BCP admite avançar para a compra do Novobanco com “preço adequado” e se “criar valor para acionistas”
Miguel Maya admite interesse do BCP no Novobanco, mas se tiver um "preço adequado" e se "criar valor para os acionistas". Rejeita em participar num IPO.
O BCP admite avançar para a compra do Novobanco se tiver “um preço adequado” e se “criar valor para os acionistas”, adiantou o presidente executivo do banco, Miguel Maya, afastando qualquer interesse em participação num eventual IPO.
“Se o preço for um preço adequado, se criar valor para os acionistas e fizer sentido para a economia portuguesa, poderemos considerar”, admitiu Miguel Maya, à margem da conferência Observatório do Imobiliário, em declarações à Lusa. “Mas não precisamos disso, não faremos isso como algo que é importante para o banco”, acrescentou logo a seguir.
Miguel Maya considerou que “para o BCP ou qualquer outro banco, a fazer sentido [avançar para a compra do Novobanco] seria numa lógica de consolidação para ir buscar eficiências de produto e operativas”.
“As coisas não são incompatíveis. Pode fazer um IPO e mais tarde haver consolidação”, explicou. Porém, esclareceu logo a seguir, “o BCP em nenhuma circunstância irá participar no IPO do Novobanco”.
Apesar de admitir interesse no banco rival, Miguel Maya ressalvou que o Novobanco “não é fundamental para a estratégia” do BCP. “Temos uma quota de 20% de mercado, uma eficiência muito elevada, já em patamares adequados, temos um rigor de gestão de capital, só fazemos investimentos se criarem inequivocamente valor para o banco”, adiantou.
“Não há aqui um campeonato de ganhar dimensão, o nosso campeonato de ter quota de mercado relevante e ser um banco muito rentável”, resumiu.
Revelou ainda que não há nenhuma equipa especial do banco a estudar o Novobanco. “Temos equipas que estão a analisar diversas oportunidades de venda de ativos e aquisição de ativos. Nós fazemos o seguimento de todos os bancos em Portugal, saber como estão a evoluir e em que áreas comparamos menos bem para melhorar essas áreas. O acompanhamento que estamos a fazer o Novobanco é exatamente o mesmo acompanhamento que estamos a fazer a outras entidades”, notou.
“Comportamento excecional na bolsa”
Sobre o desempenho das ações do BCP, Miguel Maya destacou o “comportamento absolutamente excecional” que tiveram no ano passado e associado o bom momento na bolsa ao trabalho de recuperação empreendido na última década.
“Já estamos com um price to book value acima de 1. Isto é francamente positivo, não é obra do acaso. É todo um trabalho feito ao longo de mais de uma década de preparação do banco para um novo contexto”, disse. Para Miguel Maya, “é o fruto” de que estava à espera de recolher depois do período de recuperação.
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