IAG vê TAP com sucesso no grupo, “se termos forem adequados”
Grupo que controla Iberia e British Airways sublinha que sucesso de integração da irlandesa Aer Lingus pode ser exemplo para a TAP, desde que termos da privatização forem "adequados".
A IAG — que controla a Iberia e a British Airways, entre outras companhias aéreas — acredita que a TAP pode ter sucesso como parte do grupo após a privatização, desde que os termos desse processo forem adequados, afirmou esta sexta-feira fonte oficial.
No início de julho, o Executivo de Luís Montenegro avançou com o processo de privatização da TAP até 49,9% do capital da TAP. A decisão “incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores”, segundo o primeiro-ministro, que garantiu ainda que o processo salvaguarda o hub de Lisboa e que caso não sejam atingidos os objetivos do Governo, o processo pode ser suspenso sem qualquer indemnização.
“A IAG congratula-se com o anúncio do lançamento do processo de privatização da TAP”, referiu a fonte oficial, em comunicado. “Se os termos forem adequados, acreditamos que a TAP poderá ter sucesso enquanto parte do modelo distintivo e comprovado da IAG“.
Esta quinta-feira, a Air France-KLM reafirmou o interesse em adquirir uma participação na TAP, garantiu que continua “a estudar” essa oportunidade, mas explicou que será sempre uma “decisão de negócio” – e caso a empresa franco-neerlandesa encontre “muito risco” nem se lança na corrida.
Também na quinta-feira, Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, disse que a TAP continua a ser “uma opção interessante” para a companhia aérea alemã, mas esclareceu que não tem pressa no processo, pois esta focada na integração da ITA, companhia italiana na qual a Lufthansa adquiriu uma participação de 41% no ano passado.
Aer Lingus é “exemplo claro”
A fonte oficial da IAG acrescentou que a “a solidez financeira da IAG permite-nos modernizar a nossa frota, investir em aeronaves de nova geração e produtos essenciais, e liderar o setor na adoção do SAF, Combustível Sustentável para Aviação”.
Sublinhou que “o sucesso da Aer Lingus desde a sua integração na IAG em 2015 é um exemplo claro do que pode ser alcançado“, recordando que a companhia irlandesa Aer Lingus “reforçou a sua marca e mais do que duplicou a sua capacidade de longo curso no hub de Dublin”.
Atualmente, a Aer Lingus conta com 20 destinos na América do Norte, comparando com apenas 4 em 2013. “Este compromisso e crescimento têm sustentado o aumento do número de empregos na Aer Lingus e viabilizado um programa de transformação que beneficia os clientes”.
Receita avança 8%
A IAG anunciou esta sexta-feira um crescimento da receita na primeira metade do ano de 8%, para 15.906 milhões de euros, “refletindo uma forte procura pela nossa rede e pelas nossas marcas. O lucro operacional antes de itens extraordinários no primeiro semestre de 2025 aumentou 43,5%, para 1.878 milhões de euros, impulsionado pelas receitas, combustível e pelos benefícios cambiais, enquanto o lucro operacional do segundo trimestre antes de itens extraordinários aumentou 35,4%, para 1.680 milhões de euros.
Luis Gallego, CEO da IAG classificou o desempenho como “sólido” e que reflete “a resiliência da procura por viagens e o sucesso da nossa transformação contínua”.
“Estes resultados dão-nos confiança de que iremos alcançar um bom crescimento dos lucros e progressão das margens no conjunto do ano, permitindo-nos criar valor para os nossos acionistas através do nosso dividendo sustentável e do programa de recompra de ações”, concluiu.
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