Certificados de Aforro a caminho dos 40 mil milhões até ao fim do ano

Outubro trouxe um novo aumento do montante aplicado nos Certificados de Aforro – ainda que a taxa de juro tenha deslizado ligeiramente. Fasquia dos 40 mil milhões está ao virar da esquina.

Com os depósitos a renderem pouco mais de 1%, as famílias continuam a reforçar a aposta nos Certificados de Aforro. Em outubro as subscrições líquidas destes títulos atingiram os 348,9 milhões de euros. Há mais de um ano que o montante aplicado nos Certificados de Aforro está a subir. E a fasquia dos 40 mil milhões está ao virar da esquina.

No final do mês passado, os aforradores tinham 39,4 mil milhões de euros aplicados nestes certificados, refletindo uma subida de 15,2% em termos homólogos. Há mais de um ano que o montante vem sendo reforçado mês após mês. E, se a tendência se mantiver, até final do ano poderá superar a barreira dos 40 mil milhões.

A melhoria da remuneração dos Certificados de Aforro tem aguçado o apetite das famílias portuguesas, enquanto os bancos estão a oferecer uma taxa cada vez deprimida pelas suas poupanças.

Em outubro, apesar da ligeira quebra, a taxa de juro base dos Certificados de Aforro manteve-se acima dos 2%, depois de subidas nos meses anteriores, à boleia do aumento da Euribor a três meses, o indexante utilizado para calcular o rendimento base destes títulos.

Já a remuneração das novas aplicações em depósitos rendeu uma média de 1,34% em setembro (últimos dados disponíveis), estabilizando em relação ao mês anterior, mas mantendo-se no valor mais baixo desde maio de 2023, depois da mais longa série de descidas desde que há registos.

Certificados do Tesouro assinalam quatro anos em perda

Quanto aos Certificados do Tesouro, as aplicações nestes títulos continuam em perda há 48 meses seguidos. São já quatro anos em interrupção em que as famílias tiram mais dinheiro do que colocam.

Em outubro, o saldo entre aplicações e resgates voltou a ser negativo, na ordem dos 146 milhões de euros – mantendo-se mais ou menos a cadência de saídas dos meses anteriores.

O montante investido nos Certificados do Tesouro ascendia a 8,2 mil milhões de euros no final de outubro, o valor mais baixo em quase uma década — desde fevereiro de 2016.

47,6 mil milhões confiados ao Estado

Contas feitas, entre Aforro e Tesouro, as famílias tinham mais de 47,6 mil milhões de euros em poupanças confiadas ao Estado no final de outubro, o valor mais elevado de sempre.

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