Justiça americana decide a favor do ex-Farfetch José Neves

O caso foi apresentado em 2023 por antigos acionistas da Farfetch que consideraram que os visados teriam apresentado informação falsa sobre a situação financeira da empresa.

A justiça americana decidiu a favor de José Neves e outros dois antigos executivos de topo da Farfetch no caso interposto por acionistas que acusam os gestores da antiga unicórnio nacional de ter prestado informações falsas ou enganosas sobre a saúde financeira da empresa, entretanto vendida à sul-coreana Coupang. Os queixosos podem, no entanto, voltar a apresentar uma nova queixa.

O juiz federal Edgardo Ramos, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova Iorque, considerou que as alegações feitas contra a Farfetch e os seus antigos dirigentes — José Neves (fundador e ex-CEO), Stephanie Phair (ex-presidente) e Elliot Jordan (CFO) — por ex-acionistas da empresa de ecommerce de moda de luxo carecia de fundamento.

No entender do juiz, os queixosos não teriam conseguido apresentar prova de que os gestores teriam apresentado informação falsa ou incorreta ao mercado que pudesse sustentar uma acusação de fraude e, com isso, serem responsabilizados. Por isso, deu razão à contestação apresentada pelos antigos gestores, tendo determinado o encerramento do processo na fase de instrução, noticiou a Bloomberg Law (conteúdo em inglês/acesso condicionado) e a Fashion Law (conteúdo em inglês).

O caso foi apresentado em 2023 por antigos acionistas da Farfetch que consideraram que os visados teriam apresentado informação com “distorções generalizadas e materiais” sobre a saúde financeira da empresa, ao mesmo tempo que avançavam com uma série de elevadas aquisições — como a compara do New Guard Group em 2019 — que foram mal integradas ou geridas.

O juiz considerou que o otimismo manifestado pelos gestores, embora não se tenha materializado — a empresa colapsou, tendo sido comprada pelo gigante sul-coreano de ecommerce Coupang — não significa fraude. E os próprios ‘guidance‘ facultados pela companhia — mesmo que tenham vindo a falhar — não constituem prova de fraude, se os gestores tiverem avançado essa informação de boa-fé.

Os queixosos, no entanto, têm ainda oportunidade de apresentar uma nova ação, determinou o juiz, segundo noticia a imprensa norte-americana.

(Última atualização às 17h47)

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