Costa aplaude acordo da UE para estabilizar comércio com EUA
Líder do Conselho Europeu elogia trabalho da presidente da Comissão Europeia, por ter alcançado com os EUA um acordo que protege os "interesses fundamentais" da União Europeia.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, elogiou neste domingo o trabalho da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para “estabilizar o comércio com os Estados Unidos, conseguindo um acordo que protege os “interesses fundamentais” da União Europeia.
“A determinação e a unidade pavimentaram o caminho para um acordo negociado com os EUA, que prioriza a cooperação, protege os interesses fundamentais da UE e oferece às empresas a certeza de que precisam”, destacou Costa.
Além de elogiar Von der Leyen, o ex-primeiro-ministro português aplaudiu também, numa mensagem nas suas redes sociais, o papel do comissário de Comércio, Maros Sefcovic, e do resto da equipa negociadora da Comissão Europeia do acordo concluído hoje com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Escócia.
“Elogio o trabalho de Von der Leyen, de Maros Sefcovic e da Comissão Europeia para estabilizar o comércio transatlântico”, afirmou Costa.
O acordo bilateral inclui uma tarifa fixa e máxima de 15% sobre as exportações europeias nos Estados Unidos, em vez dos 30% que Washington ameaçava aplicar a partir de 1 de agosto, caso não houvesse consenso, informou Von der Leyen após a sua reunião com o presidente norte-americano.
Esses 15% serão aplicados “à maior parte dos setores, como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos”, precisou a chefe do Executivo comunitário, em declarações à imprensa após a reunião com Trump, no seu complexo de golfe em Turnberry, a oeste da Escócia.
A informação contradiz o que foi dito anteriormente pelo próprio Donald Trump, que afirmara que os produtos farmacêuticos estavam excluídos da negociação.
Von der Leyen anunciou ainda que foram acordadas “tarifas zero”, por ambas as partes, numa série de “produtos estratégicos”, incluindo nos do setor aeroespacial e seus componentes, certos químicos, produtos agrícolas, recursos naturais e matérias-primas.
A chefe do Executivo comunitário adiantou que continuarão a trabalhar para adicionar mais elementos a esta lista.
Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu incentivou a que se aproveite “este resultado para continuar a fortalecer a competitividade da UE e a ampliar a nossa rede comercial global”.
Nesse sentido, Von der Leyen destacou que a União Europeia está a criar novas alianças comerciais por todo o mundo, ampliando as 76 que já possui.
“Concluímos negociações nos últimos meses com o Mercosul, o México e a Indonésia. Num mundo instável, a Europa é um parceiro confiável. E continuaremos a oferecer acordos que ajudem a salvaguardar a nossa prosperidade”, sublinhou.
O pacto inclui um compromisso da UE de comprar energia dos EUA no valor de 750.000 milhões de dólares e investir 600.000 milhões de dólares adicionais naquele país, além de aumentar as suas aquisições de equipamento militar americano, conforme explicou anteriormente Trump.
Japão considera que acordo comercial entre UE e EUA reduz incerteza económica
Entretanto, o Japão declarou que vai acompanhar de perto as consequências do acordo comercial entre União Europeia e Estados Unidos sobre as exportações, considerando que “reduz a incerteza” gerada em torno da política tarifária norte-americana.
“Os acordos [dos Estados Unidos] com o Japão e com a União Europeia reduzem os riscos para a economia japonesa e mundial”, afirmou à imprensa Yoshimasa Hayashi, porta-voz do Governo japonês.
O pacto tarifário entre Bruxelas e Washington surge poucos dias depois de Tóquio ter assinado um acordo com os Estados Unidos, que impõe uma tarifa de 15% às exportações japonesas para o mercado norte-americano.
Numa publicação na plataforma Truth Social, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu o pacto como gigante, acrescentando que o Japão vai investir 550 mil milhões de dólares (468 mil milhões de euros) nos EUA, que ficarão com 90% dos lucros.
Tóquio avaliou o acordo de forma positiva, e o principal responsável japonês pelas negociações tarifárias, Ryosei Akazawa, expressou gratidão a todas as partes envolvidas.
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