Dinamarqueses da RiskPoint vão entrar nos seguros em Portugal

É uma das maiores agências de subscrição de seguros europeias, estudaram o mercado e decidiram operar diretamente em Portugal. Os clientes primordiais são corretores.

O grupo dinamarquês RiskPoint vai começar a operar diretamente em Portugal após terem estudado o mercado nacional e concluído que existe espaço para crescer nos segmentos de linhas financeiras. Também decidiram que a agência portuguesa vai reportar diretamente a Kenneth Nielson, CEO do grupo baseado em Copenhaga, embora em Espanha já conte com um escritório com 20 pessoas para tratar de subscrição, gestão de sinistros, compliance e jurídico.

Paulo Anger explica que “a intenção nunca foi olhar Portugal como sendo parte da Espanha, a intenção foi analisar e ver Portugal com as suas especificidades”.

Paulo Anger, ex-Chubb e ex-AIG no Brasil e Portugal, estará à frente da operação com as áreas de distribuição, comercial e diretor de linhas financeiras, explica que “a intenção nunca foi olhar Portugal como sendo parte da Espanha, a intenção foi analisar e ver Portugal com as suas especificidades”.

Assim vão avançar com seguros Ciber, Responsabilidade Civil (RC) profissional, com destaque para as coberturas D&O (para administradores e diretores de empresas) e com produtos para instituições financeiras, uma combinação do D&O, do Cyber, do RC. Também apostarão em duas áreas “muito fortes” para Paulo Anger: seguros de M&A (operações de fusão e aquisição), e coberturas para o setor de energias renováveis.

O principal mercado são os corretores de seguros: “São o nosso primeiro cliente”, confirma Anger, “pode acontecer venda direta às empresas, mas não é nosso intuito e não faz parte da nossa estratégia fazer uma venda direta sem uma intermediação dos corretores”.

A estratégia é não apresentar apenas soluções prontas ou pré-preparadas, “também podemos desenhar a apólice e as condições na medida em que o corretor de seguros e o cliente nos passem as preocupações em específico”. Também têm uma plataforma para mediadores que promove a cotação instantânea e até a emissão de apólices instantânea.

A RiskPoint apresenta-se com capacidade de primárias de grandes riscos, com 20 milhões de euros de capacidade por risco de responsabilidade civil e 15 milhões por cada risco ciber. Tem autonomia para pagamento de sinistros, até certas faixas regula e paga, “a confiança é tão grande das seguradoras, que eles dão essa autonomia para pagamento de sinistros”, comenta Paulo Anger. Em Portugal estão a trabalhar com o apoio da CCA Law.

Considera-se uma MGU (Managing General Underwriter), agência de subscrição e também gestora de sinistros em nome de seguradoras e, por isso, a RiskPoint é coverholder (mediadora autorizada) no Lloyd’s e trabalha com seguradoras rating A+ como a Markel, Travellers e ainda a Arch.

Foi fundada por profissionais saídos da AIG na Dinamarca, Suécia e Noruega. E hoje conta com 300 milhões de euros de prémios anuais intermediados e escritórios nos países nórdicos, Itália, Alemanha, Holanda, Suíça, Bélgica, Espanha, mas também fora da Europa, nos Estados Unidos, Austrália, Singapura e Dubai. Portugal será o 16º e o próximo na expansão.

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