Sindicato dos Jornalistas leva Global Media a tribunal por atraso no pagamento aos recibos verdes

  • Lusa
  • 14 Junho 2024

O SJ vai abordar, na terça-feira, a "grave situação" dos trabalhadores a recibos verdes do grupo numa reunião com o Ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a comunicação social, Pedro Duarte.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) vai avançar para tribunal após o Global Media Group não ter dado garantias de que vai regularizar a situação dos trabalhadores a recibos verdes e o pagamento do subsídio de Natal.

No início do mês, o SJ escreveu uma carta à administração da Global Media a lembrar que a empresa estava em incumprimento no que diz respeito ao pagamento, referente a abril, aos trabalhadores a recibos verdes, bem como no que diz respeito à regularização do subsídio de Natal.

“Em face ao incumprimento, e sem um compromisso firme de que a situação ficará resolvida a breve trecho, o SJ não terá outra solução senão a de prosseguir com o caso para tribunal, tendo já toda a documentação preparada e pronta para avançar“, anunciou a estrutura sindical.

O SJ vai levar, na terça-feira, estas questões a uma reunião com o Ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a comunicação social, Pedro Duarte.

Na semana passada, o SJ pediu uma reunião urgente ao Governo para abordar a “grave situação” dos trabalhadores a recibos verdes da Global Media, denunciando que há jornalistas com dois meses de vencimento em atraso.

A 5 de junho, a Autoridade da Concorrência (AdC) divulgou a sua deliberação sobre a compra de títulos da GMG pela NI, referindo que esta operação não constituía uma operação de concentração, depois da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ter dado ‘luz verde’.

A operação inclui marcas como o Jornal de Notícias, O Jogo, Revistas JN História, Notícias Magazine, Evasões, Volta ao Mundo e TSF.

Em 29 de abril, a Notícias Ilimitadas tinha notificado a AdC da operação. A Notícias Ilimitadas é detida pela Verbos Imaculados, que se dedica à produção, edição, venda e distribuição de jornais e revistas a outros meios de comunicação social.

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Câmara de Sintra requalifica Vale do Rio do Porto por 3,9 milhões de euros

Estão previstos trabalhos de valorização do rio do Porto e a reabilitação dos espaços adjacentes, assim como do antigo sistema de rega.

A Câmara de Sintra vai investir 3,9 milhões de euros na requalificação do parque Vale do Rio do Porto. O autarca Basílio Horta considera que “este projeto de requalificação constitui uma mais-valia para a valorização e salvaguarda do património do centro histórico da vila”.

O Executivo municipal já deu luz verde à abertura de concurso público para adjudicação do projeto e da empreitada de requalificação do Parque do Vale do Rio do Porto, na vila de Sintra.

Este projeto de requalificação constitui uma mais-valia para a valorização e salvaguarda do património do Centro Histórico da vila.

Basílio Horta

Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Está prevista a execução de trabalhos de valorização do rio do Porto, mediante a criação de um espelho de água e a reabilitação dos espaços adjacentes a este percurso de água. Este projeto também contempla a requalificação dos antigos patamares dedicados à exploração agrícola além da reabilitação e construção de escadas.

A reabilitação do antigo sistema de rega e consequente instalação de um sistema de recirculação de água no sistema de rega também estão entre os trabalhos previstos para este espaço. Serão ainda criadas zonas de estar, requalificadas as áreas ribeirinhas, e executados trabalhos de conservação e restauro dos lavadouros e fonte do rio do Porto. Além de implementado um plano de plantação que recrie a antiga exploração de árvores de fruto.

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Mapas das urgências voltam a estar publicados no portal do SNS

Ministério revela ainda que em breve será disponibilizada uma nova página interativa que "mostrará, a cada momento, à população o serviço de urgência disponível mais perto a que podem recorrer".

Os mapas com os serviços de urgência abertos e fechados ao exterior de norte a sul do país entre esta sexta-feira e a próxima quinta-feira (20 de junho), já estão publicados no portal do SNS, tal como havia sido prometido pela própria ministra da Saúde.

“As escalas disponibilizadas referem-se aos serviços de urgência das especialidades de ginecologia/Obstetrícia, pediatria e geral de todos os hospitais que integram as Unidades Locais de Saúde do SNS”, ainda a tutela liderada por Ana Paula Martins, em comunicado enviado às redações, sublinhando, no entanto, que “estes dados possam sofrer alterações pontuais”.

Na quarta-feira, e após críticas sobre falta de transparência, a ministra da Saúde tinha garantido que os mapas voltariam a estar online na quinta-feira, mas a data prometida acabou por resvalar um dia. Não obstante, a governante apelou às grávidas para que liguem primeiro para a Linha SNS Grávida, criada pelo atual Executivo.

Durante a audição no Parlamento, Ana Paula Martins deu ainda a entender que a anterior direção executiva do SNS, liderada por Fernando Araújo, se tinha recusado a divulgar os mapas por se encontrar em “gestão corrente”. “Realmente, a nós, tem-nos deixado bastante perplexos que gestão corrente não seja pôr uns mapas num site”, criticou a governante.

Horas mais tarde, a direção executiva disse que recebeu estas declarações com “enorme surpresa“. Em comunicado, a equipa liderada por Fernando Araújo explicou que recebeu o pedido do gabinete da ministra para assumir essa responsabilidade a 9 de junho e justificou que não tendo a DE-SNS “sido convidada a participar em nenhuma reunião para a elaboração deste plano, não tendo tido conhecimento oficial do mesmo, não tido sido incumbida para o monitorizar”, nem conhecendo a estratégia do plano, “poderia ser confusa a sua colocação neste separador, pois as dúvidas que poderiam surgir e a necessidade de ajustes ao plano que seriam precisos realizar, não poderiam ser respondidos ou efetuados pela DE-SNS”.

No entanto, a entidade sugeriu que fossem os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde a “integrar essa informação diretamente no portal do SNS”, sublinhando que o gabinete da ministra terá nessa altura concordado com a proposta.

No comunicado enviado esta sexta-feira às redações, o Governo anuncia que “em breve será disponibilizada uma nova página interativa que, carregada diretamente pelas unidades hospitalares, mostrará, a cada momento, à população o serviço de urgência disponível mais perto a que podem recorrer” e reforça o apelo aos cidadãos para que liguem primeiro para a Linha SNS 24 (808 24 24 24), para a devida triagem e o subsequente encaminhamento clínico.

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Portugália entra em “novo capítulo”. José Maria Jorge, diretor de marketing, explica a estratégia

"Vamos mudar muita coisa mas, no fundo, não vamos mudar nada", diz o diretor de marketing, a propósito do rebranding da Portugália. Embora com nova imagem, a marca quer manter a sua essência.

A completar 99 anos de existência, a cervejaria portuguesa Portugália iniciou um “novo capítulo” através de uma renovação profunda da sua marca. O início deste processo, que vai decorrer até 2025, ano em que a marca celebra o seu centenário, foi o mote para uma conversa com José Maria Jorge, diretor de marketing, comunicação e corporate da Portugália.

“Depois de praticamente 99 anos em que a marca sempre se foi adaptando àquilo que são as necessidades e àquilo que o consumidor espera da marca, achámos que a marca precisa de uma nova atenção, porque o ambiente é muito volátil. Ou seja, as coisas vão mudando, e a Portugália para se manter relevante para o consumidor tem de também saber adaptar-se às novas tendências, às novas necessidades e é um pouco isso que está na génese de todo o projeto“, começa por explicar ao +M.

Esta revisão “profunda” vai assim tocar vários elementos-chave da marca, desde a sua identidade visual até à forma como a marca comunica ou pequenas alterações nos menus. “É uma mudança bastante profunda nas diferentes valências que a marca tem não só de comunicação, identidade, mas também de loja e de oferta aos nossos clientes”, sintetiza José Maria Jorge.

Mas, apesar da renovação feita em toda a identidade visual, houve também a preocupação de manter certos “valores que já estão muito associados à marca como a portugalidade e a história, que queremos de alguma forma preservar”, explica o responsável de marketing.

A ideia, através de conceito desenvolvido entre o Farelo Studio e Luis Mileu, passou por modernizar a marca tendo em conta as “novas tendências de design”, mas também pegando noutro tipo de questões como a diversidade, com o facto de a Portugália “ser uma marca de todos e para todos”.

O próprio logótipo, naquela que é uma “parte central desta mudança” foi alvo de um “refresh bastante vincado“, desde o lettering até à paleta de cores, passando pela queda do escudo. No entanto, o azul mantém-se como cor predominante, até pela crença de que esta cor “sublinha a portugalidade, e a ligação do país ao mar”, explica José Maria Jorge.

Esta mudança visual é também acompanhada por uma campanha, desenvolvida pelo Clube Recriativo, que se centra precisamente na ideia de a marca evoluir enquanto mantém a sua essência tradicional, que brinca com o meio/localização da criatividade para comunicar o conceito “Nunca Mudes”.

A mesma marca presença em out-of-home (OOH), digital e Playce, o que permite uma presença em televisão de forma “bastante mais segmentada”, tanto geograficamente como em termos de perfil de consumidores. A produção do spot foi da Mosaic Media House.

“O grande gancho comunicacional e que nós achamos que reflete na perfeição aquilo que nós queremos comunicar e aquele movimento que estamos a fazer é que nós vamos mudar muita coisa, mas no fundo, não vamos mudar nada“, diz o responsável de marketing.

“Ou seja, naquilo que são os grandes bastiões da marca e a sua essência, continuamos a ser Portugália, mas obviamente que aos olhos do consumidor a identidade, aquilo que a marca é na rua, vão poder ser vistas muitas mudanças”, acrescenta.

“Estamos muito entusiasmados, porque acreditamos que conseguimos na campanha conjugar muito bem esta ideia – a ideia daquela que é a nova Portugália”, conclui.

Em termos de faturação da Portugália, José Maria Jorge diz que esta se tem mantido “estável” nos últimos anos, referindo que tem sido conseguida “alguma estabilização do investimento mesmo com o aumento de concorrência num mercado extremamente dinâmico”.

O nosso grande objetivo é voltarmos a uma dinâmica de crescimento, ganharmos quota de mercado e sermos cada vez mais relevante para os nossos consumidores. Isso é muito importante também naquilo que será o médio e longo prazo do Grupo Portugália”, diz.

Chegado há Portugália há cerca de três meses, José Maria Jorge diz que esta “tem sido uma experiência incrível, muito intensa”, não só porque chegou a uma empresa nova e a um novo segmento onde ainda não tinha tido oportunidade de trabalhar, mas também por ser uma fase de grande mudança.

“Tem sido também muito gratificante, estou contente com o novo desafio e com estes meses que passaram, mas sobretudo muito entusiasmado com o que vem aí e com o que acreditamos que podemos fazer com esta marca”, acrescenta.

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#1 Bem-vindo, Euro 2024

Com o Alemanha x Escócia a marcar o pontapé de saída às 20h00 em Munique, avizinham-se semanas de muita emoção. Bandeiras de Portugal à janela, esplanadas cheias e gritos de golos.

  • O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e vai escrever diariamente uma crónica sobre o que realmente importa: o futebol.

É hora de abrir as portas ao Euro 2024. Com o Alemanha x Escócia a marcar o pontapé de saída às 20h00 em Munique, avizinham-se semanas de muita emoção. Bandeiras de Portugal à janela, esplanadas cheias e gritos de golos. Há esperança e união em cada país. A Seleção das Quinas quer naturalmente repetir o feito de 2016, agora com Roberto Martínez ao leme, e a caravela portuguesa já se encontra em terras alemãs com o objetivo de atracar em Berlim (final). Estaremos diariamente a acompanhar o seu percurso, bem como todo o Campeonato da Europa que decorre entre 14 de junho e 14 de julho.

Os 5 Cantos

Expectativas de Portugal: Meias-finais/Final

Tudo o que seja menos do que meias-finais e os adeptos não iriam ficar muito contentes. Na teoria, Portugal pode muito bem vencer o Euro 2024, devido ao plantel profundo que apresenta. Uma geração de ouro com qualidade para dar e vender. Na prática, o futebol pode pregar partidas. Portugal é quase “obrigado” a passar a fase de grupos em primeiro (adversários acessíveis) e depois depende do emparelhamento. Não pode é apenas sobreviver de individualidades, o coletivo e as dinâmicas ofensivas têm de ser afinadas para extrair a melhor limonada com os excelentes limões que Roberto Martínez tem ao seu dispor. É bem possível.

Seleção mais forte: França

Não é brincadeira a França ter chegado a duas finais de Mundial nos últimos anos. Percebe-se o porquê do favoritismo constante da França, também quando olhamos para a quantidade de opções disponíveis e para um Kylian Mbappé sedento por mais. Em entrevista recente, disse que ganhar o Euro era muito importante para ele, pois é o único troféu que lhe falta a nível de seleção. Há quem fale e não faça. Sobretudo ao serviço de França, não podemos dizer que não tem cumprido.

Seleção a estar atento: Ucrânia

É normal estarmos atentos às melhores seleções da prova. Tirando essas da equação e pensando numa mais modesta, aponto a Ucrânia. Está no Grupo E, junto da Bélgica, Eslováquia e Roménia e diria que têm boas possibilidades de passar a fase de grupos. Destacam-se figuras como Andriy Lunin na baliza (peça-chave na campanha do Real Madrid), Oleksandr Zinchenko, Mudryk e Artem Dovbryk e Viktor Tsygankov – a dupla que fez maravilhas no Girona.

Jogador a estar atento: Lamine Yamal

Só os mais desatentos não conhecem Lamine Yamal, após uma temporada de ascensão meteórica no Barcelona. É um miúdo de 16 anos que atua como extremo na seleção de Espanha e, inclusive, leva trabalhos de casa para o Euro 2024. Oferece rapidez, explosão e criatividade à dinâmica ofensiva, desenvolvendo cada vez mais o seu momento de decisão. Pela idade e por ser estreia numa grande competição internacional, é sem dúvida um jogador a ter debaixo de olho.

Alemanha x Escócia: Vitória germânica

No Scotland, no Party, dizem os adeptos da Escócia que trazem um excelente ambiente para o Euro 2024. Porém, no que toca ao futebol, é a Alemanha quem tem maiores argumentos. Toni Kroos prepara-se para o último torneio da sua carreira e vem de um sublime momento de forma. Deverá ditar o ritmo de jogo e liderar esta noite a Alemanha até à vitória. Atenção a Jamal Musiala e Florian Wirtz.

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Cristiano Ronaldo compra 10% do grupo Vista Alegre. Investimento avaliado em 17,3 milhões de euros

Capitão da seleção nacional entra como investidor na sociedade que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro. Serão também sócios em Espanha e avançam em conjunto para o Médio Oriente e Ásia.

É mais um investimento de Cristiano Ronaldo em Portugal, que tem um vasto e diversificado património empresarial com negócios no turismo, imobiliário, moda, estética, águas, no setor financeiro, nos media e agora na indústria.

Menos de um ano após ter entrado como acionista de referência no grupo do Correio da Manhã, o capitão da seleção nacional comprou 10% da Vista Alegre Atlantis SGPS. Esta posição está avaliada em 17,3 milhões de euros, tendo em conta o preço de fecho das ações nesta sexta-feira.

De acordo com um comunicado enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta operação, que foi concretizada através da sociedade CR7 SA, prevê também a aquisição de 30% do capital da Vista Alegre Espanha, “a concretizar nos próximos dias”.

Por outro lado, “as partes acordaram ainda a criação conjunta em partes iguais de uma nova empresa no MiddleEast & Asia, cujo objetivo é fazer crescer as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro naquelas geografias”. Uma colaboração quepermitirá acelerar o processo de expansão global das marcas no segmento de prestígio/luxo em vários mercados internacionais, tanto no retalho como na hotelaria premium“.

A possibilidade de apoiar a estratégia de globalização da marca Vista Alegre, como marca de lifestyle de luxo, é um orgulho para mim enquanto português.

Cristiano Ronaldo

“A Vista Alegre e a Bordallo Pinheiro são marcas pelas quais sempre tive uma grande admiração e das quais sou cliente assíduo. A possibilidade de apoiar a estratégia de globalização da marca Vista Alegre, como marca de lifestyle de luxo, é um orgulho para mim enquanto português. Faremos juntos tudo o que estiver ao nosso alcance para promover este ícone nacional de excelência e colocá-lo no patamar das melhores marcas do mundo”, refere Cristiano Ronaldo.

Citado no mesmo comunicado, Fernando Campos Nunes, fundador e acionista do Grupo Visabeira, detentor do Grupo Vista Alegre Atlantis SGPS, fala num “grande entusiasmo” em receber o futebolista madeirense como investidor, “representando este momento, a união de duas das mais relevantes e unânimes marcas portuguesas”.

Como curiosidade, a Vista Alegre sublinha que a sua ligação ao futebol “vem de longe”, sublinhando que a família Pinto Basto teve um “papel fundamental” na introdução da modalidade em Portugal, “tendo sido os bisnetos do fundador que, em 1886, trouxeram para Portugal a primeira bola de futebol e que, a 22 de janeiro de 1889, organizaram o primeiro jogo oficial que ocorreu nos terrenos da atual Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa”.

Exportações valem 70% do negócio

Com um contrato de mais de 200 milhões de euros por ano até 2025 no clube de futebol saudita Al Nassr, Cristiano Ronaldo tem mais de 850 milhões de seguidores nas redes sociais e todos os anos fatura perto de 90 milhões de euros em contratos publicitários, de acordo com estimativas da Forbes. Já segundo a Hurun Global Rich List, no início do ano passado, o futebolista formado no Sporting CP era uma das 3.112 pessoas no mundo com uma fortuna superior a mil milhões de euros.

Em que negócio vai agora entrar o capitão da seleção portuguesa, que já está na Alemanha a preparar a estreia no Euro2024? No ano passado, o grupo que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro viu as vendas baixarem 9,6% para 129,6 milhões de euros, pressionadas por uma redução superior a 20% na comercialização de produtos de private label ao nível do grés de forno, que é o segmento que mais pesa no negócio, e também pela diminuição de 5,5% na componente de porcelanas.

Num exercício em que os lucros ascenderam a 6,8 milhões de euros, uma subida de 22,3% face a 2022, as exportações pesaram quase 70% no volume de negócios – França, Espanha, Alemanha, Itália, Brasil e EUA são os principais destinos. Os produtos de marca própria (Vista Alegre e Bordallo Pinheiro) reforçaram em 7,5% o peso nas receitas do grupo liderado por Nuno Terras Marques.

Em maio, a emblemática Vista Alegre, conhecida mundialmente pela produção de porcelanas e cristais de alta qualidade, concluiu com sucesso uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) de obrigações com maturidade a 20 de maio de 2029. Esta operação permitiu à empresa captar 60 milhões de euros junto de 2.320 pequenos investidores, que serão utilizados para financiar a sua atividade corrente e projetos de investimento.

Os negócios de Ronaldo

O capitão da seleção das quinas, que é o jogador com mais internacionalizações de sempre, é um investidor com uma carteira de participações empresariais vasta e bastante diversificada. De acordo com uma pesquisa do ECO, é dono de um império empresarial composto por mais de uma dezena de participações diretas e indiretas em empresas nacionais a operar em diferentes setores de atividade, com particular foco no turismo e no imobiliário, e desde o ano passado também nos media, tendo integrado o grupo de investidores que ficou com a Cofina Media.

Mais recentemente, em maio deste ano, fez um “investimento significativo” na Whoop, tendo-se tornado embaixador e investidor desta empresa americana de performance desportiva, que desde 2012 angariou mais de 400 milhões de dólares de venture capital.

No leque de empresas de Cristiano Ronaldo há duas que se destacam, por serem utilizadas como uma espécie de porta-aviões, por onde se estendem os maiores investimentos do atleta. Uma dessas companhias é a CR7 Lifestyle, uma unipessoal com mais de 20 milhões de capitais próprios que conta na gerência com três dos seus braços direitos: o irmão Hugo Aveiro; o amigo de longa data Miguel Paixão dos Santos; e Miguel Marques, que gere a fortuna do futebolista há muitos anos.

Segundo dados recolhidos pelo ECO, a CR7 Lifestyle agrega uma participação de 100% na CR7 Lifestyle Lisboa, a empresa detentora da unidade hoteleira Pestana CR7 Lisboa Hotel na capital portuguesa, e ainda uma participação de 50% na Pestana CR7 – Madeira Hotel Investimentos Turísticos, no Funchal.

O outro bastião do portefólio empresarial de Cristiano Ronaldo é a CR7 SA, uma sociedade anónima (anteriormente denominada de CR7 Unipessoal) que tem como presidente do conselho de administração Miguel Marques, sócio da sociedade de investimentos LMCapital.

Debaixo da CR7 SA, Cristiano Ronaldo tem uma posição de controlo sobre quatro empresas nacionais (Domum Septem, CR7 Footwear, 7Egend e Category Challenge – esta última está inativa desde 30 de abril de 2021) e posições minoritárias ou igualitárias em cinco empresas portuguesas e quatro companhias estrangeiras.

Deste leque de negócios destaca-se a participação de 50% na CR7 Marrakesh, a empresa dona do hotel do grupo Pestana em Marraquexe, e 50% do capital na Maravilha Décimal, a empresa que comercializa a Ursu9, a água alcalina que CR7 lançou recentemente em parceria com Francisco Ferreira, um empresário de Vizela dono do grupo Outeirinho.

Ainda sob a alçada a CR7 SA, Cristiano Ronaldo é sócio de Paulo Joaquim Silva Ramos na Insparya, uma empresa de transplantes capilares com operações em Portugal, Itália e Espanha, e que está a preparar um medicamento “revolucionário” para a calvície; e ainda na Recover Life, uma empresa do mesmo grupo, mas que atua na área da intermediação de crédito.

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Porto Beer Fest dá a provar 400 cervejas de 50 marcas nacionais e estrangeiras

Evento junta 50 cervejeiras nacionais e internacionais. Porto Beer Fest foi eleito como um dos dez melhores festivais não musicais da Península Ibérica, nos prémios Iberian Festival Awards.

A oitava edição do Porto Beer Fest, que está a decorrer até domingo nos Jardins do Museu Nacional Soares dos Reis, junta meia centena de cervejeiros nacionais e estrangeiros que dão a conhecer mais de 400 cervejas. Os visitantes podem conhecer 16 cervejeiras de 12 países e mais 31 de origem portuguesa. A entrada é livre e o preço das cervejas varia entre os 2,5 e 4,5 euros.

“O acesso e circulação no recinto é livre. Para provar e degustar as cervejas, basta pagar o acesso à experiência Porto Beer Fest (com o custo de cinco euros) que inclui a oferta do copo oficial desta 8.ª edição que foi desenhado pelo designer portuense HAGA e revela a lembrança ideal para amantes de cerveja e colecionadores”, avança a organização num comunicado.

Os visitantes podem ainda encontrar os vinhos Nat’Cool de Dirk Niepoort, Aquela Kombucha, Sidra Alfa e Hidromel da Odemel.

Além dos néctares, o certame conta com restaurantes de street food, degustações, provas comentadas e música.

A organização desenvolveu um modelo de implementação de boas práticas ambientais e sustentabilidade ecológica, reciclagem, tratamento e regeneração de resíduos, mobilidade e acessibilidade ao recinto. Este é ainda evento pet friendly e convida os amigos de quatro patas a desfrutar do evento juntamente com os donos.

No ano passado o Porto Beer Fest foi eleito como um dos dez melhores festivais não musicais da Península Ibérica nos prémios Iberian Festival Awards e é referenciado pela organização como sendo “um dos cinco maiores festivais europeus de cerveja craft“.

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Ainda só foi gasto 5% do PRR para combate à seca no Algarve. Governo promete acelerar execução

"Não basta ter os investimentos no papel", avisa António Leitão Amaro. Executivo alivia cortes ao consumo e disponibiliza verba extra de 103 milhões de euros para combater seca na região algarvia.

O Governo aprovou esta sexta-feira em Conselhos de Ministros um conjunto de medidas para combater a escassez de água, com foco no Algarve. Além de dar “luz verde” ao já anunciado alívio de cortes ao consumo, assim como à disponibilização de uma verba extra de 103 milhões de euros para responder à seca, o Governo garante que irá acelerar a execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que foram destinados ao combate à seca na região e que, calcula, têm atualmente uma taxa de execução de apenas 5%.

Em conferência de imprensa, o ministro da presidência, António Leitão Amaro, indicou que foram aprovados três grupos de medidas para o combate à escassez de água no Algarve durante a reunião do Executivo.

Um dos grupos prevê a aceleração dos investimentos no âmbito do PRR para combater a escassez de água na região, pois “não basta ter os investimentos no papel“, assinalou, revelando que a taxa de cumprimento está de momento nos 5%. “Vai ser adotado um conjunto de medidas para acelerar a realização desses investimentos”.

Além disso, irá existir “algum alívio” nas medidas de restrição sobre diferentes tipos de consumo. Isto porque “havendo situação de seca é necessário haver restrições, mas têm de ser proporcionais para serem compreendidas e aceites”. Há três semanas, numa visita ao Algarve, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, avançaram que os cortes de 25% que estão em vigor para a agricultura descerão para os 13%, exatamente a mesma fasquia que é colocada agora para os cortes no setor do turismo (que estava nos 15%). Finalmente, os cortes para o consumo urbano caem de 15% para 10%.

Mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água, garantidamente, para um ano de consumo urbano.

António Leitão Amaro

Ministro da Presidência

Mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água, garantidamente, para um ano de consumo urbano“, rematou António Leitão Amaro. Ainda assim, de dois em dois meses, os cortes serão reavaliados. E o próximo momento de avaliação será em agosto.

Em segundo lugar, confirmou que serão disponibilizados mais 103 milhões de euros para investir em soluções para a escassez de água no Algarve, que somam aos 237 milhões de euros que o Governo anterior tinha destinado a este fim no âmbito do PRR. Avançarão investimentos na redução de perdas de água na rede urbana e num adutor que facilitará a atividade agrícola entre Silves e Portimão, exemplificou o ministro da Presidência.

 

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Universidade de Coimbra estuda reações do cérebro de bombeiros durante incêndios

  • Lusa
  • 14 Junho 2024

Equipa concluiu que a visualização de imagens, implicando decisões de resgate de pessoas em incêndios, pode "ter grande importância para melhorar e treinar a tomada de decisão em situação de risco".

Uma investigação da Universidade de Coimbra (UC) analisou a resposta cerebral de bombeiros perante ações de resgate em incêndios e os cientistas acreditam que o estudo pode ser importante para melhorar as decisões em situações de risco.

O trabalho, liderado pela investigadora Isabel Duarte e por Miguel Castelo-Branco, coordenador científico do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (CIBIT/ICNAS), implicou a realização de jogos virtuais de salvamento, por parte de 47 bombeiros de várias corporações do distrito de Coimbra.

A equipa de investigação concluiu que a visualização de imagens, implicando decisões de resgate de pessoas em incêndios, pode “ter grande importância para melhorar e treinar a tomada de decisão em situações de risco“, referiu a UC, em comunicado enviado à agência Lusa.

“Ao analisar de que forma o cérebro resolve dilemas que envolvem decisões que podem salvar vidas, foi possível estudar o papel da experiência e o uso de estratégias de coping [conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais usadas pelas pessoas para enfrentar situações de stress, perante condições de elevada sobrecarga emocional para o indivíduo], por parte de bombeiros”, explicou, citado na nota, o neurocientista Miguel Castelo-Branco.

Universidade de Coimbra, 21 de setembro de 2011 . PAULO NOVAIS / LUSAPAULO NOVAIS / LUSA

O também docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) adiantou que a investigação permitiu perceber que os dilemas de decisão levaram à ativação de redes neuronais envolvidas na gestão da recompensa emocional e outras redes relacionadas com dilemas éticos e deontológicos.

A equipa científica, onde se incluiu, igualmente, o Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicológico do Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde de Coimbra, conseguiu verificar que “a atividade neural relacionada com a decisão de resgatar pessoas diminuía em certas regiões cerebrais quanto maior a capacidade de usar estratégias de coping, o que sugere uma aprendizagem compensatória adquirida com a prática”, vincou o neurocientista.

Os bombeiros participantes no estudo “visualizaram cenários realísticos, envolvendo vidas em risco para eles próprios e potenciais vítimas, tendo que tomar uma decisão de resgate”, adiantou Miguel Castelo Branco.

O exercício simulava o combate a incêndios com situações de risco de vida, como casas a arder com pessoas em risco no interior, situação em que a formação prévia e a especialização dos bombeiros desempenham um papel importante, tendo o cérebro dos participantes sido estudado através de imagem por ressonância magnética funcional.

“Descobrimos ainda que a atividade cerebral em regiões relacionadas com a memória e a decisão — como o hipocampo e a ínsula — aumentava proporcionalmente à medida que o risco aumentava”, ilustrou Miguel Castelo-Branco.

“Foi possível identificar áreas cerebrais cuja atividade se relacionava diretamente com o cálculo da probabilidade de eventos adversos, como a queda de uma casa em chamas ou a perda de vidas”, notou o investigador.

Paralelamente, pessoas que não possuem a função de bombeiro, quando sujeitas às mesmas tarefas de decisão, apresentaram resultados cerebrais diferentes, levando os cientistas a concluir que a forma como o cérebro controla a decisão depende da experiência e do treino.

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Marta Silva sai da VdA para a Cerejeira Namora, Marinho Falcão

Com experiência na área de Laboral, Marta Silva destacou-se no setor, nomeadamente após mais de 18 anos na PLMJ e, mais recentemente, na Vieira de Almeida, de onde transita.

A equipa de Laboral da Cerejeira Namora, Marinho Falcão passa a contar com a co-coordenação da antiga associada coordenadora da VdA, para onde havia transitado da PLMJ.

Com experiência na área de Laboral, Marta Silva destacou-se no setor, nomeadamente após mais de 18 anos na PLMJ e, mais recentemente, na Vieira de Almeida, de onde transita.

Marta Silva tem experiência em diversas áreas do Direito do Trabalho, nomeadamente em contratação de trabalhadores, políticas remuneratórias e benefícios, organização do tempo de trabalho, cessação de contratos de trabalho, reestruturações empresariais, auditorias laborais e contencioso laboral.

Licenciada pela Universidade Católica Portuguesa – Porto, Marta Silva valorizou sempre a sua formação contínua, tendo concluído duas pós-graduações, uma pela Católica, em Direito do Trabalho, e outra pelo ISAG, em Gestão de Recursos Humanos.

A Cerejeira Namora Marinho Falcão destaca as “qualidades técnicas e académicas” de Marta Silva, afirmando que “completam um perfil profissional de excelência, que terá um papel relevante na organização”.

Para Nuno Cerejeira Namora, esta contratação “tem um simbolismo especial”. O sócio fundador explicou que, sendo esta a área de prática com que fundou a sociedade há 33 anos, “é sempre desafiante encontrar perfis que cumpram os padrões de exigência necessários para trazer pessoas valiosas para o nosso projeto”. Acrescentou ainda que, com cada nova entrada na equipa de Laboral, “isso acarreta uma grande responsabilidade, pois estamos convictos de que carregamos connosco a responsabilidade e diligência que nos é confiada pelos Clientes”. Por último, destacou as “qualidades humanas da Marta, uma profissional ímpar, com vontade e garra, que se identificou imediatamente com o ADN da nossa marca”.

Pedro Condês Tomaz, co-coordenador da área de Laboral, transmitiu que “esta é uma mensagem clara ao mercado, de que a sociedade continua a apostar seriamente num crescimento sustentável, baseado na contratação de profissionais de excelência”.

Além da entrada de Marta Silva, o departamento de Laboral contará agora também com Rita Meira, antiga coordenadora da Cameirão Advogados Associados, que transita agora como Associada da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, assim como com a integração de 3 associados e 3 novos estagiários. A equipa de Laboral cresce assim para um total de 30 advogados.

Marta Silva disse estar “expectante de viver novamente um momento aliciante num projeto em crescimento”, onde sente que poderá “acrescentar valor com a sua experiência e conhecimento do mercado”. Referiu ainda o seu entusiasmo com o investimento que está a ser feito na experiência de Marca, tanto no domínio profissional e jurídico, como na vertente mais transversal e de suporte ao negócio: “A Cerejeira Namora, Marinho Falcão está a investir fortemente numa adaptação às condições e conceitos de trabalho mais modernos, produtivos e satisfatórios, tanto para os seus profissionais como para os seus clientes”.

Por último, salientou a sua crescente “vontade de estar mais próxima dos clientes”, destacando que “a Cerejeira Namora, Marinho Falcão se apresentou como a solução ideal nesse sentido: é uma organização com um forte sentido de identidade e uma vontade de continuar a crescer e inovar em parceria estreita com os seus clientes”.

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Plano do Governo prevê redução de 90% dos alunos sem aulas até dezembro. Custa 20 milhões

Número de alunos sem aulas é "o problema mais grave do sistema educativo". Plano inclui subida do limite nas horas extraordinárias ou a contratação de professores aposentados "com remuneração extra".

O Governo apresentou esta sexta-feira, no final do Conselho de Ministros, o plano “Mais aulas, mais sucesso”, que visa colmatar a falta de professores no ensino público e que vai custar 20 milhões de euros. O objetivo a curto prazo é “uma redução de 90%, no final do primeiro período do próximo ano letivo (2024/2025), sobre os 20.887 alunos que não tinham tido aulas a, pelo menos, uma disciplina no final de dezembro de 2023”, disse o ministro da Educação, Fernando Alexandre.

Em conferência de imprensa, o ministro da Educação realçou que o crescente número de alunos sem aulas é “o problema mais grave do sistema educativo”, penalizando o processo “contínuo e cumulativo” que a aprendizagem deve seguir. E pondo em causa o “investimento das famílias”, o “investimento que o Estado faz”, a “esperança” que as famílias depositam na escola pública e ainda a “igualdade de oportunidades”.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro (E), acompanhado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre (D) falam à imprensa durante o briefingue da reunião de Conselho de Ministros, no palácio de São Bento em Lisboa, 14 de junho de 2024.TIAGO PETINGA/LUSA

Segundo Fernando Alexandre, no final do primeiro período, em dezembro de 2023, 20.887 alunos não tinham tudo aulas a, pelo menos, uma disciplina. Já a 31 de maio de 2024 eram 22.116 alunos nesta situação, o equivalente a 1.126 turmas. Numa situação mais crítica estavam 939 alunos (47 turmas) que não tinham tido aulas a, pelo menos, uma disciplina desde 29 de setembro de 2023.

Para tal, o Governo apresentou esta sexta-feira o plano “Mais aulas, mais sucesso” que vai custar 20 milhões de euros e terá três eixos:

  1. “Apoiar mais” – melhorar condições de trabalho dos docentes através de medidas da simplificação do trabalho administrativo e da remuneração do trabalho extraordinário;
  2. “Gerir melhor” – dar às escolas instrumentos que permitam aos diretores uma gestão de professores mais eficaz para reduzir o número de aulas sem aulas;
  3. “Reter e atrair docentes”: criar incentivos para reter e atrai docentes para escolas com alunos sem aulas

O Governo traça como prioritário identificar o grupo de escolas com alunos sem aulas a uma disciplina há, pelo menos, três meses, bem como avançar com medidas direcionadas às escolas com alunos sem aulas por períodos prolongados, sempre com articulação entre o Ministério e a DGestE. “Vamos monitorizar e acompanhar esta situação semana a semana”, prometeu Fernando Alexandre.

Entre as medidas previstas está o aumento do limite para 10 horas extraordinárias a atribuir a cada docente, bem como acelerar os processos de contratação, ao permitir a seleção de candidatos de forma mais célere durante o ano letivo. Por outro lado, e para reduzir os horários incompletos e temporários, vai permitir a agregação de horários no mesmo ou em agrupamento distinto daquele onde o docente está colocado. Além disso, vai ser alargado de 3 meses para 1 ano o período da substituição dos docentes cuja junta médica indique incapacidade para exercício de funções todo o ano letivo.

Por outro lado, vai também ser permitida a contratação de professores aposentados “com remuneração extra”, sendo que estes serão remunerados pelo índice 167. O Governo estima captar 200 docentes aposentados, sendo que a medida terá um impacto 3,28 milhões de euros por ano e vai arrancar em 2025. Haverá ainda um suplemento remuneratório adicional de até 750 euros brutos por mês para quem atingir a idade de reforma e queira continuar a dar aulas, sendo que, com esta medida que custa 9 milhões de euros por ano, o Governo estima atrair mil professores.

Entre outras, o programa tem também medidas para atrair jovens e bolseiros, nomeadamente através da simplificação dos procedimentos conducentes ao reconhecimento de habilitações para a docência e da integração no sistema educativo português de professores imigrantes, bem como dar a possibilidade de acumular até 10 horas a bolseiros de doutoramento.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h31)

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Centeno diz que BCE terá de ser “prudente” com as taxas de juro e recusa apontar datas para novas descidas

O governador do Banco de Portugal defende que os dados económicos vão mostrar a rapidez com que a inflação está a recuar e como a economia reage a uma política monetária menos restritiva.

O Banco Central Europeu (BCE) desceu, na semana passada, as taxas de juro pela primeira vez em quase cinco anos. Quanto a futuras descidas, a entidade terá que ser “prudente nos próximos meses”, gerindo com cuidado os juros, de modo a não estimular, nem travar a economia, defende Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e membro do BCE. A decisão sobre voltar a mexer nos juros irá depender dos dados económicos.

A taxa de juro natural na Europa está certamente abaixo do nível atual das taxas de juro, pelo que o caminho a seguir com base no que sabemos hoje é claro”, adiantou o governador do Banco de Portugal, dando a entender que os juros continuarão a descer na região. “Quando isso vai acontecer, vai depender dos dados económicos”, explicou, em declarações à agência Bloomberg, à margem de um evento na Croácia.

A entidade liderada por Christine Lagarde anunciou, no passado dia 6 de junho, um corte de 25 pontos base das taxas diretoras, colocando assim a taxa de juro de facilidade permanente de depósito nos 3,75%, a taxa de juro de refinanciamento nos 4,25% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez nos 4,5%, que terá efeitos a partir de 12 de junho.

A descida é a primeira ao fim de quase cinco anos e depois de um ciclo de 10 subidas consecutivas entre julho de 2022 e setembro de 2023 que incrementaram o preço da moeda única em 450 pontos base.

Apesar de ter dado o pontapé de saída no ciclo de descida de juros, a autoridade monetária do euro não se quer comprometer com um ritmo de cortes de taxas. Segundo Mário Centeno, para decidir novas descidas, o conselho de governadores terá primeiro que confirmar que a inflação mantém a trajetória de descida, rumo ao objetivo de 2% do BCE.

“Vamos assistir a um planalto da inflação até agosto – devido a efeitos de base – e depois disso descerá para perto dos 2%”, explica o responsável. “À medida que formos avançando, ficaremos a saber mais sobre a sensibilidade da economia e da inflação aos nossos cortes nas taxas”, reiterou Mário Centeno, notando que qualquer decisão irá depender da divulgação de dados económicos. “Temos de ser prudentes nos próximos meses“, defendeu.

Apesar da inflação ter realizado uma grande correção, face ao máximo histórico de 10,6% alcançado em outubro de 2022 de 10,6%, o índice de preços no consumidor acelerou em Maio, para 2,6% enquanto os ganhos nos salários reais também aumentaram. As tendências nos salários não são uma preocupação especial porque “alguma recuperação” é “inevitável”, considera Centeno.

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