de alta qualidade. Parques como este permitem-nos apoiar os nossos clientes na otimização das suas operações, enquanto atingem os seus objetivos sociais e ambientais”, realça Sara Ribeiro, senior development manager do Aquila Group.

O primeiro investimento da Aquila Capital em logística em Portugal foi o complexo logístico Rainha Green Logistics Park, na Azambuja, que acolhe a operação da MC, empresa de retalho alimentar da Sonae.

A Green Logistics, criada em 2012 pelo grupo alemão Aquila Capital, conta com projetos em vários países europeus e tem um investimento acumulado de mais de 1,2 milhões de euros, com uma área total arrendável sob gestão de mais de 1,1 milhões de metros quadrados. Atualmente desenvolve e gere ativos na Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

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Taxa mais usada no crédito da casa baixa dos 3% pela primeira vez em ano e meio

Taxas usadas no crédito da casa reforçaram tendência de queda nos últimos meses. Euribor a seis meses voltou abaixo da fasquia dos 3% pela primeira vez desde março de 2023.

As taxas que servem de base para o cálculo de prestação da casa continuam a cair perante a perspetiva de descida dos juros dos bancos centrais. Nesse movimento, a Euribor a seis meses, a mais usada nos empréstimos à habitação em Portugal, voltou abaixo da fasquia dos 3%, algo que não acontecia desde 16 de março de 2023, há mais de ano e meio.

Pelo meio, este indexante — usado em mais de 40% dos contratos da casa e que esta segunda-feira fixou-se nos 2,972% — chegou a atingir o ponto mais alto nos 4,143% em outubro do ano passado. Desde então tem vindo progressivamente a cair, ainda que com algumas interrupções, em linha com as Euribor nos outros dois prazos principais, a três e 12 meses, que baixaram esta segunda-feira para 3,138% e 2,63%, respetivamente.

O que acontece é que as pressões inflacionistas aliviaram significativamente e o Banco Central Europeu (BCE) já vê a taxa de inflação encaminhar para o seu objetivo de 2%, conforme estipula o seu mandato.

O governador do Banco de Portugal e membro do conselho do BCE, Mário Centeno, foi o primeiro a declarar vitória sobre a inflação. “Alguns dos meus colegas do conselho de governadores não gostam da expressão, mas a inflação foi, de facto, vencida. Fizemos um sacrifício muito grande para vencê-la”, disse Centeno.

A este fator juntou-se outro nos últimos tempos: o abrandamento da economia, que fez soar os alarmes em Frankfurt e a acelerar o calendário de descidas.

Neste contexto, o BCE começou a desapertar a malha da sua política monetária. Na semana passada, cortou as taxas de juro pela segunda vez consecutiva, reduzindo a taxa de depósito em 25 pontos base para 3,25%. A decisão, amplamente antecipada pelos mercados, abre caminho para mais reduções nos próximos meses, à medida que a inflação continua a abrandar e a economia da Zona Euro mostra sinais de fraqueza.

Euribor baixa dos 3%

Fonte: Reuters

Euribor a 3 meses abaixo dos 3% até final do ano

As Euribor são definidas diariamente por um conjunto de bancos comerciais da Zona Euro nos empréstimos que fazem entre si, refletindo em cada momento as perspetivas para o que irá acontecer com as taxas oficiais do BCE.

Elas depois são usadas nos contratos que os bancos comerciais estabelecem com as famílias nos financiamentos para a compra de casa. Na prática, isto significa que se as Euribor estão em alta, a prestação também sobe e vice-versa.

Nos últimos dois anos, as Euribor deram um salto para máximos de 15 anos. O que significou que Portugal foi duramente afetado, pois cerca de 90% dos contratos da casa têm taxa variável, segundo os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal.

Se as famílias com crédito à habitação “passaram as passas do Algarve” nos últimos meses, agora preparam-se para ter algum fôlego nos seus orçamentos porque a mensalidade da casa vai continuar a baixar.

Os contratos forward sobre as Euribor deixam antecipar que a Euribor a três meses também irá baixar da fasquia dos 3% em dezembro, devendo manter-se entre os 1,8% e 2,5% até final da década.

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Bilhetes de cinema descem para 3,5 euros entre 21 e 23 de outubro em Portugal

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Cinema City, Cinemas Nos, UCI, Cineplace, Cinebox, Cinemax ou Castello Lopes estão entre as salas que aderiram à edição de outubro da Festa do Cinema.

As salas portuguesas de cinema acolhem, de segunda a quarta-feira, a Festa do Cinema, com o preço dos bilhetes reduzido a 3,5 euros, na segunda edição deste ano da iniciativa, anunciou a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas.

De 21 a 23 de outubro, “são várias dezenas de filmes, de todos os géneros, das obras nacionais às estrangeiras, em exibição a preço reduzido”, lê-se no comunicado da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC).

Entre os filmes portugueses que podem ser vistos em diferentes cinemas durante estes dias, contam-se “Grand Tour”, de Miguel Gomes, “Manga d’Terra”, de Basil da Cunha, “O Teu Rosto Será o Último”, de Luís Filipe Rocha, “O vento assobiando nas gruas”, de Jeanne Waltz, e “A flor do Buriti”, de Renée Nader Messora e João Salaviza.

“Grand Tour”, prémio de melhor realização em Cannes, é o filme português nomeado pela Academia Portuguesa de Cinema (APC) como candidato a uma nomeação de Melhor Filme Internacional para os próximos Óscares e as restantes longas-metragens foram finalistas candidatas a essa indicação.

Entre outras obras faladas em português ou com coprodução portuguesa, em exibição, constam igualmente “O melhor dos mundos”, de Rita Nunes, “Podia ter esperado por agosto”, de César Mourão, o documentário de Ramon De Los Santos “Operário Amador”, e as curtas-metragens “Um Caroço de Abacate”, de Ary Zara, “As Sacrificadas”, de Aurélie Oliveira Pernet, e “By Flávio”, de Pedro Cabeleira, com direção de fotografia de Leonor Teles, reunidas sob o título “Que Mulheres serão Estas”.

Em cartaz também estão os filmes brasileiros “Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você”, de Roberto Oliveira, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião.

No âmbito da parceria com a APC, durante a Festa do Cinema podem ainda ser vistos os vencedores dos Prémios Sophia Estudante de 2024, projeto que distingue as melhores curtas-metragens portuguesas realizadas em contexto académico: “52 HZ”, de Diana Rodrigues, “Défilement”, de Francisca Miranda, “O Incidente da Galinha”, de João Ferreira, e “Uma Mãe Vai à Praia”, de Pedro Hasrouny.

Cinema City, Cinemas NOS, UCI, Cineplace, Cinebox, Cinemax e Castello Lopes, assim como a Casa do Cinema de Coimbra, o Cinema Trindade do Porto, o Teatro Miguel Franco, em Leiria, o Cinema Fernando Lopes e o Cinema Ideal, em Lisboa, são as salas que aderiram a esta edição de outubro da Festa do Cinema, segundo a APEC.

A Festa do Cinema aconteceu pela primeira vez em 2015, tendo sido interrompida em 2020 e 2021, por causa da pandemia da covid-19. Este ano teve uma primeira edição nos dias 13 a 15 de maio.

A iniciativa é organizada pela APEC, com apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais e da Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais.

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