PME já têm regras para apoios a projetos de economia circular

Incentivos são a fundo perdido, mas há a possibilidade de assumirem “um formato híbrido, integrando uma subvenção e uma componente de empréstimo. Beneficiários são PME ou ENESI em copromoção.

As pequenas e médias empresas já têm definidas as regras para se candidatarem a apoios para projetos de economia circular. Nos programas regionais do Norte e do Algarve já há concursos previstos que deverão abrir ainda este ano, com uma dotação de nove milhões e um milhão de euros, respetivamente.

Este tipo de apoio vai ser operacionalizado pelos programas regionais, tal como já estava previsto os regulamentos dos mesmos desde o início, mas ainda faltava definir as regras, que foram publicadas, naquela que foi a terceira alteração ao Regulamento Específico da Área Temática Inovação e Transição Digital.

Os incentivos são a fundo perdido, mas há a possibilidade de assumirem “um formato híbrido, integrando uma subvenção e uma componente de empréstimo, podendo esta última ser concedida através de um instrumento financeiro financiado pelo Portugal 2030”, instrumento esse que deverá ser operacionalizado pelo Banco de Fomento.

As subvenções assumem a forma de custos reais e/ou opções de custos simplificados (OCS), mas essa questão é definida no aviso para apresentação de candidaturas. E são as PME que o podem fazer, eventualmente em copromoção com uma entidades não empresariais do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (ENESI).

“Os apoios à economia circular são contabilizados em 100% para as metas climáticas se a operação converter em matérias-primas secundárias pelo menos 50%, em peso, dos resíduos não perigosos objeto de recolha seletiva e tratados”, lê-se na portaria.

Outra das alterações introduzidas ao Regulamento Específico da Área Temática Inovação e Transição Digital foi publicar o regulamentando do Sistema de Apoio a Infraestruturas Tecnológicas. Também nesta área há já dois avisos previstos: a Norte (5 milhões de euros) e na Madeira (7,5 milhões), entre maio e agosto.

A Comissão Interministerial aproveitou esta terceira revisão para fazer ainda alguns ajustes e introduzir pequenos ajustes para conferir clareza jurídica a algumas normas do regulamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo fixa condições das compensações a titulares de licenças TDT

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Os valores de compensação "que ora se concretizam têm em conta os custos totais estimados, apurados pela Meo, e transmitidos à Anacom no contexto das referidas deliberações", lê-se no despacho.

O Governo fixa os termos e as condições gerais das compensações devidas aos titulares das licenças de rede do serviço de radiodifusão TDT de rede de aplicações auxiliares de radiodifusão e de produção de programas, segundo despacho divulgado esta quarta-feira.

O despacho do gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação “fixa os termos e as condições gerais das compensações devidas aos titulares das licenças de rede do serviço de radiodifusão televisiva digital terrestre (TDT) e de rede de aplicações auxiliares de radiodifusão e de produção de programas (SAB/SAP, ligações de áudio) que operavam na faixa dos 700 MHz, pelos encargos decorrentes da libertação dos canais radioelétricos e frequências que lhes estavam consignados, bem como os respetivos procedimentos de atribuição”.

Os valores de compensação “que ora se concretizam têm em conta os custos totais estimados, apurados pela Meo, e transmitidos à Anacom no contexto das referidas deliberações”, lê-se no documento, que refere que “a compensação devida pela alteração das frequências consignadas à rede de aplicações SAB/SAP a operar na faixa dos 700 MHz tem em conta as estimativas apuradas pela Sport TV e transmitidas” à Autoridade Nacional de Comunicações “para os sistemas de microfones emissores utilizados no âmbito desta rede e excluindo os valores do IVA, que não são elegíveis para compensação”.

A compensação devida pelos custos incorridos “é a que, comprovada e exclusivamente, tiver resultado da alteração da infraestrutura da rede de TDT e da necessidade de assegurar o referido serviço durante o procedimento de ressintonia das estações emissoras para a faixa dos sub-700 MHz”.

Por alteração de infraestrutura da rede de TDT entende-se “nos termos da deliberação da Anacom de 04 de outubro de 2019, as modificações necessariamente efetuadas nas estações da rede licenciada à data da referida deliberação em canais radioelétricos da faixa dos 700 MHz, de modo a passarem a emitir em canais radioelétricos da faixa dos sub-700 MHz”, mais concretamente a aquisição de novos filtros, a compra e substituição de emissor, a aquisição e substituição de sistemas radiantes e a ressintonia dos emissores nos novos canais radioelétricos.

Inclui ainda, nos termos da deliberação da Anacom de 6 abril de 2022, “a aquisição de um emissor, sintonização de um filtro e a informação prestada aos utilizadores finais potencialmente afetados na localidade de Baião”.

O documento explica ainda as condições e os procedimentos de atribuição de compensações, cujos encargos decorrentes da execução do presente despacho são suportados por verbas do orçamento do regulador, entrando em vigor na quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Digi com fidelizações de dois anos? “Essa não é a nossa intenção”

CEO do grupo que detém a Digi revelou esta quarta-feira mais detalhes sobre os planos da empresa para Portugal, no mês em que anunciou a compra da Nowo por 150 milhões de euros.

A operadora romena Digi deu esta quarta-feira mais detalhes sobre os seus planos para o mercado português, mas continua sem revelar em que data se estreará no mercado, apesar de se saber que a empresa está obrigada, nos termos do regulamento da Anacom, a lançar ofertas 5G até ao final de novembro.

Apesar das dificuldades que tem tido no licenciamento dos principais canais, principalmente com a Media Capital, dona da TVI e da CNN Portugal, a empresa não desistiu de lançar ofertas completas desde o início, incluindo um serviço de televisão, a par da banda larga fixa e da rede móvel 5G.

Além disso, ainda que a decisão final não esteja tomada, as ofertas principais poderão ter períodos de fidelização mais reduzidos do que os dois anos atualmente praticados no mercado pela Meo, Nos e Vodafone.

Estas informações foram dadas pelo CEO do grupo Digi Communications numa apresentação de resultados trimestrais, em resposta a várias questões colocadas pelo ECO, num mês marcado pelo anúncio de que a Digi comprou a Nowo por 150 milhões de euros.

Na apresentação, Serghei Bulgac recusou que o valor que a Digi aceitou pagar para ficar com a quarta maior empresa de telecomunicações do país tenha sido demasiado elevado, reiterando que foi uma aposta “estratégica” e “saudável”.

Na ótica do gestor, a compra da Nowo permitirá à Digi começar com alguns milhares de clientes num país em que os consumidores estão geralmente vinculados às suas operadoras por períodos de dois anos. Questionado se a Digi pretende seguir a mesma estratégia das restantes operadoras, Bulgac respondeu: “Essa não é a nossa intenção.”

Ainda sobre a aquisição em Portugal, o responsável do grupo Digi explicou também que a empresa “queria muito” ficar com as licenças 5G adquiridas pela Nowo no leilão da Anacom em 2021, que lhe permitirão lançar um melhor serviço móvel, e confirmou que a Nowo também servirá de plano B caso a Digi não consiga fechar acordos com os canais, visto que a empresa já tem o seu próprio serviço de televisão.

Questionado sobre quais serão os fornecedores 5G da Digi em Portugal, Bulgac revelou que a empresa é cliente da Ericsson e da Nokia. “Não estamos a usar equipamentos da Huawei nem de qualquer fabricante chinês”, respondeu, depois de Portugal ter proibido as operadoras de usarem equipamentos da empresa chinesa por questões de segurança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores da Groundforce convocam greve para 31 de agosto e 1 de setembro

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

A paralisação foi convocada contra "a existência de vencimentos base inferiores ao salário mínimo nacional" e contra "o recurso sistemático a trabalhadores de empresas de trabalho temporário".

Os trabalhadores da empresa de handling SPdH (Groundforce) convocaram uma greve para os dias 31 de agosto e 1 de setembro, em protesto pelos salários baixos, entre outras reivindicações, segundo um pré-aviso, divulgado esta quarta-feira pelo sindicato Sttamp.

No documento, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (Sttamp) emite um pré-aviso de greve, que abrange todos os aeroportos nacionais, “das 00:00 horas do dia 31 de agosto de 2024, às 24:00 horas do dia 01 de setembro de 2024”. A paralisação foi convocada contra “a existência de vencimentos base inferiores ao salário mínimo nacional”, protestando ainda contra “o recurso sistemático a trabalhadores de empresas de trabalho temporário” e o “trabalho suplementar em incumprimento com os limites legais em vigor”.

O sindicato refere ainda as “alterações sucessivas de horários à margem das disposições do Acordo de Empresa” e “a forma como decorre o programa de saídas voluntárias, sob ameaça de despedimento coletivo numa empresa em que não há pessoas para trabalhar”. O Sttamp justificou também a greve com o facto de “que mais uma vez, independentemente do motivo ou da origem que fragiliza a empresa” serem sempre “os trabalhadores a pagar a fatura”.

Assim, exige a “imediata reabertura de janela negocial que regulamente as tabelas de vencimentos base de modo a que nenhum nível seja inferior ao Salário Mínimo Nacional”, a imediata “regulamentação das situações de contratação precária e/ou empresas de trabalho temporário”, bem como a “implementação do sistema de horários em regime 4/2” e o reconhecimento e valorização dos “profissionais do handling que, diariamente garantem o funcionamento dos aeroportos nacionais”.

Segundo o pré-aviso, “os trabalhadores assegurarão os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações” e “a prestação dos serviços mínimos indispensáveis à satisfação das necessidades sociais impreteríveis”. O Sttamp considera que os serviços mínimos em causa passam pela “realização dos voos necessários à satisfação de problemas críticos relativos à segurança de pessoas e bens, nomeadamente, os voos ambulância, os de situações de emergência declarada em voo” e outros semelhantes.

Abrangem ainda os voos de Estado e militares e assegurar para as ilhas, a prestação de trabalho que permita, nos Açores “a primeira aterragem e descolagem na rota entre o Continente e a Região” e na Madeira “a primeira aterragem e descolagem na rota entre o Continente e a Região”, assim como “a primeira aterragem e descolagem no voo entre ilhas (Funchal e Porto Santo)”.

A Menzies Aviation anunciou em junho ter concluído a aquisição de 50,1% na Groundforce Portugal, mais de um ano após o anúncio do acordo para entrada do novo acionista, em março de 2023. A TAP pediu em 2021 a insolvência da Groundforce, num processo cuja lista provisória de credores apontava, nessa altura, para cerca de 154 milhões de euros em dívidas. Posteriormente, segundo o plano, as dívidas reconhecidas fixaram-se em 136,2 milhões de euros.

A Menzies prevê um investimento inicial de 12,5 milhões de euros na Groundforce.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Filme “Grand Tour” de Miguel Gomes selecionado para Prémios do Cinema Europeu

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Miguel Gomes já conquistou o prémio de melhor realização no festival de Cannes deste ano com "Grand Tour", um feito até aqui inédito para o cinema português.

O filme “Grand Tour”, de Miguel Gomes, está entre as 29 primeiras obras selecionadas para os Prémios do Cinema Europeu, anunciou esta quarta-feira a organização. Na lista encontra-se ainda “Misericórdia”, do francês Alain Guiraudie, com coprodução portuguesa pela Rosa Filmes.

Em comunicado, a Academia Europeia do Cinema lembrou que a seleção foi feita por um painel, consultando vários peritos europeus, e que é desta lista que resultarão os nomeados aos prémios, que são entregues em dezembro, na Suíça.

Os restantes filmes selecionados vão ser anunciados em setembro e as nomeações reveladas em 5 de novembro.

A história de “Grand Tour” segue um romance de início do século XX, com Edward (Gonçalo Waddington), um funcionário público do império britânico que foge da noiva Molly (Crista Alfaiate) no dia em que ela chega para o casamento.

“Contemplando o vazio da sua existência, o cobarde Edward interroga-se sobre o que terá acontecido a Molly… Desafiada pelo impulso de Edward e decidida a casar-se com ele, Molly segue o rasto do noivo em fuga através deste ‘Grand Tour’ asiático”, refere a sinopse.

Miguel Gomes já conquistou o prémio de melhor realização no festival de Cannes deste ano com “Grand Tour”, um feito até aqui inédito para o cinema português.

Na preparação deste filme, ainda antes da pandemia da covid-19, Miguel Gomes fez um arquivo de viagem pela Ásia – por exemplo, Myanmar (antiga Birmânia), Vietname, Tailândia, Japão -, para traçar o trajeto das personagens, recolhendo imagens e sons contemporâneos para uma longa-metragem de época de 1918.

Só depois desse périplo, Miguel Gomes rodou as cenas com os atores em estúdio, em Roma. O argumento é coassinado pelo cineasta com Mariana Ricardo, Telmo Churro e Maureen Fazendeiro.

“O que é interessante no cinema é que se pode viajar para um mundo alternativo, um mundo ficcional que contém todos os tempos; as memórias do tempo passado, o tempo atual em que vivemos, o presente”, disse Miguel Gomes em conferência de imprensa em Cannes.

“Grand Tour” foi produzido por Uma Pedra no Sapato, de Filipa Reis, em coprodução com Itália, França, Alemanha, China e Japão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cinco agências de viagens arriscam coimas até 45.000 euros por infrações na publicidade das tarifas

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Na publicidade nas redes sociais, metade das agências de viagem analisadas não cumpriram a lei ao publicitar viagens com um valor promocional em destaque, sem mencionar outros custos associados.

A Direção-Geral do Consumidor divulgou esta quarta-feira que detetou infrações na publicidade das tarifas aéreas nas redes sociais em cinco de 10 agências de viagens fiscalizadas, em julho, que arriscam coimas entre os 3.500 e os 45.000 euros.

“Verificou-se que, na publicidade divulgada nas redes sociais, metade das agências de viagem em análise não cumpre a lei ao publicitar viagens com um valor promocional em destaque, sem mencionar outros custos associados“, informou a Direção-Geral do Consumidor (DGC), em comunicado enviado às redações.

A autoridade pública para a defesa do consumidor levou a cabo, entre 9 e 26 de julho, uma ação de fiscalização relativa à publicidade das tarifas aéreas publicitadas por agências de viagens, tendo analisado 367 mensagens comerciais, divulgadas em 32 páginas de sites e redes sociais (Facebook e Instagram) de 10 operadores económicos.

“Na sequência das infrações detetadas foram elaborados cinco autos de notícia contra cinco empresas, o que pode dar origem à aplicação de coimas entre os 3.500 euros e os 45.000 euros“, apontou a DGC.

De acordo com a lei, explicou, toda a publicidade que faça referência a tarifas de transporte aéreo deve indicar o preço total a pagar pelo consumidor, incluindo as taxas, impostos e outros encargos, bem como a informação de que a comercialização da tarifa está sujeita ao número de lugares disponíveis.

Deve também ser indicado, “de forma bem visível, clara e inequívoca, se o preço se refere à viagem de ida ou de volta ou à viagem de ida e volta”, realçou a autoridade, acrescentando que aquela informação “é fundamental para permitir ao consumidor comparar preços e condições de oferta, assegurando assim uma comunicação clara, adequada e transparente”.

A DGC ressalvou que, ao contrário do que detetou nas redes sociais, nos sites das agências de viagens são indicadas todas as informações legais obrigatórias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BNP Paribas pode tomar até 20% do capital da Ageas Portugal e Médis

  • ECO Seguros
  • 14 Agosto 2024

O banco francês e a sua seguradora BNP Paribas Cardif já podem comprar a participação de 9% da Fosun no grupo belga Ageas sem contingências na Ageas Portugal e na Médis.

Foi declarada, pela ASF, a Não Oposição à aquisição indireta de participações qualificadas abaixo do limiar de 20% na Ageas Portugal Vida na Ageas Portugal Seguros e na Médis pelo banco BNP Paribas e pela sua seguradora BNP Paribas Cardif.

O banco e seguradora franceses tinham anunciado, em abril último, a aquisição da participação de 9% detida pela Fosun no grupo belga Ageas , tornando-se acionistas indiretos nas empresas a atuar em Portugal. Num primeiro momento foi a BNP Paribas Cardif a tomar 4,8% do capital da Ageas global.

“O BNP comprou uma participação acionista na Ageas , isto em termos de acionistas e não nas entidades locais – daí a decisão da ASF fazer alusão a uma aquisição indireta – disse a ECOseguros fonte do grupo, acrescentando que “parte da transação estava abaixo do limiar de participação qualificada, mas a restante parte ficou condicionada às aprovações de reguladores, o que sucedeu agora”, sublinha.

Assim o BNP poderá comprar até 20% do capital da casa-mãe da Ageas, sediada em Bruxelas, sem oposição da ASF quanto às companhias do grupo em Portugal. No entanto, está apenas prevista a aquisição pelo BNP da participação da Fosun.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Pitches: sim ou não? Discussão volta a aquecer entre responsáveis de agências

Os pitches são inimigos ou aliados das agências? Uma carta de uma agência brasileira voltou a trazer o tema a lume, provocando a reação de diversos responsáveis de agências de marketing e publicidade.

Talvez relacionado com as altas temperaturas que se têm sentido, o tema dos pitches voltou a aquecer junto dos responsáveis de agências do mundo do marketing e da publicidade.

O gatilho da “discussão” foi uma carta publicada pela agência brasileira Bullet, que disse ter declinado um convite para um concurso. Em primeiro lugar, a Bullet aponta o facto de serem 12 as agências concorrentes, o que “significa mais de 200 pessoas a trabalharem de graça“, algo que “não é humano e vai contra todas as práticas de ESG“.

Além disso, a agência aponta que “quantidade não é qualidade” e que “a etapa comercial terá maior peso na decisão”, o que “faz com que a parte técnica perca importância no processo”, pelo que seria mais fácil “pedir orçamento para as agências e contratar a mais barata”.

Este processo vai contra o relacionamento com colaboradores e parceiros, ética nos negócios e compras sustentáveis“, observa ainda a agência.

Em Portugal o tema de discussão foi de novo colocado em cima da mesa com a partilha de Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto, que escreveu no LinkedIn que a sua agência “subscreve (muito) esta carta da Bullet a propósito de (mais) um pitch em que se ‘convidam’ ‘n’ agências a apresentarem aquilo que nunca irá ser implementado a um preço que irá depois ser esmagado”.

Os comentários por parte de vários profissionais do setor – maioritariamente de concordância e apoio – não tardaram a chegar.

Isto é o que se chama uma má prática de gestão“, referiu Manuela Botelho, que esteve durante 18 anos à frente da direção da APAN (Associação Portuguesa De Anunciantes), recomendando “à empresa que teve esta iniciativa a leitura atenta do Guia de Boas Práticas para Concurso de Agências, um documento já com muitos anos, e elaborado em conjunto pela APAN e APAP”.

A agência Miligrama Comunicação em saúde também corroborou esta opinião, referindo que “seria muito mais ético e transparente começar por um simples pedido de orçamento, e só avançar para o pedido de uma proposta (que infelizmente não é paga e como diz a carta é trabalho de graça) quando realmente existe essa possibilidade”.

Quanto ao que considera ser “uma velha questão”, Miguel Bacelar, founder e managing director da Saint Pirate, diz que “dar de graça o que temos para vender é celebrar uma mentira“, fazendo ainda uma analogia: “Experimentem jantar em cinco restaurantes e só pagar no que gostaram mais.”

“Absolutamente de acordo com a resposta! Porém, há sempre agências a aceitarem este tipo de concursos. Batem-se pelo preço, sacrificam-se a qualidade e a inovação. Nivela-se pela marca menor. No final do dia, ninguém ganha“, comenta, por sua vez, Ana Paula Salgueiro, managing director da InfluenceSuite em Portugal.

Já no ano passado, no +M, o tema gerou discussão com artigos de opinião de responsáveis em agências como Diogo Anahory, Mariana Galindo, Frederico Roquette, Piedade Guimarães, Nuno Presa Cardoso ou, na perspetiva do cliente, com a opinião de Catarina Barradas.

Nuno Presa Cardoso, partner e chief creative officer da Nossa, por exemplo, defendeu que é num pitch que se é desafiado “a condensar a nossa visão, estratégia e criatividade num período limitado de tempo”. “Muitos podem pensar que são apenas apresentações de ideias incríveis, mas encaramo-los como oportunidades extraordinárias de demonstrar o nosso valor e entusiasmo aos potenciais novos clientes”, escreveu.

A tentação de fugir à frustração e desperdício que os concursos proporcionam é grande, mas pessoalmente nunca viro a cara a um bom pitch. Claro que fazemos filtros: quatro agências são mais do que suficientes para que um concurso seja competitivo (devem é ser bem escolhidas numa long list), nem tudo deve ser alvo de um concurso, e principalmente o briefing e os critérios de avaliação devem ser claros para todos”, argumentou num artigo de opinião publicado no +M.

Cerca de uma semana depois, Diogo Anahory, cofundador e diretor criativo da DJ, abordou “uma outra perspetiva“, praticamente “respondendo” a cada argumento do responsável da Nossa. Segundo Anahory, o talento, “precisamente por valer muito, não devia ser oferecido”.

“Ao aceitar participar em concursos não remunerados, não estaremos a desvalorizar o nosso trabalho? Não estaremos a passar a mensagem de que é fácil ter ideias e de que nos é indiferente que elas possam ir parar à gaveta? Uma boa ideia pode criar, impulsionar, fortalecer ou mesmo salvar um negócio. Pode haver ‘um antes e um depois’ de uma grande ideia. Oferecê-las é, de alguma forma, retirar-lhes valor, é menosprezar a importância e o contributo que podem ter na construção das marcas“, defendeu.

Em resposta aos dois, e sobre este tema, Mariana Galindo, fundadora e planning partner da TTouch, referia em novembro que “o que ainda ninguém disse sobre os concursos foi a leviandade com que tantas vezes são pedidos pelos clientes“, afirmando que muitas vezes as ideias e projetos não acabam por ficar na gaveta por ser caro, arriscado ou precisar de ajustes mas porque “o cliente enganou-se”.

“Há qualquer coisa de errado aqui. Se nada disto acontecesse e se o mercado respeitasse mais o trabalho das agências, e se pagasse o valor real do tempo para se criar boas ideias – já nem falo do valor real das ideias, que esse ficou lá atrás, nos anos 90, quando se deixou de cobrar pelas ideias e se passou a cobrar comissões sobre a media – não tenho uma dúvida que as nossas equipas se iriam sentir muito mais inspiradas e unidas, porque imagine-se (!) levam para casa um ordenado digno do trabalho que fizeram e que até dá para pagar as contas ao final do mês”, afirmou, acrescentando que “se não há mais inspiração ou união, os responsáveis são os clientes, mas sobretudo das agências que deixam e promovem este sistema“.

Piedade Guimarães, COO e partner da Hill & Knowlton, concordou com este pensamento. “A ideia que algumas empresas têm de que um concurso de prestação de serviços de marketing ou comunicação pode ser um mero pró-forma para cumprir calendário, e não um meio para chegar a um fim (uma avaliação séria do mercado), é um cancro que nos rodeia a todos. Um cancro que necessita de ser liquidado. Totalmente liquidado. Temos de acabar com todos aqueles que já sabem com quem querem trabalhar à partida, mas que apenas por questões de compliance pedem propostas a outras agências. Isto deve tirar-nos do sério”, disse.

Os pitches “são o ‘combustível fóssil da agência’: sim, arranca o motor, dá para andar e viajar, mas acaba por poluir o (bom) ambiente que precisamos na criatividade”, escreveria mais tarde Frederico Roquette, fundador e diretor Criativo da Alfred, que defendeu também que mais do que dizer mal, é preciso “convocar todos – sem exceção – para começar a Fazer Bem”.

Dando a cara pelo “outro lado”, o do cliente, Catarina Barradas, diretora global de marca da EDP, argumentou que marcas como a EDP seriam ‘chacinadas’ na praça pública se fizessem ajustes diretos”, pelo que “a única saída” passa precisamente pelos concursos.

“Concursos que, se para as agências são um martírio pela necessidade de alocação de recursos para um final que pode ser nada, para as equipas de marketing são um processo igualmente desgastante”, escreveu ainda responsável da EDP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo soberano da Noruega dispara 8,6% à boleia das tecnológicas

O desempenho do fundo foi fortemente influenciado pelas subidas da Nvidia, Microsoft, Alphabet, Amazon, Meta e Apple, que geraram um terço dos 130 mil milhões de euros de ganhos alcançados até junho.

O Fundo Soberano da Noruega, formalmente conhecido como Fundo de Pensões do Governo Global (GPFG), alcançou uma rendibilidade de 8,6% no primeiro semestre deste ano, segundo o relatório e contas publicado esta quarta-feira.

Este resultado traduz-se num aumento de quase 130 mil milhões de euros no valor de mercado somente nos primeiros seis meses do ano, que no final de junho totalizava mais de 1,5 biliões de euros de ativos sob gestão, quase seis vezes mais que o PIB de Portugal.

O principal motor do desempenho alcançado por este gigantesco fundo soberano entre janeiro e junho foi o seu portefólio de ações, que pesa mais de 70% da sua carteira e que agrega cerca de 9 mil cotadas de 72 países, que alcançou ganhos de 12%.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Entre os títulos que mais brilharam estiveram as ações de setor tecnológico, que geraram ganhos de 27,9% na carteira do fundo. “As ações tecnológicas lideraram o nosso desempenho, refletindo a crescente importância da inovação no mercado global”, lê-se no relatório.

Destaque para os títulos da Nvidia, Microsoft, Alphabet, Amazon.com, Meta e Apple, empresas em que o fundo tem participações acima de 1%, e que segundo contas do ECO, foram responsáveis por um terço dos ganhos totais do fundo soberano norueguês alcançados no primeiro semestre.

A penalizar o desempenho do GPFG nos primeiros seis meses do ano esteve o portefólio de dívida pública, que pesa cerca de 25% da carteira, que entre janeiro e junho registou perdas de 0,6%, devido a um ambiente de taxas de juro mais elevadas do que o esperado, especialmente nos EUA.

Em Portugal, o fundo soberano da Noruega mantém um investimento superior a 1,3 mil milhões de euros, que estão aplicados em 12 empresas cotadas, com particular destaque para a participação de 5,06% na EDP, que agrega cerca de 56% do investimento do fundo soberano no mercado nacional.

O fundo soberano da Noruega tem como missão “salvaguardar e construir riqueza financeira para as gerações futuras”, através da gestão das receitas excedentes provenientes da exploração de petróleo e gás natural do país.

Além disso, no primeiro semestre, o fundo gerido Norges Bank Investment Management (NBIM), uma divisão do Banco Central da Noruega que opera de forma independente, investiu 307 milhões de euros na aquisição de uma participação de 49% num portefólio de ativos de energias renováveis em Portugal e Espanha, pertencente à Iberdrola. “Expande a nossa presença em Espanha e é também o nosso primeiro passo em Portugal”, referiu Nicolai Tangen, CEO da Norges Bank Investment Management, por ocasião do anúncio deste investimento, a 17 de janeiro, notando ainda a intenção de “adicionar mais projetos atraentes de infraestrutura renovável no futuro”.

Criado em 1990, o GPFG é atualmente um dos maiores fundos de investimento do mundo, registando ao longo dos últimos dez anos uma rendibilidade média anual de 7,07%.

O fundo soberano da Noruega tem como missão “salvaguardar e construir riqueza financeira para as gerações futuras”, através da gestão das receitas excedentes provenientes da exploração de petróleo e gás natural do país por via do investimento em ações cotadas de empresas estrangeiras, obrigações, imóveis e infraestruturas não cotados em moeda estrangeira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deco alerta para risco de aumento de comissões no MB Way

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Deco alerta que a associação do MB Way a contas irá significar que as transferências entre utilizadores serão consideradas transferências imediatas, podendo estar sujeitas a comissões.

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) alertou esta quarta-feira para o risco de aumento de comissões no serviço MB Way na sequência do novo regime de transferências entre contas de pagamentos. Em causa estão notícias recentes segundo as quais a SIBS – gestora da rede Multibanco e do serviço MB Way – pretende permitir que este último possa ser associado a contas de pagamento, além da solução que já existe de associar a cartões de pagamento.

Em comunicado, a Deco manifesta “a sua preocupação, uma vez que poderá haver um aumento de comissões neste novo regime de transferências entre contas de pagamentos”.

A associação do MB Way a contas irá significar que as transferências entre utilizadores serão consideradas transferências imediatas”, pelo que “poderão estar sujeitas ao preçário aplicável a essas transferências e não sujeitas aos limites aplicáveis a transferências entre cartões, como acontece presentemente, e em caso de ultrapassar as transações gratuitas, de 0,2% em caso de cartão de débito e 0,3% em caso de cartão de crédito”, explica.

Caso venha a ser este o valor cobrado nas transferências MB Way em regime entre contas, a associação destaca que se tratará de “um aumento brutal para as comissões naquele que é o valor médio das transferências MB Way, de aproximadamente 40 euros, passando de perto de 10 cêntimos para 80 cêntimos ou acima de um euro”.

“Este valor será totalmente desproporcionado, contrário à legislação, e prejudicando os interesses dos consumidores no MB Way, produto bem recebido e adotado pelos portugueses, e para o qual se deve evitar a aplicação de comissões desproporcionais”, sustenta.

Neste contexto, a Deco diz já ter enviado uma carta aos ministérios da Economia e das Finanças “solicitando uma avaliação e intervenção urgentes para adequar a legislação e manter a proporcionalidade nas comissões aplicáveis a transferências MB Way”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF prevê aumento de inflação no final do ano

  • ECO Seguros
  • 14 Agosto 2024

O índice de atualização dos capitais seguros em seguros habitação volta a subir depois de um ano e meio em baixa. É o regresso da inflação aos custos de reconstrução de edifícios.

A ASF, entidade supervisora do setor dos seguros, indicou as taxas de atualização a realizar nos capitais seguros para as renovações do seguro multirriscos habitação a ocorrer no quarto trimestre de 2024. Assim, os valores dos imóveis seguros devem subir 3,82% relativamente a igual período do ano passado quanto a edifícios e 1,79% no caso do recheio de habitação. Para o conjunto, no designado Índice de Recheio de Habitação e Edifícios (IRHE), a taxa de atualização a utilizar nos capitais seguros deve ser de 3,22%.

Esta informação, prestada antecipadamente em todos os trimestres pela ASF, sobre os valores a atualizar em imóveis e recheio de habitações seguradas, significa mesmo uma previsão de aumento nos custos de reconstrução de edifícios e habitações no valor de 1,16% % relativamente a este 3º trimestre de 2024 e de 0,46% relativamente ao recheio. Sobre os capitais seguros incidem as tarifas e outros encargos que formam o prémio a pagar pelos segurados, nomeadamente nos seguros multiriscos.

Atenção à regra proporcional

Seguros com capitais desatualizados podem piorar as consequências de um sinistro para os segurados se aplicada a regra proporcional. Esta é aplicada quando o capital seguro é inferior ao custo de reconstrução, no caso de edifícios, ou ao custo de substituição por novo, no caso de mobiliário e recheio. Nesta situação, o segurador só paga uma parte dos prejuízos proporcional à relação entre o custo de reconstrução ou substituição à data do sinistro e o capital seguro.

No seu site, o supervisor, exemplificando, alerta: “se um edifício, cujo custo de reconstrução é de 100.000 euros, estiver seguro por 80.000 euros, o segurador será responsável apenas por 80% de qualquer nível de prejuízos, ficando os restantes 20% a cargo do segurado”.

As seguradoras multirriscos atualizam automaticamente os capitais seguros, exceto se os segurados decidirem não o fazer. Têm sempre de manifestar a sua vontade senão, por defeito, a atualização será sempre realizada. A valorização de edifícios e recheio é sempre uma responsabilidade do segurado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Loulé recebe 13 milhões do PRR para comprar 60 casas para arrendamento acessível

O município de Loulé obteve 13 milhões de euros do PRR para adquirir 60 imóveis destinados a arrendamento apoiado e acessível.

Habitação em Loulé14 agosto, 2024

A Câmara Municipal de Loulé e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) celebraram um contrato de comparticipação financeira na ordem dos 13 milhões de euros para o município algarvio adquirir mais 60 casas destinadas a arrendamento apoiado e acessível.

As habitações ainda estão em fase de construção e resultaram da proposta de venda, no âmbito da consulta ao mercado realizada pela autarquia liderada pelo socialista Vítor Aleixo.

O município deverá adquirir estes imóveis até ao segundo trimestre de 2025, contando já com financiamento garantido ao abrigo do Programa de Apoio ao Acesso à habitação” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em breve deverá arrancar o período de candidatura do concurso para o arrendamento apoiado e o arrendamento acessível para estes 60 fogos. Os munícipes poderão igualmente candidatar-se às 64 casas em construção na Clona e a várias habitações dispersas que a câmara adquiriu no âmbito do PRR.

A autarquia destaca, em comunicado, a sua “capacidade de execução no âmbito da Estratégia Local de Habitação 2019-2030, encontrando-se, neste momento, entre os 10 municípios portugueses que mais contratualizaram no âmbito do PRR“. A câmara de Loulé viu, até à data, aprovado um financiamento de 30,4 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.