Depósitos a prazo sobem 5,9%, mas a tendência é de abrandamento há cinco meses

As famílias continuam a aplicar as suas poupanças em depósitos a prazo, mas o crescimento dessa adesão abranda pelo quinto mês seguido com os juros a serem cada vez menos atrativos.

Os portugueses continuam a apostar nos depósitos a prazo para aplicarem as suas poupanças, mas o ritmo de crescimento destas aplicações voltou a desacelerar em março, prolongando uma tendência que já dura há cinco meses.

Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira, “no final de março de 2025, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 192,6 mil milhões de euros, menos 182 milhões de euros do que no final de fevereiro”.

Apesar deste ligeiro abrandamento em termos mensais, em termos homólogos, ou seja, face a março do ano passado, os depósitos de particulares apresentaram um crescimento de 5,9%. No entanto, como salienta o Banco de Portugal, “esta variação representa uma desaceleração face ao crescimento observado nos meses anteriores, sendo o quinto mês consecutivo em que se verifica uma redução do ritmo de crescimento anual”.

O abrandamento do crescimento dos depósitos reflete, em parte, a menor atratividade das taxas de juro oferecidas nos novos depósitos, que têm caído de forma sustentada, contabilizando em fevereiro uma taxa média de 1,83%, após 14 meses consecutivos de queda.

No plano empresarial, a tendência foi ligeiramente diferente. Depois de em fevereiro o stock de depósitos ter registado um crescimento mensal de 0,5%, em março, segundo dados do Banco de Portugal, “o stock de depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de março, 69,5 mil milhões de euros, mais 811 milhões de euros do que no final de fevereiro de 2025”, que se traduziu num crescimento de cerca de 1,2%.

No entanto, em termos homólogos, os depósitos das empresas registou um abrandamento, com as aplicações das empresas junto dos bancos sob a forma de depósitos a prazo a crescer 8,1% em março face a um aumento de 8,8% registado em fevereiro.

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