IL sem contactos com Montenegro e vai avançar com a proposta de revisão constitucional
Última proposta da IL sobre esta matéria foi feita na maioria absoluta de António Costa. Rui Rocha salientou ainda que irá viabilizar as medidas da AD que considere adequadas.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) anunciou esta quarta-feira que o partido irá apresentar uma proposta de revisão constitucional, para retirar peso ao papel do Estado na economia, tal como já fez em anteriores legislaturas. Rui Rocha garantiu ainda que não tem mantido contactos com o primeiro-ministro reeleito, Luís Montenegro, e que irá viabilizar as medidas que considere adequadas.
“A IL apresentará um projeto de revisão constitucional, em que traremos para a discussão esta visão de sociedade [mais aberta]. Não é um ajuste de contas com a história, é uma oportunidade de futuro para todos em que todos se reconheçam numa Constituição que traz mais liberdade e tem menos pendor ideológico”, afirmou Rui Rocha aos jornalistas à saída do encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.
O líder da IL argumentou que o “papel do Estado com papel central na economia é algo que deve ser revisto” e quer “uma sociedade mais aberta, mais livre”.
“É algo que entendemos que deve ser revisto, mas apresentaremos oportunamente o nosso projeto de revisão constitucional. Devo dizer que, já em legislaturas anteriores, o fizemos. Aliás, todos os partidos o fizeram. Portanto, parece ter havido, nesse momento, um desejo de revisão constitucional”, assinalou.
Na legislatura da maioria absoluta de António Costa, o Parlamento iniciou um processo de revisão constitucional, interrompido em novembro de 2023 após o anúncio de dissolução do Parlamento. Na ocasião, a IL apresentou uma proposta na matéria com a qual queria retirar “carga ideológica à Constituição”.
Sem contactos com Montenegro
O líder da IL considerou que “cada partido deve a partir de agora assumir as suas responsabilidade” e esclareceu que não tem mantido conversas com Montenegro desde as eleições.
“Não houve nenhuma conversa. Estamos concentrados em planear o regresso à AR. Imagino que o atual primeiro-ministro esteja a preparar o programa de governo”, disse. Rui Rocha recusou-se a sinalizar a posição sobre o programa do Governo, embora tenha reiterado a “responsabilidade” do partido. “Não me condiciono neste momento”, afirmou.
“Somos um partido responsável, estaremos disponíveis para todas as discussões que sejam oportunas e que sejam feitas no interesse de Portugal e dos portugueses. Mas a nossa missão será essa, estarmos no Parlamento a defender a iniciativa privada. Não temos um Governo é absolutamente extemporâneo quer apresentar uma moção no sentido negativo, quer pronunciar-me sobre ela. É um perfeito disparate e uma coisa perfeitamente extemporânea”, argumentou.
(Notícia atualizada às 13h20)
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