Carlos César admite que PS irá perder o lugar de líder de oposição e passar a terceira força política
Presidente do PS sinaliza que o partido deverá passar a ser o terceiro maior partido em número de deputados depois de apurados os votos nos círculos da Europa e fora da Europa.
O presidente do PS admitiu esta quarta-feira que o PS deverá perder o lugar de líder da oposição e ser ultrapassado pelo Chega, passando a terceira força política. As declarações de Carlos César ocorrem a poucas horas do fim da contagem de votos dos círculos da imigração.
“Tal como já se esperava após terem sido conhecidos os resultados no território nacional, o PS deverá passar a ser o terceiro maior partido em número de deputados depois de apurados os votos nas comunidades, na Europa e fora da Europa”, escreveu o socialista numa publicação no Facebook.
A contagem dos votos dos emigrantes termina esta quarta-feira e deverá decidir os quatro deputados que ainda falta eleger na sequência das legislativas de 18 de maio: dois pelo círculo da Europa e dois fora da Europa. Até às 17 horas, poderão ainda chegar boletins de voto.
Nas últimas duas décadas, o PS e o PSD dividiram os mandatos nos círculos da emigração, mas em 2024, pela primeira vez, o Chega elegeu um deputado por cada um dos círculos. A expectativa dos partidos é que este ano o partido de André Ventura suba esta votação.
Quando ainda faltam atribuir estes círculos, a AD venceu com 32,1% dos votos, a que se somam mais 0,62% dos três deputados eleitos pela coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores. Quando falta atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, o PS é o segundo partido mais votado, com 23,38% dos votos, com 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.
Carlos César que lidera interinamente o PS até à eleição do próximo secretário-geral nas diretas marcadas para o final de junho assinala que “a partir do próximo dia 28 de junho, com uma nova liderança eleita, só pode haver um caminho no PS: unidos, a remar para o mesmo lado e valorizando os melhores para estarem connosco nas eleições autárquicas”.
“Portugal precisa do melhor que sejamos capazes. Teremos tempo, depois, para refletir e para corrigir percursos e voltar a merecer uma confiança reforçada dos portugueses. Agora que estamos a finalizar as nossas listas candidatas às freguesias e aos municípios, temos a obrigação de demonstrar, na conclusão das nossas candidaturas, que percebemos que o partido deve ser um instrumento de participação e de inovação e não um espaço de confinamento e de acomodação”, refere.
O Presidente da República irá receber na quinta-feira a AD, o PS e o Chega sobre as condições de governabilidade, esperando, caso “tenha condições”, indigitar Luís Montenegro como primeiro-ministro ao final do dia.
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