Bruxelas vai suspender retaliação a tarifas dos EUA durante seis meses
As taxas de retaliação europeia que estavam previstas para quinta-feira, caso não houvesse acordo com Donald Trump, vão ficar suspensas durante meio ano.
A Comissão Europeia vai suspender durante seis meses, a partir desta terça-feira, as tarifas de retaliação que tinha preparado contra os Estados Unidos caso não conseguisse chegar a um acordo com a Casa Branca para evitar uma guerra comercial. Como houve um aperto de mão entre Donald Trump e Ursula von der Leyen a 27 de julho, Bruxelas vai pôr em pausa as novas taxas aduaneiras.
“A Comissão tomará as medidas necessárias para suspender por seis meses as contramedidas da União Europa [UE] contra os Estados Unidos, que deveriam entrar em vigor a 7 de agosto“, disse o porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio, em conferência de imprensa. Olof Gill acrescentou que a decisão de Bruxelas deverá tornar-se oficial amanhã através de um procedimento de urgência.
“A UE continua a trabalhar com os Estados Unidos para finalizar uma Declaração Conjunta, conforme acordado a 27 de julho“, afirmou o porta-voz, em declarações divulgadas pela agência Reuters.
A UE tinha em gaveta uma série de tarifas de retaliação, avaliadas em 93 mil milhões de euros, que entrariam gradualmente em vigor a partir de quinta-feira se não houvesse acordo. A ideia era ‘atacar’ nas compras norte-americanas logo a 7 de agosto, mas deixar o resto das chamadas contramedidas para setembro e fevereiro de 2026.
Todavia, os Estados Unidos e a UE assinaram um acordo que prevê um limite tarifário de 15% sobre bens europeus, incluindo automóveis e peças de automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores (chips). Dias mais tarde, Donald Trump decidiu que as novas tarifas globais, que estavam previstas para entrar em vigor na sexta-feira, começariam a ser aplicadas a partir do próximo dia 7 de agosto.
Certo é que o acordo transatlântico tem algumas pontas soltas por esclarecer, nomeadamente as taxas sobre as bebidas alcoólicas ou as componentes automóveis, que não estão mencionadas como exceção no decreto executivo do presidente dos Estados Unidos assinado a 31 de julho.
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