Trump divulga plano de 20 pontos para terminar guerra em Gaza
O plano inclui a presidência de Trump de um comité que supervisionará a transição no território palestiniano. Um acordo sobre a Faixa de Gaza está “muito, muito próximo”, acredita Trump.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou esta segunda-feira um plano de 20 pontos para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, que ainda tem de ser ratificado entre as partes envolvidas, Israel e o Hamas. O plano inclui a sua presidência de um comité que supervisionará a transição no território palestiniano.
Este plano, no qual a Casa Branca garante que “ninguém será forçado a sair de Gaza”, foi divulgado pouco antes de uma conferência de imprensa conjunta entre o Presidente norte-americano e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Trump anunciou depois que um acordo sobre a Faixa de Gaza está “muito, muito próximo”, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após uma reunião na Casa Branca.
Ao lado de Netanyahu, Trump agradeceu-lhe por “ter aceitado” o seu plano de 20 pontos para Gaza, que prevê que o líder norte-americano presida a uma comissão para supervisionar a transição naquele enclave palestiniano. O Presidente dos EUA afirmou esperar, agora, que o movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder na Faixa de Gaza, aceite o seu plano de paz.
Se o Hamas não aceitar o plano de Trump, Israel irá “levar a tarefa até ao fim” em Gaza, que invadiu na sequência do ataque do Hamas, com o objetivo de erradicar este movimento desde 2007 no poder no enclave, disse Netanyahu. “Se o Hamas rejeitar o seu plano, senhor Presidente – ou se disser que o aceita, mas fizer tudo o que estiver ao seu alcance para o bloquear – Israel levará por si só a tarefa até ao fim”, acrescentou o primeiro-ministro israelita da Casa Branca.
“Isto pode ser feito da maneira fácil ou da maneira difícil, mas será feito”, sublinhou. Trump afirmou esperar que o Hamas aceite o seu plano de paz, e que, caso não o faça, Israel “tem o total apoio” de Washington para tomar medidas para derrotar o Hamas
Netanyahu manifestou o apoio ao plano, mas condicionou-o a mudanças “radicais” na Autoridade Palestiniana. Para o líder israelita, com um mandato de captura internacional por crimes de guerra, diz que mesmo uma AP – mais moderada e que governa na Cisjordânia ocupada – não terá “qualquer papel a desempenhar” em Gaza sem mudanças “radicais”.
Segundo o primeiro-ministro israelita, ao abrigo do plano Israel irá manter “responsabilidade de segurança” em Gaza. Se o Hamas não aceitar o plano de Trump, Israel irá “levar a tarefa até ao fim” em Gaza, que invadiu na sequência do ataque do Hamas, com o objetivo de erradicar este movimento.
O plano já foi entregue ao movimento islamita palestiniano Hamas por mediadores do Qatar e do Egito, adiantou à agência France-Presse (AFP) fonte ligada ao processo de negociações.
O primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abdulrahman al-Thani, e o chefe dos serviços de informação egípcios, Hassan Mahmoud Rashad, “acabaram de se reunir com os negociadores do Hamas e apresentaram-lhes o plano”, frisou a mesma fonte, que falou sob condição de anonimato. “Os negociadores do Hamas disseram que o iriam examinar de boa-fé e responder”, acrescentou.
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