Líder da oposição na Venezuela já foi libertada

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2025

María Corina Machado deslocou-se a Chacao, em Caracas, para participar nas manifestações a favor da vitória do candidato Edmundo González. Depois de uma breve detenção, foi libertada.

A líder opositora na Venezuela, María Corina Machado, foi esta quinta-feira “violentamente intercetada”, depois de comparecer numa manifestação para reivindicar a vitória do candidato da oposição nas presidenciais de julho, após mais de quatro meses escondida, denunciou a sua equipa. O seu partido, entretanto, anunciou que já tinha sido libertada, avança o El País.

María Corina foi violentamente intercetada quando saía da manifestação em Chacao. Esperamos poder confirmar a sua situação dentro de alguns minutos. Membros do regime dispararam contra as motas que a transportavam”, denunciou o Comando Venezuela no seu perfil oficial nas redes sociais. Pouco depois, a organização Human Rights Watch confirmou a detenção da líder da oposição.

Machado deslocou-se a Chacao, em Caracas, para participar nas manifestações a favor da vitória do candidato da oposição Edmundo González nas últimas eleições presidenciais venezuelanas, na véspera da data marcada para a posse do Presidente venezuelano.

Vestida de branco e agitando uma bandeira venezuelana, Maria Corina Machado chegou ao comício no distrito comercial de Chacao num camião, sob muitos aplausos. “Nunca me senti tão orgulhosa na minha vida. Em toda a Venezuela as pessoas saíram à rua”, disse, ao chegar ao local onde milhares de pessoas a esperavam há horas.

A opositora garantiu ainda que os próximos dias serão “históricos e decisivos para a liberdade” do país caribenho, no âmbito do “impressionante” movimento de cidadãos. “Estamos, a partir de hoje, numa nova fase. Temos estado a preparar-nos para estes dias e estas semanas”, disse Machado à multidão. Para Machado, principal apoiante de González Urrutia, “o fim do regime chavista” dependerá do que este fizer na sexta-feira, quando está prevista a tomada de posse presidencial.

O candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, exigiu entretanto a libertação imediata de Corina Machado. “Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Às forças de segurança que a raptaram, digo: não brinquem com o fogo”, sublinhou o líder da oposição numa breve mensagem publicada nas suas redes sociais.

Edmundo González Urrutia, que se exilou em Espanha em setembro após ter sido alvo de mandados de captura, anunciou que estará “muito em breve” em Caracas e tem reiterado que tenciona assumir a Presidência do país.

Nicolás Maduro tenciona ser indigitado na sexta-feira para um terceiro mandato presidencial, após ter sido dado como vencedor das presidenciais de 28 de julho, o que a oposição e parte da comunidade internacional contestam.

 

(Atualizado às 21h12)

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