Beneficiários de prestações de desemprego recuam em março

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

O recuo em cadeia do número de beneficiários de prestações de desemprego registado em março interrompeu um ciclo de quatro aumentos mensais consecutivos.

O número de beneficiários de prestações de desemprego subiu 4,9% em março em termos homólogos, totalizando 204.937, mas recuou 3,2% relativamente ao máximo de três anos atingido em fevereiro, segundo dados da Segurança Social hoje divulgados.

Face ao período homólogo, registou-se um acréscimo de 9.578 beneficiários, o que representa uma subida de 4,9%, enquanto o recuo de 3,2% em cadeia correspondeu a uma diminuição de 6.832 beneficiários, detalha a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

De acordo com dados disponibilizados no site da Segurança Social, o recuo em cadeia do número de beneficiários de prestações de desemprego registado em março interrompeu um ciclo de quatro aumentos mensais consecutivos, mas o total mantém-se desde janeiro acima da barreira dos 200 mil beneficiários, tendo atingido em fevereiro o valor mais alto desde janeiro de 2022: 211.769 beneficiários, face a 225.410 no primeiro mês de 2022.

No que se refere ao subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou os 163.371 em março, um aumento homólogo de 6,6% (mais 10.163), mas uma diminuição em cadeia de 2,1% (menos 3.465 beneficiários). Segundo o GEP, o valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 689,72 euros, representando uma variação anual positiva de 7,7%.

Quanto ao número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial, caiu 3,6% comparativamente com março de 2024 (menos 402 subsídios processados) e recuou 8,0% face a fevereiro (um acréscimo de 953 beneficiários), totalizando os 10.892. Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 21.672 beneficiários em março, o que corresponde a uma redução homóloga de 2,4% (menos 525 beneficiários), mas um aumento de 0,2% em termos mensais (mais 52 beneficiários).

À semelhança do que tem sucedido, as prestações de desemprego foram maioritariamente pedidas por mulheres, correspondendo a 114.616 beneficiárias (55,9%) e a 90.321 beneficiários (44,1%).

Trabalhadores em lay-off registam queda homóloga de 48% em março

O número de trabalhadores em lay-off recuou quase 48% em março face ao período homólogo, mas aumentou 0,9% face a fevereiro, para 5.61.

O número total de situações de lay-off com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) registou em março uma diminuição de 5.154 prestações processadas face ao mesmo mês de 2024, correspondendo a um decréscimo de 47,9%.

Já na comparação em cadeia, relativamente a fevereiro, observou-se um ligeiro acréscimo de 50 prestações de lay-off, o equivalente a uma subida de 0,9%. Esta ligeira subida acontece após se ter registado em fevereiro o primeiro recuo do número de trabalhadores em lay-off desde outubro de 2024, altura em que este indicador voltou a subir.

Segundo o GEP, o regime de redução de horário de trabalho abrangeu 3.494 pessoas, um recuo de 43,4% (menos 2.676 prestações processadas) face a março de 2024 e uma redução de 7,1% (269 prestações) face a fevereiro. Já o regime de suspensão temporária registou uma redução homóloga de 53,9% (menos 2.478 processamentos), totalizando em março os 2.118. Já em termos mensais, registaram‐se mais 319 processamentos, o que representa um crescimento de 17,7%.

Em março, as prestações de lay-off foram processadas a 355 entidades empregadoras, o que representa uma diminuição de 278 face ao período homólogo e um aumento de 23 face a fevereiro.

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