Quase um terço dos desempregados em Portugal encontrou emprego no terceiro trimestre
Mais de 100 mil pessoas que estavam desempregadas em Portugal encontraram um novo trabalho entre julho e setembro. Contudo, quase 65 mil dos empregados perderam o posto de trabalho.
Quase um terço das pessoas que estavam desempregadas entre abril e junho em Portugal encontraram um novo trabalho no terceiro trimestre, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em sentido inverso, apenas 1,2% dos empregados no segundo trimestre transitou para o desemprego nos três meses seguintes.
“Do total de pessoas que estavam desempregadas no segundo trimestre de 2025, 52,4% (172,7 mil) permaneceram nesse estado no terceiro trimestre de 2025, 30,6% (100,7 mil) transitaram para o emprego e 17% (56 mil) transitaram para a inatividade“, detalham as estatísticas de fluxos entre estados do mercado de trabalho do INE.
De acordo com o gabinete estatístico, 37,1% dos desempregados de curta duração e 21,4% dos inativos pertencentes à “força de trabalho potencial”, no segundo trimestre, arranjaram emprego entre julho e setembro. Em simultâneo, 20,1% dos desempregados de longa duração e 3,3% dos outros inativos também passaram a ter emprego.
Já entre os empregados, 97% (5.090,9 mil) continuaram a trabalhar entre julho e setembro, enquanto 1,2% (64,9 mil) passaram ao desemprego e 1,8% (92,5 mil) saíram do mercado de trabalho nesse período.

Quanto aos trabalhadores por conta de outrem que tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato entre abril e junho, 23,4% (162,2 mil) passaram a ter um contrato sem termo no terceiro trimestre.
Entre os que tinham um emprego a tempo parcial no segundo trimestre, 23,6% (100,5 mil) passaram a trabalhar a tempo completo nos três meses seguintes.
O INE refere também que a percentagem de pessoas que permaneceram empregadas entre o segundo e o terceiro trimestres, mas que mudaram de emprego, fixou-se nos 3,3% (165,9 mil).
No mesmo período, 3,5% (177 mil) das pessoas que permaneceram empregadas continuaram a ter dois ou mais empregos e 1,6% (80,9 mil) das pessoas que tinham um emprego passaram a ter dois ou mais empregos.
Consequentemente, o fluxo líquido do emprego (total de entradas menos o total de saídas) foi de sinal positivo, com o gabinete estatístico a estimá-lo em 83,8 mil pessoas.
O fluxo líquido do desemprego, por sua vez, foi de sinal negativo e estimado em 2,9 mil pessoas, em resultado de o total de pessoas que transitaram para o desemprego (153,8 mil) ter sido inferior ao total das que saíram desse estado (156,7 mil).
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