Documentação sobre Spinumviva “não é nada de mais”. Montenegro espera que assunto “possa ser encerrado”
"Posso dizer que não é nada de mais. Aproveitarei a tarde de hoje para reunir os documentos que me foram solicitados”, afirmou o primeiro-ministro sobre a informação pedida pelo Ministério Público.
Luís Montenegro sublinhou esta sexta-feira que a documentação extra pedida pelo Ministério Público (MP) no âmbito da averiguação preventiva sobre os negócios da sua empresa familiar Spinumviva “não é nada de mais” e que serve para “complementar” a informação já enviada.
“Não são [muitos documentos]. É [informação] relativamente circunscrita e que não precisarei de muito tempo — creio que uma hora chega — para reunir a informação“, afirmou o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas no Porto, desvalorizando desta forma o pedido do MP.
O líder do Governo recusou revelar quais os documentos pedidos pelo Ministério Público, sublinhando que se trata de “informação interna do processo”. Não obstante, “posso dizer que não é nada de mais. Aproveitarei a tarde de hoje para reunir os documentos que me foram solicitados“, indicou.
Montenegro disse ainda esperar que o envio da nova documentação permita “finalizar” a averiguação que está a ser feita aos negócios da Spinumviva e que “o assunto possa ser encerrado”.
“Creio que está mais do que na altura, daquilo que é uma projeção razoável, de podermos ter uma decisão. Mas evidentemente que as pessoas que estão a analisar a informação e documentação poderão ter (…) necessidade de compreender algumas questões técnicas e que carecem de algum aprofundamento (…)”, acrescentou.
Em entrevista ao jornal Nascer do Sol, o Procurador-geral da República (PGR), Amadeu Guerra, revelou que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) “pediu mais documentação” ao primeiro-ministro esta semana.
Na próxima semana, o PGR vai fazer um ponto de situação com o diretor do DCIAP sobre vários inquéritos e vai indagar as razões da demora e a justificação. “Acho isso legítimo, é aliás a minha obrigação. Mas já fui criticado por isso. Agora, eu não dou efetivamente instruções concretas em AP [averiguação preventiva] ou em inquéritos”, disse.
A polémica com a empresa Spinumviva surgiu com notícias do Correio da Manhã que indicavam que a empresa familiar do primeiro-ministro se dedicava, entre outras atividades, à compra e venda de imóveis.
Na sequência das notícias desse ramo de atividade da Spinumviva abriu-se a discussão sobre a eventual atividade profissional do primeiro-ministro em paralelo ao exercício de funções governativas e sobre a identidade dos clientes da empresa e possíveis conflitos de interesse.
(Notícia atualizada às 13h34)
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