Mota-Engil espera “estabilidade” do próximo Governo
No rescaldo das eleições, o CFO da construtora fala na necessidade de "ter algum modo de previsibilidade, num contexto bastante conturbado da economia mundial”.
A Mota-Engil espera que o próximo Governo tenha “estabilidade” para permitir “previsibilidade” às empresas, disse esta quarta-feira o administrador financeiro da construtora.
“Depois deste evento eleitoral recente, a Mota-Engil não espera coisas diferentes de todas as outras empresas e daquilo que espera a economia: estabilidade para podermos ter algum modo de previsibilidade, num contexto bastante conturbado da economia mundial”, afirmou o Chief Financial Officer (CFO) da Mota-Engil.
“É a previsibilidade trazida pela estabilidade que dá às empresas a capacidade de nos ajustarmos e fazermos os nossos investimentos e pensar a mais largo prazo sobre o desenvolvimento da nossa atividade”, referiu José Carlos Nogueira, em declarações aos jornalistas durante a sessão de apresentação de resultados da mais recente emissão obrigacionista da empresa.
Questionado sobre as recentes alterações na gestão, da qual António Mota deixou a vice-presidência e saíram outros quatro administradores, o CFO desdramatizou e disse que “tem a ver com um caminho traçado há uma década”.
“É uma transação geracional que se quis fazer de forma sólida, tranquila e com tempo. Foi só mais um passo, executado agora com toda a naturalidade”, caracterizou José Carlos Nogueira. “Não estamos sozinhos. Continuamos a contar com os mesmos, independentemente dos cargos institucionais que cada um tenha”, sublinhou o CFO.
Em relação à estrutura acionista, mais concretamente o terço do capital que está na posse da China Communications Construction Company (CCCC), referiu que o cenário é de tranquilidade e a empresa tem encontrado “ângulos” em conjunto que lhe “têm permitido continuar a crescer”. Aliás, para o próximo ano espera-se um novo crescimento da Mota-Engil, embora não ao ritmo recordista de 2024.
“Sabemos que este tipo de investimentos, na ótica do seu país de origem, são sempre vistos numa ótica de longo prazo. Não sentimos nenhuma instabilidade”, assegurou o CFO da Mota-Engil, acrescentando que, no próximo exercício fiscal, o foco estará na melhoria da rentabilidade.
José Carlos Nogueira falou à imprensa após serem apresentados os resultados da mais recente emissão obrigacionista da empresa. A Mota-Engil financiou-se em 95 mil milhões de euros por via de um empréstimo obrigacionista sustentável a cinco anos junto de mais de quatro mil investidores. A procura total pelas obrigações atingiu os 106,58 milhões de euros, mais 12% do que a oferta disponível.
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