Unicórnio Sword Health vai investir 250 milhões em Portugal até 2028

A unicórnio quer impulsionar a criação de um hub mundial de inovação para o uso de IA na área da Saúde, no país. Até 2028, quer ter mais de 900 trabalhadores em Portugal.

Virgílio Bento, CEO da Sword, discursa na cerimonia de apresentação de investimentos da empresaRicardo Castelo/ECO

A Sword Health vai investir 250 milhões de euros até 2028 em Portugal, aumentando para mais de 900 o número de trabalhadores no país, dos quais 700 engenheiros. A unicórnio, que presta serviços de fisioterapia com recurso a inteligência artificial (IA), quer impulsionar a criação de um hub mundial de inovação para o uso de IA na área da saúde, no país.

“Este investimento de 250 milhões de euros em Portugal, até 2028, reflete a nossa crença de que o país tem todas as condições para se tornar um líder mundial na área da inteligência artificial. Reforça também a nossa visão para um Portugal mais inovador, capaz de elevar o seu talento e criar soluções globais e líderes mundiais. Esse é o exemplo que a Sword quer dar no ecossistema nacional”, afirma Virgílio Bento, CEO e fundador da Sword Health, citado em comunicado.

O investimento passa por três pilares estratégicos — recursos humanos qualificados, infraestrutura tecnológica e Investigação & Desenvolvimento (I&D), com foco no treino de modelos de IA — e visa responder ao aumento da procura dos serviços prestados pela companhia. Segundo dados da empresa, esta atualmente, conta mais de 600.000 pacientes tratados em três continentes e nove milhões de sessões de IA realizadas, prevendo “quadruplicar” o seu volume de negócios até 2027.

Reforço de trabalhadores em Portugal

Até 2028 quer reforçar a sua estrutura em Portugal, onde conta com dois escritórios, em Lisboa e Porto, bem como a maioria da sua equipa de engenharia de IA. Para isso, até lá o investimento anual em recursos humanos irá aumentar de 30 para 60 milhões de euros, com a equipa a operar em Portugal a crescer de cerca de 500 para mais de 930 pessoas, das quais uma grande fatia pessoal qualificado. O número de engenheiros passará de 340 para mais de 700, segundo adianta a unicórnio.

Nesse reforço de pessoal, o recrutamento de profissionais com Doutoramento será também uma “prioridade”, prevendo-se ainda o financiamento e integração de recém-licenciados e investigadores, através da atribuição de mais de 60 bolsas de Doutoramento e Mestrado até 2028, “reforçando a ligação da Sword ao meio académico e à investigação”.

Neste campo, na semana passada a empresa anunciou parcerias com as universidades de Évora, Trás-os-Montes (UTAD) e com o Politécnico de Castelo Branco, garantindo aos estudantes destas instituições de ensino superior “acesso privilegiado a estágios e primeiros empregos na Sword Health, de acordo com o seu percurso académico”, mas também apoio às “universidades nas suas diversas iniciativas de promoção do emprego e colocação dos jovens no mercado de trabalho, fortalecendo o contacto direto entre alunos e profissionais”.

Primeiro Ministro, Luís Montenegro, com Virgílio Bento, CEO da Sword, durante a visita as instalações da empresaRicardo Castelo/ECO

Dez milhões de investimento em infraestrutura de computação em IA já em 2026

Dependendo da evolução da parceria, uma dessas regiões do interior irá receber um polo tecnológico da companhia, referia a unicórnio.

Agora, a empresa fundada por Virgílio Bento adianta que, já a partir de 2026, vai investir 10 milhões de euros em infraestrutura avançada de computação em inteligência artificial para a criação e treino de foundational models, valor anual que, em 2028, poderá chegar aos 27 milhões de euros.

“Em paralelo, continuará a apostar no desenvolvimento da infraestrutura que suporta as suas soluções, bem como na expansão das operações em Portugal e na Europa”, refere ainda. Já a aposta em I&D — visando “reforçar a capacidade de inovação científica e tecnológica, potenciando colaborações com universidades e centros de investigação portugueses” — “duplicará” até 2028.

Entre os resultados previstos, deste investimento, está a “criação de postos de trabalho em tecnologias e cuidados de saúde, a captação de investimento internacional e a validação e exportação de modelos desenvolvidos em Portugal para sistemas de saúde em todo o mundo”.

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