Défice do SNS continua a subir. Despesa aumenta 9,8% no primeiro semestre
Aumento da despesa do SNS resulta sobretudo do acréscimo de 12,6% dos encargos com pessoal e de 7,4% com fornecimentos e serviços externos.
O défice do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cifrou-se em 419,6 milhões de euros no primeiro semestre, um aumento de 315 milhões de euros face a igual período do ano passado, de acordo com os dados publicados esta quarta-feira pela Entidade Orçamental.
De acordo com a execução financeira do SNS, em contabilidade pública, esta evolução resulta do crescimento da despesa em 9,8% superior ao crescimento da receita de 5,4%. O aumento da despesa foi sobretudo influenciado pelo acréscimo de 12,6% das despesas com pessoal e de 7,4% dos fornecimentos e serviços externos.

O aumento das despesas com pessoal reflete, entre outras, medidas:
- a valorizações remuneratórias aplicadas aos trabalhadores em funções públicas;
- os incentivos às equipas das Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo B;
- a alteração da estrutura remuneratória das carreiras especiais médica, de enfermagem e farmacêutica;
- a nova carreira especial de Técnico Auxiliar de Saúde;
- a atribuição de um suplemento remuneratório aos médicos para assegurar o funcionamento dos serviços de urgência.
Já no que toca aos fornecimentos e serviços externos, a evolução é resultado, em grande medida:
- do aumento da despesa com os produtos vendidos em farmácias (12,3%), indicando um aumento de prescrições na medicação;
- dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (9,9%) com maior impacto nos cuidados respiratórios domiciliários, medicina física de reabilitação, hemodiálise e patologia clínica;
- dos encargos com serviços especializados (12,7%), que incluem os encargos com prestadores de serviços médicos e de enfermagem para assegurar o serviço de urgência, os cuidados de saúde primários e a resposta à atividade assistencial.
Paralelamente, a receita cresceu 5,4% devido ao aumento de 5,7% das transferências do Orçamento do Estado.
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