BRANDS' ECO Delta e Rangel: de um almoço a uma aliança de sucesso

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A relação entre as duas empresas tornou-se um exemplo de colaboração, marcada por crescimento e visão partilhada. Numa conversa franca, Rui Miguel Nabeiro e Nuno Rangel refletiram sobre o percurso.

A Rangel Logistics Solutions recebeu na sua plataforma do Montijo, no final da semana passada, a talk “Rangel & Delta – Uma década de parceria”, uma conversa moderada por Diogo Agostinho, COO do ECO, para assinalar uma década de colaboração entre duas das mais emblemáticas empresas familiares portuguesas. Um encontro descontraído, mas revelador, onde Nuno Rangel, CEO da Rangel Logistics Solutions , e Rui Miguel Nabeiro, CEO da Delta Cafés, olharam para o passado, o presente e o futuro desta relação que começou com um almoço na Bica do Sapato.

Ao centro, Rui Miguel Nabeiro, CEO da Delta Cafés, e Nuno Rangel, CEO da Rangel Logistics Solutions, à direita, na plataforma da Rangel, no Montijo

A história da parceria remonta à altura em que a Delta estudava o crescimento acelerado da Delta Q e ponderava recorrer ao outsourcing logístico. A escolha acabou por recair na Rangel, que inicialmente assumiu apenas um pequeno corredor de operação. “Era uma pequena operação, praticamente um corredor”, recordou Nuno Rangel. Hoje, o cenário é radicalmente diferente e a logística da empresa de Campo Maior envolve mais de 200 mil encomendas por ano e estende-se a três áreas de negócio, ultrapassando os 60 milhões de unidades expedidas ao longo da década. Uma evolução que, sublinharam ambos, só foi possível porque as duas equipas passaram a trabalhar como uma única.

Além de recordar a pequena escala inicial, Nuno Rangel sublinhou que, desde o primeiro momento, viu na marca de café “um potencial enorme de crescimento”. “Era uma marca com valores muito parecidos com os nossos e percebemos que, se a Delta crescesse, nós iríamos crescer com ela”, afirmou, lembrando que a operação começou numa equipa multicliente “com a expectativa clara de evoluir para algo muito maior.

A exigência, assumiram, foi sempre uma constante e uma vantagem para o sucesso da relação. “A Delta é exigente, e ainda bem”, disse Nuno Rangel, lembrando que essa exigência obrigou a Rangel a crescer e a inovar. Rui Miguel Nabeiro reforçou a ideia, destacando que a confiança e a capacidade de evolução conjunta foram determinantes para que a Delta, que historicamente “faz quase tudo em casa”, entregasse à Rangel áreas cada vez mais sensíveis. “A Rangel é uma exceção positiva, porque conquistou espaço pela competência e pela capacidade de cuidar do cliente como nós cuidamos”, afirmou.

A conversa abriu caminho para uma reflexão mais ampla sobre a cultura empresarial em Portugal. Ambos os CEO lamentaram a falta de escala e de ambição internacional da maioria das empresas portuguesas, a quem falta assumir mais risco. “No mundo dos negócios, só há sucesso se houver risco”, sublinhou Rui Miguel Nabeiro, que defende que o país precisa de organizações que se atrevam a sair da sua zona de conforto e olhar para lá das fronteiras. Nuno Rangel acrescentou que falta igualmente união entre empresas nacionais, tanto para competir no exterior como para solidificar as cadeias de valor internas. “Se todos crescermos, crescemos juntos”, acredita.

A ambição da Delta em chegar ao top 10 mundial do café em 15 anos foi um dos momentos mais marcantes da talk e um objetivo que, apesar de ousado, Rui Miguel Nabeiro assume sem hesitações. Para o alcançar, será necessário quadruplicar o volume de negócios e avançar com aquisições em mercados como Espanha, França, Estados Unidos ou China. “Pode parecer loucura, mas acredito”, afirmou o CEO da Delta, sublinhando que o futuro depende da equipa e de uma cultura de proximidade e compromisso que distingue a empresa desde os tempos do fundador.

Nuno Rangel não só corroborou esta ambição como a enquadrou na realidade portuguesa. “Eu acredito mesmo. Em dez anos crescemos vinte vezes. É possível”, disse, sublinhando raramente se encontra este tipo de visão em empresas nacionais. Para a Rangel, a meta da Delta é também um estímulo ao negócio. “Se forem 200, 300, 400, 500 milhões de unidades, que venham elas. Nós queremos esses desafios”, assegura.

No final da conversa, os dois CEO foram desafiados a definir a relação que agora celebra uma década numa única palavra. A resposta surgiu imediata e em coro: “compromisso”.

Assista à conversa aqui:

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