Certificados de Aforro quebram barreira dos 35 mil milhões no arranque do ano

Há quatro meses seguidos que famílias estão a reforçar a aposta nos Certificados de Aforro, que em janeiro captaram mais 380 milhões em termos líquidos.

Os Certificados de Aforro quebraram pela primeira vez a barreira dos 35 mil milhões de euros. Aconteceu em janeiro, depois de as famílias terem aplicado mais 380 milhões em termos líquidos de resgates, no quarto mês seguido em que estes certificados registaram saldos de subscrição positivos.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, as poupanças das famílias portuguesas aplicadas nos Certificados de Aforro atingiram os 35,1 mil milhões de euros, um montante recorde que confirma a popularidade deste produto do Estado junto dos pequenos investidores.

O forte interesse nos Certificados de Aforro tem sobretudo duas razões: por um lado, o facto de os bancos estarem a cortar a remuneração dos depósitos há vários meses tornou estes títulos mais atrativos; por outro, o aumento dos limites máximos para a subscrição de certificados dos 50 mil euros para os 100 mil euros está a impulsionar novamente a procura.

Com a descida da Euribor a três meses, que é usada no cálculo da taxa de juro base dos Certificados de Aforro, a remuneração destes certificados deverá baixar dos 2,5% brevemente, o que poderá levar a um afastamento das famílias por este produto de poupança.

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Em janeiro, as subscrições líquidas de Certificados de Aforro totalizaram os 381 milhões de euros, que corresponde ao montante mais elevado desde julho de 2023, compensando as saídas de 154 milhões registadas nos Certificados do Tesouro.

Ao contrário dos Certificados de Aforro, os Certificados do Tesouro continuam a sofrer mais resgates do que subscrições há 39 meses seguidos e já só lá estão aplicados cerca de 9,5 mil milhões de euros — longe do pico de quase 18 mil milhões atingido em outubro de 2021.

No final de janeiro, as famílias tinham 44,7 mil milhões de euros investidos nos certificados (incluindo de Aforro e do Tesouro) — o máximo foi 45,7 mil milhões em agosto de 2023.

(Notícia atualizada às 11h31)

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