Trabalhadores do Novobanco ameaçam com protestos caso não recebam bónus com venda aos franceses

Cerca de 70% dos trabalhadores do Novobanco subscreveram um abaixo-assinado para denunciar a injustiça na distribuição de prémios com a venda do banco aos franceses do BPCE.

Mais de 2.700 trabalhadores do Novobanco subscreveram o abaixo-assinado lançado pela comissão de trabalhadores para “denunciar a profunda injustiça” na distribuição de bónus com a venda do banco, da qual estão excluídos. E caso não sejam incluídos ameaçam mesmo com “ações de protesto”.

A comissão de trabalhadores, que reivindica a atribuição de dois salários “como forma mínima de reconhecimento pelo esforço, dedicação e papel fundamental na recuperação e valorização do banco”, entregou esta segunda-feira as assinaturas que correspondem a 70% dos quadros do banco à administração liderada por Mark Bourke “com a firme convicção de que esta demonstração de unidade e força deve levar a uma reavaliação da decisão tomada”.

“Os trabalhadores do Novobanco tiveram a oportunidade de expressar, de forma clara e inequívoca, a sua profunda desilusão e indignação face à ausência de um reconhecimento financeiro justo pela sua contribuição decisiva para a valorização do banco ao longo da última década”, frisa a comissão de trabalhadores em comunicado.

Lone Star e Groupe BPCE fecharam em junho a venda do Novobanco num negócio de 6,4 mil milhões de euros e por conta do qual os gestores do fundo e também do banco irão receber prémios milionários. O negócio só deverá estar concretizado no próximo ano.

A comissão de trabalhadores aguarda agora uma resposta positiva por parte da administração do banco. Segundo as suas contas, os prémios aos trabalhadores custarão cerca de 25 milhões de euros.

Em caso de uma resposta negativa, os trabalhadores ameaçam subir o tom da revolta. “Tendo em conta o sentimento generalizado de revolta e injustiça, a comissão de trabalhadores, em articulação com os trabalhadores e os sindicatos, ponderará avançar com novas ações de protesto”, admite a comissão de trabalhadores, que também já pediu uma reunião com o Ministério das Finanças.

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