Exclusivo António Gameiro Marques vai deixar liderança do Gabinete Nacional de Segurança
O militar que 'expulsou' tecnologia chinesa das redes 5G completou 66 anos a 4 de maio, passando à reforma. O ECO sabe que irá abandonar a direção do Gabinete Nacional de Segurança no final deste mês.

O contra-almirante António Gameiro Marques vai deixar o cargo de diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança no final deste mês, sabe o ECO. O militar passou à situação de reforma no passado dia 4 de maio, data em que celebrou 66 anos de idade, de acordo com um despacho publicado esta sexta-feira no Diário da República.
Ao fim de quase nove anos, António Gameiro Marques, por inerência a Autoridade Nacional de Segurança, irá deixar a liderança do organismo que tem por missão garantir a segurança da informação classificada em Portugal. O Gabinete Nacional de Segurança engloba ainda o Centro Nacional de Cibersegurança e é também a autoridade credenciadora nacional.
Gameiro Marques foi quem, em maio de 2023, assinou a controversa deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança que proibiu os operadores de telecomunicações de usarem equipamentos e serviços de certos fornecedores nas redes 5G. Essa decisão, do organismo que também preside, veio obrigar as empresas de telecomunicações, sobretudo a Meo, a abdicarem de tecnologia das marcas chinesas Huawei e ZTE, uma medida que a Huawei está a contestar na Justiça.
A saída de Gameiro Marques deverá acontecer só no final deste mês, facto que está relacionado com a realização de eleições no próximo dia 18 de maio e também com o ‘apagão’ energético que ocorreu na Península Ibérica no dia 28 de abril, apurou o ECO.
Há um ano, o contra-almirante foi distinguido por Mário Campolargo quando este cessou a função de secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa. Num louvor publicado no Diário da República, o anterior membro do último Governo do PS enalteceu a “forma excecionalmente competente, empenhada e dedicada como tem exercido o cargo”.
O contra-almirante evidenciou ainda, “em permanência, relevantes qualidades pessoais e profissionais, com forte sentido de serviço público, espírito de missão, total disponibilidade e inquestionável lealdade, sempre ao serviço da instituição que dirige e, consequentemente, de Portugal”, segundo o louvor datado de 16 de maio de 2024.
(Notícia atualizada às 11h24)
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