Reserva Federal corta juros pela primeira vez este ano. Descida de 25 pontos leva intervalo das taxas para 4,00%-4,25%

O banco central liderado por Jerome Powell interrompeu a pausa que durava desde dezembro com um corte de 25 pontos base nas taxas de juro. Decisão era amplamente esperada pelos analistas.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) cortou esta quarta-feira as taxas de juro em 25 pontos base (pb), na primeira mexida no custo do dólar este ano, justificada pela mudança do equilíbrio de riscos.

A decisão dos membros do Federal Open Market Committee (FOMC, comité de política monetária) de descer as Federal Funds Rates para o intervalo entre 4,00% e 4,25%, anunciada em comunicado, era amplamente esperada por analistas e investidores e interrompe uma pausa iniciada em janeiro, após cortes num total de 100 pb na reta final de 2024.

“Em apoio aos seus objetivos e à luz da mudança no equilíbrio dos riscos, o Comité decidiu reduzir a meta para a taxa de juros dos fundos federais em 1/4 de ponto percentual, para 4% a 4,2%”, informou o banco central liderado por Jerome Powell.

“Indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade económica moderou-se no primeiro semestre do ano”, explicou a Fed. “O aumento do emprego abrandou e a taxa de desemprego subiu ligeiramente, mas continua baixa, a inflação subiu e permanece um pouco elevada”.

Ao considerar ajustes adicionais para a meta da taxa de juros dos fundos federais, o Comité avaliará cuidadosamente os dados recebidos, as perspetivas em evolução e o equilíbrio dos riscos”, adiantou.

Apenas o novo governador Stephen Miran, que ingressou no board da Fed esta terça-feira e está de licença como chefe do Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca, discordou, defendendo um corte de meio ponto percentual. O presidente americano, Donald Trump, tem frequentemente acusado Powell de atrasar o corte nos juros, pedindo à Fed que reduza as taxas de forma significativa e acelerada.

Mais duas descidas de 25 pontos este ano

A redução das Federal Funds Rates, juntamente com as projeções que indicam mais dois cortes nas duas reuniões políticas restantes deste ano, indicam que os membros da Reserva Federal começaram a minimizar o risco de que as políticas comerciais voláteis da administração alimentem uma inflação persistente e estão agora mais preocupados com o enfraquecimento do crescimento e a probabilidade de aumento do desemprego.

Os membros da Fed esperam reduzir as taxas de juro de curto prazo num total de mais meio ponto percentual este ano, com base na mediana das novas projeções, ilustradas pela matriz dot plot, o gráfico de pontos das expectativas individuais dos membros do FOMC sobre as taxas futuras.

As novas projeções económicas mostraram que os decisores, em média, ainda prevêem que a inflação termine este ano em 3%, bem acima da meta de 2% do banco central, uma projeção inalterada em relação ao último conjunto de previsões em junho.

A projeção para o desemprego também permaneceu inalterada em 4,5% e a projeção para o crescimento económico foi ligeiramente superior, passando de 1,4% para 1,6%.

(Notícia atualizada às 19h20)

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