Procurador-Geral da República quer conclusão do caso Spinumviva até 15 de julho

O PGR assegura que “se houver fundamento para abrir inquérito, nós abriremos inquérito, como é evidente, como acontece para todos os cidadãos", referindo-se a Luís Montenegro.

O Procurador – Geral da República Amadeu Guerra espera que a averiguação preventiva ao caso Spinumviva, a empresa familiar de Luís Montenegro, esteja concluída até ao próximo dia 15 de julho, embora não deixe garantias que isso aconteça.

Em entrevista à Radio Observador, Amadeu Guerra fala da “admiração por Luís Montenegro”, mas garante que “se houver fundamento para abrir inquérito, nós abriremos inquérito, como é evidente, como acontece para todos os cidadãos”.

“As pessoas conhecem-me, sabem o tempo que estive no DCIAP, que processos mediáticos é que eu tive. Nunca fui pressionado por ninguém para não acusar, ou não andar com o processo, ou não denunciar. Para mim, as regras são iguais para todos os cidadãos”, garante Amadeu Guerra. O titular da investigação criminal diz ainda que foram “pedidos muitos documentos” sobre a Spinumviva, que estão sob análise da PJ. E confirma que vai deixar de anunciar averiguações vindas de denúncias anónimas.

Amadeu Guerra adianta que até às férias judiciais – que começam a 15 de julho – fazer um ponto de situação de todos os casos mediáticos, incluindo o caso da Operação Influencer.

“Ainda não fixei o prazo, sei como é que está, vou agora, na ‘segunda round’, verificar isso. Estou a pensar que até às férias judiciais, num mês, vou conseguir fazer a abordagem de todos estes casos mediáticos, mas neste momento é uma abordagem diferente que eu quero. Enquanto da outra vez foi com os magistrados, desta vez quero os OPCs presentes, para me dizerem de viva-voz quais é que são as dificuldades concretas que têm. Se precisam de mais meios, se têm perícias a fazer e nós, eventualmente, se não há capacidade da Polícia Judiciária, podemos recorrer a perícias externas”, explica.

Amadeu Guerra revela também que vai mudar a política de comunicação da PGR e deixar de anunciar a abertura de averiguações preventivas e de inquéritos criminais sempre que considere que existe o perigo de manipulação política ou especulação jornalística.

“Não vamos comunicar. Vamos deixar de comunicar. Não queremos especulação. Queremos defender os cidadãos que são atacados. É óbvio que respeito a posição dos jornalistas, têm o seu trabalho e querem fazer a sua investigação. Vamos ver que resultados é que isto tem em termos de proteção dos cidadãos. O que queremos é isto: que não haja especulações na comunicação social relativamente a situações que nem sequer estão clarificadas, em que ainda estamos no início da investigação.”

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